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quinta-feira, 13 de março de 2014

Escola de Frankfurt. Instituts fur Sozialforschun (Instituto de Pesquisa Social).


Participantes da primeira reunião que deu início a Escola de Franskfurt.

O pensamento alemão dominou na Europa Ocidental entre 1840 e 1935, porém, duas guerras mundiais perdidas pararam com essa supremacia.
A última representante dessa fase áurea alemã foi a "Escola de Frankfurt", foi a presença derradeira que se irradiou por campos até então não explorados.

Os começos da Escola de Frankfurt

A "Escola" chamada oficialmente de Instituts fur Sozialforschun (Instituto de Pesquisa Social), foi fundada no auditório da Universidade de Frankfurt em 22/06/1924, foi o resultado de um encontro preliminar denominado de Erste Marxistische Arbeitswoche (Primeira Semana de Trabalho Marxista), ocorrido num hotel em Ilmenau.

Participantes da primeira reunião que deu início a Escola de Franskfurt.

A fundação do Instituto é devida a Félix Weil, um jovem intelectual marxista que conseguiu convencer seu pai Herman Weil, um rico negociante judeu, a amparar o pessoal da instituição que ele idealizou.

Ela seria uma anexo da Universidade de Frankfurt ligado ao Ministério da Educação.
Além de ter um prédio próprio, o Instituto receberia uma doação anual de 120 mil marcos de Herman Weil.

Nos anos 1930, graças ao trabalho intenso de Max Horkheimer (1895-1973), filho de um industrial judeu, o Instituto se desenvolveu.

Com Horkheimer surgiu em 1937 a "Teoria Tradicional e Teoria Crítica", inicio da estratégia marxista "cultural" efetiva, com a intenção de destruir as bases da sociedade ocidental - a Moral Judaico-cristã, O Direito Romano e a Filosofia Grega.

Eis ai a turma de Frankfurt, judeus ateus ("assiimilados"), revoltados com o mundo que tanto os oprimiu, e por isso querendo "mudar o mundo".

A escola procurou aproximar Marx com Freud, e por vezes a Heidegger, numa mistura um tanto complicada, tentando embutir no marxismo a psicanálise e o existencialismo.
Entre 1930 e 1950 os frankfurtianos entraram em todos os campos da área de ciências humanas procurando adaptar o marxismo a cada uma delas, criando novas formas - politicamente corretas - para expressar as mesmas ideias de Marx.

Os membros da escola, a maioria judeus, assistiram a rápida ascensão do nazismo na Alemanha, sendo por isso forçados a ter que abandonar o país em 1933.

Fugiram para Genebra, Paris, México e para várias cidades dos Estados Unidos..

Os que, mais tarde, retornaram para a Alemanha, como foi o caso de Horkheimer, Adorno e Pollock, o fizeram depois de vinte anos de exílio, quando, amargurados com as ideias que proclamaram antes, terminaram por renegá-las, como se deu com Horkheimer.

A indisposição contra a modernidade.

Os membros da escola afirmaram que a sociedade moderna, ao dominar a natureza por meio da tecnologia, provocara um empobrecimento geral dos seres humanos.

Segundo eles, no lugar da religião surgiu o culto ao progresso que a tudo sacrifica em nome de uma racionalidade cientifica sobre-humana.

Marcuse foi o que mais chamou atenção para os supostos efeitos da tecnologia sobre a sociedade, afirmando que "ela serve para instituir formas novas, mais eficazes e mais agradáveis de controle social e coesão social".

Porém, essa afirmação é uma enorme mentira, o progresso tecnológico advindo da Revolução Industrial trouxe com ele a DEMOCRACIA representativa pela primeira vez na humanidade.

Até então, por milênios, em todas as partes do mundo sempre as nações foram comandadas por uma nobreza absolutista e clero ricos, e o povo era pobre ou escravo e nada decidia.
O progresso tecnológico trouxe com ele a liberdade política e cultural e o fim do estado absolutista.

Pela primeira vez na humanidade o cidadão comum pode escolher seus representantes políticos e também se candidatar.

Pela primeira vez na humanidade, um operário, como Lula, pode ser presidente de uma nação, pela primeira vez na humanidade os seres humanos conseguiram viver, em média, mais de 35 anos, até atingir altos graus de qualidade de vida que possibilitam a humanos viverem bem até idades médias de 80 anos !

Infelizmente muitos, apesar das evidência contrárias, acreditaram nessa mentira de Marcuse...

Por fim, os membros da "escola" desligaram-se do próprio Iluminismo inicial, assumindo uma posição profundamente pessimista sobre o desempenho da razão.

A revolta estudantil de 1968, Marcuse com 70 anos foi promovido a ícone da rebelião da juventude ocidental.
Alcançou fama internacional e seus livros "Eros e Civilização" e "O Homem Unidimensional", tornaram-se best-sellers !

Horkheimer entretanto, quis distância de toda aquela agitação.

Ele acreditava, com muita correção, que a situação social das décadas que se seguiram à derrota alemã mudaram drasticamente em relação aos anos 20/30.

Com grande lucidez Horkheimer percebeu que as condições sociais e de produção haviam mudado.

Segundo ele, os indivíduos começavam a se integrar, superando os históricos antagonismos de luta de classes que haviam gerado o marxismo clássico.

Também com grande lucidez disse que devemos preservar a liberdade duramente conquistada, defendendo-a contra as ditaduras.

Toda a linguagem antiga de inconformismo, escreveu ele após mencionar um trecho de Otto Kircheimer, pertencia a uma época morta.

Deste modo, Horkheimer, o criador da Teoria Crítica, distanciou-se definitivamente de qualquer contestação da realidade capitalista em que os estudantes viviam naquele momento de fúria.

O arrependimento do autor da Teoria Crítica.

"Proteger, preservar e, onde for possível, ampliar a liberdade efêmera e limitada do indivíduo face à ameaça crescente a essa liberdade é uma tarefa muito mais urgente que sua negação abstrata, ou o pôr em perigo essa liberdade com ações que não tem esperança de sucesso".
Max Horkheimer, 1968.

Principais autores e títulos da Escola de Frankfurt

Horkheimer, Max
Estudos em Filosofia e ciências sociais,
O Colapso da Razão,
Dialética do Iluminismo,
Teoria Crítica,
Estudos social-filosóficos.

Adorno, Theodor W.
Dialética do Iluminismo,
A Personalidade Autoritária,
Dialética Negativa,
Mínima Moralia.

Marcuse, Herbert
Razão e Revolução: Hegel e a ascensão da teoria social,
Eros e civilização,
O marxismo soviético,
O homem Unidimensional,
O fim da utopia.

Benjamin, Walter
Quadro parisiense,
A obra de arte na época da sua reprodução mecanizada,
Iluminações.

Bloch, Ernst
O espírito da utopia.

Borkenau, Franz
O declínio da imagem feudal à imagem burguesa,
O rinhadeiro espanhol,
O fim e o começo: sobre as gerações das culturas e origens do Ocidente.

Fromm, Erich
A Evolução do Dogma de Cristo,
O Medo à Liberdade,
O Homem por ele mesmo,
Psicanálise e Religião,
A Revolução da Esperança,
A Crise da Psicanálise: ensaio sem Freud, Marx e a Psicologia Social.

Grossmann, Henryk
Acumulação - a lei do colapso do sistema capitalista.

Neumann, Franz
ehemoth: a estrutura e a prática do nacional-socialismo,
O estado democrático e o autoritário.

Krakauer, Siegfried
Os empregados na nova Alemanha,
De Caligari a Hitler.

Kirchheimer,Otto
Punição e estrutura social.

Pollock, Friedrich
A experiência da planificação econômica na União Soviética,
As conseqüências econômicas e sociais da automação.

Reich, Wilhelm
Análise do Caráter,
Psicologia de massas do fascismo.

Wittfogel, Karl August
O despotismo oriental.

Weil, Felix
Socialização,
O enigma argentino.

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