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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Notícias » Mundo » Mundo Tese defende que Napoleão não morreu de câncer


O mistério que envolve a morte de Napoleão será alvo novamente de discussões. A divulgação de uma tese afirma que o imperador francês teria sido vítima do forte tratamento ao qual foi submetido para aliviar as dores estomacais e não de um câncer no estômago.

A versão oficial da morte de Napoleão, baseada numa autópsia, é de que o imperador morreu no dia cinco de maio de 1821, aos 51 anos, devido a um câncer no estômago, exilado na Ilha da Santa Helena. Uma outra versão, conhecida como teoria da conspiração, diz que Napoleão teria sido envenenado pelos britânicos ou pelo seu confidente, o conde Charles de Montholon, que teria sido pago por franceses temerosos do retorno de Napoleão a Paris. A evidência científica da teoria da conspiração se baseia numa análise química feita em 2001 numa mecha de cabelos que teria sido recolhida após a morte de Napoleão. A análise registra traços de arsênio.

Em outubro de 2002, entretanto, a teoria da conspiração sofreu um grande revés. A publicação francesa Science et Vie divulgou que mechas de cabelo de Napoleão teriam registrado grandes níveis de arsênio em 1805, 1814 - antes de ele ir para o exílio - e 1821. A explicação mais plausível para isso é uso de um restaurador para cabelos, um produto que no começo do século 19 continha normalmente grande quantidade de arsênio.

Trata-se de um "infortúnio médico" de entusiastas de Napoleão, segundo o patologista forense Steven Karch, do Departamento de Examinadores Médicos de São Francisco. Segundo Karch, os médicos promoviam todos dias uma lavagem intestinal em Napoleão a fim de aliviar as dores estomacais. "Eles usavam coisas pesadas, injetadas por seringa", diz ele. Essas drogas, combinadas com doses regulares de um produto químico chamado tartarato antimônio potássio, que provoca vômitos, teriam deixado Napoleão com falta de potássio. A escassez de potássio, por sua vez, provoca uma situação letal, na qual o sangue que corre para o cérebro é interrompido por batimentos cardíacos irregulares.

A teoria de Karch é que qualquer arsênio encontrado no corpo de Napoleão, proveniente de fumo ou outras fontes, teria deixado apenas o imperador mais vulnerável.

A gota d'água teria sido uma injeção massiva de um purgante, cloreto de mercúrio, que teria baixado drasticamente os níveis de potássio. Napoleão morreria dois dias depois deste rigoroso tratamento.

No entanto, Phil Corso, um médico aposentado de Connecticut, sustenta que Napoleão morreu mesmo de câncer, apesar de submetido a rigoroso tratamento. A autópsia foi realizada pelo médico pessoal de Napoleão, Francesco Antommarchi, e observada por cinco clínicos britânicos.

Você quer saber mais?

http://www.afp.com/afpcom/pt/

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