sábado, 28 de agosto de 2010

PRIMEIROS PRIMATAS.

PLESIADAPIS




O Plesiadapis é um dos mais antigos primatas conhecidos que viveu há aproximadamente 60 milhões de anos atrás durante o Paleoceno na Europa e na América do Norte, era muito parecido com os atuais esquilos, ainda possuía garras e seus olhos ainda estavam localizados nas laterais da cabeça, o que os tornavam mais ágeis em terra do que no alto das árvores, porém já começavam a passar boa parte do tempo em galhos mais baixos de arbustos e árvores, alimentando-se de frutas e folhas.


Dados do Mamífero:


Nome: Plesiadapis


Nome Científico: Plesiadapis


Época: Paleoceno


Local onde viveu: Europa e América do Norte


Peso: Cerca de 1 quilos


Tamanho: 30 centímetros de comprimento


Alimentação: Herbívora


Adapis




O Adapis é um antigo primata que viveu há aproximadamente 50 milhões de anos atrás durante o Eoceno na Europa e na América do Norte, era muito parecido com os atuais lêmures, com os olhos já voltados para frente da cabeça e "garras modificadas" que já se assemelhavam a unhas, mostrando uma grande habilidade para agarrar e saltar de galhos em galhos no topo das árvores onde se alimentava de folhas novas.


Dados do Mamífero:


Nome: Adapis


Nome Científico: Adapis parisiensis


Época: Eoceno


Local onde viveu: Europa e América do Norte


Peso: Cerca de 1,5 quilos


Tamanho: 40 centímetros de comprimento


Alimentação: Herbívora


Necrolemur




O Necrolemur é um antigo primata que viveu há aproximadamente 45 milhões de anos atrás durante o Eoceno na Europa, era parecido com os atuais lêmures, porém seus olhos e orelhas eram enormes, aptos ao modo de vida mais noturno, tendência a qual uma grande linhagem de primatas seguiu. Apresentavam as palmas das mãos e as plantas dos pés "carnudas", as quais facilitavam para o animal agarrar galhos de árvores, dando grande agilidade e segurança ao saltar de galhos em galhos na copa das árvores para comer frutas.


Dados do Mamífero:


Nome: Necrolemur


Nome Científico: Necrolemur antiquus


Época: Eoceno


Local onde viveu: Europa


Peso: Cerca de 0,5 quilos


Tamanho: 30 centímetros de comprimento


Alimentação: Herbívora


Dolichocebus




O Dolichocebus é um antigo primata que viveu há aproximadamente 31 milhões de anos atrás durante o Oligoceno na América do Sul, era um ancestral dos chamados "macacos do novo mundo", ainda possuía garras, mas era muito parecido com os macacos atuais. Acredita-se já usava a cauda para auxiliar sua locomoção por entre as árvores, alimentava-se de frutas e folhas.


Dados do Mamífero:


Nome: Dolichocebus


Nome Científico: Dolichocebus gaimanensis


Época: Oligoceno


Local onde viveu: América do Sul


Peso: Cerca de 3 quilos


Tamanho: 40 centímetros de comprimento


Alimentação: Herbívora


Mesopithecus




O Mesopithecus é um ancestral dos atuais primatas que viveu há aproximadamente 20 milhões de anos atrás durante o Mioceno na Ásia e na Europa, possuía uma longa cauda, dedos ágeis e um cérebro relativamente grande. Passava a maior parte do tempo no alto das árvores comendo folhas novas em pequenos grupos familiares. Seu esqueleto já era bem parecido com o de alguns primatas atuais.


Dados do Mamífero:


Nome: Mesopithecus


Nome Científico: Mesopithecus pentelici


Época: Mioceno


Local onde viveu: Ásia e Europa


Peso: Cerca de 8 quilos


Tamanho: 80 centímetros de altura


Alimentação: Herbívora


Dryopithecus




O Dryopithecus é um ancestral dos grande símios que viveu há aproximadamente 17 milhões de anos atrás durante o Mioceno na Ásia e Europa, no solo de florestas se alimentando de frutas. Era muito parecido com os atuais chipanzés, porém eram bem menores e com uma capacidade cerebral reduzida, viviam em pequenos grupos familiares, comandados pelos machos mais velhos.


Dados do Mamífero:


Nome: Dryopithecus


Nome Científico: Dryopithecus fontani


Época: Mioceno


Local onde viveu: Ásia e Europa


Peso: Cerca de 35 quilos


Tamanho: 1,2 metros de altura


Alimentação: Herbívora


Proconsul




O Proconsul é um ancestral dos atuais grandes primatas incluindo os hominídeos que viveu há aproximadamente 15 milhões de anos atrás durante o Mioceno na África, era muito parecido com os atuais chipanzés porém sua capacidade cerebral era inferior. Viviam em pequenos grupos os quais se sentiam bem à vontade tanto no solo como nas árvores, onde encontravam as frutas que lhe serviam de alimento. A primeira prova fóssil desse animal ocorreu em 1927 e em 1948 foi descoberto o primeiro crânio.


Dados do Mamífero:


Nome: Proconsul


Nome Científico: Proconsul africanus


Época: Mioceno


Local onde viveu: África


Peso: Cerca de 20 quilos


Tamanho: 90 centímetros de altura


Alimentação: Herbívora


Gigantopithecus






O Gigantopithecus foi um dos maiores primatas que já existiram, viveu há aproximadamente 500 mil anos atrás durante o Pleistoceno na China, Índia e em outros países do sudeste asiático, eram parentes próximos dos atuais orogotangos porém seus hábitos diferiam dos mesmos, pois um animal tão grande e pesado não poderia ser arborícola como seus parentes atuais, sendo então seus hábitos mais parecidos com gorilas, apresentando corpos maciços e fortes. Sua alimentação era baseada em frutas, gramas, sementes e principalmente bambu, que o tornava competidor natural dos atuais ursos pandas. Foram encontrados restos fósseis de Homo erectus nos mesmos locais e datando do mesmo período de fósseis de Gigantopithecus, sugerindo que o Homo erectus pode ter "ajudado" a extinguir esta gigantesca espécie. Na China foram encontrados diversos dentes de Gigantopithecus, os quais são até moídos e vendidos como remédio em mercados. Primatas desse porte, alimentam as lendas do "Pé Grande" e do "Abominável Homem das Neves", os quais poderiam ser apenas restos fósseis desses animais ou então animais dessa espécie que sobreviveram até os dias de hoje, porém animais de grande porte como estes causariam grandes alterações ambientais que seriam facilmente identificáveis pelo homem.


Dados do Mamífero:


Nome: Gigantopithecus


Nome Científico: Gigantopithecus blacki


Época: Pleistoceno


Local onde viveu: Ásia


Peso: Cerca de 600 quilos


Tamanho: 3 metros de altura


Alimentação: Herbívora


VOCÊ QUER SABER MAIS?


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ZILLI, A. L.; SVOLENSKI, A. C.; ZAKRZEWSKI, D. P. Relatório final das atividades de
levantamento e prospecção de atrativos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

SISFRON! EM DEFESA DA AMAZÔNIA.

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO MILITAR DA AMAZÔNIA
GABINETE DO COMANDO


O Exército Brasileiro na Defesa da Soberania na Amazônia


INTRODUÇÃO


A Amazônia é um dos poucos subsistemas mundiais ainda quase inexplorado pelo
homem e que, se bem utilizado pelo Brasil, pode se transformar em indutor do
desenvolvimento sustentável do País, baseado no aproveitamento das riquezas existentes na Região e na preservação ambiental.




Alguns projetos já foram implantados com sucesso, como a Zona Franca de Manaus, a
hidrelétrica de Tucuruí, o projeto de extração mineral de Carajás e o escoamento da
produção agrícola do Centro Oeste, pelos rios Madeira e Amazonas. Outros projetos estão sendo implantados como as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira e de Belo Monte no rio Xingu. Todos ainda muito aquém do potencial da Amazônia que possui 1/5 da água potável, 2/3 das reservas de energia elétrica, a maior floresta tropical e o maior banco genético e 30% de todas as espécies vivas do mundo, além de ser a maior província mineral do planeta.


Por essas características, pelo seu isolamento do centro de poder econômico e político do País e pela presença insípida das Instituições e Órgãos do Estado Brasileiro na Região e principalmente na fronteira, os problemas crescem de importância, como o tráfico de armas e drogas, a questão das reservas indígenas, a
biopirataria, a manipulação de dados sobre a preservação da floresta entre outros.
Sua posição geopolítica, no centro da América do Sul, lhe confere importância estratégica mas também lhe traz a convivência com parte dos problemas dos países os quais o Brasil tem fronteira(Guiana Francesa, Suriname, Guiana,
Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia). Nessa situação, por meio das fronteiras terrestres sofre influência da conjuntura existente nesses países caracterizada principalmente pela narcoguerrilha, pelo neopopulismo, pelo aumento de poder militar e por movimentos autonomistas.


As condicinantes acima, aliadas às dimensões amazônicas de 5.029.322 km² de área,
às distâncias a percorrer (mais de 2.000 Km de norte a sul e de 3.000 Km de leste a oeste), à carência de infra-estrutura de transportes e à rarefeita população dos seis Estados da Federação que conformam a região, demandam uma grande preocupação com a Defesa da Amazônia Brasileira.


As “preocupações” existentes por parte Exército na Amazônia, segundo sua missão
constitucional, podem ser traduzidas em quatro grandes questões: assegurar a soberania nas fronteiras terrestres, dissuadir e combater atividades ilícitas, proteger as riquezas do subsolo e dar credibilidade às ações de defesa da área.
Há que se destacar que na Amazônia nada se faz sozinho. A atuação conjunta e o
entendimento da perfeita necessidade de integração do Exército com as demais Forças
(Marinha e Aeronáutica), com as Instituições e Órgãos do Poder Público (Polícia Federal, Receita Federal, Polícia Militar Estadual, FUNASA, FUNAI, IBAMA, DNIT, Ministério das Cidades, entre outros) e, também, com a população da área é que permitem que essas ações tenham alto índice de sucesso.


DESENVOLVIMENTO


A articulação logística e operacional do Comando Militar da Amazônia permite cumprir sua missão constitucional que é definida pela constituição articulação logística está estruturada em duas Regiões Militares, a 8ª Região Militar na Amazônia
Oriental e a 12ª Região Militar na Amazônia Ocidental, que planejam e executam as funções logísticas de suprimento,transporte, manutenção,saúde e recursos humanos.
A função logística de Engenharia é executada pelo Grupamento de Engenharia com quatro Batalhões e uma Companhia de Engenharia de Construção.


A articulação operacional está conformada por cinco Brigadas de Infantaria de Selva e a 8ª Divisão de Exército, com sede em Belém-PA (quadro Nr 4). A 1ª Brigada de
Infantaria de Selva, com sede em Boa Vista-AM; a 2ªBrigada de Infantaria de Selva, com sede em São Gabriel da Cachoeira-AM; a 16ª Brigada de Infantaria de Selva,
com sede em Tefé-AM; a 17ª Brigada de Infantaria de Selva, com sede em Porto Velho-RO e a 23º Brigada de Infantaria de Selva, com sede em Marabá-PA (quadro Nr 5).
O efetivo do Exército na Amazônia em 1950, era de apenas 1.000 militares em toda a Região. A partir da década de 90, Brigadas foram transferidas do centro-sul
do País para reforçar as ações de defesa na Amazônia. Consoante com a prioridade estabelecida pelo Exército Brasileiro a 1ª Brigada de Infantaria de Selva veio de
Petrópolis-RJ, a 2ª Brigada de Infantaria de Selva de Niteroi-RJ e a 16ª Brigada de Infantaria de Selva de Santo Ângelo-RS perfazendo, hoje, em todo o Comando Militar da Amazônia um efetivo de aproximadamente 26.500 militares. Esse esforço do Exército foi para responder em melhores condições a defesa dos interesses nacionais na Região sendo importante destacar, nesse contexto, a “estratégia da presença seletiva” que permitiu ao Exército Brasileiro sediar suas Organizações Militares (OM) em localidades consideradas estratégicas. Especial destaque deve ser feito para os 27
(vinte e sete) elementos de fronteira: as Companhias Especiais de Fronteira (CEF), os
Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) e os Destacamentos Especiais de Fronteira (DEF) quecumprem a dupla missão de defesa da pátria e colaboram com o desenvolvimento nacionalcom o lema: “Vida, Combate e Trabalho” nos 11.000 Km de fronteira terrestre.


As ações de defesa do Estado Brasileiro na Região Amazônica, porém, necessitam ser ampliadas, assim, de acordo com a Estratégia Nacional de Defesa (END) foi elaborado o Plano Amazônia Protegida, por parte do Exército Brasileiro, que envolve o aumento da presença militar na área e o uso de tecnologia de monitoramento das fronteiras para salvaguardar os interesses nacionais. O Programa Amazônia Protegida é apenas a vertente do Exército para ações muito mais amplas de defesa da soberania brasileira na Amazônia que se integra, ainda, com os planos da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira.


Perspectivas Futuras


As perspectivas futuras para a Amazônia estão assentadas em um realístico planejamento de defesa, coerente com a estatura política, econômica e geoestratégica projetada para o País até o ano de 2030. O Programa Amazônia protegida contempla várias ações de curto, médio e longo prazo, ao longo de vinte anos, com aporte de recursos do Governo Federal para a sua implantação. Prevê a modernização das instalações militares existentes, a construção de novas estruturas militares e a aquisição de modernos equipamentos de defesa e de monitoramento da fronteira. O efetivo do Exército Brasileiro na Região sofrerá um significativo aumento perfazendo uma presença, de aproximadamente 48.000 homens, projetada para 2030. Equipamentos de avançada tecnologia para a interligação e aumento da mobilidade da tropa compatível com a dimensão da Amazônia e da sua importância estratégica para as gerações futuras.


Para que esse objetivo seja possível, se faz necessário um eficiente e eficaz sistema de monitoramento que integre a atuação das Forças Armadas e das Instituições e Órgãos do poder público.
O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON – quadro Nr 07) é a proposta do Exército Brasileiro para a vigilância das fronteiras que norteará a “Atuação Conjunta e Multi-setorial” de defesa da Amazônia. O SISFRON ampliará a capacidade de controle das fronteiras terrestres, atualizando e integrando todos os subsistemas de monitoramento existentes:sensores (sensoriamento; comunicações; segurança das informações e comunicações; apoio à decisão; SISFRON O Programa Amazônia Protegida está inserido no Plano de Articulação do Exército Brasileiro na Amazônia e na Estratégia Nacional de Defesa. Contempla ações que visam fortalecer a presença militar na Região por meio de um estratégico posicionamento de tropas articuladas na fronteira e em profundidade. Prevê ainda a dotação de capacitação; simulação; logístico e gestão), agregando outros meios modernos de sensoriamento (equipamentos de comando e controle; sistema de apoio à decisão; sensores de HF, VHF, satelitais, meteorológicos, óticos e térmicos; radares de rastreamento aéreo,
hidroviários e terrestres; centros de operações; centros de simulação; veículos aéreos não-tripulados; satélites de comunicações e satélites de observações) que estarão em contato direto com os atuadores (tropa, Instituições e Órgãos do poder público) mais próximos ao ilícito que, após a tomada de decisão, responderão com o emprego de pessoal e meios adequados à situação.


Os meios de monitoramento estão previstos para serem instalados nas diversas Organizações Militares do Exército Brasileiro existentes na Amazônia e naquelas previstas para serem implantadas no Programa Amazônia Protegida. O prazo de execução do SISFRON é de 10 anos, mediante a implantação de cinco módulos e aporte de recursos na ordem de R$ 4 Bilhões.


CONCLUSÃO


O Exército Brasileiro e as Forças Armadas possuem capacidade de planejar e pensar o Brasil das próximas gerações de forma coerente com a estatura geopolítica do País. Para que os planejamentos possam ser exeqüíveis, há necessidade de alocação dos recursos propostos e o entendimento da sociedade, por meio de seus representantes nos poderes executivo e legislativo, de que o investimento na defesa da Amazônia, ao longo dos próximos vinte anos, permitirá maior controle desse patrimônio e o uso seguro de suas riquezas pelo país, sem as quais corremos o risco de manter a região isolada e atrair interesses de outras nações.

A Amazônia é um patrimônio que nos foi legado pelos portugueses e por gerações de brasileiros que nos antecederam. Temos o dever patriótico de entregá-lo aos nossos sucessores. A defesa dessa área e o uso sustentável de suas riquezas pelas próximas gerações, certamente será a base para o desenvolvimento do Brasil do futuro.
As Forças Armadas e em particular o Exército Brasileiro presentes na região quando da formação da nação tem mantido o seu compromisso secular de proteger e defendê-la, ampliando sua atuação na área. Entretanto, as potencialidades da Amazônia têm despertado cobiça em todos os cantos do planeta, de onde se depreende que as “Ações de Defesa” da Região devem ser uma prioridade do Estado Brasileiro e não simplesmente das Forças Armadas. A defesa da Amazônia deve corresponder aos anseios dessa grande nação para que esse patrimônio seja utilizado como instrumento de desenvolvimento pelas gerações futuras.


Selva!


VOCÊ QUER SABER MAIS?


SE VOCÊ É BRASILEIRO VOCÊ TÊM O DEVER DE SABER MUITO MAIS!


http://www.exercito.gov.br/05notic/paineis/2010/06jun/img/transform.pdf


http://www.tecnodefesa.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1543:atech-desenvolvera-junto-com-o-exercito-o-sistema-integrado-de-monitoramento-de-fronteiras-sisfron&catid=35:noticias&Itemid=55


http://www.portaltransparencia.gov.br/despesasdiarias/empenho?documento=160528000012010NE900746

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A AMAZÔNIA É NOSSA!

EM DEFESA DA AMAZÔNIA BRASILEIRA.


CIGS: o lado oculto




Acima O CIGS foi o responsável pela retomada dos estudos visando a utilização de duplas de caçadores (Snipers) nas unidades de guerra na selva do Exército Brasileiro. O atirador da foto utiliza a roupa de camuflagem aprovada pelo CIGS e o fuzil Imbel Fz .308 AGLC, no calibre 7,62x 51mm, especialmente desenvolvido para uso por atiradores de elite.




A excelência do trabalho do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército Brasileiro justifica sua reputação como uma das melhores — senão a melhor — instituição do gênero no mundo. Este artigo cobre uma faceta pouco divulgada do CIGS, mostrando seu papel como desenvolvedor da doutrina de operações na selva da Força Terrestre.


A selva é tudo


O Exército Brasileiro leva a selva e o combate na selva muito a sério. Afinal de contas, o país é possuidor da maior parte da mais extensa floresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica, que por sua vez abriga a maior biodiversidade do planeta. Não bastasse isso, além das riquezas que podem advir da correta exploração dessa biodiversidade, sob o solo amazônico encontram-se incalculáveis reservas minerais. E o Exército demonstra a importância que dá a essa região sediando em Manaus, capital do Estado do Amazonas — que, a propósito, mantém 95% de sua cobertura vegetal intocada — a sede do CIGS.




Um grupo de guerreiros de selva desloca-se pela floresta. O primeiro elemento, o esclarecedor, consulta um receptor GPS que só é usado para fins de instrução, uma vez que seu uso é desestimulado no dia-a-dia. Notar a escopeta calibre 12 levada pelo soldado (Foto: Raimundo Valentim).


Como estabelecimento encarregado de preparar homens e tropas para a defesa da Amazônia brasileira, o CIGS tem as seguintes missões:


- especializar oficiais, subtenentes e sargentos em operações na selva;


- orientar e adestrar forças da área da Amazônia e de outras regiões para as operações na selva;


- testar o material de emprego militar voltado para as operações na selva e propor novos equipamentos;


- estabelecer e validar a doutrina de emprego de forças em operações na selva.
Com a responsabilidade de fomentar e desenvolver a doutrina de guerra e operações na selva, o CIGS mantém, em seu organograma, a Divisão de Doutrina e Pesquisa, composta de duas seções: a Seção de Doutrina e a Seção de Pesquisa. E são os oficiais lotados nessas seções os responsáveis por tudo o que diz respeito ao aperfeiçoamento das técnicas e táticas de emprego dos combatentes, armamentos e de equipamentos de guerra na selva.


Ser selecionado para o curso de operações na selva do CIGS é uma meta para muitos militares brasileiros e estrangeiros. Conseguir se formar e conquistar o almejado “Brevê da Onça” é um objetivo atingido por poucos: para ser mais exato, são menos de quatro mil, até hoje. E não é para menos: o ambiente de selva, que já é extremamente hostil ao homem, tem seus efeitos físicos sobre o corpo do combatente amplificados pelo clima quente e úmido. Assim, os testes físicos são rigorosos, e têm início logo na chegada dos candidatos ao Curso de Operações na Selva (COS). Nenhum homem com preparo físico abaixo do exigido é aceito no curso, uma vez que o resultado seria perigoso tanto para ele como para seus colegas. Portanto, julgamos oportuno divulgar o trabalho de dois departamentos do CIGS: seu laboratório e o seu Zoológico.


O laboratório do CIGS


Na selva, a sensação de ter o metabolismo alterado é massacrante. Apesar de estar sempre molhado, seja pela chuva, pela travessia dos inúmeros cursos d’água (rios e paranás), lagos, igapós e igarapés, ou simplesmente pela transpiração, o combatente está sempre com sede. Os cuidados com a alimentação devem ser enormes, pois problemas intestinais que provocam diarréia agravam o quadro. A perda de oito, dez e até 20 quilos em operações prolongadas na selva é comum para os guerreiros de selva.
Exatamente devido ao impacto que o ambiente provoca sobre o corpo do combatente de selva, um dos principais trabalhos exercidos no CIGS para aumentar a eficiência do combatente de selva é aquele desenvolvido em seu Laboratório, subordinado à Divisão de Saúde. Por meio de parceria com a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Hospital Geral de Manaus (HGeM), é desenvolvido o Projeto de Pesquisa e Monitoramento Clínico-Laboratorial do Combatente de Selva. Este projeto tem por objetivo acompanhar o perfil corporal, hematológico, urinário, parasitológico intestinal e bioquímico dos alunos do COS, proporcionando dados valiosos sobre as alterações que a internação prolongada do combatente na selva produz no organismo humano. Os resultados desta pesquisa vêm sendo usados para a otimização do desempenho do guerreiro de selva brasileiro.




O Zoológico do CIGS foi ampliado e reformado há poucos anos, através de convênio entre o Exército, o Governo do Estado do Amazonas, a Prefeitura de Manaus e a Suframa (Foto: CIGS).




Um oficial médico retira sangue de um soldado, para a realização de testes que avaliam as condições físicas dos guerreiros de selva (Foto: CIGS).


Mais do que um Zoológico


O Zoológico do CIGS foi idealizado e construído no comando do Ten Cel Jorge Teixeira de Oliveira, tendo iniciado suas atividades em 1967, com o objetivo de transmitir aos alunos dos Cursos de Operações na Selva conhecimentos sobre a fauna amazônica. No mesmo ano foi aberto ao público externo, tornando-se ponto turístico da cidade de Manaus e recebendo visitantes de todo o mundo.
Recentemente o Governo do Estado do Amazonas, a Prefeitura Municipal de Manaus e a Superintendência da Zona Franca de Manaus apoiaram o projeto de modernização das antigas instalações, com a finalidade de aumentar não só o número de recintos para melhor abrigar as espécies da floresta amazônica como também para melhor acolher o público visitante. Atualmente o Zôo possui exemplares de quelônios, jacarés, mamíferos e aves, num total de 430 animais, com mais de 60 espécies diferentes.
Assim, além de servir para aproximar o Exército da sociedade civil, o Zoológico do CIGS cumpre importante papel na formação dos combatentes de selva, pois a instrução referente à sobrevivência na selva culmina com os ensinamentos sobre a utilização da fauna e da flora como fontes de alimento. Essa é uma das maiores tarefas da Divisão de Veterinária do CIGS, responsável pelo Zôo. Além disso, na selva os animais não são vistos com facilidade, e com freqüência ocorre que, durante um curso inteiro, os alunos não vêem nenhum animal. Por isto, os animais apresentados têm de ser observados e estudados constantemente, proporcionando subsídios à instrução.


Atenção aos detalhes


O papel do CIGS e de sua Divisão de Doutrina e Pesquisa no aperfeiçoamento do combatente de selva brasileiro vai muito além de pesquisar e ensinar a construção e uso de abrigos e armadilhas, emprego de armas e equipamentos, etc. Chega-se ao nível de detalhar, por exemplo, o tipo de tecido ideal para uso nos uniformes, a técnica de amarração ideal dos cadarços usados nos coturnos, a composição da ração operacional, o projeto de uma rede de selva adequada, e muitos outros.




Acima A rede de selva aprovada pelo CIGS, com mosquiteiro, compartimento sob o leito e toldo impermeável. Os tirantes de lona nas laterais servem para o trespassamento de hastes de madeira, de modo a utilizar a rede como maca (Foto: Raimundo Valentim).




O coturno de selva, com o sistema de amarração aprovado pelo CIGS, e amostra do uniforme atual (Foto: Raimundo Valentim).


A definição de um tecido ideal para ser usado na confecção dos uniformes foi tarefa para vários anos, até se chegar ao modelo atual, com percentuais ideais de polyester e algodão, de forma a permitir a secagem rápida do uniforme, constantemente exposto à umidade, sem que apresente desconforto ao militar. O mesmo empenho foi aplicado ao estabelecimento da técnica de amarração dos cadarços dos coturnos, de modo a permitir sua rápida desamarração ou mesmo o corte com faca, para que o combatente possa liberar rapidamente seu equipamento e nadar com maior desenvoltura, se isso significar sua sobrevivência na hipótese de, por exemplo, cair em águas profundas e turbulentas.
A definição da composição da ração operacional também mereceu por parte do CIGS intensos estudos, incluindo a análise de rações utilizadas por exércitos de outros países. A ração do exército americano, por exemplo, foi analisada e testada no ambiente da selva amazônica. Devido ao seu elevado teor de gordura, foi constatado que o combatente de selva que fizesse uso dela estaria fora de combate em menos de três dias, com sérios problemas intestinais e diarréia. A ração brasileira, além de estar adaptada ao paladar do soldado brasileiro —com pratos como arroz e feijão, carne assada e frango , tem elevado teor protéico e de fibras.




Acima Um dos instrutores do CIGS, Sargento Ricci, explica o funcionamento de diversos tipos de armadilhas, utilizando-se de maquetes (Foto: Raimundo Valentim).




Saco de ração operacional e seu conteúdo, incluindo os acessórios (Foto: Raimundo Valentim).


Também faz parte das responsabilidades do CIGS instruir os participantes dos Cursos de Operações na Selva sobre o correto uso dos recursos da floresta, seja para a construção de armadilhas (voltadas aos oponentes, ou à caça e pesca), cuidados com animais peçonhentos, e como usar animais e vegetais para os mais diversos fins, incluindo a alimentação. Frutas e animais comestíveis abundam na floresta, assim como os venenosos ou tóxicos. Note-se que, entre os animais considerados comestíveis, encontram-se algumas larvas e insetos de aspecto nada apetitoso para o homem da cidade.
Se a selva já é extremamente perigosa e desconfortável durante o dia, à noite o perigo e o desconforto são ainda maiores. Para permitir que o guerreiro de selva possa manter e recuperar suas energias, com repouso e conforto adequados, e mantendo-se a salvo de mosquitos, ofídios, aracnídeos e outros riscos, o CIGS não mediu esforços para desenvolver uma rede de selva ideal. O modelo aprovado e em uso atualmente possui mosquiteiro, toldo para abrigo da chuva (que, sendo impermeável, também pode ser usado para recolher a água da mesma), compartimento na parte inferior para armazenar as armas e os equipamentos individuais do combatente, e tirantes de lona resistentes nas laterais, que permitem sua transformação em uma maca improvisada, simplesmente passando-se duas hastes de madeira nas laterais.


Armas e equipamentos


Uma das maiores responsabilidades da Divisão de Doutrina e Pesquisa do CIGS é a avaliação e aperfeiçoamento de armas, visando seu emprego na Guerra de Selva. O ditado sempre lembrado pelos homens do CIGS é o que diz que “A selva não pertence ao mais forte e sim ao mais habilidoso, ao mais resistente e ao mais sóbrio”. Assim, o CIGS tem sido nos últimos anos um dos mais importantes atores no desenvolvimento da chamada “Estratégia de resistência” do Exército Brasileiro, para a eventualidade de um confronto militar entre nossas forças e as de um país ou coligação de países com poderio militar bem superior.




Armas testadas e utilizadas nas instruções do CIGS. O Fuzil Pára-FAL à direita está equipado com um visor noturno de fabricação israelense, com capacidade de telemetria (Foto: Raimundo Valentim).




A besta usada pelas tropas de selva brasileiras é precisa e tem alcance de 700 metros, sendo capaz de atravessar um corpo humano a cerca de 100 metros (Foto: CIGS).


Diversas armas, táticas e equipamentos vêm sendo exaustivamente testados, modificados ou aperfeiçoados pelo EB nos últimos anos, com vistas ao seu emprego na guerra de selva. Muitos são aprovados e muitos são recusados. A constatação de que equipamentos receptores GPS não funcionam corretamente sob a densa cobertura vegetal da floresta, por exemplo, fez com que o Exército restringisse seu uso somente à instrução e a casos nos quais a determinação de coordenadas precisas é imprescindível, como numa evacuação aeromédica. Nesta situação, entretanto, o militar com o receptor seria obrigado a se deslocar até uma clareira ou até a margem de um rio para usar o equipamento. No dia a dia das operações de selva do Exército, o que se usa são as tradicionais cartas e bússolas. Forças excessivamente dependentes de recursos tecnológicos como o GPS poderiam ficar em sérios apuros na Amazônia.
No que se refere ao armamento individual do guerreiro de selva, o EB tem, ao mesmo tempo, o problema e a solução. Fuzis de assalto de diversos tipos foram e são avaliados, incluindo armas de alta qualidade, como o fuzil alemão Heckler & Koch HK33 e o norte-americano M16A2, ambos no calibre 5,56mm, e o tradicional FAL do Exército Brasileiro, no calibre 7,62mm. O fuzil padrão das tropas de selva brasileiras é o Pára-FAL, a versão com coronha rebatível, usada também pelas tropas pára-quedistas brasileiras e outras unidades. O Pára-FAL tem se mostrado a arma ideal para emprego na selva por suas características de peso, rusticidade e simplicidade de manuseio. Por outro lado, sua substituição no futuro será, certamente, um sério problema para o Exército. O calibre 5,56mm, usado na maior parte dos modernos fuzis de assalto, é considerado inadequado para o combate de selva, devido ao pequeno peso do projétil e à sua tendência de assumir uma trajetória instável ao colidir com pequenos obstáculos, como folhas e galhos de árvores. Isso acaba retirando do projétil muita energia e, consequentemente, poder de parada (stopping power).




Acima Tanto o lança-chamas (à esquerda) quanto o lança-granadas (à direita) tiveram seu uso por parte dos combatentes de selva do EB aprovado pelo CIGS (Foto: Raimundo Valentim).


O respeito que o Pára-FAL conquistou entre os combatentes de selva justifica-se, por exemplo, pelo resultado de um teste realizado numa das bases de instrução do CIGS, quando um exemplar de cada do HK33, do M16A2 e do Pára-FAL foram comparados, com o objetivo de determinar sua resistência às condições da floresta. Numa manhã, cada uma das armas recebeu limpeza e a necessária manutenção, de acordo com as recomendações do fabricante, foi municiada e colocada sobre cavaletes de madeira, e exposta ao Sol e à chuva durante todo o dia e a noite seguinte.
Pela manhã do outro dia, um oficial retirou o HK33 do cavalete e tentou disparar uma rajada contra um alvo: a arma travou várias vezes. Ao repetir a experiência com o M16A2, verificou-se que este não disparou um só tiro, pois estava grimpado. Finalmente, o oficial dirigiu-se ao Pára-FAL, conhecido como “pit-bull” entre a tropa e, surpreendentemente, não somente conseguiu descarregar todo o pente no alvo, como ainda remuniciou a arma e repetiu a dose. Este oficial confidenciou ao autor que não coloca em dúvida a qualidade das outras duas armas, mas o teste evidencia o fato de que ambas necessitam de muito mais cuidados e manutenção do que o tradicional e confiável Pára-FAL.




Acima A eficiência da roupa de camuflagem (Ghilie Suit) utilizada pelos caçadores (snipers) do EB na Amazônia é demonstrada nesta foto (Foto: CIGS).


Mas as armas disponíveis para o uso na selva não se resumem ao fuzil, à faca de combate e ao inseparável facão de mato. Armas incomuns, como bestas e até mesmo a tradicional zarabatana dos indígenas da região, podem fazer parte do arsenal do guerreiro de selva. Os modelos de bestas usados têm grande precisão e poder de penetração, podendo atravessar um corpo humano a quase 100 metros de distância. Silenciosa e mortal, a besta é considerada uma arma excelente para eliminar sentinelas. O mesmo se aplica à zarabatana, principalmente associada a dardos com venenos cujo preparo é um segredo bem guardado pelo EB e pelos soldados indígenas que, em número cada vez maior, engrossam as fileiras dos Batalhões de Selva na Amazônia, com excelente avaliação por parte de seus comandantes.
A importante participação dos índios brasileiros na formação das tropas de selva brasileiras pôde ser exemplificada durante a Operação Ajuricaba II, em outubro/novembro de 2003, quando as Forças do Partido Azul, responsáveis pela defesa da região, usaram soldados indígenas como rádio-operadores. Falando em sua própria língua, eles evitavam que as comunicações fossem decifradas pelas forças invasoras, ou Partido Vermelho, compostas por elementos da Brigada Pára-quedista, Fuzileiros Navais e outras tropas de elite, sediadas em diferentes regiões do país. Essas, diga-se de passagem, tinham efetivos maiores e eram dotadas de armas e equipamentos de alta tecnologia, tendo total controle sobre o espectro eletromagnético na área da operação.




Instrutor do CIGS durante aula do COS a oficial da Legião Estrangeira da França, um Comando do Exército Argentino e um membro das Forças Especiais do Exército do Equador (Foto: CIGS).


Num conflito na Amazônia, as forças de selva do EB agiriam em pequenas frações, mas capazes de inflingir pesadas perdas ao adversário, fazendo uso do seu conhecimento da floresta para desaparecer sem deixar vestígios. Dentro deste espírito, uma tática que voltou a ter força dentro do EB nos últimos anos foi o emprego de equipes de atiradores de elite (snipers), denominados "caçadores" no Exército. Uma equipe de caçadores é formada por dois sargentos, sendo um o atirador (o sniper, propriamente) e o outro o observador (spotter). A arma já testada e aprovada para o uso por essas equipes é o fuzil Imbel Fz .308 AGLC, de projeto e fabricação nacionais. O AGLC é uma arma de precisão baseada na ação Mauser, de reconhecida e inegável confiabilidade e segurança. Com um cano flutuante, tipo “match”, forjado a frio e adaptado para o tiro com luneta, e usando munição 7,62 x 51mm, a arma saiu-se muito bem quando comparada a diversos tipos de fuzis de precisão de fabricação estrangeira. O tipo de camuflagem (ghillie suit) usado pelas equipes de caçadores também já teve sua eficiência determinada pelo trabalho do CIGS.
Outra arma testada e adotada para uso por tropas de selva é a tradicional escopeta calibre 12, empregada pelos esclarecedores dos grupos de combate. Como o esclarecedor é o elemento que vai à frente da formação, precisa de uma arma com o máximo de poder de fogo, para a possibilidade de um encontro com uma patrulha inimiga. Outras armas que tiveram seu uso aprovado para guerra na selva graças aos estudos realizados pelo CIGS foram o lança-granadas de 40 mm e o lança-chamas.




Um “cachê” aberto, mostrando seu conteúdo. No caso, rações de combate. Camuflados, dificilmente são percebidos pela tropa adversária, nativos ou animais (Foto: Raimundo Valentim).


Mas o trabalho desenvolvido pelo CIGS em busca de meios que possam fazer valer a chamada “estratégia de resistência” foi ao ponto de testar e aprovar o emprego da tradicional e popular carabina Puma, modelo Winchester, de ação por alavanca, fabricada pela empresa Amadeo Rossi, enquanto a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) fabrica sua munição, calibre .38. A idéia por trás disso era encontrar uma arma que fosse de fácil manuseio, relativamente precisa e barata, que pudesse ser distribuída para reservistas e mesmo entre a população civil, no evento de uma intervenção militar estrangeira na Amazônia, e cuja munição fosse facilmente encontrada no comércio. Nos testes realizados pelo CIGS, ficou demonstrado que a carabina Puma pode ser precisa em distâncias superiores a 100 metros. Bons atiradores conseguem tiros precisos a quase 200 metros. E, na opinião dos oficiais instrutores do CIGS, 100 metros pode ser a largura de uma margem a outra de um rio, separando o atirador com a Puma de uma fração de tropa inimiga.
Uma tática desenvolvida pelo CIGS e já disseminada entre as tropas de guerra na selva é o emprego de “cachês”, como meio de pré-posicionamento de armas, munição, medicamentos, rações e outros suprimentos fundamentais às frações de tropa. Os cachês são, basicamente, depósitos de suprimentos enterrados, com a finalidade de ressuprimento de tropas nacionais, que estejam operando em nosso território, em área sob intervenção de uma nação ou força multinacional incontestavelmente superior, em meios, à brasileira. Os cachês são enterrados em locais de difícil acesso e percepção pelo invasor, mas de fácil abordagem pela tropa interessada. Os buracos são resistentes a intempéries, forrados por madeiras nas laterais e com drenagem no fundo, sendo usados para acondicionar containers de fibra de vidro com suprimento para pequenas frações (10 a 15 homens). A camuflagem dos “cachês” é tão eficiente que não eles são percebidos por animais ou nativos.




Combat Boat CB90H, produzido na Suécia, analisando seu uso da Bacia Amazônica (Foto: Dockstavarvet AB).


O trabalho do CIGS na avaliação de armas e equipamentos, bem como de toda tática ou meio que aumente as já superlativas capacidades dos guerreiros de selva brasileiros, não pára. Ainda no primeiro semestre de 2004, o CIGS deverá se envolver na avaliação de um exemplar do Combat Boat CB90H, uma lancha produzida pela empresa sueca Dockstavarvet AB, que deverá enviar um exemplar a Manaus em abril. O CB90H é capaz de transportar 20 soldados totalmente equipados (o equivalente a cerca de 2,8 toneladas), em velocidades de até 40 nós e com relativo conforto, mesmo em condições climáticas adversas, sendo capaz de realizar abicagens violentas em praias ou margens de rios, ocupadas por forças adversárias. As tropas desembarcam através de uma rampa lançada por sobre a proa. O CB90 é largamente utilizado pela marinha sueca (172 unidades do CB90H), e foi exportado para a Noruega (20 CB90N), Malásia (17 CB90H) e México (40 CB90H).


O projeto Búfalo


Uma das primeiras preocupações do CIGS era resolver a questão do transporte de armas, munição, água, rações e outros equipamentos por frações de tropa empenhadas na guerra de selva. Assim, na busca de um meio de transporte eficiente e de baixo custo para o ressuprimento nas operações na selva, tentou-se a utilização de animais de carga ou que pudessem ser adestrados para esse fim.
Uma das primeiras tentativas desenvolvidas pelo CIGS foi durante o Comando do Cel Gélio Fregapani, com a utilização de uma anta, criada desde cedo no zoológico do Centro com este fim. A experiência infelizmente não obteve sucesso, já que o animal, selvagem, jamais aceitou que fosse transportada qualquer carga nas costas.




Um búfalo da raça Mediterrâneo equipado com o colete especialmente desenvolvido pelo CIGS para o transporte de suprimentos diversos. O animal, equipado com este colete, suporta o seu próprio peso em carga, ou cerca de 400 kg (Foto: CIGS).


Outra tentativa, também frustrada, mas que começou a demonstrar a validade do conceito da utilização de animais, foi executada a partir de 1983 com a utilização de muares. Estes, apesar de historicamente já haverem sido bastante utilizados, não só pela população civil como em operações militares, infelizmente não se adaptaram à Amazônia, sendo que o principal problema verificado foi de natureza veterinária. O animal teve sérios problemas com apodrecimento de cascos e doenças de natureza epidérmica.
Com a continuidade dos estudos chegou-se finalmente ao búfalo, animal já criado com sucesso na Amazônia em pelo menos quatro espécies, rústico e com diversas características que foram ao encontro das necessidades militares para o emprego de animais.
O chamado Projeto Búfalo nasceu em 2000, e tem demonstrado ser uma das soluções para as necessidades das tropas de selva brasileiras, devido à resistência do animal, sua adaptação ao ambiente e, principalmente, à sua capacidade de transportar 400 kg ou mais de carga no lombo, ou até três vezes isso quando tracionando carroças. A história completa do Projeto Búfalo, por si só, já mereceria uma matéria à parte, que poderá vir a ser tratada em uma futura edição.


Defendendo a Amazônia brasileira


Para os oficiais, subtenentes e sargentos do Exército Brasileiro, completar o Curso de Operações na Selva é uma das maiores honras a conquistar em suas carreiras. O CIGS, que já formou quase quatro mil especialistas em guerra na selva durante sua existência, cumpre assim o seu papel de formulador da doutrina de guerra na selva do Exército Brasileiro, pois esses oficiais e sargentos, que tão duramente conquistaram o direito de usar em seus uniformes o almejado “Brevê da Onça”, agirão como elementos disseminadores de tudo que aprenderam em sua passagem pelo CIGS, em toda unidade por onde passarem em suas carreiras. Muitos retornarão ao Centro, como instrutores, formando novas gerações de guerreiros de selva. Após sua formação, ao deixarem pela última vez a unidade, atravessando o portão da guarda e ouvindo o tradicional grito de “Selva!”, saberão que, na floresta, nunca mais se sentirão como caça. São agora caçadores, prontos a defender a brasileira Amazônia.


VOCÊ QUER SABER MAIS?


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www.exercito.gov.br/06OMs/centros/cigs/indice.htm

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

HADITH E SUNNAH!

Hadith




A Hadith (الحديث, pl. Ahadith) é um corpo de leis, lendas e histórias sobre a vida de Maomé, (estas histórias chamam-se em Árabe Sunnah e incluem a sua biografia ou sira) e os próprios dizeres nos quais ele justificou as suas escolhas ou ofereceu conselhos; muitas partes da Hadith lidam com os seus companheiros (Sahaba).
Para a maioria dos muçulmanos, a hadith contém uma exposição com autoridade dos significados do Corão. A lei islâmica é deduzida dos actos, afirmações, opiniões e modos de vida de Maomé. Muçulmanos tradicionais acreditam que os académicos islâmicos dos passados 1400 anos foram bem sucedidos na maior parte em determinar a exactidão de boa parte da hadith com que lidaram.


A literatura, como um todo, foi passada de geração em geração oralmente até meados do século VIII (menos de 100 anos após a morte de Maomé e seus companheiros), ponto a partir do qual foram escritas colecções da Hadith. Mais tarde, elas foram editadas. Este processo chamou-se de isnad, e tomou duas formas:


• musnad - classificação de acordo com os nomes dos tradicionalistas


• musannaf - classificação de acordo com o tema; editada de acordo com o conteúdo.


Os diferentes ramos do Islão (Sunitas e Xiitas) aceitam diferentes colecções da hadith como genuínas.
Tal como o Talmude está para a Torá no Judaísmo, a Hadith está para as leis do Corão no Islão. A Hadith é a interpretação autoritativa do Corão, mesmo quando a prática corrente está em conflito com o significado do texto. A lei islâmica tem alguma flexibilidade, já que algumas tradições do profeta foram anuladas por outros dizeres posteriores dele.


Suna




A palavra árabe Suna significa ‘um caminho’, e logo, suna do profeta significa os caminhos do profeta, ou aquilo que é normalmente conhecido como Tradições do Profeta. Terminologicamente, a palavra “Suna” significa também os feitos, dizeres e aprovações do Profeta Maomé durante os seus 23 anos de profeta, e isto significa que tudo o que ele disse, fez ou aprovou durante o seu tempo como profeta e mensageiro de Alá é considerado uma suna, e os muçulmanos têm de seguir e praticar as suas tradições. Os registros validados (a "hadith") desse "caminho", constituem um exemplo moral para os muçulmanos.


Suna, deste modo, é a segunda fonte da lei islâmica após o sagrado Corão. O sagrado Corão, que é a palavra de Alá incorporada no livro chamado “Mus-haf”, e a Suna incorporada em muitos livros, os mais importantes sendo: Sahih Bukhari, Sahih Muslim, Sunan An-Nasai, Sunan Attirmidhi, Sunan Ibn Majah, e Sunan Abu Daud, que perfazem um corpo de lei islâmica e directivas divinas para muçulmanos em todo o mundo.


A Suna, ao contrário da Hadith, é o caminho ou feitos do Nobre Profeta Maomé durante o seu período de profecia enquanto que a Hadith é uma colecção de suas narrações e aprovações durante o mesmo período.
As duas palavras são praticamente equivalentes quando se referindo às tradições do Profeta, mas na verdade existe uma diferença entre as duas. Hadiths são classificadas quanto ao seu estatuto, em relação aos seus textos e à sua cadeia de transmissores. Académicos de Hadiths estudaram a Suna do profeta desde o seu contexto bem como os seus transmissores por forma a estabelecer o que é verdade e o que é falso nestes hadiths.


Através da pesquisa do transmissores da Hadith, académicos da Hadith chegaram a um sistema para saber as diferentes categorias da Hadith, e de como avaliar o texto por forma a estabelecer se ele é correcto, bom, fraco ou falso.
A Suna deve ser distinguida da fiqh, que são as opiniões de juristas religiosos, e o Corão, que é uma revelação em si e não um registro.


VOCÊ QUER SABER MAIS?


http://www.islamismo.org/

LIMITE DE VENDA DE TERRA PARA ESTRANGEIROS NO BRASIL.

AGU aprova limite de venda de terras do País a estrangeiros




O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o advogado-Geral da União, ministro Luís Inácio Lucena Adams, aprovaram nesta segunda-feira um parecer da Consultoria-Geral da União (CGU) que limita a venda de terras brasileiras a estrangeiros ou empresas brasileiras controladas por estrangeiros. O documento, segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), levou em consideração alterações no contexto social e econômico no Brasil, assim como aspectos como a valorização das mercadorias agrícolas, a crise mundial de alimentos e o desenvolvimento do biocombustível.


Com a nova interpretação, as compras de terras serão registradas em livros especiais nos cartórios de imóveis. Todos os registros feitos por empresas brasileiras controladas por estrangeiros devem ser comunicados trimestralmente à Corregedoria de Justiça dos Estados e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário.
O parecer prevê, entre outras restrições, que as empresas não poderão adquirir imóvel rural que tenha mais de 50 módulos de exploração indefinida. Só poderão ser adquiridos imóveis rurais destinados à implantação de projetos agrícolas, pecuários e industriais que estejam vinculados aos seus objetivos de negócio previstos em estatuto. Esses projetos devem ser aprovados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.


As restrições alcançam também o tamanho da terra. A soma das áreas rurais pertencentes a empresas estrangeiras ou controladas por estrangeiros não poderá ultrapassar 25% da superfície do município.


Histórico


Em 1994, a pedido do Ministério da Agricultura, a CGU emitiu parecer argumentando que só poderia haver restrições à compra de terras por empresas brasileiras de capital estrangeiro caso esse impedimento estivesse expresso no texto constitucional, o que não ocorria, segundo o entendimento da época, em conformidade com Constituição Federal de 1988. Mais tarde, em 1998, o parecer foi ratificado pela AGU.


CNJ: cartórios devem informar compra de terras por estrangeiros


A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça determinou, nesta terça-feira, que os cartórios de registro de imóveis de todo o País passem a informar, trimestralmente, às corregedorias dos Tribunais de Justiça todas as compras de terras por empresas brasileiras controladas por estrangeiros.


A medida foi adotada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, em resposta ao requerimento da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal e põe fim a uma discussão que se arrasta desde a promulgação da Constituição Federal em 1988, sobre se deveria ou não haver controle das compras de terras por empresas nacionais controladas por pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras.
No entendimento da Corregedoria Nacional de Justiça, se os tabeliães não prestarem as informações estarão sujeitos à perda do cargo. Além disso, as aquisições de terras poderão ser anuladas, caso sejam denunciadas e comprovadas irregularidades.


VOCÊ QUER SABER MAIS?


http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4564617-EI306,00-CNJ+cartorios+devem+informar+compra+de+terras+por+estrangeiros.html


http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4638720-EI306,00-AGU+aprova+limite+de+venda+de+terras+do+Pais+a+estrangeiros.html