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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Qual é o futuro da internet? Para refletir.

Qual é o futuro da internet?

Um novo horizonte de eventos se encontra a nossa frente!

Vinte anos depois de sua criação, a rede mundial de computadores, world wide web, criada por um cientista como uma forma simples de dividir informações com colegas, já percorreu um longo caminho.

Foi um milagre acidental que cresceu sem muita orientação de comitês, governos ou corporações.

Mas agora a rede está à beira de outra transformação. Rory Cellan-Jones, jornalista especializado em tecnologia da BBC, conversou com cientistas que estão tentando prever e até guiar o futuro da web.

Veja abaixo algumas dessas previsões.

Rede mais inteligente

Quer chamemos de rede semântica ou rede de dados interligados, os cientistas acreditam que agora estão construindo uma rede muito mais inteligente.

Ao colocar mais dados online e depois “ensinando” a rede a entendê-los e questioná-los de novas maneiras, eles esperam oferecer aos usuários um recurso muito mais inteligente.

“Pense na rede como um grande banco de dados descentralizado contendo de tudo, desde o horário de trens e lugares para comer a sites que informam onde encontrar a melhor oferta. O que a rede vai oferecer é um sistema de buscas muito mais refinado, será uma rede com ‘grãos mais finos’”, disse o pesquisador Nigel Shadbolt, da Universidade de Southampton.

A ideia é que quando alguém fizer uma busca como “próximo trem para Manchester”, em vez de aparecerem várias páginas com informações referentes a trens para Manchester, a rede traga ao usuário uma resposta real. Mas, claro, só se os dados estiverem disponíveis na web.

Shadbolt faz parte de uma campanha liderada pelo criador da rede, Tim Berners-Lee, para convencer o público e órgãos privados a disponibilizar a maior quantidade possível de dados online.

A rede ‘onipresente’

Nós pensamos na rede como algo que acessamos por meio de um browser, usando um teclado.

Mas, de acordo com outra cientista da Universidade de Southampton, Wendy Hall, isto está prestes a mudar: “Vamos conseguir acessar a internet onde quer que estejamos, fazendo o que for, quase sem precisar de nenhum aparelho. Poderemos vê-la por nossos óculos, ou por meio de algum visor que passaríamos a usar”, por exemplo.

A cientista acredita que o browser vai desaparecer e que vamos interagir com a rede por meio de aplicativos, como muita gente já faz com os chamados smartphones.

Objetos nas nuvens

E não apenas as pessoas estarão online.

Mais e mais objetos - como carros, monitores cardíacos e sensores em nossas casas - estarão conectados à internet, contribuindo para um crescente fluxo de dados.

Onde serão armazenados todos esses dados? Na “nuvem”, claro, ou, em outras palavras, nos enormes bancos de dados sendo construídos pelos super poderes da web, como a Google e a Microsoft.

“Em certo sentido, a rede está se tornando um grande computador”, disse Andrew Herbert, à frente do laboratório da Microsoft em Cambridge.

A rede de celulares

Está claro que o futuro da rede está nos celulares – e para a maioria dos bilhões de pessoas que se juntarem a ela nos próximos anos, sua primeira experiência de acesso à web será por telefone celular.

Um dos grandes pensadores da indústria de celulares, Benoit Schillings, da empresa Myriad Software, afirma que isso vai nos tornar ainda mais dependentes da rede.

“Nós partimos do princípio de que é algo que temos conosco o tempo todo. Então quando você perde o seu telefone, se torna um desastre – é agora uma parte essencial de como seres humanos funcionam.”

Mas Schillings afirma que as limitações de uma rede de celulares, em comparação com os dados sendo baixados por uma linha fixa, significa que pesquisas em áreas como compressão de informação se tornam ainda mais vitais.

Uma rede sustentável?

Então, como podemos garantir que esta rede inteligente, móvel e penetrante possa continuar crescendo sem engolir o planeta?

O pesquisador Andy Hopper, da Universidade de Cambridge, lidera um programa chamado Computação pelo Futuro do Planeta.

Ele está otimista com o que a rede pode fazer.

“É um marca-passo para o planeta, uma parte indispensável para a nossa civilização”, diz ele.

Mas ele agora está procurando meios para que tecnologias de computação possam ser usadas para controlar ou reduzir suas pegadas de carbono.

Um de seus alunos, por exemplo, está tentando criar um monitor pessoal de energia que use a nova “rede de objetos” para juntar todos os tipos de informação de sensores online que monitoram o uso de energia.

Mas, quanto mais a rede crescer, maiores serão as ameaças a sua estabilidade, ou não?

“A piada corrente entre a comunidade de engenheiros é que a internet está sempre à beira do colapso”, afirma Craig Labowitz da Arbor Networks, que monitora o desempenho da rede.

Ele é otimista e acredita que a rede vai continuar “se consertando”, mas afirma que, cada vez mais, isso vai depender das grandes corporações que agora controlam o tráfego.

Nos últimos três anos, afirma Labowitz, a participação da Google no tráfego global da internet aumentou de 1% para 10%.

Quem controla?

O que nos traz à questão crucial: quem controla o futuro da rede? Até agora ela vem crescendo de acordo com os princípios de abertura e parâmetros acertados mutuamente – mas alguns temem o surgimento de uma rede corporativa onde a inovação e a liberdade de expressão serão prejudicados.

“Não há garantias de que ela continuará evoluindo da maneira como é hoje – aberta, gratuita e com parâmetros universais”, afirma Wendy Hall.

“Se você perder isso, ou se os parâmetros forem superados por preocupações corporativas, então a rede vai mudar dramaticamente”, conclui.

Você quer saber mais?

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/03/100309_superpowerhawking.shtml

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/03/100311_superpower_tailandia_np.shtml

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Rússia caça agente duplo que traiu seus espiões, diz jornal.

Caçada ao traídor


MOSCOU (Reuters) - O jornal russo Kommersant informou nesta quinta-feira que o chefe das operações de espionagem do país nos Estados Unidos era um agente duplo que traiu pelo menos dez compatriotas, proporcionando ao Ocidente um de seus maiores golpes desde o fim da guerra fria.

De acordo com o jornal, o militar identificado como coronel Shcherbakov, diretor do departamento de espionagem "ilegal" nos EUA, do Serviço de Inteligência Externa, na verdade estava a serviço de Washington.

Segundo a reportagem, ele teria sido levado de Moscou para os EUA dias antes de o FBI anunciar, em junho, que havia detido espiões russos.

A traição tornaria Shcherbakov um dos espiões de mais alto nível hierárquico a passar para o outro lado desde a dissolução da União Soviética e poderá ter consequências para o prestígio do Serviço de Inteligência Externa e seu chefe, o ex-primeiro-ministro Mikhail Fradkov.

Confirmando que o relato do Kommersant é exato, Gennady Gudkov, vice-presidente do comitê de segurança do Parlamento russo, disse que o caso foi um grande fiasco para o serviço de inteligência russo e um sucesso para os Estados Unidos.

Uma fonte do Kremlin disse ao jornal, numa declaração que lembra a época da Guerra Fria, que pistoleiros russos provavelmente estavam se preparando para matá-lo.

"Nós sabemos quem ele é e onde ele está", disse a fonte. "Sem dúvida um Mercader já foi enviado atrás dele", acrescentou, referindo-se ao espanhol Ramón Mercader, que era agente soviético e, a mando de Moscou, matou em 1940 o militante Leon Trotsky, na época exilado no México.

Um porta-voz do Serviço de Inteligência Externa (SVR) da Rússia disse que não comentaria a reportagem do Kommersant. "O que posso dizer é que o centro de imprensa do SVR não passou nada disso ao Kommersant", afirmou.

Em junho, os EUA anunciaram que haviam desbaratado uma rede de espionagem que vinha operando no país havia cerca de dez anos. Seus membros adotavam falsas identidades e se misturavam às suas comunidades, tentando reunir informações para Moscou.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, disse posteriormente que algum traidor havia armado uma cilada para os agentes russos, e o presidente Dmitry Medvedev condecorou os espiões por seus serviços à Rússia.

Você quer saber mais?

http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE6AA0M120101111

Terríveis Monstros Pré-historicos

Feios e práticos

Quem conhece um pouco mais sobre a pré-história sabe que nem só de Tiranossauros era feito o terror daquela época. Aqui apresentamos uma lista com cinco monstros pré-históricos menos conhecidos mas, nem por isso, menos assustadores.

Azhdarquidos


Acredita-se que eles sejam as maiores criaturas voadoras que já passaram pelos céus da Terra. Sua envergadura podia chegar a 15 metros e eles eram, basicamente, uma versão maior e ainda mais assustadora dos famosos pterossauros. Possuíam enormes pernas, pescoços e bicos. Seu torso e suas asas eram proporcionalmente menores, sugerindo que era complicado para eles caçar em pleno voo, como aves de rapina. Pesquisas mostram que eles não faziam luxo em relação à comida: eram carnívoros e se alimentavam de qualquer coisa que estivesse ao alcance. Sua altura era, em média, de 6,5 metros.

Gorgonopsídeos

O período permiano foi o período anterior à era dos dinossauros. Nessa época, os predadores mais terríveis foram os gorgonopsídeos – tinham 7 metros de comprimento, mandíbulas poderosas e dentes afiados, similares aos do tigre-dente-de-sabre. Como se isso não fosse aterrorizante o suficiente, algumas espécies possuíam duas camadas desses dentes, que usavam para destroçar presas do tamanho dos nossos rinocerontes atuais. Acredita-se que eram rápidos e que podiam ser peludos, já que eles seriam parentes dos mamíferos.

Purussauro

Ele pode até parecer um “inocente jacaré”, mas, acredite, era uma criatura horrenda. Você já deve ter visto em documentários algum crocodilo fazendo uma refeição, certo? Oito milhões de anos atrás, as florestas tropicais da América do Sul eram povoadas de enormes roedores, tartarugas e crocodilos. Nesse cenário também existiam os Purossauros, crocodilos de 15 metros de comprimento. Próximas às ossadas de Purossauros foram encontrados restos de presas divididas ao meio, mostrando o “método de caça” do bicho.

Entelodon

Não, não é um javali anabolizado. Apesar de porcos e de seus primos atuais serem mais pacíficos e não caçarem presas, nos tempos pré-históricos a história era outra. O entelodon se alimentava apenas de carne e tinha a altura média de um humano (aproximadamente 1,80 metros). Dificilmente ele caçava a sua comida – normalmente esperava que outros predadores menores caçassem e então os espantava, fazendo com que deixassem para trás a caça. Evidências sugerem que eles brigavam entre si e, quando a comida não era abundante, eles comumente lutavam e matavam um companheiro entelodon para se alimentar.

Spinossauro


O T-Rex não foi o maior e mais assustador dinossauro do mundo – estudos mostram que até eles fugiam do Spinossauro. Ele podia medir mais do que 18 metros de altura, pesava mais de 18 toneladas e só a “crista” em suas costas era mais alta do que um humano. Suas presas variavam de peixes a outros dinossauros. Podiam correr mais ou pelo menos o mesmo tanto que os T-Rex, mas eram bem mais ferozes. Apesar de ser menos conhecido, o Spinossauro foi o maior predador a pisar na Terra.

Você quer saber mais?

http://www.environmentalgraffiti.com/anthropology-and-history/news-five-less-well-known-equally-savage-prehistoric-predators

Palavras também morrem.

Quase um quarto dos verbos da língua portuguesa do século XIII simplesmente desapareceu dos nossos dicionários atuais


Todo mundo riu quando a filha de um famoso cantor sertanejo, ela também cantora, disse recentemente que, enquanto lia o romance As Pupilas do Senhor Reitor, de Júlio Dinis, tinha de ir a cada cinco frases ao dicionário. Mas, sem entrar em discussões mais profundas, temos de admitir: é quase impossível entender todas as palavras dos textos mais antigos escritos em português. A impressão que temos é que os verbos medievais simplesmente sumiram da nossa língua.

Quer um teste? Lá pelos idos de 1214, o nobre D. Lourenço Fernandes da Cunha pôs no papel (ou, melhor, num papiro irregular de 15 por 30 centímetros) os vexames que havia sofrido. O documento, conhecido como Notícia de Torto, é um dos cinco mais antigos textos escritos em português. Em 55 linhas, D. Lourenço reclamava da violência dos filhos de Gonçalo Ramires. Num trecho, o nobre diz o seguinte: “[...] fur(u) a Ueraci amazaruli os om(éé)s”*. Alguém entende?

E olha que isso é português, como o nosso. O período de transição entre o latim e a nova língua já havia passado – foi entre os séculos 9 e 11. Acontece que 23% dos velhos termos desapareceram mesmo do português. Uma comparação entre o Dicionário Houaiss, com 228 mil verbetes, e o Dicionário de Verbos do Português Medieval (DVPM), projeto da Universidade de Lisboa que cataloga as palavras usadas nos primeiros textos da língua, mostra ainda que outros 3% dos verbos são classificados como arcaicos, antigos ou obsoletos. E mais 1% são tidos como de uso raro.

Tirar palavras em desuso do dicionário é comum em diversos idiomas. A Espanha, por exemplo, passou por uma reforma ortográfica severa. Em 1999, diversos verbetes foram excluídos da língua espanhola.


Essas, sim, deveriam sumir; Ego, meliante e poetisa me causam calafrios

Banir palavras – a idéia é tentadora, mas não é saudável. A língua é um ser vivo, e não uma ave empalhada. Move-se, muda, e o que é ruim hoje pode ser excelente amanhã. Mas, não posso negar, o português está infestado de palavras que me causam calafrios. Talvez não seja, contudo, o caso de eliminá-las, até porque o mal de uma palavra nem sempre está no que ela é, mas no que fazemos dela.Que os psicanalistas falem em “ego” na tentativa de delimitar o espaço entre um conceito e uma palavra de uso comum, “eu”, vá lá. Mas que nós falemos em “ego” é coisa bem diferente. Ou será para esconder a vaidade?

Por que dizer “meliante”, como fazem os policiais, e não simplesmente “marginal”? Por que falar no “elemento” e não no “sujeito”? Ainda há quem diga “poetisa”, quando Cecília Meireles é, simplesmente, uma grande poeta.

Poetisa poderia ser, no máximo, a mulher de um poeta – como é a embaixatriz, que se distingue da profissional, embaixadora. Palavras, além do mais, viciam, como o cigarro ou o álcool. Na televisão, em vez de responder à pergunta do repórter com um simples “sim”, quase sempre se prefere o deplorável “com certeza”. Na apresentação da reportagem, os âncoras dos telejornais sugerem que devemos “conferi-la” – como se fôssemos verificar a quantidade de ovos de uma cesta. Seria importante eliminar, ainda, redundâncias como “pequenos detalhes”, incorporadas à linguagem comum.
É verdade que, como um ser vivo, a língua está exposta a transformações. O que está errado hoje, por força do uso, logo estará certo. Sim, ela é o terreno da liberdade. Mas isso não exclui a elegância, nem a sabedoria.


Sem palavras Estes termos usados nos idos de 1200 sumiram ou foram modificados

Assunar: juntar, pôr(-se) junto, unir(-se), reunir(-se)
Amazar: matar, tirar a vida (de alguém) intencionalmente, assassinar

Chuiva: Chuva, fenômeno que resulta da condensação do vapor de água contido na atmosfera em pequenas gotas que, quando atingem peso suficiente, se precipitam sobre o solo muito próximas umas das outras

Encartado: condenado, que ou o que se condenou

Geolho: joelho, articulação da coxa com a perna

Mesurado: moderado, que se moderou, comedido

Osmar: calcular, determinar o valor

Suso: acima, em direção a lugar ou parte superior, ascensionalmente

Trevudar: pagar imposto


Até Camões escrevia errado

Camões, em seu clássico Os Lusíadas, escreveu versos como: “doenças, frechas e trovões ardentes” ou “nas ilhas Maldivas nasce a pranta”. Era assim mesmo, com “r” no lugar de “l”. Tanto flecha como planta são palavras com origem em termos com “l”: flecha vem do francês flèche e planta vem do latim planta, nem mudou.

É, Luís Vaz de Camões e seus contemporâneos sofriam do mesmo “probrema” que ataca muita gente humilde hoje. A confusão se explica: “r” e “l” são consoantes da mesma família, as consoantes líquidas. Trocar uma pela outra é fácil. E, para nós, o encontro consonantal com “r” é mais natural.

O lingüista Marcos Bagno, autor de Preconceito Lingüístico, diz que ao longo do tempo nossa fala deveria ter acabado com os encontros consonantais com “l”. Mas um fato histórico impediu isso. No século 16, um bando de gramáticos – todos com complexo de Cebolinha – tentou reaproximar a língua do velho latim. A flecha que já estava virando frecha voltou a ser flecha. E a frecha de Camões entrou para a lista dos termos que sumiram. Outras palavras, porém, resistiram. Como praga, apesar de ter origem no latim plaga. E grude, que vem do latim gluten.
Por isso, Marcos Bagno defende o respeito a todas as pessoas que hoje falam errado – tão errado quanto Camões falava. E sobre o tão comum problema do “probrema”, acredite: se o próprio Camões nunca errou especificamente essa palavra foi por mera falta de oportunidade. Na verdade, ele nunca a escreveu. Problema só se incorporou ao português em 1683. O escritor morreu 103 anos antes.

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http://historia.abril.com.br/

Cães mumificados encontrados no Peru.

Cães mumificados estavam em bom estado de concervação


Seis cães mumificados da época inca e os restos funerários de quatro crianças, provavelmente do século XV, e em bom estado de conservação, foram descobertos por um grupo de arqueólogos no santuário de Pachacámac, ao sul do Peru, informou nesta quarta-feira o especialilsta Jesús Holguín.

"Os cães mumificados têm a pelagem e a dentadura completos", disse Holguín à AFP, explicando que uma das crianças teria sido presumivelmente sacrificada na época inca.

"O que chama a atenção é que todos os cães apresentam a mesma característica", informou o arqueólogo, que, no entanto, não pôde precisar a raça, ainda em estudo.

Os animais foram encontrados envoltos em tecidos, como espécie de oferenda, há duas semanas na zona de acesso à sétima pirâmide do santuário de Pachacámac (a 25 km de Lima), um complexo arqueológico com numerosas edificações.

Desde 1993, arqueólogos peruanos descobriram 82 túmulos de cães junto a restos humanos da cultura pré-hispânica Chiribaya (entre os anos 900 e 1.350).

O único cão peruano reconhecido em nível mundial é o sem pelo, declarado pelo governo peruano patrimônio cultural.

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http://www1.folha.uol.com.br/

Escavações em Israel revelam palácio construído no século VIII a.C.

Palácio dos Jardins



Um palácio que estava rodeado de jardins foi construído há séculos em uma colina nos arredores de Jerusalém e servia de atalaia para vigiar a cidade santa.

Há cinco anos, arqueólogos e historiadores de Israel e Alemanha tentam descobrir os mistérios que rodeiam as ruínas do palácio, erguido no final do século VIII a.C. na região conhecida hoje como Ramat Rahel, entre as cidades de Jerusalém e Belém.

O complexo era visível desde as duas principais vias que levavam à cidade de Jerusalém e, provavelmente, floresceu na época dos assírios, até ser esquecido e abandonado.

No local, é possível se observar os restos das trincheiras construídas durante a guerra de 1948 entre judeus e árabes.

"Trata-se de um palácio do período dos reis da Judéia. É único. Não há nenhum deste tamanho e beleza em todo Israel. Nem mesmo em Jerusalém encontramos restos de palácios daquela época", destacou à agência de notícias Efe o arqueólogo responsável pelas escavações Yuval Gadot.

A área abriga os restos de "um grande complexo que incluía um palácio de arquitetura grandiosa, com um jardim interior, um pátio e um jardim que o rodeava todo", afirmou o arqueólogo.

A escavação, codirigida pelos professores Oded Lipschits da Universidade de Tel Aviv, e Manfred Oeming da Universidade de Heidelberg (Alemanha), "joga luz sobre uma época histórica que está muito distante e nos dá mais informação sobre aquele tempo", ressaltou Gadot.

A descoberta mais surpreendente são os jardins, já que nunca se havia encontrado em Israel vestígios de parques dessa época, ao contrário da região da Mesopotâmia, no atual Iraque, e da Europa, onde muitas áreas verdes foram descobertas.

"Os jardins rodeavam o palácio com o objetivo de chamar a atenção de qualquer ponto em Jerusalém. Foram usadas sofisticadas e poderosas instalações de água, túneis esculpidos em pedra e recobertos interiormente e por fora. Tudo para criar uma paisagem artificial, um paraíso nas montanhas desertas de Jerusalém", disse Gadot.

Segundo ele, os jardins contradiziam com a realidade da época: "É como se alguém dissesse 'não tenho água, portanto vou usá-la exageradamente para ressaltar meu poder. Não há vegetação, portanto vou colocar plantas por todas as partes, um jardim que todo mundo possa admirar de longe. Criarei um lugar para deuses, transformarei uma montanha em uma planície repleta de jardins'."

A teoria mais plausível para os arqueólogos é que o palácio tenha servido de centro administrativo para os representantes dos diferentes impérios da época, enviados pelos imperadores sírios, babilônios e persas que controlaram a Judéia e usaram este lugar para recolher impostos.

"O poder que vemos aqui é maior que o que tinham os reis da Judéia, é um poder imperial", afirma o arqueólogo.

Uma análise da terra revela que os jardins foram vistos pela última vez no início do período helenístico.

Nos cinco anos de pesquisas, os arqueólogos ainda não conseguiram compreender totalmente os complexos sistemas de distribuição de água que alimentavam o jardim e que, segundo Gadot, foram projetados "não só para recolher a pouca água da chuva e levá-la de um lugar para o outro, mas com objetivo estético".

A escavação revela complexas estruturas com túneis que parecem não levar a lugar algum, cuja função ainda está para ser decifrada.

Após servir de centro administrativo no período helenístico, o palácio foi abandonado e desapareceu. Em seu lugar, nasceu uma vila romana em meados do século II d.C..

Você quer saber mais?

http://www1.folha.uol.com.br/