Como BTK conseguiu durantetanto tempo ficar incognito na sociedade? Simples: o mesmo não passava,
aparentemente, de mais um morador, pai de família, religioso e socialmente
agradável, entretanto, como alguém aparentemente sem empatia pelo próximo,
consegue criar este tipo de estrutura social? Talvez esta estrutura fizesse
parte de sua “camuflagem”.
Segundo Ilana Casoy, “para
parecer um ser humano normal e misturar-se às outras pessoas, o serial killer
desenvolve uma personalidade para consumo externo, ou seja, um fino verniz de
personalidade completamente dissociado do seu comportamento violento e
criminoso. A dissociação não é anormal, todos nós temos um comportamento social
mais “controlado” do que aquele que temos com nossos familiares mais íntimos.”
Entretanto, para os
psicopatas, esta dissociação entre a realidade e suas fantasias é bem mais
ampla. Interessante trazer uma narrativa encontrada no livro “Meu vizinho é um
psicopata”, da Martha Stout, Ph.D., em
seu capítulo 4, onde a mesma narra a história de uma psicóloga, de 34 anos,
bonita, bem vestida e que dirigia uma BMW, e que era extremamente querida no
hospital em que trabalhava, mas que escondia uma outra faceta: menosprezava
seus colegas de trabalho e manipulava todos ao seu favor.
Como se isto não bastasse, a
mesma sabotou o trabalho de uma colega psicóloga, que após um longo tratamento
de um paciente paranoico ( o qual pensamentos aterradores o assaltavam ), teve
uma brusca recaída após ser informado que sua psicologa de confiança o
deixaria, e que o mesmo seria tratado por outro profissional. Toda esta
movimentação foi feita apenas para sabotar o trabalho de sucesso da “colega”,
pois o paciente era filho de alguém influente dentro do hospital, e que com
certeza, um bom tratamento traria frutos para o hospital, bem como para a
psicóloga.
Após inúmeras “sabotagens”,
descobriram que a tal psicologa não tinha registro e muito menos diploma de
doutorado como alegava, apenas o fato de que aos 22 anos formou-se em
psicologia em sua cidade natal. Observem então que nem todos os casos de
psicopatia estão associados à crimes em série, mas à satisfação por menorizar o
próximo, efetuar crimes financeiros – vide caso Bernard Madoff e sua pirâmide financeira – e torna-se
usurpador da vida alheia, tudo isto apenas por puro prazer.
Como
os psicopatas estão presentes no nosso cotidiado?
Déborah Pimentel, em seu
artigo “A psicopatia da vida cotidiana”, nos informa que “nem sempre os
psicopatas são identificados, depende muito do grau de psicopatia, se baixa,
moderada ou grave. Muitas vezes, convive-se com eles no cotidiano, pois nem
todos se transformam em marginais ou assassinos, e levam uma vida aparentemente
normal, exercendo seu grande poder de sedução, manipulando, traindo, tirando
vantagens e fragilizando os mais vulneráveis, em relacionamentos predatórios
com quem cruzam pelo caminho e que podem tornar-se presas fáceis do seu gozo
perverso”.
Interessante a colocação de
Renato Sabbatini e Silvia Helena Cardoso, em seu artigo “Sociopatas: Predadores
Humanos”, os quais dizem que: “Os sociopatas tem problemas legais e criminais,
frequentemente manipulam os outros em proveito próprio, dificilmente mantém um
emprego ou um casamento por muito tempo, eles têm inteligência normal ou acima
do normal e, em geral, não tem nenhuma ansiedade, depressão, alucinações ou
outros sintomas e sinais indicativos de neurose, pensamento irracional ou
doença mental.”
Enfim, os psicopatas estão
aí, sabem o que estão fazendo, mas não sentem nenhum tipo de culpa, mesmo
distinguindo o que é certo e errado.
Inimigo
intimo.
Os psicopatas tendem a se
“infiltrarem” nos ambientes que propiciam vantagens para suas “práticas
sádicas”, como por exemplo naquele chefe que quer levar vantagem, líder
religioso, nos amantes que prometem amor eterno, políticos, defensores da lei,
etc. O aumento crescente de denúncias de bullying e assédio moral estão aí para
provar que eles são mais próximos de nós do que pensamos.
Texto:
Edinaldo Oliveira
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