Autocracia? Democracia? Imagem: The Wave Home.
São teorias que estudam a liderança em
termos de estilos de comportamento do líder em relação aos seus subordinados.
Enquanto a abordagem dos traços se refere àquilo que o líder é, a abordagem dos
estilos de liderança se refere àquilo que o líder faz, isto é, o seu
comportamento para liderar.
A teoria mais conhecida refere-se a
três estilos de liderança: autocrático, liberal e democrático.
White e Lippitt fizeram uma pesquisa
para analisar o impacto provocado por três diferentes estilos de liderança em
meninos orientados para a execução de tarefas. Os meninos foram divididos em
quatro grupos, e a cada seis semanas a direção de cada grupo era desenvolvida
por líderes que utilizavam três estilos diferentes: a liderança autocrática, a
liberal (laissez-faire) e a liderança democrática.
Liderança autocrática: O líder centraliza as decisões e
impõe ordens ao grupo. O comportamento dos grupos mostrou forte tensão,
frustração e agressividade, de um lado, e, de outro, nenhuma espontaneidade,
iniciativa ou formação de grupos da amizade. Embora gostassem das tarefas, não
demonstraram satisfação com relação à situação. O trabalho somente se
desenvolvia com a presença física do líder. Quando este se ausentava, as
atividades paravam e os grupos expandiam seus sentimentos reprimidos, chegando
a explosões de indisciplina e agressividade.
Liderança liberal: O líder delega totalmente as
decisões ao grupo e deixa-o completamente à vontade e sem controle algum.
Embora a atividade do grupo fosse intensa, a produção foi medíocre. As tarefas
se desenvolviam ao acaso , com muita oscilações, perdendo-se tempo com
discussões por motivos pessoais e não relacionados ao trabalho. Notou-se forte
individualismo agressivo e pouco respeito ao líder.
Liderança democrática: O líder conduz e orienta o grupo e
incentiva a participação democrática das pessoas. Houve formação de grupos de
amizade e relacionamento cordiais entre os membros. Líder e subordinados
desenvolveram comunicação espontâneas, francas e cordiais. O trabalho mostrou
um ritmo suave e seguro, sem alterações, mesmo quando o líder se
ausentava.Houve um nítido sentido de responsabilidade e comprometimento pessoal
além de uma impressionante integração grupal dentro de um clima de satisfação.
Os grupos submetidos à liderança
autocrática apresentaram maior quantidade de trabalho produzido. Sob a
liderança liberal não se saíram bem quanto à quantidade e a qualidade. Com a
liderança democrática, os grupos apresentaram um nível quantitativo de produção
equivalente à liderança autocrática, com uma qualidade de trabalho
surpreendentemente superior.
Na prática, o líder utiliza os três
estilos de liderança de acordo
com a situação, as pessoas ea tarefa a executar.
O líder tanto manda cumprir ordens como consulta os subordinados antes de
tomar uma decisão e sugere como realizar
certas tarefas: ele utiliza a liderança autocrática, democrática e liberal. O
desafio da liderança é saber quando aplicar qual estilo, com quem e em que
circunstâncias.
AUTOCRÁTICA
O
líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo.
O
líder determina as providências para a execução das tarefas, cada uma
por vez, na medida em que se tornam necessárias, e de modo imprevisível
para o grupo.
O
líder determina a tarefa que cada um deve executar e o seu companheiro
de trabalho.
O
líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e nas críticas ao trabalho
de cada membro.
DEMOCRÁTICA
As
diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulando e assistido
pelo líder.
O grupo esboça as
providências para atingir o alvo e pede aconselhamento do líder, que sugere
alternativas para o gupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com
os debates.
A
divisão de tarefas fica a critério do grupo e cada membro tem a
liberdade de escolherem seus companheiros de trabalho.
O
líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito. O líder é
“objetivo” e limita-se aos “fatos” nas críticas e nos elogios.
LIBERAL (LAISSEZ – FAIRE)
Há
liberdade total para as decisões grupais ou individuais, e mínima
participação do líder.
A
participação do líder é limitada apresentando apenas materiais variados
ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações se elas fossem
solicitadas.
A
divisão das tarefas e escolha dos colegas fica totalmente a cargo do
grupo. Absoluta falta de
participação do líder.
O
líder não avalia o grupo nem controla os acontecimentos. Apenas comenta
as atividades quando perguntado.
Teorias
situacionais da liderança.
Enquanto as teorias sobre traços de
personalidade são simplistas e limitadas, as teorias sobre estilos de liderança
consideram apenas certas variáveis da situação. As teorias situacionais
explicam a liderança dentro de um contexto mais amplo e partem do princípio de
que não existe um único estilo de liderança válido para toda e qualquer
situação. A recíproca é verdadeira: cada
situação requer um tipo de liderança para alcançar eficácia dos subordinados.
As teorias situacionais são mais atrativas ao administrador, pois aumentam as
opções e possibilidades de mudar a situação para adequá-lo à situação. A
identificação de um líder depende da posição estratégica que ele ocupa dentro
da cadeia de comunicações e não apenas de suas características de
personalidade. A abordagem situacional de liderança passou a ganhar
predominância na teoria administrativa.
Tannenbaum e Schimidt expõem uma
abordagem situacional de liderança, com uma gama de padrões de comportamento de
liderança que o administrador escolhe para as suas relações com os
subordinados. Cada tipo de comportamento está relacionado ao grau de autoridade
utilizado pelo líder e ao grau de liberdade disponível para os subordinados,
dentro de um continuum de padrões.
Para escolher o padrão de
liderança a adotar, o líder deve avaliar três forças que agem simultaneamente.
Da
abordagem situacional, podem – se inferir as seguintes proposições:
*Quando as tarefas são rotineiras e
repetitivas, a liderança é limitada e sujeita a controles pelo chefe.
*Um líder pode assumir diferentes
padrões de liderança para cada um de seus subordinados.
*Para um mesmo subordinado, o líder
pode assumir vários padrões de liderança conforme a situação envolvida. Quando
o subordinado apresenta eficiência, o líder pode dar-lhe liberdade nas decisões
, mas, se o subordinado apresenta erros imperdoáveis, o líder pode impor-lhe
maior autoridade pessoal e menor liberdade de trabalho.
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CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas.Rio de Janeiro:
Elsevier, 2004.
ALMEIDA, José Ronaldo Mendes de; ALMEIDA,
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FARIA, A. nogueira de; SUASSUNA, Ney Robinson.
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