Jacques Derrida, foi um dos mais importantes filósofos do pós-estruturalismo e pós-modernismo.
Pós-estruturalismo refere-se
a uma tendência à radicalização e à superação da perspectiva estruturalista. No
campo propriamente filosófico seus principais representantes são: (Jacques Derrida, Gilles Deleuze,
Jean-François Lyotard).
Também podem ser considerados
pós-estruturalistas ou próximos às teses pós-estruturalistas Giorgio Agamben, Jean Baudrillard, Judith
Butler, Félix Guattari, Julia Kristeva, Sarah Kofman, Philippe
Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nancy.
O prefixo pós não é todavia interpretado como sinal de contraposição
ao estruturalismo. De fato, esses pensadores levaram às últimas conseqüências
os conceitos e desenvolvimentos do estruturalismo, até dissolvê-los no desconstrutivismo, construtivismo ou no relativismo
e no pós-modernismo. O movimento pós-estruturalista está intimamente ligado ao
pós-modernismo - embora os dois conceitos não sejam sinônimos.
O pós-estruturalismo
instaura uma teoria da desconstrução na análise literária, liberando o texto
para uma pluralidade de sentidos. A realidade é considerada como uma construção
social e subjetiva. A abordagem é mais aberta no que diz respeito à diversidade
de métodos. Em contraste com o estruturalismo, que não afirma a independência e
superioridade do significante em relação ao significado, para eles os dois são inseparáveis,
os pós-estruturalistas não veem o significante e o significado como
inseparáveis e sim como separáveis.
Não se trata exatamente de
um movimento, e poucos desses pensadores aceitam o rótulo de
'pós-estruturalista' - criado por outros para designar genericamente um
conjunto de diferentes reações ao estruturalismo. Consequentemente, nenhum dos
ditos pós-estruturalistas se sentiu na obrigação de elaborar um "manifesto"
do pós-estruturalismo.
Como corrente filosófica,
embora não constituindo propriamente uma "escola", o pós-estruturalismo caracteriza-se pela
recusa em atribuir ao cogito cartesiano, ao sujeito ou ao homem, qualquer
privilégio gnoseológico ou axiológico, privilegiando, em vez disso, uma análise
das formas simbólicas, da linguagem, mais como constituintes da subjetividade
do que como constituídas por esta.
São tipicas da abordagem
pós-estruturalista a retomada dos temas nietzscheanos, como a crítica da
consciência e do negativo (por Deleuze) ou o projeto genealógico (por
Foucault), a radicalização e a superação da valorização ontológica da linguagem
heideggeriana e uma perspectiva anti-dogmática
e anti-positivista. De modo geral, os pós-estruturalistas rejeitam
definições que encerrem verdades absolutas sobre o mundo, pois a verdade dependeria do contexto
histórico de cada indivíduo.
O conceito
pós-estruturalismo "pode" ser, ou não, interligado ao de
pós-modernismo (verificando que pós-modernismo é referido a movimentos
culturais, não políticos e sociais), aos quais, os últimos, retrata a ruptura
com os grandes esquemas meta-narrativos que pretendem explicar ou significar o
mundo social, mas, em sua grande pretensão, não explicam nada (retoricamente
vazio). Assim, é possível dizer que o pós-estruturalismo não condiz com o
positivismo, já, que o mesmo, se utiliza de meta-teorias para embasar esquemas
teóricos de pré-conceituação de uma certa visão de mundo que retrata o social
como coisa.
Em relação a abordagem nietzscheana, exitem dúvidas, pois, a
crítica da consciência não significa elimina-la, ao contrário, mas,
transforma-la, considerando o fator sócio histórico em que a problemática esta
inserida ao discernir um determinado assunto. Ao contrário da genealogia de
Foucault, que incide em descontruir justamente os grandes esquemas
metanarrativos, pondo um "ponto" no significante e libertando a
pluralidade de significados. Assim, pode haver alguma intersecção entre
pós-estruturalismo e modernidade, ou não, se, se considerado o inverso da
penúltima afirmação do referido texto, pois, as duas vertentes consideram
exatamente o contrário, não pretendem "rejeitar definições que encerrem
verdades absolutas sobre o mundo", mas, sim, rejeitam definições que
pretendem ser verdades absolutas sobre o mundo, já, que se trata exatamente da
diferença entre estruturalismo X pós-estruturalismo e modernidade X
pós-modernidade.