PESQUISE AQUI!

domingo, 7 de setembro de 2025

Uma breve história da Una Santa Igreja Católica Apostólica Romana

 Ousar escrever um texto sobre a maior e mais antiga instituição internacional em funcionamento contínuo é um desafio. Uma instituição que vai além do mundo material, alcançando o transcendente e o espiritual, dedicada à salvação da humanidade por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Seu nome completo é Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana (CIC 811–870). É Una, pois é única, fundada por Cristo; Santa, porque tem origem em Deus e é guiada pelo Espírito Santo; Católica, do grego katholikós, significa “universal”, chamada a anunciar o Evangelho a todos os povos; Apostólica, porque possui sucessão apostólica nos seus bispos; e Romana, pois seu centro espiritual está em Roma, na figura do Papa, sucessor de São Pedro.

A Igreja tem sua origem no plano de Deus e se realiza progressivamente na história da salvação, mas sua fundação visível acontece com Jesus Cristo, no início de sua obra missionária (c. 27–30 d.C.). Sua manifestação plena como comunidade visível ocorreu em Pentecostes (c. 33 d.C.).

Como instituição, a Igreja se sustenta em três pilares: Sagrada Escritura (Bíblia), Tradição (ensinamentos dos Apóstolos) e Magistério (ensinamentos oficiais do Papa e dos bispos).

O próprio Cristo estabeleceu o primeiro Papa na pessoa de São Pedro (CIC 880–887). O primeiro concílio da Igreja, o Concílio de Jerusalém (c. 49 d.C.), definiu as bases essenciais das diferenças entre judaísmo e cristianismo.

A Igreja Católica foi perseguida por cerca de três séculos no Império Romano. Em 313 d.C., o Edito de Milão, assinado por Constantino e Licínio, garantiu liberdade religiosa e pôs fim às perseguições. Em 380 d.C., o Édito de Tessalônica, de Teodósio I, tornou o cristianismo niceno — ou seja, a Igreja Católica — a religião oficial do Império.

Quanto aos livros da Bíblia, foi a Tradição viva da Igreja, guiada pelo Espírito Santo, que discerniu e fixou o cânon das Escrituras (CIC 120 e 138). O primeiro concílio a definir oficialmente os livros da Bíblia foi em Roma, 382, sob o Papa Dâmaso I, registrado depois no Decretum Gelasianum. Os concílios de Hipona (393) e Cartago (397 e 419) confirmaram e consolidaram esse cânone, mantido até hoje.

Maria ocupa um lugar especial como Mãe de Cristo e modelo de santidade, enquanto os santos, unidos a Deus, intercedem por nós, demonstrando a unidade espiritual da Igreja (CIC 967–968; CIC 956–957).

Para a Igreja, os sete sacramentos são sinais sagrados instituídos por Cristo para transmitir graça divina: Batismo – nos incorpora à Igreja e nos purifica do pecado original; Confirmação (Crisma) – fortalece a fé pelo Espírito Santo; Eucaristia – participação no Corpo e Sangue de Cristo; Penitência (Confissão) – perdão dos pecados através do arrependimento; Unção dos Enfermos – consolo, graça e fortalecimento em momentos de doença ou perigo de morte; Ordem – confere o ministério sacerdotal ou episcopal; Matrimônio – união de um homem e uma mulher em amor e fidelidade, aberta à vida.

A Igreja Católica também é reconhecida como a maior instituição de caridade do mundo, atuando por meio de dioceses, paróquias, congregações religiosas e organizações como a Caritas Internacional, oferecendo saúde, educação e assistência social a milhões de pessoas.


Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam.”

Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome seja dada a glória.”

Lema dos Cavaleiros Templários



Você quer saber mais?

IGREJA CATÓLICA. Catecismo da Igreja Católica. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2013.

BÍBLIA. Sagrada Bíblia: Antigo e Novo Testamento. Tradução da Vulgata Latina por Pe. Matos Soares. São Paulo: Edições Paulinas, 1959.