Rá-Atum enfrentando a Serpente Apófis. Imagem: Enciclopédia Larousse.
De
acordo com Schwaller de Lubicz, os antigos egípcios usavam deliberadamente a
proporção harmônica em sua arte e arquitetura, com base no sistema numérico de pensamento. Era uma visão de mundo abrangente,
que incluía a filosofia, a matemática, o misticismo e a teologia.
John
Anthony West, um simbolista contemporâneo nos mesmos moldes de Schwaller de
Lubicz, acredita que o que atualmente é conhecido como misticismo numérico
pitagórico é, na verdade, de origem egípcia, e antecede até
mesmo o Egito Antigo.
Rá-Atum ou Atum. Imagem: Enciclopédia Larousse.
Quando
o misticismo numérico é aplicado aos mitos egípcios, torna-se claro que as histórias e a mitologia egípcias são baseadas na compreensão dos números e não no animismo. É uma
filosofia, mas não no nosso sentido do termo. Não existem textos explicativos.
Mesmo assim, é sistemático, autoconsciente e organizado em princípios que podem
ser expressos de maneira filosófica.
Por
exemplo, na mitologia egípcia Atum (ou Tum) representa a causa
transcendente, o absoluto ou o tudo, o Um, o primeiro e verdadeiro deus e criador que
fez o mundo e tudo que nele há. Dentro dele estava o potencial para toda a
vida. O nome Atum vem de uma