Esse foi exatamente o tipo de controle que os legisladores da constituição americana tentaram evitar. Quando eles aprovaram a Primeira Emenda (“O Congresso não poderá formular nenhuma lei estabelecendo uma religião, e tampouco proibir seu livre exercício”), pensavam estar protegendo a liberdade religiosa, garantindo que o povo pudesse viver livremente sua fé. Compreendiam que essa frase significava que:
1) O Congresso (ou Estado) não deveria interferir nas práticas religiosas.
2) Nenhuma igreja nacional será estabelecida, à qual todos seriam obrigados a pertencer.
Um altar nazista.
Nas mãos de um grupo de reformadores de elite, essa emenda está agora sendo distorcida de forma que faria seus autores estremecerem. Atualmente, as cores interpretam, com freqüência, a liberdade religiosa como liberdade da religião. Em vez de separar a igreja da interferência do Estado, o significado agora é que as práticas religiosas deveriam ser removidas do Estado. Forças poderosas estão tentando desarraigar todos os vestígios da influência cristã, reescrever a história americana expulsar Deus do setor público.
Nos EUA, sempre que chega o mês de dezembro, os advogados da ACLU saem a campo. Estão sempre prontos a ameaçar qualquer distrito ou cidade que ouse exibir presépios, como ficam ansiosos por calar os alunos que quiserem cantar canções natalinas durante uma apresentação escolar.
Essas são reminiscências da Alemanha de Hitler: “Noite Feliz” deve ser substituído por “Rodolfo, a rena do nariz vermelho”, o Natal deve ser rebatizado como Solstício de Inverno e Cristo deve deixar o caminho livre para Papai Noel.
Hitler fez com que os livros escolares alemães fossem reescritos, para alinhá-los com o nacional-socialismo; da mesma forma, os livros escolares americanos são revisados a fim de apagar nossa herança cristã e estimular valores humanistas. Seja na China , seja na Alemanha nazista, a premissa é a mesma: a religião não pode ser praticada corporativamente nas esferas que pertencem ao Estado. Uma vez que essa premissa esteja firmada, o passo seguinte é expandir os poderes do Estado para invadir diretamente a livre prática religiosa, até mesmo na “esfera espiritual”.
Um batizado segundo o ritual nazista.
As semelhanças entre a Alemanha nazista e os EUA podem não ser tão evidentes, mas só quem for cego para as realidades que nos cercam poderá negar que esse relatório da Alemanha de Hitler significa um alerta sinistro para muitas nações cristãs de hoje e, incluindo os EUA.
O objetivo não é banir a religião cristã, mas obter o controle total – a completa submissão das igrejas aos caprichos morais e despóticos do governo político.
Essa intrusão dos tribunais na esfera espiritual continuará. Á medida que as nações cristãs escorregam para o paganismo, a igreja sofrerá pressões para realizar casamentos homossexuais. As pregações contra o aborto, o homossexualismo e contra as doutrinas heréticas de outras religiões serão definidas como “violência verbal”. Novas leis que proibirão as pessoas de testemunhar sobre Jesus nos mercados e até mesmo pelo rádio serão aprovadas. Um Estado hostil, se não puder extinguir a mensagem da cruz, tentará mesmo assim abafá-la.
Sob novas diretrizes os símbolos religiosos, como crucifixos ou Bíblias, podem ser declarados ilegais sob essas novas diretrizes. Na verdade o povo será orientado a deixar para trás sua crença mais estimada quando for para o trabalho. Podemos dizer, como os cristãos na Alemanha nazista, que o que “se espera é que a igreja definhe até desaparecer”.
NA VERDADE, OS PLANEJADORES SOCIAIS LIBERAIS QUEREM QUE NOS RENDAMOS, ASSIM COMO QUEREM QUE FAÇAMOS A PROMESSA DE FECHAR A BOCA E GUARDAR NOSSOS PONTOS DE VISTAS PARA NÓS MESMOS.
Sinodo Nacional em Wittenberg, 1933. A igreja curvasse as trevas.
O objetivo dos nossos novos “guardiões da liberdade” é garantir que se o cristianismo sobreviver, ele será completamente desprovido de sua singularidade. Trata-se de uma nova versão do “cristianismo positivo” de Hitler, que é compatível com diversas outras religiões e pontos de vistas morais. Os que crêem que a cruz de Cristo exige lealdade absoluta, não poderão praticar livremente sua fé.
Não sabemos onde tudo isso terminará. O que sabemos é que temos o honroso direto de representar Cristo em meio a essa reviravolta ideológica. Somos desfiados a nos mostrar à altura dessa hora de incrível oportunidade e contestação.
Então, como podemos manter a primazia da cruz, e ainda viver nossa fé nesse bazar de opiniões? O que a igreja deveria estar fazendo no momento em que tantas forças estão tentando neutralizar sua influência e limitar sua liberdade?
Você quer saber mais?
LUTZER, Erwin. A cruz de Hitler. São Paulo: Editora Vida, 2003.
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