A verdadeira forma de ofertar. Imagem: Arquivo CHH.
1– Princípios gerais
1.1- A Escritura Sagrada
ensina que “todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o
bem, não há nem um sequer” (Rm 3.12). Todavia, diz Jesus, “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
1.2 – Cada cristão,
individualmente, foi atingido pelo poder transformador do amor de Deus,
revelado em Cristo, quando foi sepultado “com
ele na morte pelo batismo”, renascendo para uma nova vida (Rm 6.1-14), pois
foi aí que recebeu o dom do Espírito Santo mediante a fé (1 Co 12.4; Ef 2.8),
sendo justificado diante de Deus (Rm 3.21-26).
1.3 – Como filho redimido
de Deus, o cristão passa a adorá-lo, consagrando-lhe toda sua vida e todos os
dons e bens, que agora reconhece ter recebido do próprio Deus, em verdadeiro culto
ao seu único Deus e Salvador (Rm 12). Como,
porém, continua sendo pecador, ameaçado pela sua velha natureza, tal
consagração se processa em verdadeira luta (Rm 7.13-25).
1.4 – A oferta é uma parte deste culto que o cristão presta a Deus em
resposta à salvação que lhe foi adquirida por Cristo na cruz (2 Co 8). Esta
oferta, Deus a deseja, a fim de por meio dela ajudar
os necessitados (1 Co 16 e 2 Co 8) e promover a propagação de seu amor no mundo (Mt
28.18-20; Fl 4.10-20; 1 Tm 5.17-18).
1.5 – Portanto, é evidente
que a Escritura claramente ensina que
Cristo em nenhum momento sugeriu a
utilização de qualquer tipo de esquemas comerciais
e/ou jogos de azar, como meios para financiar as atividades de sua
igreja, a não ser a oferta voluntária do cristão, dada como parte do culto
a Deus.
“Cristo, na
verdade, expulsou do templo aqueles que faziam da casa de seu Pai uma casa de
negócio”.(Jo 2.13-16).
1.6 – Pela sua própria
natureza, a igreja depende de ofertas, pois ela não tem nenhum elemento
material que ela possa vender. A vontade de Cristo é: “Daí,” e não: “Comprais e
vendei,” pois o mundo precisa ver e procurar a igreja como casa da
reconciliação e propagadora da mensagem da salvação e não como casa de comércio,
ou como casa de jogos de azar.
2. Orientação prática
Na prática, porém, há congregações na IELB, nas quais,
por longos anos, realizaram-se festas com leilões, rifas, jogos, etc. Vários
pastores até participaram destas promoções e, talvez, nunca apresentaram
claramente o posicionamento da Escritura a respeito de tais promoções, dando à
congregação a impressão de que seu proceder estava correto. Diante disto, que
procedimento devemos tomar?
Seria imprudente
simplesmente proibir tais promoções sem
levar em conta a educação insuficiente ou até errônea que a congregação obteve
no passado. Pois tal procedimento pecaria contra o
amor, causando amargura, tristeza, rancor e até escândalo. Por
isto, a Comissão de Teologia e Relações Eclesiais (CTRE) sugere o seguinte
procedimento:
2.1 – Realizar uma
avaliação criteriosa, imediatamente após cada festa, com a liderança da
congregação. Esta avaliação deverá ser norteada por perguntas como estas: Quais
são os objetivos desta congregação como parte da igreja de Deus? A festa que
acabamos de realizar ajudou a atingir estes objetivos: Os meios utilizados
feriram alguma orientação da Escritura: Em que sentido a festa prejudicou ou
até impediu o alcance dos objetivos desta congregação? O que deveríamos mudar
na próxima festa da congregação, para que ela possa atingir melhor os objetivos
da igreja de Deus?
2.2 – Ao mesmo tempo, será necessário desenvolver um programa sistemático de
educação cristã. Neste programa deverão ser abordados temas como: