PESQUISE AQUI!

Mostrando postagens com marcador Guerra Fria. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Guerra Fria. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Revolução comunista cubana

 Foi um movimento liderado por Fidel Castro que derrubou o regime ditatorial de Fulgencio Batista e instaurou um governo socialista em Cuba. A revolução começou em 1953 com o ataque fracassado ao quartel de Moncada, liderado por Castro e outros revolucionários, incluindo seu irmão Raúl Castro e Che Guevara. Após esse fracasso, Fidel foi preso e exilado no México, onde reorganizou suas forças e planejou um novo ataque.

Em 1956, Castro e seus seguidores desembarcaram em Cuba no iate Granma e iniciaram uma guerrilha nas montanhas da Sierra Maestra. Ao longo dos anos, o movimento ganhou apoio popular, principalmente entre os camponeses, insatisfeitos com a desigualdade social e a repressão do governo de Batista. Em 1959, após uma série de vitórias militares, o regime de Batista colapsou, e Fidel Castro assumiu o poder.

A revolução transformou Cuba em um Estado socialista, com uma economia planificada e forte alinhamento com a União Soviética. Houve nacionalizações de propriedades e empresas estrangeiras, além de grandes reformas na saúde e educação. No entanto, o governo de Castro também trouxe repressão política, censura, e a fuga de muitos cubanos para o exílio. A revolução cubana teve repercussões globais, sobretudo na Guerra Fria, com a Crise dos Mísseis de 1962 sendo um dos pontos mais tensos da época. Cuba se tornou um símbolo de resistência ao imperialismo, mas também enfrentou desafios econômicos e isolamento internacional devido ao embargo dos EUA.

As consequências negativas da Revolução Cubana incluem a repressão política, com prisões e perseguições a opositores do regime, e a censura à liberdade de expressão e imprensa. A economia foi fortemente afetada pelas nacionalizações, levando à fuga de capital e à escassez de bens. O embargo econômico imposto pelos Estados Unidos a partir de 1962 agravou a situação, causando dificuldades econômicas prolongadas, como falta de alimentos e produtos básicos. Além disso, muitos cubanos fugiram para o exílio, principalmente para os EUA, em busca de melhores condições de vida. O regime autoritário também limitou as liberdades civis, instaurando um sistema de partido único que endureceu o controle sobre a população.

Você quer saber mais?

Fontova, Humberto. Fidel: O Tirano Mais Amado do Mundo. É Realizações, 2010.

Montaner, Carlos Alberto. Viagem ao Coração da Cuba: Uma História Crítica da Revolução Cubana. Editora Record, 2007.

Oppenheimer, Andrés. A Hora Final de Castro. Editora BestSeller, 1993.

Revolução comunista chinesa

 A Revolução Comunista Chinesa foi um processo histórico que culminou com a criação da República Popular da China em 1949, liderada pelo Partido Comunista Chinês (PCC) sob o comando de Mao Tsé-Tung. Ela teve suas raízes na insatisfação popular com a dinastia Qing e, posteriormente, com o governo do Kuomintang (Partido Nacionalista), liderado por Chiang Kai-shek, que assumiu o poder após a Revolução Xinhai de 1911. Durante as décadas de 1920 e 1930, o PCC e o Kuomintang se aliaram e se confrontaram várias vezes. A Longa Marcha, de 1934 a 1935, foi um momento crucial para o fortalecimento do Partido Comunista, que fugia da perseguição nacionalista, mas conseguiu sobreviver e consolidar sua base no campo.

Com o agravamento das condições socioeconômicas no país, a Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945) e a Guerra Civil Chinesa (1946-1949) criaram o cenário para a ascensão comunista. O PCC ganhou apoio principalmente entre os camponeses, prometendo reforma agrária e melhorias nas condições de vida. Em 1949, após derrotar as forças do Kuomintang, que fugiram para Taiwan, Mao Tsé-Tung proclamou a República Popular da China, marcando o início de um regime comunista que buscava reconstruir o país sob a ideologia marxista-leninista e transformar radicalmente a sociedade chinesa. A revolução teve grande impacto na política global e na configuração geopolítica do século XX.

A Revolução Comunista Chinesa trouxe várias consequências negativas, especialmente nas décadas seguintes. O regime de Mao Tsé-Tung implementou políticas radicais, como o Grande Salto Adiante (1958-1962), que causou uma grave crise agrícola e a morte de milhões de pessoas por fome. Além disso, a Revolução Cultural (1966-1976) resultou em perseguições, prisões e mortes de intelectuais e opositores políticos, além da destruição de patrimônio cultural e científico. A centralização do poder e a repressão política limitaram liberdades individuais e causaram instabilidade social, deixando cicatrizes profundas na sociedade chinesa.

Você quer saber mais?

Fenby, Jonathan. A ascensão da China: de Mao à mercadoria. Editora Globo, 2009.

Short, Philip. Mao: a história desconhecida. Companhia das Letras, 2005.

Dikotter, Frank. A grande fome de Mao: a história da catástrofe mais devastadora da China (1958-1962). Editora Record, 2017.

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

A Guerra Fria

 A Segunda Guerra Mundial chegou ao final em 1945. Mas o ato final dessa guerra ocorreu com a explosão de duas bombas atômicas no Japão. O mundo, a partir daí, não seria mais o mesmo. Dos escombros da Segunda Guerra, surgiram dois poderosos países, com diferentes regimes políticos, em constantes conflitos e armados com artefatos nucleares de enorme capacidade destrutiva.

Ao final da guerra na Europa, ocorreu uma terceira reunião, a Conferência de Potsdam, na Alemanha. O primeiro-ministro inglês, Winston Churchill, e o novo presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, não se mostravam dispostos a cumprir os acordos anteriores. Eles não queriam que os países do Leste europeu ficassem sob a influência soviética. 

Winston Churchill, em 1946, usou uma expressão que ficou muito conhecida: “Uma cortina de ferro abateu-se sobre o continente”. Nessa referência à Europa, ele criticava a dominação soviética sobre o Leste europeu e países aprisionados em uma “cortina de ferro”. Também era uma crítica ao comunismo. Mas o discurso mais duro contra a União Soviética e ao comunismo foi proferido pelo presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, um ano depois. O discurso ficou conhecido como Doutrina Truman. Para ele, o mundo estava dividido em dois sistemas que abrangiam aspectos políticos, econômicos, sociais e ideológicos. Foi nesse contexto internacional que teve início a chamada Guerra Fria. Era uma guerra política e ideológica, mas sem o calor das armas. Cada lado se autoelogiava e criticava o outro. 

A Guerra Fria tem origem na ambição dos Estados Unidos e da União Soviética de manterem suas áreas de influência no mundo. Os Estados Unidos tinham como aliados os países da Europa Ocidental, como a Inglaterra, a França e a Itália, entre outros. Tinha também como aliados o Japão e os países da América Latina. A União Soviética, por sua vez, exercia domínio sobre os países da Europa Oriental. O mundo, a partir de 1947, conheceu uma ordem mundial bipolar, com dois poderosos países exercendo domínio econômico, político e ideológico em suas áreas de influência. Durante 40 anos, Estados Unidos e União Soviética viveram em antagonismo, e conflitos periódicos. Na época da Guerra Fria, o debate político e ideológico entre os defensores do capitalismo e do socialismo soviético foi intenso. Os partidários do sistema capitalista apoiavam a propriedade privada, a liberdade de iniciativa dos empresários, o livre mercado e as liberdades individuais. Na política, defendiam a democracia liberal, embora muitos países capitalistas vivessem sob ditaduras. Os que apoiavam o modelo de socialismo existente na União Soviética - também chamado de comunismo — afirmavam que o Estado investia fortemente em saúde, educação e habitação, além de garantir o igualitarismo social.

A Guerra Fria ficava cada vez mais acirrada. No entanto, os Estados Unidos tinham um trunfo: a bomba nuclear. A União Soviética ainda não dominava essa tecnologia; mas, em 1949, explodiu a sua primeira bomba nuclear. Em 1952, os militares estadunidenses explodiram um novo tipo de bomba nuclear: a de hidrogênio, cujo poder destrutivo era muito mais devastador. A explosão foi no atol de Bikini. Ela era mil vezes mais potente que a bomba lançada sobre Hiroshima. Mas, em 1958, os soviéticos explodiram a sua própria bomba de hidrogênio. 

Para evitar que crises como essa provocassem uma guerra, no ano seguinte foi instalada uma linha telefônica entre a Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, e o Kremlin, centro do poder soviético, de modo a colocar em contato direto os lideres das duas superpotências em momentos de grande tensão internacional, Essa linha era conhecida como telefone vermelho. 

Em 1957,o mundo foi surpreendido com o lançamento do primeiro satélite artificial da Terra — o Sputnik, de fabricação Soviética. Era o começo da corrida espacial entre as duas superpotências. Os soviéticos saiam na frente. Uma semana depois, foi colocado em órbita o Sputnik 2, com a cadela Laika, primeiro ser vivo a ir para o espaço. O governo dos Estados Unidos reagiu em 1958, com a criação da Nasa, órgão responsável pelo programa espacial norte-americano e o lançamento do Explorer 1 no mesmo ano. 

A partir de 1960, o principal objetivo das viagens espaciais passou a ser o envio de seres humanos ao espaço. Novamente a União Soviética saiu na frente: em 1961, enviou Yuri Gagarin na cápsula espacial Vostok 1, que percorreu cerca de 40 mil quilômetros em volta da Terra numa única órbita. A viagem durou 1 hora e 48 minutos. Em 1962, os norte-americanos enviaram John Glenn ao espaço. Apesar da vantagem inicial soviética, foram astronautas norte-americanos os únicos seres humanos a chegar à Lua até agora. Em 20 de julho de 1969, o módulo lunar da nave Apollo 11 pousou no solo do satélite. Neil Armstrong, um de seus três tripulantes, tornou-se, então, o primeiro ser humano a pisar na superfície lunar.

Você quer saber mais?

ARRUDA, José Jobson de A; PILETTI, Nelson. Toda a História: História Geral e História do Brasil-9º edição. São Paulo: Ed. Ática, 1999.

AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. História: Volume Único. São Paulo: Ed. Ática, 2011. 

VAINFAS, Ronaldo; FERREIRA, Jorge; FARIA, Sheila de Castro; CALAINHO, Daniela Buono. História.doc. São Paulo: Ed.Saraiva, 2015.

JÚNIOR, Alfredo Boulos. Coleção História: Sociedade & Cidadania. São Paulo: FTD, 2004.

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral-8º edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2005, pg.71.

COTRIM, Gilberto; RODRIGUES, Jaime. Historiar- 2º ediçaõ. São Paulo: Editora Saraiva,  2015, pg.206-209.

VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História para Ensino Médio: História Geral e do Brasil. São Paulo: Editora Scipione, 2005.

REZZUTTI, Paulo. D.Pedro I:  A história não contada. O homem revelado por cartas e documentos inéditos. São Paulo: Leya, 2020.