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sexta-feira, 6 de julho de 2012

A civilização Minoica e sua história.


Ruina do Palácio de Cnossos (Foto: New York Times).

A capital da ilha e região de Creta e da unidade regional  de Heraklion, é chamada de Iráclio, Heraclião ou Heraklion é uma cidade grega. Durante séculos foi chamada de Candia uma adaptação veneziana da palavra latina "Candida o Candidus" da terminologia da terra branca. Creta é a maior das ilhas gregas e a quinta maior do Mediterrâneo. Divide-se em quatro prefeituras (nomos, em grego): Heraklion (capital), Rethymnon, Chania, Lasithi. 
Entre 2800 e 1000 a.C. a Civilização Minóica desenvolveu-se em Creta, na época entre as mais avançadas culturas européias. As ruínas do Palácio de Knossos, da época minóica, forma um dos mais importantes sítios arqueológicos da Grécia. Em 1210, Creta foi ocupada pelos venezianos e, em 1668, pelos turcos. Somente em 1913, Creta voltou a fazer parte da Grécia.

A civilização minoica surgiu durante a Idade do Bronze Grega a maior ilha do Mar Egeu e floresceu aproximadamente entre os séculos XXX e XV a.C. Foi redescoberta no começo do século XX durante as expedições arqueológicas do britânico Arthur Evans . O historiador Will Durant, refere-se à civilização como "o primeiro elo da cadeia europeia". Os primeiros habitantes de Creta remontam a pelo menos 128 000 a.C., durante o Paleolítico Médio. No entanto, os primeiros sinais de práticas agrícolas não surgiram antes de 5 000 a.C., caracterizando então o começo da civilização.

Com a introdução do cobre em torno de 2 700 a.C. foi possível o início da manufatura de bronze. A partir deste marco a civilização desenvolveu-se gradativamente pelos séculos seguintes, irradiando sua cultura para boa parte dos povos do Mediterrâneo oriental. Sua história apresentou períodos de conturbação interna, possivelmente causados por desastres naturais, que culminaram na destruição da maior parte de seus centros urbanos. Por volta de 1 400 a.C., enfraquecidos internamente, os minoicos foram totalmente assimilados pelos habitantes do continente grego, os micênicos, que repovoaram alguns dos principais assentamentos na ilha e fizeram com que esta prosperasse por mais alguns séculos.
Com uma economia baseada principalmente no comércio externo, a civilização minoica moldou todos os aspectos que a caracterizam de modo a atender a demanda do mercado externo. Por Creta ser pobre em jazidas principalmente de metais, os minoicos produziram excedentes agrícolas e de produtos manufaturados que venderam para obter metais do Chipre, Egito, e Cílades.

 Ruína de Festos. (Foto: New York Times).

 Para facilitar tais trocas comerciais os minoicos desenvolveram um completo sistema de pesos e medidas que utilizava lingotes de cobre e discos de ouro e prata com pesos pré-determinados.

A arte minoica foi extremamente fértil e engloba elementos adquiridos com os contatos com povos estrangeiros, assim como elementos autóctones. Havia produções utilizando barro (cerâmica), pedras semipreciosas (arte lítica) e metais. Em todos os casos os artefatos produzidos apresentam gradativa evolução a medida que a civilização ia especializando-se. Os motivos artísticos incorporados nestas produções, assim como nos afrescos, em suma valorizam cenas que representem a natureza e/ou elementos da mesma (animais, plantas), procissões e/ou rituais religiosos, seres mitológicos, etc.

A religião minoica era matriarcal. Diferente dos micênicos, os minoicos tinham santuários em locais naturais (fontes, cavernas, elevações) ou nos palácios onde havia diversos espaços dedicados a práticas cultuais. Os minoicos desenvolveram inicialmente um sistema de escrita hieroglífico, possivelmente originado dos hieróglifos egípcios, que evoluiu para a escrita Linear A, que por sua vez evoluiu para a Linear B, que foi incorporada pelos micênicos para escrever sua forma arcaica de grego.

Os chamados palácios minoicos são as mais bem acabadas construções conhecidas já escavadas na ilha. São construções monumentais servindo para propósitos administrativos, o que é evidenciado por grandes arquivos de documentos desenterrados por arqueólogos. Cada um dos palácios escavados até agora tem características únicas, mas eles também compartilham características que os distinguem de outras estruturas.

Aparentemente o povo minoico não era indo-europeu e nem sequer era aparentado com os habitantes pré-gregos da Grécia continental. A escrita minoica Linear A não foi ainda decifrada, mas há indícios de que represente uma língua egeia, não relacionada com qualquer língua indo-europeia.

 Dracma de Cnossos (425 - 360 a.C.) representando o Minotauro. (Foto: New York Times).

A mais antiga evidência de habitantes permanentes (ou seja, sedentários) em Creta são artefatos do Neolítico Pré-cerâmico de restos de comunidades agrícolas datadas de aproximadamente 7 000 a.C. Um estudo comparativo de haplogrupos de DNA de cretenses masculinos modernos mostrou que um grupo masculino fundador da Anatólia ou do Levante, é compartilhado com os gregos.

Os primeiros habitantes da ilha viviam em grutas e, ao longo do tempo, começaram a erigir pequenas aldeias, assim como edifícios em pedra. Na costa, havia cabanas de pescadores, enquanto a fértil planície de Messara foi usada para agricultura. Cultivavam trigo e lentilhas, criaram bovinos e caprinos, e produziam armas com ossos, chifres, obsidiana, hematita, grés, calcário e serpentina, sendo que a presença de obsidiana prova a existência de contato comercial entre Creta e as Cíclades, pois no mundo Egeu a fonte de obsidiana é a ilha de Milos.

Em  2 000 a.C. foram construídos os primeiros palácios minoicos, sendo estes a principal mudança do período médio da civilização minoica. Como resultado da fundação dos palácios, assistiu-se à concentração de poder em alguns centros, impulsionando o desenvolvimento econômico e social. Os primeiros palácios são Cnossos, Festos e Malia, localizados nas planícies mais férteis da ilha, permitindo que seus proprietários acumulassem riquezas, especialmente agrícolas, o que é evidenciado pelos grandes armazéns para produtos agrícolas neles encontrados. Esse período de mudanças permitiu que as classes superiores praticassem de modo contínuo as atividades de liderança e ampliassem sua influência. É provável que a hierarquia original das elites locais tivesse sido substituída por uma estrutura monárquica do poder, onde os palácios eram controlados por reis – uma precondição para a edificação de grandes edifícios. O sistema social era provavelmente teocrático, sendo o rei de cada palácio o chefe supremo oficial e religioso. 

A aparição dos palácios contrasta com o aparente declínio das civilizações cicládica e heládica, e é surpreendente numa ilha que não havia tido o desenvolvimento artístico das Cíclades, nem a organização econômica de certos lugares do Peloponeso, como Lerna.  A localização dos palácios corresponde a grandes cidades que existiram durante o pré-palaciano. Cnossos controlava a região rica do centro-norte de Creta, Festos dominou a área periférica de Messara, e Malia o centro-leste. Nos últimos anos os arqueólogos falam de territórios bem delimitados ou estados, um fenômeno novo na área grega.

 Principais sitios arqueologicos de Creta. Imagem: Enciclopledia Britânica Online.

A presença de trabalhos específicos entre os minoicos é indício de ampla especialização, divisão bem sucedida do trabalho e abundante mão-de-obra. Um sistema burocrático e a necessidade de melhor controle de entrada e saída de mercadorias, além de uma possível economia baseada em um sistema escravista, formaram as bases sólidas para esta civilização.

Com o passar do tempo, o poder dos centros orientais começa a declinar, sendo substituídos pelo ascendente poderio dos centros do interior e ocidentais. Isto ocorreu principalmente devido a distúrbios políticos na Ásia que enfraqueceram o mercado oriental, motivando um maior contato com a Grécia continental e com as Cíclades.

No final do período entre 1 750 - 1 700 a.C., houve uma grande perturbação em Creta, provavelmente um terremoto, ou possivelmente uma invasão vinda da Anatólia. A teoria do terremoto é sustentada pela descoberta do templo de Anemospilia pelo arqueólogo Sakelarakis, no qual foram encontrados os corpos de três pessoas (uma delas vítima de um sacrifício humano) que foram surpreendidas pelo desabamento do templo. Outra teoria é que havia um conflito dentro de Creta, e Cnossos saiu vitorioso.

Mas com o início do período neopalaciano a população voltou a crescer, os palácios foram reconstruídos em larga escala. Os centros administrativos controlavam extensos territórios, fruto da melhoria e desenvolvimento das comunicações terrestres e marítimas, mediante a construção de estradas e portos, e de navios mercantes que navegavam com produções artísticas e agrícolas, que eram trocadas por matérias-primas.

A influência da civilização minoica fora de Creta manifesta-se na presença de valiosos itens de artesanato. Cerâmicas típicas minoicas foram encontradas em Milos, Lerna, Egina e Koufonisia. É provável que a casa governante de Micenas estivesse conectada à rede de comércio minoica. Após cerca de 1 700 a.C., a cultura material da Grécia continental alcançou um novo nível, devido à influência minoica. Importações de cerâmicas do Egito, Síria, Biblos e Ugarit demonstram ligações entre Creta e essas regiões. Os hieróglifos egípcios serviram de modelo para a escrita pictográfica minoica, a partir da qual mais tarde desenvolveram-se os famosos sistemas de escrita Linear A e Linear B.

O Fim dos da Civilização Minoica

A erupção do vulcão Thera na ilha vizinha de Creta também conhecida como Santorini foi implacável para o rumo de Creta. A erupção foi datada como tendo ocorrido entre 1 639 - 1 616 a.C pela datação por radiocarbono, ou entre

Cientistas podem ter encontrado o Bóson de Higgs, a ‘partícula de Deus’.

O Tevatron colidia prótons e antiprótons, o que mostraria o bóson de Higgs decaindo em um quark e um antiquark bottom. Já o LHC colide prótons com prótons, e os sinais do bóson de Higgs devem aparecer conforme a partícula decaia em dois fótons. [Imagem: Fermilab]

O mundo científico está comemorando a descoberta de uma partícula inédita que pode ser a chamada “partícula de Deus”. Se for mesmo, pode revelar a origem do universo, como tudo começou.

Os cientistas ainda precisam confirmar que a partícula que eles encontraram se trata, de fato, do bóson de Higgs, que ganhou esse apelido de “partícula de Deus”, e que é considerado crucial para compreender a formação do universo, já que pode explicar como as partículas ganham massa. Sem isso, nenhuma matéria como nós conhecemos, como as estrelas, os planetas e até os seres humanos, existiria.
O anúncio foi feito em Genebra, sede do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares. As conclusões foram baseadas em dados obtidos em um gigantesco acelerador de partículas que fica debaixo da terra, na fronteira entre a Suíça e a França. Há mais de quatro décadas que cientistas tentam encontrar essa partícula. Mesmo sem efeitos práticos no nosso dia a dia, a descoberta já está sendo considerada a mais importante dos últimos anos no campo da Física.
  
Qual é a origem da expressão 'partícula de Deus'?
 O britânico Peter Higgs teorizou a existência do bóson que leva seu nome. Foto: Agência Reuters.
Décadas de trabalho têm sido dedicadas à busca por uma partícula subatômica denominada bóson de Higgs, também conhecida como "partícula de Deus", e que pode ter sido ao menos detectada, afirmaram cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês). Mas, de onde vem o nome "partícula de Deus"?
O bóson de Higgs recebeu este nome em homenagem ao físico britânico Peter Higgs, que propôs sua existência em um artigo publicado em 1964 no periódico científico Physical Review Letters. Higgs teve a ideia enquanto caminhava um fim de semana pelas Montanhas Cairngorm, na Escócia. Quando retornou ao laboratório, ele disse aos seus colegas ter tido sua "grande ideia" e encontrado uma resposta para o enigma de por que a matéria tem massa.
Embora a partícula leve o nome de Higgs, importantes trabalhos teóricos também foram desenvolvidos pelos físicos belgas Robert Brout e François Englert. O bóson de Higgs ficou conhecido como "partícula de Deus", porque, assim como Deus, estaria em todas as partes, mas é difícil de definir. Mas a eral origem é bem menos poética.
A expressão vem de um livro do físico ganhador do prêmio Nobel Leon Lederman, cujo esboço de título era "A Partícula Maldita" ("The Goddamn Particle", no original), em alusão às frustrações de tentar encontrá-la. O título foi, depois, cortado para "A Partícula de Deus" por seu editor, aparentemente temeroso de