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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Conheça as origens da milenar civilização Maia.

Restos de um palácio Maia em Palenque.

Povo da América Central, distribuído numa área partilhada entre a América Central e o México. Esse território foi dividido em três zonas: meridional (Costa do Pacífico e terras altas da Guatemala e do Chiapas), central (do Estado do Tabasco a Honduras), setentrional ( Península de Iucatan). As descobertas arqueológicas nas terras altas do Chiapas revelaram a instalação, por volta  der meados do III milênio a.C., de populações que estiveram na origem da civilização maia. No período pré-clássico (1500 a.C. - 250 d.C.) eram agricultores, fabricavam cera (ornamentação de cordões) e usavam pedras de moer - o que supõe a cultura do milho. Agrupavavam-se em aldeias (Kaminalaljuyú, ou, nas terras baixas, Altar de Sacrifícios e Seibal). Uaxactún Tikal têm camadas inferiores que remontam ao séc. V., e desde o ano 300 a.C. percebem-se as características fundamentais  da civilização maia:  arquitetura com uma espécie de abóbada em balanço, inscrições hieroglíficos, uso de um calendário "a longo prazo", e ereção de estelas comemorativas.

 O período clássico (250-950) corresponde ao florescimento dessa civilização; os grandes centros cerimoniais (Tikal, Uaxactún e Seibal, na Guuatemala; Copán em Honduras, Palenque, Uxmal, Bonampak e Chichén Itzán, no México, etc) multiplicaram-se. As grandes metrópoles religiosas compreendiam edifícios típicos, templos construídos sobre uma plataforma piramidal, cobertos por uma espécie de abóbada em balanço e encimados por  uma crista com cumeeira; palácios (residências principescas ou lugar de reunião, dotados de numerosas galerias) cuja disposição - em grupos distintos ligados por calçadas elevadas - em torno de amplas pra;as atesta certo sendo de urbanismo;  e conjunto monumental monolítico, composto de um altar com estela ornada de uma decoração esculpida. Nunca reunidos sob a hegemonia de um poder central, cada centro conservou um estilo individual. A escrita hieroglífica não foi inteiramente decifrada. Depois do auto-de-fé dos conquistadores cristãos, apenas três manuscritos (Codex) subsistem e são datados do pós-clássico. O primeiro refere-se a rituais religiosos; o segundo, à adivinhação; e o último, à astronomia, que, sem usar nenhum instrumento óptico, era , de uma precisão espantosa. Em seu apogeu, essa civilização - que ignorava a roda e o animal de tração, e só conhecia instrumentos de madeira e de pedra - foi, por razões obscuras, brutalmente interrompida, por volta do séc. IX, zona central, que contudo não foi totalmente abandonada. O pós-clássico (do séc. IX, na zona central, que contudo não foi  totalmente abandonada. O pós-clássico (do séc. X à conquista espanhola) testemunha certo renascimento devido aos toltecas, vindos de Tula. Quando chegaram, por volta do séc. X, supõe-se que algumas graandes cidades de Iucatán existissem ainda. A associação das duas tradições originou um novo estilo artístico "maia-tolteca", caracterizado por uma arquitetura mais  ampla e arejada (colunatas, grandes jogos de bolas) e pelo amálgama dos panteões e dos motivos decorativos (Chac, o deus  maia da chuva, representado alternadamente com Quetzalcoatl, a serpente  emplumada, transformada em Kukulkan). Chichén Itzá foi logo substituído por Mayapán, que foi cercada por uma muralha defensiva. Daí em diante, a influência mexicana dominou uma produção artística muito decadente. 

A Literatura maia é ainda bastante obscura em razão da diversidade de línguas e e de uma escrita pictográfica cujo sistema não é em conhecido. Alguns códices se conservaram até nossos dias, bem como numerosas inscrições de caráter, histórico, mitológico e profético. A literatura maia-guichê é mais conhecida graças ao Popol-Vuh e ao drama Rabinal Achi, e a literatura maia-iucateque, graças ao livro ChiamaBalam. Da literatura maia-cakchiqueles restam os Annales de los cakchiqueles ou Memorial de Sololá.

Você quer saber mais? 

Grande Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo: Enciclopédia Larousse, 1999. Vol. 14.

 


segunda-feira, 27 de julho de 2020

Estátuas Moai da ilha de Páscoa.

Um dos mais impressionantes conjuntos monumentais do mundo são estas enormes estátuas, chamadas pelos nativos moai, da ilha da Páscoa, dependência do Chile, do qual dista 3.900km, no Pacífico Sul, logo abaixo do trópico de Capricórnio. Ninguém sabe qual o seu significado, quem as esculpiu, quando chegaram ao local e onde s e acham e como ali os primitivos habitantes da ilha conseguiram levantá-las e pô-las em posição. As mais altas de 18m de altura, o que corresponde a de um moderno edifício de seis andares. Feitas de lava basáltica, encontram-se em número de 193 de pé, e 80 deitadas no solo, como se estivessem no curso do transporte desde o Rano Raraku, um dos três grandes vulcões da ilha, e algum motivo tivesse obrigado a interromper o penoso trabalho de seu deslocamento.

Você quer saber mais?

“Grandes Monumentos da Humanidade”. In. Novíssima Enciclopédia Delta- Larousse. Rio de Janeiro: Ed. Delta S.A, 1981.


quinta-feira, 23 de julho de 2020

As estátuas misteriosas dos olmecas


Implantada na costa do Golfo do México, a cultura olmeca produziu, entre 1500 400 a.C., mais de 300 monumentos de basalto e centenas de estatuetas de grande beleza. Apesar de seu pequeno número, as enormes cabeças monolíticas atestam o domínio dos escultores olmecas. O conjunto conta 22 peças monumentais, a maioria proveniente do sítio arqueológico de San Lorenzo, 3 delas de Tres Zapotes , ao sul de Veracruz, e 4 de La Venta, no Tabasco. 

Embora todas representem rostos masculinos, nariz achatado e lábios carnudos, cada uma tem seu estilo próprio. A expressão pode ser séria, calma ou feliz. Ignora-se se as estátuas representam guerreiros ou dirigentes, mas todos usam jóias, plumas, motivos antropomórficos e zoomórficos que atestam elevada condição social. Muitas delas são marcadas por mutilações antigas, feitas talvez para fins rituais ou para desfigurar a imagem de um chefe difamado. 

Medem de 1,47 a 3,40 metros de altura e seu peso varia entre 6 e 50 toneladas. O local de extração dos blocos de pedra era provavelmente as montanhas de Tuxtlas ao sul do Estado de Veracruz. Levar esses blocos para cada local, o mais próximo dos quais é Tres Zapotes, situado em seus contrafortes, e  o mais afastado, La Venta, a 100 quilômetros, necessitava de uma rede de comunicações complexa. Isso implicava uma organização social e política capaz de coordenar a mão-de-obra necessária para tal empresa, bem como o controle da navegação porque as vias de transporte mais acessíveis eram os cursos de água. Junto a muitos parceiros comerciais, os olmecas obtinham as pedras finas que utilizavam como instrumentos (obsidiana), objetos cerimoniais, pequenas imagens e jóias (jadeíta em particular). 

Por razões ainda ignoradas, a civilização olmeca desapareceu por volta de 400 a.C., depois de haver transmitido à maioria das culturas mesoamericanas um substrato cultural comum.

 Você quer saber mais?

SALLES, Catherine. Larousse das Civilizações Antigas: Vol. I – Dos Faráos à Fundação de Roma, 2006.


quarta-feira, 22 de julho de 2020

A origem dos Astecas segundo os relatos de Sahagún

Num tempo muito antigo, um grupo de embarcações trazendo seus ancestrais chegou, através do atual golfo do México, proveniente de Tamoanchán, ficasse onde ficasse. Seus deuses vieram com eles.

Esses imigrantes desembarcaram num lugar costeiro, que chamaram de Panutla, localizado na região da atual Sierra Madre Oriental. (Panutla que dizer “Lugar dos que chegaram pela água”).

Algum tempo depois, orientados pelos deuses, costearam o litoral, “descendo” em direção ao sul, até fundarem Tamoanchán, em homenagem à “Tamoanchán mítica” de onde vieram.

Nessa Tamoanchán terrena viveram muito tempo, até que os deuses resolveram, sabe-lá o porquê, abandoná-los, regressando todos por mar “ao oriente, para a sua “Tamoanchán celestial”.

Junto com eles, os deuses levaram os sábios e os livros mágicos que eles haviam trazido consigo de além-mar – os amoxtli ou códices -, prometendo retornar quando o mundo estivesse para acabar.

Felizmente, nem todos os sábios se foram. Quatro anciões dos quais temos os seus nomes:

Oxomoco

Cipactonal,

Tlaltetecuin

Xuchicahuaca

Permaneceram em terra. Esses quatro sábios reescreveram alguns livros, dos quais o mais importante era o Tonalpohualli, um calendário ritual do qual os astecas e mesoamericanos em geral iriam se servir por toda a vida.

Muito tempo se passou, até que, numa certa época, talvez por condições climáticas adversas, vários grupos começaram a abandonar Tamoanchán. Os Olmecas foram os primeiros a fazê-lo.

Não podendo regressar por mar à sua pátria mítica, os olmecas regressaram a Panutla, o local onde haviam desembarcado pela primeira vez. Em pouco tempo se espalharam pelos arredores, tornando-se a primeira grande civilização mesoamericana.

Outros grupos também partiram e fundaram Teotihuacán (“Lugar dos Homens que se tornaram deuses”), a cidade mais importante e misteriosa da “Antiguidade” mesoamericana.

Subindo em direção ao Norte, os povos da etnia nahua se instalaram num lugar que chamaram de Chicomoztoc (“As Sete Cavernas”), onde viveram durante muitíssimo tempo, até se tornarem esquecidos dos que haviam ficado nas regiões mais ao Sul. A esse importantíssimo grupo pertenciam os astecas.

Passado um largo tempo, os povos que habitavam as Sete Cavernas passaram a ser conhecidos como “Chichimecas”, ou “bárbaros”, pois haviam se tornado caçadores rudes e incultos. Seus deuses lhes ordenaram, então, que retornassem a Panutla, o local onde haviam desembarcado os seus ancestrais.

Grandes levas migratórias deixaram o Norte em direção ao Vale do México – então chamado Anahuac (“O Vale às Margens do Lago”) -, sendo que os astecas foram o último povo a retornar.

Durante o tempo em que estiveram instalados no Norte, nas “Siete Cuevas” (Chicomoztoc), os astecas haviam desenvolvido um novo mito: o de que seriam naturais de um lugar chamado Aztlán. (Ninguém até hoje sabe precisar onde fica este lugar, mas o nome permaneceu na memória dos astecas como sua pátria de origem nas vastidões ermas do Norte, dando origem inclusive, à própria denominação “asteca”, que significa “habitante de Aztlán”.) De Aztlán eles partiram, guiados por seu deus particular Huitzilopochtli (“Colibri Esquerdo”), que os instruiu na prática dos sacrifícios humanos.

Após longa peregrinação, os astecas estavam de volta ao coração da América Central. Mas como haviam sido os últimos a retornar, já ninguém mais os reconheceu e foram tratados como estranhos pelas outras etnias (“o povo cujo rosto ninguém conhecia”, dizia-se deles).

Após infinitos trabalhos e grandes feitos guerreiros, os astecas conquistaram finalmente o Vale do México, tornando-se a última grande civilização pré-colombiana da América Central.

 

 Você quer saber mais?

FRANCHINI. A.S. As Melhores Histórias das Mitologias Astecas, Maia e Inca. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2014 , pg.22-23.

 


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Vikings, muito antes de Colombo!




Além de aterrorizar a Europa, os vikings descobriram o caminho para a América e criaram as primeiras colônias em nosso continente. Conheça a saga desses guerreiros do mar.

Numa época em que a América do Norte ainda era dominada pelos povos indígenas, alguns colonos europeus caminhavam pelas matas quando avistaram um grupo grande de nativos. Rapidamente, alteraram seu trajeto para evitar o confronto. Mas uma jovem gestante, de nome Freydis, foi contra. Fugir era indigno. O certo era atacar os índios. Freydis foi ignorada pelos homens do grupo, mas isso não diminuiu seu furor. Ela deixou à mostra um seio para ressaltar seu sexo, pegou uma espada e partiu para a briga. Os índios, que nunca haviam visto - quanto mais combatido - uma mulher branca, grávida, armada, perigosa e seminua, ficaram perplexos e mudaram de rumo.
A história acima faz parte das "Sagas", registros de feitos heróicos dos vikings escritos na Islândia entre os séculos 12 e 14. Até o século 20, os historiadores pensavam que os relatos das escaramuças com os "skræling" (como os índios são chamados no texto) fossem fictícios. Compreensível, já que os autores estavam mais preocupados em criar lendas do que em registrar fatos. Eis que, em 1960, o dinamarquês Helge Instad encontra na Terra Nova, no Canadá, os restos de um assentamento viking do ano 1000. Ficou provado que, quase 500 anos antes de Colombo, outra cultura européia havia alcançado a América. Os contatos entre índios e vikings são o tema de "Desbravadores", que estreou nos cinemas em outubro. Embora ficcional, o filme deixa no ar questões importantes. Por que os vikings foram os primeiros europeus a chegar à América? Por que não permaneceram? E o que essa aventura representa para nós?
Essa colônia montada pelos vikings na América do Norte marcou o ponto mais extremo de uma viagem que começou no século 2, quando tribos germânicas ocuparam as regiões menos frias da Dinamarca, da Suécia e da Noruega. Nos 600 anos seguintes, esses povos permaneceram relativamente isolados do resto da Europa, desenvolvendo características que, entre os séculos 8 e 10, levaram ao movimento de expansão conhecido como Era Viking.
Os vikings viviam em pequenos reinos, e a sociedade se dividia em três classes principais: abaixo de todos, escravos e servos; acima deles, os homens livres, dedicados à agricultura e à pecuária; no topo da pirâmide, aristocratas com funções administrativas, militares e religiosas - os escandinavos foram pagãos até o século 11. O comércio era muito importante para esses "fiordes-estado": navios escandinavos iam até portos da Irlanda e da Europa Ocidental para trocar peles e marfim por ouro, cobre e estanho.
Não há um consenso do porquê (explosão populacional, embargo comercial, superioridade tecnológica, honra), mas o intercâmbio pacífico ficou para trás em 793, quando os "homens do norte" desandaram a atacar mosteiros no litoral britânico, alvos fáceis e lucrativos. Os guerreiros chegavam pelo mar e não mostravam nenhuma piedade cristã com os monges, matando quem se metesse no caminho, saqueando as capelas em busca de riquezas e vendendo os sobreviventes como escravos.
Após os primeiros sucessos, os ataques cresceram em quantidade e tamanho. "As primeiras expedições contra mosteiros indefesos podiam ser feitas com 20 guerreiros. Já as grandes, contra cidades como Paris, podiam reunir 200 navios", diz o historiador Johnni Langer, principal estudioso do tema no Brasil. Essas expedições de saque eram chamadas "viks", que deu origem ao termo "viking".
"O excesso de saques numa mesma região forçava a busca de alvos cada vez mais distantes", diz Langer. Cada povo seguiu sua rota (ver "Mapa dos tesouros", à direita). Os da Dinamarca e da Noruega se voltaram para o Ocidente, conquistando parte da Inglaterra e da Irlanda e saqueando sucessivamente França, Península Ibérica, norte da África, Itália e Grécia. Enquanto isso, os suecos foram para oeste: detonaram os países bálticos, desceram a bacia do rio Dnieper pelo Leste Europeu até o Mar Negro e atingiram as rotas comerciais árabes. Os guerreiros vikings causaram forte impressão entre as tribos eslavas do Leste Europeu. O suficiente para que elas, que os chamavam de "rus", fizessem deles seus chefes. Dessa mistura eslavo-normanda nasceria a Rússia.
A América dos Vikings

A colônia de Anse-aux-Meadows, descoberta em 1960 na costa leste do Canadá, abrigava três casas, além de oficinas, forjas e fornos. Imagem:
Por um desses acasos da história, as duas correntes de pilhagem migratória, a do Oeste e a do Leste, acabaram se reencontrando no século 9, nas vizinhanças do Império Bizantino. Para desespero de Bizâncio, que passou a ser vítima de saques constantes e quase foi conquistada. 
O segundo momento da expansão viking é marcado pelo estabelecimento de colônias. A partir de 860, noruegueses começaram a se estabelecer na Islândia, então uma ilha deserta. Nessa época, o líder Harald Cabelos Finos estava em franca campanha militar para tornar-se o único monarca norueguês. Descontente com essa unificação forçada, boa parte da população decidiu lançar-se ao mar. Em 930, a Islândia já contava com 30 mil habitantes. Isso levou, naturalmente, a um esgotamento das terras disponíveis para agricultura.
Em 982, um chefe viking chamado Erik, o Ruivo, foi expulso da Islândia acusado de assassinato. Ele decidiu navegar para o oeste e checar as informações de outro navegador, Gunnbjoeorn, que 60 anos antes teria encontrado uma terra desconhecida naquele rumo. Erik redescobriu então a Groenlândia, que na época tinha um clima propício à atividade agrícola (ver quadro "Terra verde").
Erik voltou à Islândia três anos depois e convidou a população a colonizar a nova terra. Em 986, 25 navios cheios de colonos deixaram a Islândia em direção à Groenlândia. Apenas 15 chegaram ao destino. Estabeleceram-se primeiro na península do sul da ilha e depois criaram outra colônia ao norte. Em poucas décadas, já havia mais de 450 fazendas na região.
TERRA VERDE
Aquecimento global seria explicação para colonização - e para o nome - da Groenlândia
O nome da província dinamarquesa não deixa dúvidas: Grønland (nossa Groenlândia) significa literalmente "terra verde". Mas a paisagem contradiz o mapa: a ilha é branca, coberta de gelo. Quando muito, a tundra do litoral tem um tom marrom-ferrugem. Será que o pioneiro Erik, o (indiscutivelmente) Ruivo, aplicou um golpe de marketing para atrair colonos vikings? A explicação pode ser mais simples: aquecimento global.

Quando a Groenlândia foi colonizada, por volta do ano 1000, a Europa vivia o auge do Período Quente Medieval (800-1300), em que o continente teve temperaturas excepcionalmente elevadas. Aumentou a produção agrícola, houve um boom na construção de pontes (chovia mais, e os rios encheram) e, claro, ficou mais fácil viajar e viver na região ártica. É possível, portanto, que quando os islandeses desembarcaram na Groenlândia, ela fosse realmente verde.
Após esse período, no entanto, começou a Pequena Era Glacial. Por meses inteiros, a Groenlândia e mesmo a Islândia ficavam isoladas do resto do continente, dificultando o acesso a produtos importantes como ce-reais e ferro. "Mesmo uma pequena queda de temperatura tornava a vida muito mais difícil para europeus em um local tão remoto", diz James Graham-Campbell, arqueólogo da University College of London.
O sumiço dos vikings americanos também se explica pela exaustão dos recursos naturais, defendida pelo biológo americano Jared Diamond no livro "Colapso". Diamond sugere que o estilo de vida dos fazendeiros na Groenlândia, baseado no desflorestamento e no uso da terra para pastagem do gado, produziu uma catástrofe ecológica que levou à extinção das colônias. "Por outro lado", lembra Graham-Campbell, "o estilo de vida dos esquimós estava plenamente adaptado às condições do Ártico, e sua expansão para o sul pode ter resultado na expulsão dos vikings."
Sonho americano 

Em 992 foi a vez de Erik Leif, filho do Ruivo, aventurar-se para o oeste em busca de terras já avistadas. Um certo Herjolfsson dizia ter errado o caminho para a Noruega e chegado a uma terra coberta de árvores e, depois, a outra cheia de rochas. As "Sagas" contam que Leif partiu acompanhado de 35 marinheiros e que navegou até encontrar os lugares descritos por Herjolfsson, que batizou de Markland e Helluland. Acredita-se que elas correspondam à Ilha de Baffin e à costa de Labrador (ver "Mapas do Tesouro").
Leif seguiu mais para o sul. Os textos antigos dizem que ele encontrou uma região coberta por vegetação verde, a que chamou de Vinland, terra do vinho. Os vikings passaram lá o inverno e no verão retornaram à Groenlândia, onde elogiaram o clima da região recém-descoberta. Por volta de 1020, uma nova expedição levou em torno de 150 colonos para viver em Vinland. Entre eles estava até uma filha bastarda de Erik, Freydis - a guerreira que encarava os índios de peito aberto.
As ruínas de Anse aux Meadows, no Canadá, são o único vestígio das colônias vikings na América. Mas isso não significa que o povoamento tenha se restringido a essa região. "Pode ser que os escandinavos vivessem mais ao sul. O povoado da Terra Nova seria uma espécie de portão de entrada do continente para quem chegava da Groenlândia", diz Collen Batey, professora da Universidade de Glasgow. A arqueóloga também contesta o relato das "Sagas", que restringe a três anos a existência de Vinland. "Hoje as escavações sugerem que a ocupação pode ter durado quase 20 anos." Segundo Richard Ringler, do Departamento de Estudos Escandinavos da Universidade de Wisconsin, em 1347 ainda havia gente planejando viagens da Groenlândia para o Canadá. "Não vejo nenhuma razão para que Colombo não soubesse dessas viagens, e pessoalmente suspeito que ele soube", diz Ringler.
As relações entre vikings e "skrælings" (homens feios, na língua nórdica) são um tópico a parte. Enquanto "Desbravadores" mostra os vikings massacrando índios, as "Sagas" afirmam que os dois povos se deram bem e inclusive foram parceiros comerciais, até que alguns índios passassem mal por tomar leite de vaca. "Não temos vestígio arqueológico de que esses combates tenham acontecido", diz Batey. Ela acha que é perfeitamente possível que a curta convivência entre vikings e europeus tenha sido absolutamente pacífica. "Mas uma história assim não daria um filme, não é?", pergunta ela.
É possível que o isolamento, as dificuldades de sobrevivência e a distância da Escandinávia tenham levado a colônia de Vinland a sofrer uma morte natural.
No século 11, a Era Viking se encerra. Mas suas viagens ainda são celebradas. Neste ano o Sea Stallion, reconstituição de um barco viking, chegou a Dublin 45 dias depois de zarpar da Dinamarca, refazendo uma das mais ativas rotas vikings. Que hoje o mesmo povo que eles aterrorizaram receba em festa seus descendentes mostra que eles asseguraram seu lugar na História.
Autor: Plabo Nogueira.

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domingo, 21 de outubro de 2018

As melhores histórias da mitologia Asteca, Maia e Inca.



Comecei agora a ler o livro “As melhores Histórias da Mitologia Asteca, Maia e Inca de A.S Francini e é incrível tal como a mitologia Asteca (Mexica) a similaridade de seus mitos com personagens e inclusive histórias presentes na Europa e Oriente Médio. Histórias sobre um dilúvio universal que extinguiu a última civilização humana anterior a nossa, águas de um rio que se abrem para o povo sagrado passar (etnia quiche Maia), um rei asteca monoteísta que prega o fim dos sacrifícios humanos e o culto a um único Deus, o mesmo constrói um templo sem ídolos dedicado ao deus único e espiritual. Um deus branco chamado Votan pelos maias (tal qual o Wotan germânico), o deus civilizador Quetzalcoatl (para os Astecas) e Kukulcan (para os Maias) um deus que veio de Tula no oriente pelo mar e para lá retornou prometendo voltar. Tula a cidade que ninguém consegue localizar seja na geografia mitológica ou factual. 
São tantas as similaridades com histórias que conhecemos serem baseadas no Velho Mundo que chega a ser um disparate não considerar um contato anterior a 1492, seja pelos Vikings ou outro povo. Uma grande "coincidência" foi que a chegada de Hernaz Cortez  na América Central coincidiu com o ano do retorno de Quetzalcoatl, a serpente emplumada, um deus asteca que prometeu retornar ao seu povo após partir. Isso se deu no ano de 1519 da era Cristã que coincidiu com o calendário asteca de 52 anos cíclicos!

Leandro Claudir Pedroso


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Exemplar de canis lupus familiaris de 1.500 anos encontrado no Rio grande do Sul




Cachorro com anatomia "moderna" de um Canis Lupus familiaris está presente na América do Sul a 1.500 anos segundo novas descobertas. 


Cientistas encontraram vestígios de cão que viveu há cerca de 1.500 anos, o que revela que o animal pode ter sido domesticado antes da chegada dos europeus.




Com porte médio, pelagem escura e aspecto semelhante ao de um doberman, o cão mais antigo do Brasil vivia em acampamentos humanos no Rio Grande do Sul, há cerca de 1.500 anos.




Com base em dois dentes molares e fragmentos do maxilar de um cachorro encontrado às margens da Lagoa dos Patos, cientistas reconstruíram a história da domesticação dos cães no país e descobriram que, cerca de 1.000 anos antes da chegada dos europeus, já vivíamos com cães de estimação. É a primeira vez que os pesquisadores encontram vestígios de um cachorro tão antigo no país.


Para chegar a essa conclusão, uma equipe composta pela bioarqueóloga brasileira Priscilla Ulguim, pesquisadora da Universidade de Teesside, na Inglaterra, e por cientistas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e do Instituto Nacional de Antropologia e Pensamento Latinoamericano, na Argentina, analisou os vestígios do cão e comparou-os a seus parentes selvagens e nativos da América do Sul, para verificar se se tratava de um exemplar de Canis lupus familiaris, nome científico do cão doméstico que conhecemos hoje.


Em seguida, os pesquisadores fizeram datações pelo o método do carbono-14 e descobriram que o animal tinha morrido entre 1.700 e 1.500 anos atrás, ou seja, pelo menos um milênio antes da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil. Isso é uma descoberta importante, pois quase não há registros de cachorros domésticos antes da chegada dos europeus ao Sul da América do Sul.


Análises químicas indicaram também que o animal tinha uma dieta que consistia em recursos aquáticos, como peixes. Ainda são necessários mais estudos para confirmar essa ideia – porém, se comprovada, é possível que o animal se alimentasse dos restos das pescarias humanas feitas na lagoa. O estudo foi publicado na revista científica International Journal of Osteoarchaeology.


Cães domésticos


A domesticação dos cachorros na América parece ser mais complexa que na Europa, onde estudos demonstram que os primeiros cães passaram a viver com humanos há, no mínimo, 18.800 anos. Os animais, que evoluíram a partir dos lobos, ajudavam na caça, em atividades como guardar e proteger rebanhos, além de fazer companhia aos homens.


Nas Américas do Norte e Central foram encontrados fósseis de cães domésticos de 10.000 anos e, na América do Sul, os registros têm cerca de 7.500 anos, achados principalmente nas regiões andinas. Contudo, na região mais ao Sul, que inclui o Brasil, a maior parte dos registros indica a presença dos cachorros após a chegada europeia, o que torna a idade do cão analisado pelos pesquisadores um indício de que a domesticação dos animais pode ter acontecido nas Américas de maneira independente – e também por razões diferentes.


Segundo os cientistas, o próximo passo do estudo será a realização de uma análise genética para descobrir a que raça pertencia a espécie.





segunda-feira, 8 de agosto de 2016

A Pirâmide do Mago em Uxmal / México



A Pirâmide do Mago é uma pirâmide mesoamericana de degraus localizado na antiga cidade, pré-colombiana de Uxmal no México. A estrutura também é conhecida como a Pirâmide do Anão, (El Casa Adivino), a Pirâmide do Adivinho. A pirâmide é a estrutura mais alta e mais reconhecível em Uxmal. A Pirâmide do Mago (El Adivino) é a estrutura central do complexo de ruínas maias de Uxmal.

Uxmal está localizado no Puuc região do México e foi uma das maiores cidades da península de Yucatán. No seu auge, Uxmal foi o lar de cerca de 25.000 Maias. Como outros sítios de Puuc, a cidade floresceu de 600-1000 dC, com o período de grande edifício ocorrendo entre 700 e 1000 dC. O Uxmal nome significa "três vezes construída" na língua maia, referindo-se às muitas camadas de construção de sua estrutura mais imponente. A cidade de Uxmal foi designado um UNESCO Patrimônio Mundial em 1996, considera-se que as ruínas das estruturas cerimoniais representam o ápice da arte maia tarde e arquitetura em seu design, layout e ornamentação.

A Pirâmide do Mago domina o centro do complexo e está localizado na parte turística entrada do pátio central. Ele está posicionado no lado oriental da cidade, com sua face ocidental com vista para o Quadrilátero Convento e está situado de modo que sua escada ocidental enfrenta o pôr do sol no solstício de verão.

A construção do templo pirâmide começou no século 6 dC e a estrutura foi expandido ao longo dos próximos 400 anos. A pirâmide caiu em desuso depois de 1000 AD e depois foi saqueado durante a conquista espanhola de Yucatán.



O primeiro relato detalhado da redescoberta das ruínas foi publicada por Jean-Frederic Waldeck em 1838. Waldeck conta de Uxmal inspirado John Lloyd Stephens e seu amigo ilustrador, Frederick Catherwood, para fazer duas visitas prolongadas para o site em 1839-1841, para gravar e esboçar o layout do complexo. De suas notas, Stephens publicou seus agora famosos Incidentes de Viagem em Yucatán. Restauração esforços começaram em Uxmal, em meados do século 19. A Pirâmide do Mago foi reparado e mantido regularmente durante este período. No início dos anos 1970, um projeto de conservação importante foi tomada por arqueólogos da Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH). O objetivo deste esforço foi consolidar os lados e terraços planas da pirâmide, e para melhorar a integridade estrutural das têmporas. Em 1988, o furacão Gilbert varreu a Península de Yucatán, trazendo ventos fortes e chuvas abundantes para a área que causou grandes danos para o exterior da pirâmide. Um exame pós-furacão da estrutura revelou fendas que se tinha desenvolvido nas paredes do lado sul, em ambos os lados da escada oeste. Danos nas paredes verticais na base da pirâmide, no lado oeste, foi também observada. Os arqueólogos e conservadores com o INAH imediatamente iniciou o processo de desenvolvimento de uma estratégia para a conservação e estabilização. O plano chamado para o fortalecimento da fachada Oeste, o acompanhamento de eventuais alterações estruturais e implementar medidas de emergência quando necessário. A cavidade sob a base da escada foi preenchido com pedra, mortared com betão e gesso. Movimento monitores foram colocados em locais críticos para detectar falta de integridade. As medidas imediatas tomadas para estabilizar a pirâmide tinha impedido um colapso catastrófico, mas no final de 1997, os arqueólogos observou adicionais pequenas fissuras tinha desenvolvido nas paredes da pirâmide (Desmond). Os esforços de conservação ainda estão em andamento e, como El Castillo em Chichen Itza, os visitantes do site são agora proibidos de subir a pirâmide.



A altura exata da Pirâmide do Mago está em disputa e tem sido informado ser tão alto quanto 40 metros e tão baixa como 27 metros. O aceito medianamente é a altura de 35 metros, com a base medindo aproximadamente 227 por 162 metros. Apesar da ausência de uma medida exata, a pirâmide continua a ser a estrutura mais alta de Uxmal. A Pirâmide do Mago é uma estrutura muito distinta dos maias na Península de Yucatán. A pirâmide é considerada única por causa de seus lados arredondados, altura considerável, declive íngreme e incomum elíptica base. A construção da pirâmide foi concluída em várias fases, ao longo de três séculos, durante o período Clássico Terminal. Marta Foncerrada del Molina, em seu Fechas de radiocarbono na área dos Maias, a data do início da construção da Pirâmide do Mago foi do século VI, continuando periodicamente ao longo do século 10. Este posicionamento depende tanto da AD 560 ± 50 data de radiocarbono para o Templo Oeste Inferior, bem como em datas estilísticas Foncerrada do interior para Templos II e II (Kowalski 47).

Os Maias seguiram a prática tradicional de sobreposição na construção da pirâmide, gradualmente aumentando as dimensões através da construção de novas estruturas em cima dos já existentes. A pirâmide, como se encontra hoje, é o resultado de cinco templos aninhados. Partes do primeiro templo pode ser visto quando subir a escada ocidental; os templos segundo e terceiro são acessados pela escada leste, através de uma câmara interna no segundo nível. Na frente dela Templo III, formando um nártex, é o templo quarto, que é claramente visível a partir do lado oeste. A subida ao topo das escadas do leste revela o templo em quinto lugar, situado no topo de Templos II e III (Stierlin 66). A estrutura mais antiga, Templo I, está exposto no lado oeste da estrutura, na base da pirâmide. Esta seção remonta a cerca de século a sexta, deduzida a partir da data inscrita na verga da porta e datação por radiocarbono. A fachada desta estrutura é fortemente decorado com máscaras do deus da chuva, Chaac, uma característica do estilo Chenes da arquitetura, embora as máscaras podem ter sido adicionadas em uma data posterior.

O resto da estrutura é coberta por construção subsequente. A passagem que levou a essa estrutura foi fechada após as chuvas encharcando de furacão Gilbert em 1988, a fim de garantir a preservação do edifício. O II Templo pode ser introduzido através de uma abertura na parte superior da escada Oriental. Este templo é apenas parcialmente escavado. A sua seção central é suportado por colunas e tem um pente telhado que é visível através de uma trincheira no chão do templo V acima. Templo III é construída sobre a parte traseira do templo II e não é visível a partir do exterior. É constituída por uma central pequena santuário e uma antecâmara. Templo IV é inserido a partir do lado oeste e tem as mais ricas decorações. Construído em estilo Chenes, a fachada do templo representa a máscara de Chaac, cujas mandíbulas servir como porta. A fachada desta estrutura é inteiramente coberto com máscaras do deus da chuva e ornamentação em treliça (Stierlin 66).

 Ambos os templos superiores são fortemente influenciados pelo estilo arquitetônico Chenes (Helfritz 149). Templo V, também conhecida como A Casa do Mago ou adivinho, é a fase de construção definitiva da pirâmide. Esta estrutura fica no topo da pirâmide e data do século IX. Templo V é composto por três salas e também apresenta ornamentação reticulado. Existem duas escadas que levam ao topo da pirâmide, tanto a um ângulo de 60° íngreme. As escadas orientais são o mais amplo dos dois, a partir da base da estrutura ao templo superior. Perto do topo das escadas do leste é um pequeno templo interno que corta na própria escada. As escadas ocidentais têm vista para o Convento e são ricamente decoradas em comparação com o lado oriental. Ao longo de ambos os lados desta estreita escadaria, as imagens do-nariz adunco linha de deus da chuva Chaac as etapas. Como adoradores subiu as escadas ao templo superior, que seria cerimoniosamente subir as escadas "dos deuses" para o altar sacrificial. As fases anteriores da Pirâmide do Mago foram construídos no estilo Puuc: em vez nua na parte inferior e muito ornamentado em níveis mais elevados. Arquitetura Puuc inicial incluía cristas de telhado, inclinado frisos e uma ausência de mosaico decoração. Mais tarde Puuc estilos são marcados pelo uso de calcário em construção, muitas vezes com superfícies das paredes lisas; gesso (estuque) acabamentos; máscaras e outras representações do deus da chuva Chaac; e a prevalência de estilo ao longo de linhas horizontais. Os lados da pirâmide já foram pensados para ser decorado com estuque colorido diferente, cada cor representa uma direção. Chenes projeto foi prevalente em construção maia clássico tardio, caracterizada por portas cercadas por uma máscara única criatura, com a entrada servindo como boca.



As fachadas de Chenes de multi-câmaras estruturas são geralmente divididos em três partes, com a parte central seja projetando ou se afastando do resto da fachada, as câmaras são tipicamente decorado com máscaras Chaac.Características Chenes são encontrados em todo os templos superiores da pirâmide.  A Pirâmide do Mago continua a ser a atração turística central no complexo de Uxmal.

O mito da origem da Pirâmide do Mago e o mago-deus Itzamna

O nome da estrutura é derivada folclóricas lendas contadas pelos indígenas maias. A idade destes contos é desconhecida, como é o nome pré-colombiano da estrutura. O conto existia em contas variadas relativas à construção da Pirâmide do Mago.

Segundo um relato, um mago-deus chamado Itzamna estava sozinho deveria ter erguido a pirâmide em uma noite, usando seu poder e magia. Outro conto diz que quando um gongo certo era ao som, na cidade de Uxmal estava destinado a cair para um menino "não nascido de mulher". O gongo foi atingido, um dia, por um anão que lhe não nascera de mãe, mas nascido de um ovo por um sem filhos, mulher de idade (de acordo com um guia turístico em Uxmal, o ovo era um ovo de iguana, e uma mulher bruxa). O som do gongo colocava medo nos governante da cidade, e o anão foi condenado a ser executado. O governante reconsiderou a sentença de morte, porém, prometeu que a vida do anão seria poupado se pudesse realizar três tarefas aparentemente impossíveis. Uma das tarefas foi a de construir uma enorme pirâmide, mais alto que qualquer prédio da cidade, em uma única noite. O anão finalmente concluído todas as tarefas, incluindo a construção da pirâmide. O anão foi saudado como o novo governante de Uxmal e da estrutura foi dedicado a ele. 



Uma versão ligeiramente diferente deste conto é narrado por Hans Li em The Ancient Ones: Conta a lenda que este templo-pirâmide foi construída por um mago anão poderoso, que foi idealizada a partir de um óvulo por sua mãe. Sob uma ameaça por um rei Uxmal ele foi condenado a construir este templo dentro de uma quinzena, ou então perder a sua vida. Em outras versões sobreviventes, a velha é retratada como uma bruxa ou feiticeira e o anão é um garoto que magicamente atinge a idade adulta durante a noite. A lenda oficial como disse a John Lloyd Stephens em 1840 por um nativo local maia segue: Havia uma velha mulher que vivia em uma cabana que foi localizado no local exato onde a pirâmide está agora acabado. Esta velha era uma bruxa que um dia entrou em luto que ela não tinha filhos. Um dia, ela pegou um ovo e envolveu-o num pano e o colocou em um canto de sua pequena cabana. Todo dia, ela foi olhar para o ovo até que um dia ele se chocou e uma pequena criatura, muito parecidas com um bebê, veio do ovo encantado. A velha ficou encantada e chamou o bebê de seu filho. Ela, desde que com uma enfermeira e cuidou muito bem dele, para que dentro de um ano ele estava andando e falando como um homem. Ele parou de crescer depois de um ano e a velha estava muito orgulhoso de seu filho e lhe disse que um dia ele seria um grande Senhor e Rei. Um dia, ela disse ao filho para ir à Casa do Governador e desafiar o Rei para uma prova de força. O anão não queria ir na primeira, mas a velha insistiu e, assim, ver o Rei ia. Os guardas deixá-lo entrar, e ele jogou o desafio para o rei. O rei sorriu, e disse o anão para levantar uma pedra que pesava três arrobas (75 quilos). Nessa, o anão gritou e correu de volta para sua mãe. A bruxa era sábio, e disse ao filho para dizer ao rei que, se o Rei iria levantar a primeira pedra, então ele iria levantá-lo também. O anão voltou e disse ao rei que sua mãe lhe disse para dizer. O rei levantou a pedra e o anão fez o mesmo. O rei ficou impressionado, e um pouco nervoso, e testou o anão para o resto do dia com outros feitos de força. Cada vez que o rei realizou um ato, o anão foi capaz de igualar. O rei ficou furioso que estava sendo acompanhado por um anão, e disse o anão que, em uma noite ele deve construir uma casa maior do que qualquer outro na cidade ou ele seria morto. O anão voltou novamente chorando à sua mãe que lhe disse para não perder a esperança, e que ele deveria ir direto para a cama. Na manhã seguinte, a cidade acordou para ver a Pirâmide do anão no seu estado acabado, mais alto do que qualquer outro edifício na cidade. O rei viu este edifício de seu palácio e foi novamente furioso. Ele convocou o anão e encomendou um teste final de força. O anão teve que recolher dois feixes de Cogoil madeira, uma madeira muito forte e pesado, e o rei iria quebrar a madeira sobre a cabeça do anão, e depois que o anão poderia ter a sua vez de quebrar a madeira sobre a cabeça do rei. O anão novamente correu para sua mãe para obter ajuda. Ela disse-lhe para não se preocupar e colocou uma tortilla encantado na cabeça para proteção. O julgamento era para ser executado na frente de todos os grandes homens da cidade. O rei começou a quebrar todo o seu pacote sobre a cabeça do anão, um pau de uma vez. O Rei não conseguiu ferir o anão e depois tentou se retirar de seu desafio. Em vista dos grandes homens da cidade, porém, ele sabia que tinha outra escolha senão ir em frente e deixar o anão têm sua vez. A segunda vara do feixe do anão quebrou o crânio Reis em pedaços e ele caiu morto ao pé do anão, que foi saudado como o novo rei (Ranney 80-1).



Citações Stephens e Catherwood visitou Uxmal primeira em 1839, mais uma vez durante a sua expedição de 1841. Descrevendo a sua primeira visão das ruínas, Stephens escreve: "Nós tomamos uma outra estrada, e, de repente surgir dos bosques, para minha surpresa veio uma vez em cima de um grande campo aberto espalharam com montes de ruínas e edifícios enormes em terraços e estruturas piramidais, grande e em boa conservação, ricamente ornamentada, sem um arbusto para obstruir a visão, e em efeito pitoresco quase igual às ruínas de Tebas... O lugar de que falo agora foi sem sombra de dúvida uma vez uma cidade grande, populoso e altamente civilizado. Quem construiu, por que ele foi localizado longe da água ou qualquer dessas vantagens naturais que determinaram os locais de cidades cujas histórias são conhecidas, o que levou ao seu abandono e destruição, ninguém pode dizer." John Lloyd Stephens (64) "A pirâmide é uma imagem do mundo, por sua vez, que a imagem do mundo é uma projeção da sociedade humana Se é verdade que o homem inventa deuses à sua imagem, também é verdade que ele vê sua própria imagem na imagens que o céu e a terra lhe oferecer O homem faz a história humana da paisagem desumana,... natureza transforma a história em cosmogonia, a dança das estrelas" Octavio Paz (294) "A forma clássica pirâmide foi abandonada aqui. É como se os arquitetos maias tinha lembrado os picos das montanhas, onde os deuses tinham sido adoradas no passado nebuloso." Hans Helfritz (149)

Arquitetura

Este edifício singular, o único conhecido com planta oval na cultura maia, é o resultado de cinco alargamentos pertencentes a diferentes fases e estilos decorativos, entre os que se encontram no Guatemala, usumacinta, Rio Chênes e puuc. O contorno oval cobre os três primeiros níveis originais, sendo o quarto e quinto nível da habitual forma prismática. No topo da pirâmide localiza-se um templo com elementos de crestería ou coroação. O edifício contém representações do Deus chac (Divindade da água e da chuva). Os degraus da pirâmide são estreitos e íngremes, superando quase sempre os 45 graus. Se acha isto dedicou-se com a intenção de que aqueles que subissem ao templo não pudessem levantar a cabeça durante a ascensão, nem pudessem também não dar as costas ao meu Deus durante a descida. O Templo, que atinge os 35 metros de altura, com uma base de 53,5 metros no lado maior, está inteiramente construído de pedra.



Fases

A construção foi iniciada no século vi, estando datado o último nível no século x. É constituído por cinco níveis, cada uma correspondendo a um templo:

Nível I, templo I

Sua situa sobre a plataforma ou banco, ou seja, praticamente ao nível do solo. Sua decoração é à base de exsudado e figuras de chaac, entre os quais se destacam os dois que estão sobre a entrada. Neste templo foi encontrado a escultura designada a rainha de uxmal que é uma cabeça de cobra com a boca aberta da que sai um ser humano.

Nível II, Templo II

Para construir este templo, que fica a uma altura em breve da 2/3 parte da actual, houve que cobrir o templo i e realizar sobre ele uma pirâmide. Para acessá-lo tornou-se uma abertura desde onde se observam as colunas que sustentam o telhado.

Nível III, Templo III
É um oratório que depois se cobriu a construir outro com um trono em forma de comem de chaac.

Nível IV, Templo IV

É o melhor de todos os cinco templos. Tem uma câmera em forma de comem de chaac coincidindo a boca da mesma com a entrada a qual se acede pela parte leste da pirâmide. Tem uma decoração muito recarregada, fora do habitual no estilo puuc.

Nível V, templo

Levanta-se no topo da pirâmide e para acessá-lo tem que subir 150 escadas íngremes que estão rodeados por figuras de chaac. A decoração das fachadas é plenamente puuc, paredes baixas lisas, sobre as quais se coloca uma grande greca decorada, neste caso com serpentes entrelaçadas e uma cabana de telhado de palha.