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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Palestina: O Holocausto Invisível!

Escrito por Mary Sparrowdancer.
Traduzido por Antonio Celso Barbieri.
Ao celebrarmos 40 anos da “ocupação” militar ilegal de lares e terras Palestinas, talvez seja o momento para o mundo dar uma boa olhada em Israel e seu campo experimental de guerra que, se faz de estado religioso precisando de proteção. O mundo inteiro tem até medo de questionar as atividades do estado de Israel ou, fazê-lo prestar contas perante as leis internacionais de proteção aos direitos humanos. Já é tempo do mundo passar algumas horas com os refugiados palestinos invisíveis. Os palestinos são uma nação de vítimas. Uma nação, quase por 60 anos, brutalmente “ocupada” contra a sua vontade e transformada num Holocausto Zionista até o presente.
“Ocupação” é uma palavra higiênica que, parece que ninguém quer questionar ou importar-se. A verdade é que a palavra “ocupação” ou “terra ocupada” não serve nem para começar a contar a história total do que foi feito contra os palestinos. Para que possamos melhor compreender este assunto, precisamos voltar até o ano de 1948, o ano em que Israel declarou-se um estado dentro da nação Palestina e depois, retroceder ainda mais no tempo para ver como tudo isto foi orquestrado.
Entretanto, primeiro imagine Católicos Romanos ou Batistas Sulistas declarando-se como sendo um estado dentro dos Estados Unidos, no qual eles apenas reconhecerão os direitos humanos dos membros da sua religião, tomarão posse dos direitos pertencentes à outros sobre casas, terras, pomares, propriedades e água e depois, seus residentes que moravam dentro e em torno deste novo estado criado sejam expulsos com uso de força. Uma situação como esta nunca seria permitida nos Estados Unidos porque é uma situação claramente ilegal.
A criação de um país para os Zionistas não aconteceu do dia para a noite. Israel não passou à existir subitamente em 1948. Na verdade, seu planejamento foi, na Inglaterra, rascunhado e aperfeiçoado em vários documentos desde o começo de 1900. Em 2002 numa entrevista concedida à BBC News, Jack Straw, o prévio Secretário do Exterior, culpou o “passado imperial britânico” pelo presente conflito Árabe-Israelense.
Foi em 1917 através da “Declaração de Balfour” que a Inglaterra “deu” a terra dos palestinos para os Zionistas. (1) (2)
Poderíamos dizer que Israel nasceu como resultado de explosivos. No começo de 1900, o doutor Chaim Weizmann descobriu um jeito de usar fermentação industrial para fazer um explosivo chamado cordite (também conhecido como “pólvora sem fumaça”). Esta descoberta provou ser de uma ajuda imensa para os esforços de guerra e, quando Chaim Weizmann foi perguntado de que forma ele queria ser compensado pelos serviços prestados ao Reino Unido respondeu “Existe somente uma coisa que eu quero, uma nação para o meu povo”. Ele queria especificamente a Palestina. Logo depois, a Declaração de Balfour seria escrita e o Doutor Weizmann acabaria eventualmente sendo o primeiro presidente do novo estado chamado “Israel”. (3)
Com a Declaração de Balfour, uma nação prometeu à outra nação que ainda não existia uma terra que já era habitada por uma terceira nação. Esta terceira nação não foi consultada. Balfour mais tarde escreveria “na Palestina nós não consultamos e nem fizemos algum tipo de plebiscito para saber o desejo dos habitantes deste país” e mais tarde escreveu sobre a Palestina “O Zionismo, seja certo ou errado, bom ou ruim, esta arraigado numa tradição muito antiga, nas necessidades presentes, nas esperanças futuras, de muito maior importância do que os desejos e preconceitos dos 700.000 árabes que agora habitam esta terra antiga”.
Lorde Balfour com seus preconceitos pessoais, colocou a caneta no papel e arruinou a vida do o que são hoje milhões de seres humanos. Ele aparentemente falhou em não perceber que muitos palestinos tinham vivido na Palestina, nas suas terras ancestrais, por 1.000 anos ou até mais. Dando os lares ancestrais dos palestinos para os Zionistas e Judeus vindos dos outros países, dando aos Judeus imigrantes uma casa nova se desejassem, tornou todos os palestinos em refugiados em sua própria terra. A revolta e desespero em relação à uma atitude tão desumana resultou em 60 anos de violência através da Palestina. Violência esta que o mundo não sabe nada à respeito porque o problema palestino continua grandemente invisível para nós. (4)
Depois de Israel em 1948 ter declarado-se um estado dentro da Palestina e o conseqüente conflito que se seguiu, o Conde Folke Bernadotte, um diplomata suíço, foi enviado para tentar estabelecer normas de justiça que resultasse em paz para a região. Isto é o que Bernadotte disse sobre Israel: “Um estado judeu chamado Israel existe dentro da Palestina e não existe boas razões para assumirmos que ele continuará a existir.” Ele então criou um plano que limitaria as fronteiras entre Israel e Palestina e que também permitiria que os refugiados palestinos que fugiram dos militares israelense bem armados, retornassem para suas casas. Depois de escrever o plano, o Conde foi emboscado e assassinado pelos revoltados terroristas Zionistas. (5)
Muito do que tem acontecido no Oriente Médio tem sido censurado pela imprensa controlada pelo estado. A censura tem sido pesada e, a verdade raramente achou caminho até o público. Por causa disto, foi inevitável que alguns jornalistas frustrados se reunissem e criassem uma imprensa professional e independente chamada Al-Jazeera onde pudessem mostrar o que eles estavam observando sem nenhuma censura. Al-Jazeera não busca aprovação dos Estados Unidos, Israel ou Inglaterra antes de publicar suas matérias, comentários e documentários. Ela tem apresentado uma grande quantidade de material fotográfico cobrindo a agressão militar dos Estados Unidos e Israel. Este material é tão embaraçoso que os escritórios árabes e viaturas da Al-Jazeera, muito embora sejam claramente marcados e pintados, tem sido bombardeados e metralhados pelos aviões Norte Americanos e tanques Norte Americanos e Ingleses. (6) (7) (8)
Na Al-Jazeera, num recente debate no seu programa Inside Story, centrado num “relatório condenatório” escrito pela Anistia Internacional relativo aos 40 anos de ocupação militar ilegal da Palestina, a Anistia relatou uma grande quantidade de violações de direitos humanos assim como, violações de leis internacionais cometidas por Israel. No programa, o jornalista da Al-Jazeera, Darren Jordan perguntou: “Porque a comunidade internacional não faz mais para ajudar a terminar com todo este sofrimento?” Infelizmente a simples resposta foi de que, na maior parte, a comunidade internacional não sabe nada à respeito do sofrimento porque, a maioria dos países estão recebendo informação através de uma imprensar controlada pelo estado. Nos não temos recebido notícias corretas sobre Israel por quase 60 anos. (9)