Holocausto Palestino. Imagem: http://www.vivelecanada.ca/article/31155345-the- invisible-holocaust-by-mary-sparrowdancer
Escrito por Mary
Sparrowdancer.
Traduzido por Antonio
Celso Barbieri.
Ao celebrarmos 40 anos da “ocupação”
militar ilegal de lares e terras Palestinas, talvez seja o momento para o
mundo dar uma boa olhada em Israel e seu campo experimental de guerra que,
se faz de estado religioso precisando de proteção. O mundo inteiro tem até
medo de questionar as atividades do estado de Israel ou, fazê-lo prestar contas
perante as leis internacionais de proteção aos direitos humanos. Já é tempo do
mundo passar algumas horas com os refugiados palestinos invisíveis. Os
palestinos são uma nação de vítimas. Uma nação, quase por 60 anos, brutalmente
“ocupada” contra a sua vontade e transformada num Holocausto Zionista até
o presente.
“Ocupação” é uma palavra higiênica que,
parece que ninguém quer questionar ou importar-se. A verdade é que a palavra
“ocupação” ou “terra ocupada” não serve nem para começar a contar a
história total do que foi feito contra os palestinos. Para que possamos melhor
compreender este assunto, precisamos voltar até o ano de 1948, o ano em que
Israel declarou-se um estado dentro da nação Palestina e depois, retroceder ainda
mais no tempo para ver como tudo isto foi orquestrado.
Entretanto, primeiro imagine Católicos
Romanos ou Batistas Sulistas declarando-se como sendo um estado dentro dos
Estados Unidos, no qual eles apenas reconhecerão os direitos humanos dos
membros da sua religião, tomarão posse dos direitos pertencentes à outros sobre
casas, terras, pomares, propriedades e água e depois, seus residentes que
moravam dentro e em torno deste novo estado criado sejam expulsos com uso de
força. Uma situação como esta nunca seria permitida nos Estados Unidos porque é
uma situação claramente ilegal.
A criação de um país para os Zionistas não
aconteceu do dia para a noite. Israel não passou à existir subitamente em 1948.
Na verdade, seu planejamento foi, na Inglaterra, rascunhado e aperfeiçoado em
vários documentos desde o começo de 1900. Em 2002 numa entrevista concedida à
BBC News, Jack Straw, o prévio Secretário do Exterior, culpou o “passado
imperial britânico” pelo presente conflito Árabe-Israelense.
Foi em 1917 através da “Declaração de
Balfour” que a Inglaterra “deu” a terra dos palestinos para os Zionistas.
(1) (2)
Poderíamos dizer que Israel nasceu como
resultado de explosivos. No começo de 1900, o doutor Chaim Weizmann
descobriu um jeito de usar fermentação industrial para fazer um explosivo
chamado cordite (também conhecido como “pólvora sem fumaça”). Esta descoberta
provou ser de uma ajuda imensa para os esforços de guerra e, quando Chaim
Weizmann foi perguntado de que forma ele queria ser compensado pelos serviços
prestados ao Reino Unido respondeu “Existe somente uma coisa que eu
quero, uma nação para o meu povo”. Ele queria especificamente a Palestina.
Logo depois, a Declaração de Balfour seria escrita e o Doutor Weizmann acabaria
eventualmente sendo o primeiro presidente do novo estado chamado “Israel”. (3)
Com a Declaração de Balfour, uma nação
prometeu à outra nação que ainda não existia uma terra que já era habitada por
uma terceira nação. Esta terceira nação não foi consultada. Balfour mais tarde
escreveria “na Palestina nós não consultamos e nem fizemos algum tipo
de plebiscito para saber o desejo dos habitantes deste país” e mais
tarde escreveu sobre a Palestina “O Zionismo, seja certo ou errado, bom
ou ruim, esta arraigado numa tradição muito antiga, nas necessidades presentes,
nas esperanças futuras, de muito maior importância do que os desejos e
preconceitos dos 700.000 árabes que agora habitam esta terra antiga”.
Lorde Balfour com seus preconceitos
pessoais, colocou a caneta no papel e arruinou a vida do o que são hoje milhões
de seres humanos. Ele aparentemente falhou em não perceber que muitos
palestinos tinham vivido na Palestina, nas suas terras ancestrais, por 1.000
anos ou até mais. Dando os lares ancestrais dos palestinos para os Zionistas e
Judeus vindos dos outros países, dando aos Judeus imigrantes uma casa nova se
desejassem, tornou todos os palestinos em refugiados em sua própria terra. A
revolta e desespero em relação à uma atitude tão desumana resultou em 60 anos
de violência através da Palestina. Violência esta que o mundo não sabe nada à
respeito porque o problema palestino continua grandemente invisível para nós.
(4)
Palestina Livre. Imagem: http://www.vivelecanada.ca/article/31155345-the-invisible-holocaust-by-mary-sparrowdancer
Depois de Israel em 1948 ter declarado-se
um estado dentro da Palestina e o conseqüente conflito que se seguiu, o Conde
Folke Bernadotte, um diplomata suíço, foi enviado para tentar estabelecer
normas de justiça que resultasse em paz para a região. Isto é o que Bernadotte
disse sobre Israel: “Um estado judeu chamado Israel existe dentro da
Palestina e não existe boas razões para assumirmos que ele continuará a
existir.” Ele então criou um plano que limitaria as fronteiras entre
Israel e Palestina e que também permitiria que os refugiados palestinos que
fugiram dos militares israelense bem armados, retornassem para suas casas.
Depois de escrever o plano, o Conde foi emboscado e assassinado pelos
revoltados terroristas Zionistas. (5)
Muito do que tem acontecido no Oriente
Médio tem sido censurado pela imprensa controlada pelo estado. A censura tem
sido pesada e, a verdade raramente achou caminho até o público. Por causa
disto, foi inevitável que alguns jornalistas frustrados se reunissem e
criassem uma imprensa professional e independente chamada Al-Jazeera onde
pudessem mostrar o que eles estavam observando sem nenhuma censura. Al-Jazeera
não busca aprovação dos Estados Unidos, Israel ou Inglaterra antes de publicar
suas matérias, comentários e documentários. Ela tem apresentado uma grande
quantidade de material fotográfico cobrindo a agressão militar dos Estados
Unidos e Israel. Este material é tão embaraçoso que os escritórios árabes e
viaturas da Al-Jazeera, muito embora sejam claramente marcados e pintados, tem
sido bombardeados e metralhados pelos aviões Norte Americanos e tanques Norte
Americanos e Ingleses. (6) (7) (8)
Na Al-Jazeera, num recente debate no seu
programa Inside Story, centrado num “relatório condenatório” escrito pela
Anistia Internacional relativo aos 40 anos de ocupação militar ilegal da
Palestina, a Anistia relatou uma grande quantidade de violações de direitos
humanos assim como, violações de leis internacionais cometidas por Israel. No
programa, o jornalista da Al-Jazeera, Darren Jordan perguntou: “Porque a
comunidade internacional não faz mais para ajudar a terminar com todo este
sofrimento?” Infelizmente a simples resposta foi de que, na maior parte, a
comunidade internacional não sabe nada à respeito do sofrimento porque, a
maioria dos países estão recebendo informação através de uma imprensar
controlada pelo estado. Nos não temos recebido notícias corretas sobre Israel
por quase 60 anos. (9)
Nenhuma das TVs controladas pelo governo
tem apresentado uma imagem justa do conflito Zionista/Israelense mostrando
um visão honesta da invasão militar da Palestina. Esta informações não tem
aparecido na imprensa pelos simples motivo de que Israel não deseja que a
comunidade internacional fique sabendo o que eles andam fazendo contra o povo
palestino.
Os “invisíveis” palestinos não estão
protegidos dos militares israelenses nem mesmo dentro dos campos de refugiados
palestinos.Muitos dos palestinos não possuem casas, vidas normais, direitos,
existência protegida, voz ou lugar para ir. Eles são algumas vezes, nas
inúmeras barreiras e pontos de controle dentro de suas comunidades, despidos
completamente e forçados a caminhar nus na frente dos soldados israelenses e
qualquer um presente, incluindo sua família, vizinhos e desconhecidos. Eles são
forçados a carregar Papeis de Identificação o tempo todo para que possam passar
de uma barreira à outra dentro da sua própria terra. As vezes eles são detidos
por muitas horas. Eles são forçados à submeterem-se à autoridade israelense sem
nenhum direito de defesa. Eles são publicamente espancados, alvejados e
aterrorizados. Por quase 60 anos eles tem esperado que alguém os escute e ajude
mas, os israelenses tem recebido apoio para continuar seu abuso dos direitos
humanos sem receber nenhuma oposição das nações que os apoiam. (mais
notadamente os Estados Unidos).
Todo este tempo, o mundo, através da
imprensa mundial, tem sido levado à acreditar numa idéia de que os
palestinos não são confiáveis. Nós nunca escutamos à respeito do contínuo
assassinato feito por Israel de crianças e civis desarmados.
Nota do tradutor: Esta matéria foi escrita antes deste recente ataque ao Estreito de
Gaza, onde com a existência da Al-Jazeera e da imprensa livre online não
há mais como esconder mais este genocídio da população civil palestina.
Nós escutamos pouco sobre as muralhas,
cercas eletrificadas e de arame farpado que os israelense estão construindo ou
instalando numa terra que não lhes pertence, muitas vezes isolando os
fazendeiros das suas próprias terras de cultivo. Nós não ouvimos sobre o
bombardeamento e destruição por Israel de bairros inteiros usando tratores,
tanques, bazucas, jatos F16 e os helicópteros Black Hawk.Em vez disto, nós
ouvimos falar dos “homens bomba suicidas palestinos” com tanta intensidade que,
hoje em dia a própria palavra “palestino” é sinônimo de “terrorista”. É
importante lembrar que primariamente os palestinos estão armados apenas com pedras
e estilingues. Talvez, também fosse importante ter-se em mente que “suicídio” é
sempre um ato de desespero. Já é tempo de nos perguntarmos o que tem
causado um desespero tão horrível que leve ao suicídio. (10) (11) (12) (13)
Jornalistas independentes estão arriscando
suas vidas para criar documentários para que possamos ver com nossos próprios
olhos o que a imprensa comprada não nos permite ver. Estes jornalistas estão
gravando em vídeo tapes o que está acontecendo nas terra ocupadas por Israel e,
também em outros países onde Israel, Estados Unidos e aliados estão invadindo e
bombardeando lares e terras que pertences à cidadãos de outras nações, matando
e ferindo civis desarmados. Agora, podemos assistir filmagens atuais do que
está acontecendo e, depois de muitos anos de mentiras, nós podemos finalmente
nos perguntar quem são realmente os terroristas.
Depois de passar algum tempo com os
palestinos nos vídeos abaixo, imagine-se junto com a população, a maioria
totalmente desarmada usando apenas as pedras e estilingues já mencionados,
correndo, fugindo de tanques e outros veículos militares metralhando e
despejando balas de canhão dirigidas aos prédios, lojas, barracas de frutas e
povo.
A população de refugiados correndo onde
muitos podem ser vistos carregando com eles sacolas de pão. Trata-se de uma
visão difícil de esquecer. Ver o povo agarrado às suas sacolas de pão fugindo
dos soldados Zionistas sugere que estes refugiados estão correndo com a
esperança de que possam viver o suficiente para poderem fazer a sua próxima
refeição.
Neste dia em particular, no vídeo abaixo,
durante as filmagens uma criança de 6 anos não teve tanta sorte. Ela não viverá
para poder ter a próxima refeição com sua família. Ela acompanhou seu pai até a
padaria e esperou dentro do carro enquanto seu pai entrou na padaria para
comprar o seu pão diário. Enquanto a criança esperava ela foi atingida por um
tiro no peito e outro no estômago. Imagine-se como se sentirá um pai saindo da
padaria e, encontrando seu filho que um minuto atrás, estava vibrante e cheio
de vida, agora morrendo. Imagine-se carregando esta criança até o hospital numa
tentativa inútil para salvar esta vida inocente. Imagine-se voltando para o seu
carro para encontrá-lo todo ensangüentado com o sangue do seu filho morto. O
pão ainda continua em cima do capô do carro no mesmo lugar onde você deixou.
Por favor, enquanto assistir este vídeo
tenha em mente que o governo israelense estava “invadindo” Jenin quando estas
atrocidades aconteceram. Israel não tem direitos legais para ocupar estas
terras palestinas, usar munição contra refugiados nem tem direito legal para
aterrorizá-los, criar “toque de recolher” assim como humilhá-los
horrendamente. Também, tenha em mente que aqueles que defendem Israel insistem
que não existe nenhum Holocausto acontecendo na Palestina.
O caminho para a paz na verdade é muito
simples, até uma criança poderia entendê-lo e memorizá-lo. Um homem de paz que
amou os palestinos o suficiente para andar entre eles, um homem de dignidade
que chamava-se Jesus, um dia resumiu a coisa desta forma:“Ame uns aos outros
da mesma forma que eu amo vocês.”
O mundo pode fazer isto. Nós podemos
devolver a Palestina aos palestinos. Nós podemos proteger toda vida humana de
todo Holocausto, com a ajuda de um noticiário honesto e independente. Nós
podemos ter esperança em alcançar a paz e, nós podemos conseguir a paz
porque, sempre que pensamos por nós mesmos nós podemos ter esperança. Alguns
pilotos israelenses agora, estão regeitando ordens militares que resultem em
mais dor para a população civil palestina. O mundo deve abraçar este heróis num
tempo que heróis cristãos são muito necessários.
Mary Sparrowdancer é uma jornalista independente
autora do livro The Love Song (A Canção de Amor) cuja edição foi esgotada o ano
passado depois de, na sua antiga editora, tornar-se em um campeão de
vendas. Uma edição especial será impressa brevemente
(www.sparrowdancer.com). Mary pode ser contatada neste email:
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outras fontes está sujeita às condições dessas fontes e seus atributos de
direitos autorais.
Você quer saber mais?
1. Jack
Straw ­ British Colonialism. 6/9/2007
news.bbc.co.uk/2/hi/europe/2481371.stm
news.bbc.co.uk/2/hi/europe/2481371.stm
2. Balfour
Declaration: Give Palestine to the Zionists. 6/9/2007
www.yale.edu/lawweb/avalon/mideast/balfour.htm
www.yale.edu/lawweb/avalon/mideast/balfour.htm
3. Time
Magazine, October 11, 1948, "After a Small Pause," 6/9/2007
www.time.com/time/magazine/article/0,9171,887906,00.html
www.time.com/time/magazine/article/0,9171,887906,00.html
4. Said,
Edward ­ "The Question of Palestine," quoting Balfour, pages 16 and
17, Vintage, 1992.
5. Bernadotte's
Second Plan: Jewish state inside Palestine. 6/9/2007
www.yale.edu/lawweb/avalon/decade/decad170.htm
www.yale.edu/lawweb/avalon/decade/decad170.htm
6. US
Bombs Al-Jazeera ­ 6/9/2007
electroniciraq.net/cgi-bin/artman/exec/view.cgi/10/582
electroniciraq.net/cgi-bin/artman/exec/view.cgi/10/582
7. Al-Jazeera,
U.S. attacks reporters. 6/9/2007
www.rsf.org/article.php3?id_article=5945
www.rsf.org/article.php3?id_article=5945
8. British
and U.S. tanks target Al-Jazeera 6/9/2007
www.fair.org/index.php?page=1843
www.fair.org/index.php?page=1843
9. Al-Jazeera,
Inside Story ­ 6/9/2007
english.aljazeera.net/NR/exeres/ECA2123D-10B7-4F71-A3DB-D98C2F224FC2.htm
english.aljazeera.net/NR/exeres/ECA2123D-10B7-4F71-A3DB-D98C2F224FC2.htm
This video can also be seen here:
www.youtube.com/watch?v=5u_znUvv9ag
www.youtube.com/watch?v=5u_znUvv9ag
10. Human
Rights Watch: Jenin Refugee Camp, demolished. 6/10/2007
hrw.org/photos/2002/jenin/pages/11.htm
hrw.org/photos/2002/jenin/pages/11.htm
11. Human
Rights Watch: Walking in demolished refugee camp, Jenin. 6/10/2007
hrw.org/photos/2002/jenin/pages/8.htm
hrw.org/photos/2002/jenin/pages/8.htm
12. Human
Rights Watch: Removing the white flag from flattened wheelchair of Kamal
Zghair, who was shot, killed, and then run over by an Israeli tank. 6/10/2007
hrw.org/photos/2002/jenin/pages/17.htm
hrw.org/photos/2002/jenin/pages/17.htm
13. Prout
News Photo ­ Tank inside a destroyed Jenin house.
proutnewsnetwork.org/NWO/files/img/jenin_4_13_02.JPG
www.rense.com/general76/palest.htm
proutnewsnetwork.org/NWO/files/img/jenin_4_13_02.JPG
www.rense.com/general76/palest.htm
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