Autor: Leandro CHH do Blog Construindo História Hoje.
Mais de um milênio antes dos Incas criarem um império nas vastas montanhas dos Andes, na América do Sul na Bolívia, Tiahuanaco surgiu como um importante centro da vida política, econômica, religiosa na margem Sul do Lago Titicaca.
As ruínas de Puma Punku, próximas de Tiahuanaco, (América do Sul) estão entre as mais interessantes e misteriosas do Mundo, superam até mesmo as Pirâmides de Gizé, se levarmos em conta o nível de especialidade e refino no tratamento de pedra altamente resistente verificas ali.
Parece ser o resto de um grande cais no Lago Titicaca e parte de um de um grande edifício que desmoronou a pouco.
Puma Punku, também chamada “Pumapunku” ou “Puma Puncu”, é um sítio arqueológico composto de um grande complexo de templos e monumentos localizado em Tiwanaku, na Bolílvia . O nome Puma Punku é originário da língua Aymara e significa "A Porta do Puma". O complexo de Puma Punku consiste de esplanadas, templos, monumentos formados com pedras do estilo megalítico.
Um dos blocos de sua construção pesa cerca de 440 toneladas (o equivalente a cerca de 600 carros) e vários outros blocos, pesam entre 100 e 150 toneladas.
O sítio principal, possui 167 metros de comprimento e 116 metros de largura. A borda leste de Pumapunku é ocupada pela “Plataforma Lítica”, um terraço de pedra de 6,75 por 38,72 metros de dimensão. Este terraço é pavimentado com múltiplos blocos de pedra enormes. A Plataforma Lítica contém a maior pedra encontrada em todo o sítio arqueológico de Puma punku e Tiahuanaco. Baseada nas propriedades da rocha cuja qual foi extraída, e estimada que essa única pedra possua 131 toneladas.
Bloco de pedra esculpido em Puma Punku. Filete preciso de 6 mm de largura com furos eqüidistantes.
O núcleo das construções em Puma Punku consiste de argila enquanto o acabamento consiste de areia e pedregulhos. Escavações no sítio de Puma Punku documentaram a existência de três épocas distintas de construção além de pequenas reformas e remodelagens ocorridas em outras épocas.
Durante seu apogeu, acredita-se que Puma Punku era um local "incrivelmente maravilhoso" adornado com placas de metal polido, cerâmicas de cores brilhantes e ornamentado com quadros e peles, frequentado por sarcedotes e pela elite, que se vestiam com roupas cerimoniais e joias exóticas. A compreensão da natureza deste complexo arqueológico ainda é limitada, devido à sua antiguidade, a falta de provas escritas, e o atual estado de elevada deterioração, tanto pelo desgaste natural mas também devida a depredação causada por visitantes e saqueadores.
A chamada Porta do Sol, vista na parte de trás. Esculpida em rocha extremamente dura.Possivelmente era uma parte de um grande muro.
Determinar a idade do complexo de Puma Punku tem sido o foco de pesquisadores desde a descoberta deste sítio arqueológico. Como notado pelo especialista Andino, o professor de Antropologia W. H. Isbell, determinou através do teste com rádio carbono que a camada mais antiga de construção ocorreu entre os anos de 536 a 600 D.C.
No entanto, olhando-se melhor estes blocos de pedra observa-se que foram fabricados com uma precisam magnifica para época.
A primeira vista Puma Punku não imprenssiona. Parece apenas um monte de ruínas de uma velha pirâmide e um grande número de blocos megalíticos de pedras no chão, aparentemente derrubados por um terremoto devastador.
Concepção artística de Puma Punku em AutoCad por Alexei Vranich. (arqueólogo da Universidade da Pensilvânia, que está escavando um templo chamado Puma punku). “O templo era um local de importância religiosa e um centro de peregrinação. Vranich acredita que os arquitetos tiwanakus sabiam exatamente o que estavam fazendo quando ergueram o templo num local onde ele encobria a vista da montanha. “Eles sabiam que efeito isso teria”, diz ele. “Fazer o Illimani desaparecer! Essa foi uma das ilusões de ótica criadas aqui.”
Nas margens do lago Titicaca encontram-se ruínas de antigos templos e santuários, remontando a até 700 a.C. Os pesquisadores crêem que Tihanuaco foi um desses centros religiosos. Mas, no século 6, talvez devido à importância do lago Titicaca na mitologia andina ou ao poder político do povo local, a cidade tornou-se um centro de peregrinação. Para chegar ali muitos viajavam longas distâncias, atravessando as águas verdes do lago em jangadas de bambu.
~Monte Illimani ao fundo na foto atinge seus 6.462 m de altitude e parece pequeno diante do Lago Titicaca que já está ha 4.000 m do nível do mar.
Depois, de rumar para o leste, caminhando pelas planícies relvadas do altiplano rumo aos picos azulados dos Andes, sempre cobertos de neve. “Durante essa jornada, o mais alto desses picos, o monte Illimani, devia atraí-los como um farol”, diz Vranich. “O Illimani era a montanha mais sagrada para essas populações. Segundo sua religião, para lá iam seus antepassados depois da morte.”
Só quando se sobe o último lance de escada e se chega ao alto do templo, um teto plano, é que a montanha reaparece, toda azul e branca, com seu brilho esplendoroso. "Agora olhe em volta", diz Vranich. "O Illimani está bem a nossa frente; o lago Titicaca, atrás de nós. Na cosmologia andina, estamos realmente num local entre o céu e a terra."Autor: Leandro CHH
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Você quer saber mais?http://www.archaeology.org/interactive/tiwanaku/project/pumapunku1.html
http://repository.upenn.edu/dissertations/AAI9926211/
http://repository.upenn.edu/dissertations/AAI9926211
http://proquest.umi.com/pqdlink?Ver=1&Exp=03-23-2017&FMT=7&DID=733961491&RQT=309&attempt=1&cfc=1
Querido amigo; é impressionante ver as grandes construções antigas e ver a perfeição nos detalhes, numa época em que tudo era feito de forma artesanal praticamente. Não haviam máquinas, nem os equipamentos que hoje dispomos...
ResponderExcluirBelo post!
Boa semana! Beijos
Essas histórias em torno do Lago Titicaca realmente impressionam. Esse é mais um grande achado histórico.
ResponderExcluirMeus parabéns pelo post!
Verdade amiga Lúcia, nosso passado esconde mistérios que a ciência nem ousa "procurar". Pois,temem que suas teorias erradas sejam desmascaradas. A riqueza arqueológica de um sitio como este é extrema, mas não vemos nenhum grande investimento em descobrir que civilização possuia tal tecnologia para construír estas maravilhas. Nenhum governo ou grande corporação investe nisto. Por quê? Talvez a verdade não seja conveniente para nenhuma das duas instituições, tanto governamentais como privadas.
ResponderExcluirSaudações fraternas,
Leandro CHH
Impressionam muito Professor Adinalzir. A riqueza cultural de um remoto passado humano talvez seja tão grande quanto nossa cultura atual, mas ignorada. Ignorada devido ha alunos e professores que só repetem como papagaio aquilo que está nos livros. Nos historiadores sempre estivemos a frente dessas ideias, pois muitas vezes temos que usar a imaginação sem abandonar a razão. Fazendo desse modo que o passado, mostre-se a nós como realmente era e como queremos que ele fosse.
ResponderExcluirUm grande abraço amigo,
Leandro CHH