Por
Abdon Marinho
Hoje, 15 de novembro, é
feriado, comemora-se a proclamação da República, fato ocorrido há 124 anos. Em
termos históricos, temos uma república, digamos, adolescente. Para a maioria da
população, inclusive para aqueles que formaram um engarrafamento de 309, as 18
horas de ontem na cidade de São Paulo, seja apenas mais um feriadão, o último
do ano, antes dos festejos natalinos e da virada do ano.
Em anos anteriores escrevi
sobre isso. Hoje acordei mais reflexivo. Como diz o amigo Diogo, há motivo para
comemorar um golpe? Não. Decerto que não. Não temos como mudar a história.
Temos como refletir sobre ela. Qual o legado dos últimos 124 anos? O saldo é
positivo, negativo, empatamos? O que tem sido a República brasileira ao longo
dos anos?
O Brasil tem umas coisas
engraçadas. Alguns historiadores sustentam por exemplo, que Deodoro da Fonsêca,
era monarquista e que D. Pedro II, o imperador que sofreu o golpe (?) era
republicano. A partir desta equação ilógica nasceu o modelo político que temos
hoje, uma república presidencialista. Ela tem sido boa para o Brasil? Temos
bons exemplos e motivos para nos orgulhar desde a sua proclamação aos dias de
hoje? Ou para festejar?
Não vou aqui abrir esse
debate, demandaria muitas linhas e já me disseram que lêem textos longos.
Apenas suscito a reflexão. O que se propõe é o pensar sem amarras, a análise
histórica sem preconceitos, sem os tabus que nos incutiram desde sempre. E124
anos é um espaço de tempo relativamente curto para se analisar, é possível estabelecer
um olhar crítico sobre os acontecimentos. Desde o golpe da proclamação (?) em
1889. Basta dizer que já em 1891 tivemos o golpe da renúncia de Deodoro; em
1930 o golpe de Vargas, em 1945 a redemocratização; em 1964 o golpe militar, em
1969 o golpe dentro do golpe; em 1985 a nova república. Só para citar os
principais e emblemáticos acontecimentos. Em meio a tudo isso os momentos
estanques de uma democracia vacilante.
Hoje, olho o quadro político
nacional e não posso conter a insatisfação. O que temos? Uma nação sem qualquer
projeto de futuro onde as eleições e não o interesse público é que dão as
cartas. Em torno do interesse eleitoral deste ou daquele aliado se acha lícito
sangrar os cofres públicos. Cadê o zelo pela “coisa pública”, pela “res publica”.
Querem só um exemplo? a máfia dos fiscais de São Paulo, fazem tudo para que o
tal escândalo não chegue ao gestor anterior, aliado de primeira hora dos donos
do poder. Basta dizer que a própria presidente da nação foi a sede do partido
para receber o apoio do indigitado. Movem céus e terras para estancar o
estrago. Os malfeitores do atual governo não podem nem dizer que herdaram o
armário da propina do governo anterior. Sobre os mensageiros falarei noutro
post.
No Brasil, como não poderia
deixar de ser, a tal da “res publica” se tornou privada, eleições viraram
negócios. Está todo mundo é querendo saber qual é a sua fatia de poder, não
para fazer algo pelo povo, mas para se locupletarem. Os exemplos e os
escândalos temos aos montes. Desde o mais alto cargo ao vereador do rincão mais
oculto impera é essa máxima: “O estado é meu”, com isso querem se apoderar de
todas as riquezas.
O sonho dos pais da
república faz tempo que morreu. Numa análise bem criteriosa, podemos dizer que
com as honradas exceções, que sempre existem, o último estadista brasileiro foi
o Imperador D. Pedro II, cuja a biografia já examinada com todas as lupas não
apresenta desvio de conduta, que respeitou as instituições, as liberdades
individuais e de imprensa, como nunca se viu, nem nos dias atuais.
Motivos para festejar?
Darmos vivas? Não sei. Refletir? Temos de sobra.
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