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domingo, 24 de dezembro de 2023

Você sabe qual é o verdadeiro sentido do Natal?

 


O verdadeiro sentido do Natal precisa ser lembrado.

O verdadeiro sentido do Natal não é um dia ou uma época do ano, na qual as pessoas fazem compras.

Outros trocam presentes, realizam sonhos pessoais, como por exemplo comprando carros, casas, ou algo que tanto almeja.

Ouça um pouco mais sobre o verdadeiro sentido do Natal.

O Natal não é somente uma noite em que as pessoas se reúnem para ceiar e trocar presentes.

Muito menos um tempo só para decorar a casa de uma maneira mais alegre e festiva, se for assim, de maneira tão resumida, o Natal teria um sentido abstrato.

O Natal vai além de tudo isso, porque o seu sentido é muito concreto.

Todas estas coisas fazem parte do Natal, reunir os amigos e familiares, trocar presentes, luzes coloridas com árvore natalina.

Nada disso é errado, desde que, o principal motivo para tanta celebração seja o nascimento do Menino Jesus.

O verdadeiro sentido do Natal não está nestas coisas, nem nas árvores de natal nem na figura do Papai Noel.

O verdadeiro sentido do Natal está na celebração do nascimento de Jesus Cristo, Nosso senhor que trouxe a salvação ao mundo.


Você sabe qual é o verdadeiro sentido do Natal


O nascimento de Jesus Cristo no Natal traz esperança a todos nós, pois antes de qualquer coisa, o Natal tem um propósito religioso.

Que ao acender as luzes, sejam elas: pisca-pisca, velas, castiçais ou candelabros, essas luzes possam recordar e remeter à verdadeira e grande Luz do mundo, Jesus Cristo, que sendo Deus, se fez homem para salvar toda a humanidade.

Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida.” (Jo. 8,12).

Que o menino Jesus possa nascer, a cada ano, na manjedoura do seu coração e iluminá-lo, afim de que você tenha não somente um feliz Natal, mas uma vida inteira abençoada.

Repleta da presença e da Luz de Nosso Senhor, Jesus Cristo. Amém!


Você quer saber mais?

https://radio.cancaonova.com/cachoeira-paulista---96-3-fm/voce-sabe-qual-e-o-verdadeiro-sentido-do-natal/

São Bonifácio e a adoção da árvore de Natal como símbolo da vinda de Jesus

 

"Esta será a árvore do Menino Jesus! Reuni-vos em torno dela, não mais no bosque selvagem, mas em vossos lares; ali não haverá sangue, mas abrigo, presentes amorosos e gestos de bondade."

Um santo muito estimado na Alemanha, mas menos conhecido no Brasil: São Bonifácio, apóstolo dos povos germânicos e popularmente identificado como o “criador da árvore de Natal“.

Ele nasceu na Inglaterra por volta do ano 680 e, após entrar na ordem dos monges beneditinos, foi enviado como missionário à região da atual Alemanha, onde, como bispo, começou a percorrer os povoados como apóstolo incansável da mensagem de Cristo. Nas palavras do Papa Bento XVI, ele tinha um “dom para a organização” e era reconhecido pelo “caráter flexível e amigável, mas forte”.

O “deus do trovão”

Na região da Baixa Saxônia, perto de Geismar, havia uma comunidade pagã que, no inverno, realizava um sacrifício humano ao deus nórdico do trovão, Thor. A vítima costumava ser uma criança. O terrível sacrifício era feito junto a um carvalho, árvore considerada sagrada por aquele povo. Tratava-se, precisamente, do “Carvalho do Trovão”.

Lá pelo ano 723, São Bonifácio viajava por aquela região e, a conselho de outro bispo, resolveu destruir o Carvalho do Trovão para acabar com aqueles assassinatos abomináveis e para mostrar aos pagãos que não cairia do céu nenhum raio lançado por Thor contra a sua cabeça.

Junto com seus companheiros, São Bonifácio chegou ao vilarejo na véspera de Natal, justo a tempo de impedir o sacrifício. O santo se aproximou das pessoas reunidas diante do Carvalho do Trovão, levantou seu báculo de bispo e declarou:

Eis o Carvalho do Trovão e eis a Cruz de Cristo que romperá o martelo do Thor, o falso deus!”

O carrasco ainda tentou levantar um martelo para matar o menino que ia ser sacrificado, mas o bispo estendeu o báculo para frear o golpe e então aconteceu o milagre: o báculo de madeira fez o pesado martelo de pedra se espatifar, salvando aquela vida inocente.

Um dos mais emblemáticos discursos de Natal de todos os tempos

Segundo a tradição, São Bonifácio disse ao povo:

Escutai, filhos do bosque! Não jorrará sangue esta noite. Porque esta é a noite em que nasceu o Cristo, o Filho do Altíssimo, o Salvador da humanidade. Ele é mais justo que Baldur, maior que Odim, o sábio, mais gentil que Freya, o bom. Desde a vinda d’Ele, o sacrifício terminou. A escuridão, Thor, a quem invocastes em vão, é a morte. No profundo das sombras de Niffelheim ele se perdeu para sempre. A partir de agora, vós começareis a viver. Esta árvore sangrenta nunca mais escurecerá a vossa terra. Em nome de Deus, eu a destruirei”.

Bonifácio então, sempre de acordo com os relatos populares, pegou um machado que estava perto do carvalho e, quando o brandiu no ar, uma poderosa rajada de vento varreu de repente o bosque e derrubou a árvore pelas próprias raízes, deixando-a em quatro pedaços. Com sua madeira, ele construiria mais tarde uma capela.

São Bonifácio árvore de Natal

Diante do povo estarrecido porque Thor não fulminara Bonifácio com seu raio vingador, o bispo prosseguiu o seu discurso, agora apontando para outra árvore ali próxima: um pequeno abeto.

Esta arvorezinha, este pequeno filho do bosque, será nesta noite a vossa árvore santa. Esta é a madeira da paz; é o sinal de uma vida sem fim, porque as suas folhas são sempre verdes. Olhai a sua ponta voltada ao céu. Esta será a árvore do Menino Jesus! Reuni-vos em torno dela, não mais no bosque selvagem, mas dentro dos vossos lares; ali haverá abrigo e não ações sangrentas; ali haverá presentes amorosos e gestos de bondade”.

O nascimento de uma belíssima tradição

É claro que não existem registros documentais desse episódio para além das tradições repassadas popularmente. O que é fato histórico é que São Bonifácio realmente foi um dos maiores responsáveis pela conversão dos povos germânicos, pela eliminação dos sacrifícios humanos vinculados aos cultos pagãos naquela região e pelo início de uma nova tradição que perdura até hoje: a de, na época do Natal, decorar nos lares uma árvore que celebrasse a nova vida trazida pelo nascimento do Salvador.

Atribui-se a São Bonifácio, historicamente, a adoção da árvore de Natal como símbolo da vinda de Jesus.

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O santo que criou a árvore de Natal e derrotou com ela o “deus do trovão”: São Bonifácio e a árvore de Natal.

https://pt.aleteia.org/2019/06/05/o-santo-que-criou-a-arvore-de-natal-e-derrotou-com-ela-o-deus-do-trovao/

https://radio.cancaonova.com/cachoeira-paulista---fm/arvore-de-natal-existe-um-dia-certo-para-monta-la/

https://cleofas.com.br/o-que-a-arvore-de-natal-simboliza/

https://www.portalsaofrancisco.com.br/calendario-comemorativo/arvore-de-natal

sábado, 30 de setembro de 2023

Brigada Militar tem seu batismo de fogo durante a Revolução Federalista (1893-1895).


     Desde a sua criação, a Brigada Militar atuou com um caráter mais militar do que policial. Periodicamente, participava de treinamentos junto com o Exército em simulações próximas da realidade, com exercícios e manobras essencialmente militares, no intuito de preparar seus homens para operações de defesa territorial interna.

    Em fevereiro de 1893, eclodiu no Rio Grande do Sul a Revolução Federalista, entre Pica Paus ou Chimangos (Republicanos), aliados a Júlio de Castilhos, e os Maragatos (Federalistas), que queriam a deposição dos presidentes Federal (Floriano Peixoto) e Estadual (Júlio de Castilhos) e a revogação da Constituição Estadual. O movimento teve início quando os revolucionários, comandados por Gumercindo Saraiva, procedentes da República do Uruguai, invadiram o Estado pela região da Carpintaria, próximo ao Rio Jaguarão, na fronteira com o Uruguai, aliando-se às forças de João Nunes da Silva Tavares (Joca Tavares). Dois dias depois, quando Gumercindo Saraiva se dirigia ao encontro de Joca Tavares, comandante em chefe do Exército Federalista, travou combate com as forças republicanas civis, no Passo do Salsinho. No mesmo dia, as tropas de Gumercindo Saraiva bateram em retirada, sendo perseguidas, sobretudo, pelo 2º Batalhão de Infantaria. As tropas republicanas foram organizadas em cinco divisões que correspondiam as regiões do território gaúcho (capital, norte, sul, oeste e centro) e contaram com o apoio dos 17 Corpos Provisórios, foram distribuídos estrategicamente em diferentes pontos do Estado, principalmente na região da fronteira. Durante a Revolução, alguns Corpos Provisórios foram incorporados à tropa regular e prestaram relevantes serviços à corporação. A participação da Brigada Militar foi intensa, ao longo da Revolução Federalista. Em 1893, combateu em Inhamduí, Upamoroti, Restinga, Pirai, Serrilhada, Cerro Chato, Rio Grande, Mariano Pinto, Mato Castelhano, Mato Português e Rio Negro. No ano seguinte tomou parte no cerco a Bagé, além de ter combatido no quilômetro 34 da estrada São Francisco de Paula-Taquara, Rio Pelotas, Campo do Meio, Passo Fundo, Caravi, Capão das Laranjeiras e Trairas. Finalmente, no último ano da Revolução, participou das ações bélicas em Campo Osório. Com o término da Revolução, a Brigada Militar retornou as suas atividades, mantendo a maioria do seu contingente aquartelado.

    Desde a sua criação, em 1837, até o final dessa primeira fase, na década de 1930, iremos visualizar uma instituição que atuou em diversos conflitos dentro do Rio Grande do Sul, em outros Estados da Federação e, até mesmo, fora do país, como foi o exemplo da Guerra do Paraguai (1864-1870). Por sua trajetória em diversas campanhas armadas, a Brigada Militar foi a única polícia militar do Brasil que manteve esta designação, instituída em 1892, após diversas trocas de sua denominação. Criada em 18 de novembro de 1837, a Corporação recebeu a denominação de Brigada Militar, em 15 de outubro de 1892, com a missão de “zelar pela segurança pública, mantenimento da República e do Governo do Estado, fazendo respeitar a ordem e executar as leis”, em todo o território sul-rio-grandense. Imediatamente, foram organizados o 1º Batalhão de Infantaria e o 1º Regimento de Cavalaria e, em seguida, 17 Corpos e um Esquadrão provisórios, subordinados ao Comando-Geral da Brigada Militar, para auxiliar a força federal na manutenção da ordem pública. Antes de 1892 a Brigada Militar era chamada de Guarda Cívica.

    Afonso Emílio Massot (1865-1925), comandante por mais de 20 anos da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e seu Patrono. Mais que um mestre, o Coronel Massot foi o timoneiro que conduziu a Brigada Militar a sua fase de ouro, elevando a corporação gaúcha à proa das instituições militares do Brasil e da América Latina. Mas foi a partir do ano de 1892 que começou a brilhante trajetória da carreira de Affonso Emílio Massot. Com a extinção da Guarda Cívica, foi criada pelo Ato 357, do Presidente Fernando Abott, em 15 de Outubro de 1892, a Brigada Militar, para conter os malefícios da Revolução Federalista que devastava o Estado. E na organização da Milícia recém-criada estava prevista a criação de uma Unidade da reserva, na cidade de Pelotas. E foi com a criação do 1º Batalhão de Infantaria da Reserva da Brigada Militar, na cidade de Pelotas, que começou sua vida militar, que ingressou na Força como Capitão comandante de uma Companhia trocando, assim, a profissão de professor pela de militar.

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Referências:

Org. Major NETO, Euclides M.S; Major OLIVEIRA, Felipe K. 180 anos-180 olhares/Comunicação Social da Brigada Militar. Porto Alegre: Brigada Militar, 2018.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Dom Feliciano, o primeiro bispo do Rio Grande do Sul

 


Se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.” Abraham Lincoln

Dom Feliciano José Rodrigues Prates é filho de Gravataí, tendo nascido no 3º distrito, próximo à Rua da Glória (Glorinha), lugar, hoje, denominado de Contendas. O batismo dele ocorreu em 1781, na matriz da Aldeia dos Anjos: “Aos vinte e três dias do mês de julho de mil setecentos e oitenta e um, nesta Matriz de Nossa Senhora dos Anjos, Bispado do Rio de Janeiro, batizei e pus os santos óleos a Felício, filho legítimo de João Nepomuceno de Carvalho, batizado na Matriz Nossa Senhora do Rosário, do Rio Grande do Sul. Neto, por parte paterna, de José Rodrigues Carvalho, natural da cidade de Lisboa, e de Dona Teodósia Faustina, batizada na matriz da Colônia do Sacramento, e, parte materna, do Aferes Antônio Nunes da Costa, natural da Europa, e de Dona Isabel Antônia Ribeiro, batizada na Matriz de Santo Antônio dos Anjos, da Vila de Laguna, foi seu padrinho Santos Cosata Teles, e a sua madrinha, Teodósia Margarida da Costa Prates, do qual fiz este assento, que assinei, eu, vigário Bernardo Lopes da Silva”, página 27, do livro I de assentamento de batismo da Aldeia dos Anjos.

Um fato curioso cerca o nome Feliciano, dado ao primeiro bispo sul-rio-grandense. Na realidade, Feliciano foi batizado com o nome de Felício, porém, quis seu pai perpetuar o nome do seu primeiro filho, Feliciano, nascido em 1778, e que faleceu após o seu nascimento, mudando-lhe o nome de Felício para Feliciano, homenageando, assim, o seu primeiro filho. Dom Feliciano criou-se no seio de uma família numerosa, com 10 irmãos. A Diocese do Rio Grande do Sul foi desmembrada da Diocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, em 1848 pelo Sumo Pontífice Pio IX e por assento imperial de 05 de maio de 1851. Quando foi nomeado 1º Bispo do RS, Dom Feliciano zelava pelas almas de encruzilhada do Sul. Convém lembrar que o 1º bispado brasileiro foi o da Bahia, sendo o nosso o décimo. Dom Feliciano foi um modelar cristão, tendo servido no exército, como Capelão. Prestou bons serviços, entre outros, no Regimento de Lumarejas e no Dragão de Rio Pardo, fazendo todas as campanhas do Marquês do Alegrete, recebendo medalhas “Campanha do Sul”, com os hábitos de Cristo e da Rosa.

Deixando o exército, Dom Feliciano foi exercer as modestas funções de Vigário da Freguesia de Santa Bárbara da Encruzilhada. Este sacerdote, filho de lavrador, vivendo uma existência simples e humilde, durante 30 anos, por decreto de 05 de maio de 1851, é nomeado bispo da Diocese do Rio Grande do Sul, recentemente criada, e confirmado pelo Papa Pio IX, pela Bula APOSTOLATUS OFFICIUM, de 26 de setembro. A 29 de maio de 1853 foi sagrado na Igreja do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, pelo Bispo Dom Manuel Rodrigues de Araújo, Conde de Irajá. Regeu a diocese pelo período de 4 anos, 11 meses e 29 dias. Faleceu a 27 de maio de 1858.

Em julho de 1981, festejou-se o Bicentenário de Dom Feliciano, sendo encerradas as homenagens em Gravataí, no dia 23 de julho de 1981, havendo missa solene, rezada por Dom Vicente Scherer, presentes Amaral de Souza , governador gaúcho e outras autoridades. Assim como os rios procuram o mar, as pessoas dirigiram-se à praça, fronteira à matriz, para prestarem a sua homenagem, depositando flores no monumento dedicado a Dom Feliciano. No interior da Igreja Nossa Senhora dos Anjos, festivamente e merecidamente, foi desterrada placa comemorativa àquele que, zelosamente, conduziu os destinos espirituais do povo gaúcho durante 76 anos, 10 meses e 13 dias.

Quanto mais você lê, mais fáceis de entender se tornam os textos. Aplique-se a leitura, independente da profissão que escolher para seu futuro. Pois a leitura lhe fará um profissional melhor a cada dia.” Leandro Pedroso, professor de História e Religião.

Você quer saber mais?

ROSA, José. História de Gravataí. Porto Alegre: EDIGAL, 1987.

Sacerdotes e cientistas

 


O conhecimento da natureza é o caminho é o caminho para a admiração do Criador.” Justus Von Liebig, químico patrono da Universidade de Giessen, Alemanha.

Georges Lemaître (1894-1966), o padre do Big Bang

          O físico e matemático belga, que combinou ciência e fé em seus trabalhos, foi o primeiro a falar da origem do universo em expansão e com um passado infinito. Ciência e fé não costumam dar bons casamentos, mas há exceções, como a do cientista e sacerdote católico belga Georges Lemaître, que não é apenas um exemplo reconhecido pela comunidade científica, mas que, com grande humildade, foi capaz de corrigir o próprio Albert Einstein. Estamos falando do padre da Teoria do Big Bang, que tentou demonstrar a origem do universo. Sem renunciar à sua fé católica, Lemaître falou de um passado infinito do universo, mas que não entrava em contradição com sua crença em um Deus criador do mundo, já que tanto Aristóteles quanto São Tomás de Aquino mostraram que a criação de um universo não precisaria de um começo no tempo. Foi nomeado professor associado de matemática na Universidade Católica de Lovaina. Em 1927, defendeu sua tese no MIT: 'O campo gravitacional em uma esfera fluida de densidade invariante uniforme, segundo a teoria da relatividade'. Neste novo papel de pesquisador e divulgador, Georges Lemaître realizou a derivação do que hoje é conhecida como a Lei de Hubble, que relata a velocidade com que uma galáxia se afasta e a sua distância. Lemaître respondeu às objeções a sua teoria em um documento publicado na revista Nature, em maio de 1931. "Se o mundo começou com um único quantum, as noções de espaço e tempo não teriam nenhum significado no princípio; só começariam a ter algum significado sensato quando o quantum original fosse dividido em um número suficiente de quanta. Se esta sugestão estiver correta, o começo do mundo aconteceu um pouco antes do começo do espaço e do tempo". Em realidade, Lemaître sempre expressou que era importante manter uma separação entre as idéias científicas e as crenças religiosas sobre a criação. Esta foi a primeira formulação explícita da Teoria do Big Bang, atualmente aceita e que naquele momento também era aceita pela maioria dos cientistas e a qual Georges chamou de "hipótese do átomo primordial". Em 1933, Einstein e Lemaître disponibilizaram-se a ministrar uma série de conferências na Califórnia. Depois de ouvir Lemaître explicar sua teoria em um desses seminários, Einstein levantou-se e disse: "Esta é a mais bela e satisfatória explicação da Criação que em algum momento eu tenha escutado". Ele morreu na cidade belga de Lovaina, em 20 de junho de 1966, aos 71 anos, dois anos depois de ter escutado a notícia da descoberta da radiação cósmica de fundo de microondas cósmicas, que era a prova definitiva de sua teoria astronômica fundamental do Big Bang.

Os cosmólogos usam o termo "Big Bang" para se referir à ideia de que o universo estava originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado. Desde então tem se resfriado pela expansão ao estado diluído atual e continua em expansão atualmente. A teoria é sustentada por explicações mais completas e precisas a partir de evidências científicas disponíveis e da observação. Medições detalhadas da taxa de expansão do universo colocam o Big Bang em cerca de 13,8 bilhões de anos atrás, que é considerada a idade do universo.

Padre Gregor (1822-1884) Mendel, o pai da genética

Foi um biólogo, botânico e monge austríaco. Descobriu as leis da genética, que mudaram o rumo da biologia. Gregor Johann Mendel nasceu em Heinzendorf, Áustria, no dia 22 de julho de 1822. Filho de camponeses, observava e estudava as plantas. Sua vocação científica desenvolveu-se paralela à vocação religiosa. Em 1843, com 21 anos, Mendel entrou para o Mosteiro Agostiniano de São Tomás, em Brünn, antigo Império Austro-Húngaro, hoje República Tcheca, onde foi ordenado padre e, passou a estudar teologia e línguas. Em 1847 ordenou-se e em 1851 foi enviado pelo abade à Universidade de Viena, para estudar ciências naturais, matemática e física. Leis de Mendel: ele passou a dividir seu tempo entre lecionar numa escola técnica e plantar ervilhas-de-cheiro no jardins do mosteiro iniciando suas experiências com hibridação (cruzamento de espécies diferentes). Foram dez anos dedicados ao cruzamento de 22 variedades e acompanhando sete fatores com base na cor e forma da semente, forma da vagem, altura do caule etc., que lhe forneceram dados para formular as leis relativas à hereditariedade.

A primeira lei chamada “lei do monoibridismo”, foi resultado de uma série de cruzamentos com ervilhas durante gerações sucessivas e, mediante a observação do predomínio da cor (verde ou amarela), que lhe permitiu formular que existe nos híbridos uma característica dominante e uma recessiva. Cada caráter é condicionado por um par de fatores (genes) que se separam na formação dos gametas. A segunda lei chamada “lei da recombinação ou da segregação independente” foi formulada com base na premissa segundo a qual a herança da cor era independente da herança da superfície da semente, ou seja, num cruzamento em que estejam envolvidos dois ou mais caracteres, os fatores que determinam cada um deles se separam de forma independente durante a formação dos gametas e se recombinam ao acaso, para formar todas as recombinações possíveis. Os trabalhos de Mendel sobre hereditariedade que projetaram nova luz nas leis da herança não tiveram repercussão no meio científico da época. Sem estímulo para continuar e sobrecarregado com seus deveres administrativos no mosteiro, em 1868, ele abandonou por completo o trabalho científico. Sua obra permaneceu ignorada até o século XX, quando alguns botânicos, em pesquisas independentes, chegaram a resultados semelhantes e resgatam as "Leis de Mendel".


Nicolau Copérnico (1473-1543): padre, matemático e astrônomo

Com 24 anos, Nicolau Copérnico partiu para a Itália, onde estudou Direito Canônico durante três anos. Em 1501, regressa à Polônia, ordena-se padre e é nomeado cônego da Catedral de Frauenburg. Estudioso incansável, com 30 anos volta para a Itália onde estuda a cultura da Grécia clássica, aprofunda seus conhecimentos matemáticos e estuda medicina, nas universidades de Roma, Ferrara e Pádua. Em 1506, regressa definitivamente à Polônia. Teoria Heliocêntrica de Copérnico: de volta à Polônia, Nicolau Copérnico instala-se na torre do muro que cercava a Catedral, que lhe servia de observatório e, posteriormente ficou conhecida como "Torre de Copérnico", onde passa a se dedicar à elaboração se sua nova e revolucionária teoria do Universo iniciada durante os anos em que estudou na Itália. O novo sistema planetário imaginado por Copérnico contradizia as ideias geocêntricas de Ptolomeu - de que a Terra era o centro do Universo e em torno dela giravam todos os corpos celestes. A ninguém ocorria duvidar dessa concepção – o geocentrismo – mesmo porque a Bíblia e a Igreja aceitavam como verdade indiscutível. A ideia de Copérnico de que o Sol, e não a Terra, era o centro do Universo, que a Terra em vez de ser estática como se pensava, que girava ao redor do Sol e esse percurso correspondia ao ano terrestre, que a Terra fazia um movimento sobre si mesma, de onde se devia buscar a explicação para a sucessão dos dias e das noites, era um sacrilégio para a época. Em 1512, Nicolau Copérnico publica seu primeiro livro “Pequeno Comentário”. A publicação causou celeuma: alguns acolheram com desconfiança e hostilidade, para outros, Copérnico era um visionário ou um louco. O compêndio de 6 volumes que guarda as teorias de Copérnico “Sobre as Revoluções dos Corpos Celestes”, concluído em 1530, só foi publicado em 1543, depois que 30 anos se passaram. Conta-se que o primeiro exemplar impresso do trabalho de Copérnico chegou às mãos do astrônomo no último dia de sua vida. Na capa estava escrito “De Revolutionibus Orbium celesti” (Os Movimentos dos Corpos Celestes). Embora a Teoria Heliocêntrica de Copérnico tenha encontrado alguns adeptos entre os seus contemporâneos, o sistema só foi realmente consagrado depois dos trabalhos de Kepler e de Galileu Galilei. Nicolau Copérnico faleceu em Frauenberg, Polônia, no dia 24 de maio de 1543. Com toda a sua vasta cultura, Copérnico era um homem extremamente humilde. Passava as noites estudando as estrelas e de dia, nas horas vagas, exercia a medicina se dedicando aos doentes pobres.

Padre Landell de Moura (1861-1928), pioneiro das telecomunicações

Contemporâneo de Nikola Tesla, Graham Bell, Marconi Guglielmo, o gaúcho Roberto Landell de Moura, nascido em 21 de janeiro de 1861, é considerado um dos pioneiros das telecomunicações no mundo. Harmonizou a fé de ser padre com a ciência, foi a primeira pessoa a conseguir transmitir voz por ondas de rádio sem fio. Ao contrário de seus pares, porém, teve sua capacidade limitada por uma baixa ambição pessoal, e pela falta de espírito empreendedor das autoridades brasileiras. Os primeiros sinais da genialidade de Landell de Moura surgiram ainda na juventude. Aos 16 anos, afirmou em manuscritos ter inventado um aparelho telefônico semelhante ao do norte-americano Graham Bell. Em 1876, mudou-se de Porto Alegre para o Rio de Janeiro, onde foi estudar na Escola Politécnica. Lá, permaneceu por poucos meses, até ser viajar para Roma para se tornar padre. Sua formação eclesiástica ocorreu entre 1878 e 1886. Foi nesse período que adquiriu também seus conhecimentos em física, que o levaram às suas descobertas anos depois. Não se sabe com exatidão se estudou a disciplina formalmente ou se ele era um autodidata.

Transmissão radiotelegráfica

Uma das principais controvérsias envolvendo o padre é sua atribuição como a primeira pessoa a realizar uma transmissão radiotelegráfica. Isso teria ocorrido anos antes do italiano Guglielmo Marconi criar o primeiro sistema de telegrafia sem fio, em 1896. O consenso histórico e científico mundial continua a favorecer o italiano, que venceu o Nobel de Física em 1909.

Telefonia sem fio

O certo é que o Landell de Moura foi pioneiro em outro assunto: em 1890, fez a primeira demonstração pública da transmissão de voz via ondas de rádio. Ou seja, na prática, inventou o telefone sem fio. O experimento foi em São Paulo e documentado em jornais da época. No ano seguinte, patenteou o equipamento no Brasil. Sem apoio das autoridades, tentou sucesso no Estados Unidos, onde também conseguiu registrar patentes para o telefone e o telégrafo sem fio. Voltou em seguida ao país natal e continuou sendo ignorado pelos governantes, sem investimento para desenvolver suas invenções.

Legado esquecido

Embora tenha suas patentes registradas e reconhecidas, a eficácia de seus aparelhos era bastante limitada. Reproduções mais recentes de seu telefone sem fio mostraram que ele funciona, mas a voz sai muito distorcida. O fato é que a falta de atenção e investimento por parte do Brasil deu margem para que a radiodifusão se desenvolvesse em outros lugares do mundo, por outras mentes visionárias. Mas isso não tira os méritos de Landell de Moura como cientista responsável por grandes inovações. Uma de suas descobertas mais avançadas foi ter percebido, ainda em 1891, que ondas curtas (de alta frequência) são mais adequadas para transmissões em longas distâncias. Este fato só virou consenso científico na década de 1920.

Televisão

Atribui-se ao cientista a invenção, ou pelo menos ao desenvolvimento do protótipo de um equipamento capaz de transmitir imagens via ondas eletromagnéticas, um precursor da televisão. A este aparelho, projetado em 1904, ele deu o nome de Teleforama. Durante a sua carreira, Landell de Moura transitou entre a religião e a ciência: ele praticamente conduzia seus experimentos entre uma missa e outra. Hoje, é reconhecido como um exemplo de que ciência e religião podem andar de mãos dadas.

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Construindo História Hoje

https://construindohistoriahoje.blogspot.com/2019/02/grandes-cientistas-e-fe.html

http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/581045-o-sacerdote-georges-lemaitre-o-padre-do-big-bang-que-fez-einstein-mudar-de-ideia

https://www.ebiografia.com/gregor_mendel/

https://www.ebiografia.com/nicolau_copernico/



Impérios perdidos das Américas

 


Tente mover o mundo – o primeiro passo será mover a si mesmo.” Platão

    Os primeiros europeus a contemplar a vasta cidade de Tenochtitlán (Asteca- na América Central), menos de um século depois que ela se tornara o centro do estado mais poderoso da América Central ficaram extasiados com sua beleza. Um deles, o conquistador Bernal Diaz, escreveu que “estes grandes burgos e pirâmides e edifícios que se erguiam da água, todos feitos de pedra, pareciam uma visão encantada. Era tudo tão maravilhoso que eu não sei como descrever essa primeira visão de coisas nunca ouvidas, vistas ou sonhadas antes”. Diaz estava escrevendo sobre a capital de um dos dois grandes impérios do Novo Mundo que, sem qualquer contato direto ou conhecimento um do outro, chegaram a ser dominantes em suas regiões no decurso do século XV. Ambos os impérios — um onde é agora o México, o outro, estendendo-se pela orla ocidental da América do Sul (civilização Maia) — possuíam estruturas sociais complexas e construíram imensas cidades. Suas artes e ofícios atingiram altos níveis de sofisticação, embora desconhecessem veículos com rodas e os trabalhos em ferro e a única escrita que usassem fosse a pictográfica — linda de se olhar, mas complicada para transmitir informações. As duas sociedades demonstravam cuidado e engenhosidade no provimento da subsistência de seus cidadãos, ao mesmo tempo que praticavam o sacrifício humano — uma delas numa escala única nos anais históricos.

    Esses mundos alternativos, às vezes com traços estranhamente parecidos aos das culturas eurasianas, às vezes surpreendentemente originais, foram os impérios dos astecas e dos incas. Ambos atingiram a proeminência no decorrer do século anterior, mas seriam destruídos poucas décadas depois de 1500, após a chegada dos conquistadores espanhóis. A história dos astecas — os construtores de Tenochtitlán — iniciara-se pouco mais de duzentos anos antes da conquista espanhola, quando tinham chegado ao fértil vale do México como um bando empobrecido de bárbaros, vestidos com roupas grosseiras de sisal e carregando com devoção a imagem de seu deus tribal, Huitzilopochtli. Haviam sido forçados a abandonar sua antiga terra natal a noroeste, possivelmente em consequência de mudanças climáticas que haviam transformado seus campos em desertos. Outras tribos da mesma região derrotaram os astecas na competição pelas boas terras agrícolas da bacia do México e, entre 1220 e 1260, fundaram cidades-estados nas proximidades do lago Texcoco. Essas tribos rivais preencheram o vácuo deixado pelo colapso do antigo império tolteca e logo dominaram os refugiados remanescentes daquela civilização pelo poder militar. Um punhado de cidades-estados toltecas que ainda existiam, tais como Xico e Colhuacán, tinham conseguido se manter, impressionando os imigrantes com sua cultura e tradições. Seus orgulhosos senhores adaptaram-se às novas circunstâncias, permitindo o casamento de suas filhas com os chefes que estavam chegando.

    Aos poucos, estabeleceu-se um modus vivendi. Quando apareceram pela primeira vez, os astecas foram considerados pelos outros ocupantes da bacia como grosseiros que mantinham costumes tão primitivos, que acabavam por prestar serviço aos reis toltecas de Colhuacán, primeiro como servos, depois como soldados mercenários. Os astecas tinham assimilado a crença local na superioridade cultural tolteca, mas o desejo de imitar seus suseranos não os impediu de manter seus próprios rituais. Mas após uma desavença devido aos seus rituais religiosos e terem ultrajado seus benfeitores, os astecas tiveram que fugir, instalando-se numa pequena, remota e isolada ilha cercada de brejos, no oeste do lago Texcoco. De acordo com a lenda, ali encontraram um uma águia sentada em um cacto, com uma serpente no bico, um sinal que fora previsto há muito tempo por seus sacerdotes, indicando o sítio de sua futura capital. Chamando o povoamento de Tenochlitlán, de Tenoch, nome do líder que os guiará até o vale do México, essa se tornaria a capital do futuro Império Asteca.

Quanto mais você lê, mais fáceis de entender se tornam os textos. Aplique-se a leitura, independente da profissão que escolher para seu futuro. Pois a leitura lhe fará um profissional melhor a cada dia.” Leandro Pedroso, professor de História