PESQUISE AQUI!

domingo, 2 de agosto de 2020

Coronavírus, arma biológica ou evento natural?

Saudações, mentes ávidas do amanhã!

Resisti um pouco a realizar algum trabalho com base em tudo que está acontecendo no mundo, mas vejo agora um cenário um pouco mais claro e capaz de organizar melhor alguns acontecimentos que segundo minha humilde opinião são importantíssimos para entendermos a situação como um todo. Trarei um pequeno apanhado histórico da gripe espanhola que foi um evento pandêmico muito semelhante, mas com algumas diferenças interessantes sobre a atuação do vírus, que nos leva a cogitar alguma origem além da natural, mas o que me interessa é expor ideias e permitir que os amigos possam avaliar e tirar suas próprias conclusões sobre tudo.

Gripe espanhola

Atingiu o mundo entre os anos de 1918-1919, afetava principalmente jovens e foi causada por uma cepa do vírus influenza A subtipo da H1N1. Recebeu este nome, pois a Espanha era um país neutro durante a Primeira Guerra Mundial e seus jornais divulgavam todas as informações ocorridas no país, enquanto os demais países envolvidos no conflito censuravam seus jornais. O primeiro caso conhecido foi no Estados Unidos, no Texas em 1918, chegou na Europa em abril no mesmo ano com a entrada dos Estados Unidos na Guerra,  sua primeira onda acabou em agosto do mesmo ano, iniciando-se a segunda onda que afetou a Ásia, a terceira onda foi de fevereiro de 1919 até maio. Sua virulência foi avassaladora, não se tem exatidão no número de mortos, pois as melhores matérias especificam que morreram entre 20 a 40 milhões de pessoas em todo o mundo, mais que o dobro que a Primeira Guerra Mundial que ceifou cerca de 15 milhões e vidas. O Brasil não ficou incólume ao problema, trazida por marinheiros que combatiam em Dacar no Senegal rapidamente se espalhou, levando em todo período pandêmico 35 mil pessoas a óbito em nossas terras (nossa população era de 28 milhões na época).

Sintomas da gripe espanhola

Dores musculares e nas articulações, intensa dor de cabeça, insônia, febre acima de 38º, cansaço excessivo, dificuldade para respirar, sensação de falta de ar, inflamação da laringe, faringe, traqueia e brônquios, pneumonia, dor abdominal, aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos, proteinúria, que é o aumento da concentração de proteína na urina, nefrite. Podiam apresentar manchas marrons no rosto, pele azulada, tosse com sangue e sangramentos pelo nariz e orelhas, e em alguns casos afetava o sistema nervoso central.

SARS-CoV-2

            O primeiro caso constatado de Covid-19 foi na cidade de Wuhan na China em dezembro de 2019. A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, que apresenta um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves. Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de animais, mas é raro a transmissão interespécies.

Na maioria das vezes o vírus ataca o sistema respiratório, mas também pode afetar rins, fígado, coração e praticamente todos os sistemas do organismo, o que diferencia em muito de outros coronavírus. Um dado mais estranho é que está fazendo nossos cientistas pisarem em terreno desconhecido é o fato de  cerca de 50% das pessoas acometidas pela SARS-CoV-2 apresentam quadros de encefalopatia (doença neurológica), foram constatados em vários pacientes, normalmente acompanhados de sintomas como dores de cabeça, perda de olfato (anosmia) e sensações de formigamento, afasia (incapacidade de falar), derrames, convulsões,  confusão e delírios.

Outra característica peculiar do vírus é que em alguns casos ele causa hipóxia silenciosa o que é outro mistério. Nosso sangue normalmente apresenta níveis de saturação de oxigênio de cerca de 98%. Qualquer coisa abaixo de 85% pode nos fazer levar à perda de consciência, coma ou até morte. Mas um grande número de pacientes com Covid-19 apresentam níveis de saturação de oxigênio abaixo de 70%, mesmo abaixo de 60%, mas permanece totalmente consciente e cognitivamente funcional.

Alguns especialistas acreditam que o vírus possa invadir o sistema nervoso, mas outros acham que os sintomas neurológicos são consequências da hipóxia, pois a falta de oxigênio no sangue pode levar aos sintomas advindos de tal situação. Em alguns pacientes o vírus foi encontrado no líquido cefalorraquidiano o que indica que é possível que rompa a barreira hematoencefálica e invada o cérebro. Essa característica da Covid-19 se assemelha com a da gripe espanhola que deixou várias pessoas com problemas no sistema nervoso central.

Evento natural ou artificial?

            Por coincidência a cidade de Wuhan na China, possuí um instituto de virologia o WIV, cientistas deste laboratório alertaram os Estados Unidos em 2018  sobre o fato dos sistemas de segurança usados em seus laboratórios serem precários. O vírus pode ter sido solto acidentalmente e ter se espalhado no mercado  de Huanan na cidade de Wuhan.

            O vencedor do prêmio Nobel de medicina de 2008 pela descoberta do vírus HIV em 1980, o francês Luc Montagnier acredita com base em seus estudos que a SARS-CoV-2 foi criada em um laboratório de Wuhan como parte de pesquisas chinesas em busca da cura para a AIDS. O vírus causador da Covid-19 possuí sequências genéticas do vírus HIV, algo que segundo Luc Montagnier só pode acontecer em vírus manipulados por ferramentas de laboratório criadas pelo homem.

            Em nível de uma análise especulativa, podemos mostrar que os Estados Unidos possuem um longo histórico que terem usados armas biológicas em seus diversos conflitos ao longo da história, desde a Segunda Guerra mundial contra soldados japoneses, passando pela Guerra da Coreia ao Vietnã, e poderia ter sido usado na China para prejudicar a economia do pais, mas o problema teria saído do controle e afeto o próprio Estados Unidos. Do outro lado a própria China tem sido acusada de ter espalhado o vírus para prejudicar a economia mundial e alavancar sua própria. O epidemiologista estadunidense Larry Brilliant pede para que a China seja transparente e permita investigações internacionais para evitar as suspeitas fundamentadas de que o vírus foi criado em laboratório.

            Um outro estudo publicado na revista Nature Medicine, feito por pesquisadores do Reino Unido, Estados Unidos e Austrália constataram que o vírus se desenvolveu de forma natural como parte de um processo evolutivo, só não sabem ainda se a mutação que o tornou mais agressivo se deu ainda em animais ou somente quando passou para seres humanos. Mas saliento que este estudo não descarta o fato do mesmo poder ter sido acidentalmente liberado pelo péssimo sistema de contenção dos laboratórios em Wuhan.

            Quero deixar claro para meus amigos leitores que diversos sites com matérias que mostravam indícios que a SARS-CoV-2 teria sido criado em laboratório foram retirados do “ar” ou tiveram seus resultados de busca omitidos do Google e outros buscadores, o motivo seria evitar pânico ou ocultar a verdade?

            Lembrando ainda que por incrível que pareça armas biológicas são baratas se comparadas as armas convencionais e possuem ainda o horrendo benefício de eliminar somente pessoas deixando toda a estrutura física dos países intactas, além abalar as bases econômicas das nações deixando brechas para a dependências de outras mais poderosas ou menos afetadas pela pandemia. A verdade é que a origem da SARS-Cov-2 está longe de ser esclarecida principalmente por culpa das autoridades chinesas que estão obstruindo o acesso das demais nações a realizarem uma investigação no foco de origem que foi na cidade de Wuhan e abrir os arquivos de pesquisas realizados nos laboratórios de pesquisas presentes na região.

Segundo o médico sanitarista Luiz Jacintho da Silva  da Universidade Estadual de Campinas, qualquer agente biológico pode ser usado como arma. O B. anthracis, o vírus da varíola, a Yersinia pestis e a toxina do Clostridium botulinum podem ser considerados os "clássicos" das armas biológicas. Desses, dois já foram sérios problemas de saúde pública, o vírus da varíola e a Y. pestis (Anonymous, 2000; Osterholm, 2001). No século XX, a guerra biológica ganhou foros de ciência. Durante a I Guerra Mundial, os alemães desenvolveram e empregaram diversas armas biológicas, mas o impacto dessas não é conhecido (Christopher et al., 1997). Mais recentemente, durante a II Guerra Mundial, tanto os exércitos aliados como os do Eixo, empreenderam pesquisas com o intuito de desenvolver armas biológicas. Até onde é possível saber, apenas os japoneses, durante a ocupação da China, teriam empregado armas biológicas em maior extensão (Christopher et al., 1997, Osterholm, 2001). Na segunda metade do século XX, durante a guerra fria, os Estados Unidos e a então União Soviética, sem dúvida se valendo da experiência acumulada de japoneses e alemães, implantaram projetos para o desenvolvimento de armas biológicas, da mesma maneira que o Canadá e o Reino Unido. Em 1972, o tratado sobre armas biológicas e tóxicas foi assinado e ratificado por diversos países, mas não todos. Apesar da existência do tratado, pelo menos dez países teriam mantido e expandido seus programas de desenvolvimento de armas biológicas (Lancet, 2001; Osterholm, 2001).

Nossa história mostra que nada impede que a SARS-CoV-2 possa supostamente ter sido liberada acidentalmente, mas não o sendo, para gerar um caos global do qual o pais de origem tenha sido o menos afetado, algo muito estranho se levarmos em consideração que o foco original de uma doença normalmente é onde ela é mais avassaladora. Somente 4.634 chineses morreram da Covid-19, enquanto nos Estados Unidos uma nação de primeiro mundo com todo o preparo técnico e um povo esclarecido já perdeu 156.744 de seus cidadãos abatidos por este peculiar e danoso vírus. Deixo estas questões para apreciação de suas mentes ávidas do amanhã.

 

Você quer saber mais?

Scielo

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000600023

Universidade Federal de Santa Maria

https://www.ufsm.br/midias/arco/mitometro-coronavirus-foi-criado-em-laboratorio-por-chineses/

Atlas FGV

https://atlas.fgv.br/verbetes/gripe-espanhola

Tua Saúde

https://www.tuasaude.com/gripe-espanhola/#:~:text=Ap%C3%B3s%20algumas%20horas%20de%20surgimento,sangramentos%20pelo%20nariz%20e%20orelhas.

Ministério da Saúde

https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca

BBC Brasil

https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-53173760

https://www.bbc.com/portuguese/geral-52506223

 

 

 


quarta-feira, 29 de julho de 2020

Conheça as origens da milenar civilização Maia.

Restos de um palácio Maia em Palenque.

Povo da América Central, distribuído numa área partilhada entre a América Central e o México. Esse território foi dividido em três zonas: meridional (Costa do Pacífico e terras altas da Guatemala e do Chiapas), central (do Estado do Tabasco a Honduras), setentrional ( Península de Iucatan). As descobertas arqueológicas nas terras altas do Chiapas revelaram a instalação, por volta  der meados do III milênio a.C., de populações que estiveram na origem da civilização maia. No período pré-clássico (1500 a.C. - 250 d.C.) eram agricultores, fabricavam cera (ornamentação de cordões) e usavam pedras de moer - o que supõe a cultura do milho. Agrupavavam-se em aldeias (Kaminalaljuyú, ou, nas terras baixas, Altar de Sacrifícios e Seibal). Uaxactún Tikal têm camadas inferiores que remontam ao séc. V., e desde o ano 300 a.C. percebem-se as características fundamentais  da civilização maia:  arquitetura com uma espécie de abóbada em balanço, inscrições hieroglíficos, uso de um calendário "a longo prazo", e ereção de estelas comemorativas.

 O período clássico (250-950) corresponde ao florescimento dessa civilização; os grandes centros cerimoniais (Tikal, Uaxactún e Seibal, na Guuatemala; Copán em Honduras, Palenque, Uxmal, Bonampak e Chichén Itzán, no México, etc) multiplicaram-se. As grandes metrópoles religiosas compreendiam edifícios típicos, templos construídos sobre uma plataforma piramidal, cobertos por uma espécie de abóbada em balanço e encimados por  uma crista com cumeeira; palácios (residências principescas ou lugar de reunião, dotados de numerosas galerias) cuja disposição - em grupos distintos ligados por calçadas elevadas - em torno de amplas pra;as atesta certo sendo de urbanismo;  e conjunto monumental monolítico, composto de um altar com estela ornada de uma decoração esculpida. Nunca reunidos sob a hegemonia de um poder central, cada centro conservou um estilo individual. A escrita hieroglífica não foi inteiramente decifrada. Depois do auto-de-fé dos conquistadores cristãos, apenas três manuscritos (Codex) subsistem e são datados do pós-clássico. O primeiro refere-se a rituais religiosos; o segundo, à adivinhação; e o último, à astronomia, que, sem usar nenhum instrumento óptico, era , de uma precisão espantosa. Em seu apogeu, essa civilização - que ignorava a roda e o animal de tração, e só conhecia instrumentos de madeira e de pedra - foi, por razões obscuras, brutalmente interrompida, por volta do séc. IX, zona central, que contudo não foi totalmente abandonada. O pós-clássico (do séc. IX, na zona central, que contudo não foi  totalmente abandonada. O pós-clássico (do séc. X à conquista espanhola) testemunha certo renascimento devido aos toltecas, vindos de Tula. Quando chegaram, por volta do séc. X, supõe-se que algumas graandes cidades de Iucatán existissem ainda. A associação das duas tradições originou um novo estilo artístico "maia-tolteca", caracterizado por uma arquitetura mais  ampla e arejada (colunatas, grandes jogos de bolas) e pelo amálgama dos panteões e dos motivos decorativos (Chac, o deus  maia da chuva, representado alternadamente com Quetzalcoatl, a serpente  emplumada, transformada em Kukulkan). Chichén Itzá foi logo substituído por Mayapán, que foi cercada por uma muralha defensiva. Daí em diante, a influência mexicana dominou uma produção artística muito decadente. 

A Literatura maia é ainda bastante obscura em razão da diversidade de línguas e e de uma escrita pictográfica cujo sistema não é em conhecido. Alguns códices se conservaram até nossos dias, bem como numerosas inscrições de caráter, histórico, mitológico e profético. A literatura maia-guichê é mais conhecida graças ao Popol-Vuh e ao drama Rabinal Achi, e a literatura maia-iucateque, graças ao livro ChiamaBalam. Da literatura maia-cakchiqueles restam os Annales de los cakchiqueles ou Memorial de Sololá.

Você quer saber mais? 

Grande Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo: Enciclopédia Larousse, 1999. Vol. 14.

 


terça-feira, 28 de julho de 2020

Parcerias com outros blogues e portais


Boa noite, mentes ávidas do amanhã!

Você possuí um blogue ou um portal? 
Deseja fazer parceria?
A parceria consiste em colocar um link para o Construindo História Hoje em seu blogue e eu colocarei um link para seu blogue no CHH. 
Entre em contato conosco pelo formulário de contato ou em através de um comentário em nossas postagens! No momento estou colocando links nos "Blogues Parceiros", mas podemos posteriormente colocar logos dos blogues em pequenos banners.
Os temas abordados pelos parceiro podem ser variados, desde que se mantenham dentro do tema educação, estudos e curiosidades factuais!

Saudações cordiais.

Leandro Claudir Pedroso

NOSSOS PARCEIROS NA JORNADA DO CONHECIMENTO

Saiba História


História Viva


Rio de Janeiro e Nossas Histórias


Blog do Doutor Rodrigo Luz


Nirvana Atômico- Curso de Português


Irmandade


Libesfera Libertatum







segunda-feira, 27 de julho de 2020

Estátuas Moai da ilha de Páscoa.

Um dos mais impressionantes conjuntos monumentais do mundo são estas enormes estátuas, chamadas pelos nativos moai, da ilha da Páscoa, dependência do Chile, do qual dista 3.900km, no Pacífico Sul, logo abaixo do trópico de Capricórnio. Ninguém sabe qual o seu significado, quem as esculpiu, quando chegaram ao local e onde s e acham e como ali os primitivos habitantes da ilha conseguiram levantá-las e pô-las em posição. As mais altas de 18m de altura, o que corresponde a de um moderno edifício de seis andares. Feitas de lava basáltica, encontram-se em número de 193 de pé, e 80 deitadas no solo, como se estivessem no curso do transporte desde o Rano Raraku, um dos três grandes vulcões da ilha, e algum motivo tivesse obrigado a interromper o penoso trabalho de seu deslocamento.

Você quer saber mais?

“Grandes Monumentos da Humanidade”. In. Novíssima Enciclopédia Delta- Larousse. Rio de Janeiro: Ed. Delta S.A, 1981.


quinta-feira, 23 de julho de 2020

As estátuas misteriosas dos olmecas


Implantada na costa do Golfo do México, a cultura olmeca produziu, entre 1500 400 a.C., mais de 300 monumentos de basalto e centenas de estatuetas de grande beleza. Apesar de seu pequeno número, as enormes cabeças monolíticas atestam o domínio dos escultores olmecas. O conjunto conta 22 peças monumentais, a maioria proveniente do sítio arqueológico de San Lorenzo, 3 delas de Tres Zapotes , ao sul de Veracruz, e 4 de La Venta, no Tabasco. 

Embora todas representem rostos masculinos, nariz achatado e lábios carnudos, cada uma tem seu estilo próprio. A expressão pode ser séria, calma ou feliz. Ignora-se se as estátuas representam guerreiros ou dirigentes, mas todos usam jóias, plumas, motivos antropomórficos e zoomórficos que atestam elevada condição social. Muitas delas são marcadas por mutilações antigas, feitas talvez para fins rituais ou para desfigurar a imagem de um chefe difamado. 

Medem de 1,47 a 3,40 metros de altura e seu peso varia entre 6 e 50 toneladas. O local de extração dos blocos de pedra era provavelmente as montanhas de Tuxtlas ao sul do Estado de Veracruz. Levar esses blocos para cada local, o mais próximo dos quais é Tres Zapotes, situado em seus contrafortes, e  o mais afastado, La Venta, a 100 quilômetros, necessitava de uma rede de comunicações complexa. Isso implicava uma organização social e política capaz de coordenar a mão-de-obra necessária para tal empresa, bem como o controle da navegação porque as vias de transporte mais acessíveis eram os cursos de água. Junto a muitos parceiros comerciais, os olmecas obtinham as pedras finas que utilizavam como instrumentos (obsidiana), objetos cerimoniais, pequenas imagens e jóias (jadeíta em particular). 

Por razões ainda ignoradas, a civilização olmeca desapareceu por volta de 400 a.C., depois de haver transmitido à maioria das culturas mesoamericanas um substrato cultural comum.

 Você quer saber mais?

SALLES, Catherine. Larousse das Civilizações Antigas: Vol. I – Dos Faráos à Fundação de Roma, 2006.


quarta-feira, 22 de julho de 2020

A origem dos Astecas segundo os relatos de Sahagún

Num tempo muito antigo, um grupo de embarcações trazendo seus ancestrais chegou, através do atual golfo do México, proveniente de Tamoanchán, ficasse onde ficasse. Seus deuses vieram com eles.

Esses imigrantes desembarcaram num lugar costeiro, que chamaram de Panutla, localizado na região da atual Sierra Madre Oriental. (Panutla que dizer “Lugar dos que chegaram pela água”).

Algum tempo depois, orientados pelos deuses, costearam o litoral, “descendo” em direção ao sul, até fundarem Tamoanchán, em homenagem à “Tamoanchán mítica” de onde vieram.

Nessa Tamoanchán terrena viveram muito tempo, até que os deuses resolveram, sabe-lá o porquê, abandoná-los, regressando todos por mar “ao oriente, para a sua “Tamoanchán celestial”.

Junto com eles, os deuses levaram os sábios e os livros mágicos que eles haviam trazido consigo de além-mar – os amoxtli ou códices -, prometendo retornar quando o mundo estivesse para acabar.

Felizmente, nem todos os sábios se foram. Quatro anciões dos quais temos os seus nomes:

Oxomoco

Cipactonal,

Tlaltetecuin

Xuchicahuaca

Permaneceram em terra. Esses quatro sábios reescreveram alguns livros, dos quais o mais importante era o Tonalpohualli, um calendário ritual do qual os astecas e mesoamericanos em geral iriam se servir por toda a vida.

Muito tempo se passou, até que, numa certa época, talvez por condições climáticas adversas, vários grupos começaram a abandonar Tamoanchán. Os Olmecas foram os primeiros a fazê-lo.

Não podendo regressar por mar à sua pátria mítica, os olmecas regressaram a Panutla, o local onde haviam desembarcado pela primeira vez. Em pouco tempo se espalharam pelos arredores, tornando-se a primeira grande civilização mesoamericana.

Outros grupos também partiram e fundaram Teotihuacán (“Lugar dos Homens que se tornaram deuses”), a cidade mais importante e misteriosa da “Antiguidade” mesoamericana.

Subindo em direção ao Norte, os povos da etnia nahua se instalaram num lugar que chamaram de Chicomoztoc (“As Sete Cavernas”), onde viveram durante muitíssimo tempo, até se tornarem esquecidos dos que haviam ficado nas regiões mais ao Sul. A esse importantíssimo grupo pertenciam os astecas.

Passado um largo tempo, os povos que habitavam as Sete Cavernas passaram a ser conhecidos como “Chichimecas”, ou “bárbaros”, pois haviam se tornado caçadores rudes e incultos. Seus deuses lhes ordenaram, então, que retornassem a Panutla, o local onde haviam desembarcado os seus ancestrais.

Grandes levas migratórias deixaram o Norte em direção ao Vale do México – então chamado Anahuac (“O Vale às Margens do Lago”) -, sendo que os astecas foram o último povo a retornar.

Durante o tempo em que estiveram instalados no Norte, nas “Siete Cuevas” (Chicomoztoc), os astecas haviam desenvolvido um novo mito: o de que seriam naturais de um lugar chamado Aztlán. (Ninguém até hoje sabe precisar onde fica este lugar, mas o nome permaneceu na memória dos astecas como sua pátria de origem nas vastidões ermas do Norte, dando origem inclusive, à própria denominação “asteca”, que significa “habitante de Aztlán”.) De Aztlán eles partiram, guiados por seu deus particular Huitzilopochtli (“Colibri Esquerdo”), que os instruiu na prática dos sacrifícios humanos.

Após longa peregrinação, os astecas estavam de volta ao coração da América Central. Mas como haviam sido os últimos a retornar, já ninguém mais os reconheceu e foram tratados como estranhos pelas outras etnias (“o povo cujo rosto ninguém conhecia”, dizia-se deles).

Após infinitos trabalhos e grandes feitos guerreiros, os astecas conquistaram finalmente o Vale do México, tornando-se a última grande civilização pré-colombiana da América Central.

 

 Você quer saber mais?

FRANCHINI. A.S. As Melhores Histórias das Mitologias Astecas, Maia e Inca. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2014 , pg.22-23.