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terça-feira, 28 de julho de 2020
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segunda-feira, 27 de julho de 2020
Estátuas Moai da ilha de Páscoa.
Um dos mais impressionantes conjuntos monumentais do mundo são estas enormes estátuas, chamadas pelos nativos moai, da ilha da Páscoa, dependência do Chile, do qual dista 3.900km, no Pacífico Sul, logo abaixo do trópico de Capricórnio. Ninguém sabe qual o seu significado, quem as esculpiu, quando chegaram ao local e onde s e acham e como ali os primitivos habitantes da ilha conseguiram levantá-las e pô-las em posição. As mais altas de 18m de altura, o que corresponde a de um moderno edifício de seis andares. Feitas de lava basáltica, encontram-se em número de 193 de pé, e 80 deitadas no solo, como se estivessem no curso do transporte desde o Rano Raraku, um dos três grandes vulcões da ilha, e algum motivo tivesse obrigado a interromper o penoso trabalho de seu deslocamento.
Você quer saber mais?
“Grandes Monumentos da
Humanidade”. In. Novíssima Enciclopédia Delta- Larousse. Rio de Janeiro: Ed.
Delta S.A, 1981.
quinta-feira, 23 de julho de 2020
As estátuas misteriosas dos olmecas
Implantada na costa do Golfo do México, a cultura olmeca produziu, entre 1500 400 a.C., mais de 300 monumentos de basalto e centenas de estatuetas de grande beleza. Apesar de seu pequeno número, as enormes cabeças monolíticas atestam o domínio dos escultores olmecas. O conjunto conta 22 peças monumentais, a maioria proveniente do sítio arqueológico de San Lorenzo, 3 delas de Tres Zapotes , ao sul de Veracruz, e 4 de La Venta, no Tabasco.
Embora todas representem rostos masculinos, nariz achatado e lábios carnudos, cada uma tem seu estilo próprio. A expressão pode ser séria, calma ou feliz. Ignora-se se as estátuas representam guerreiros ou dirigentes, mas todos usam jóias, plumas, motivos antropomórficos e zoomórficos que atestam elevada condição social. Muitas delas são marcadas por mutilações antigas, feitas talvez para fins rituais ou para desfigurar a imagem de um chefe difamado.
Medem de 1,47 a 3,40 metros de altura e seu peso varia entre 6 e 50 toneladas. O local de extração dos blocos de pedra era provavelmente as montanhas de Tuxtlas ao sul do Estado de Veracruz. Levar esses blocos para cada local, o mais próximo dos quais é Tres Zapotes, situado em seus contrafortes, e o mais afastado, La Venta, a 100 quilômetros, necessitava de uma rede de comunicações complexa. Isso implicava uma organização social e política capaz de coordenar a mão-de-obra necessária para tal empresa, bem como o controle da navegação porque as vias de transporte mais acessíveis eram os cursos de água. Junto a muitos parceiros comerciais, os olmecas obtinham as pedras finas que utilizavam como instrumentos (obsidiana), objetos cerimoniais, pequenas imagens e jóias (jadeíta em particular).
Por
razões ainda ignoradas, a civilização olmeca desapareceu por volta de 400 a.C.,
depois de haver transmitido à maioria das culturas mesoamericanas um substrato
cultural comum.
SALLES, Catherine. Larousse
das Civilizações Antigas: Vol. I – Dos Faráos à Fundação de Roma, 2006.
quarta-feira, 22 de julho de 2020
A origem dos Astecas segundo os relatos de Sahagún
Esses imigrantes desembarcaram
num lugar costeiro, que chamaram de Panutla, localizado na região da atual Sierra
Madre Oriental. (Panutla que dizer “Lugar dos que
chegaram pela água”).
Algum tempo depois, orientados
pelos deuses, costearam o litoral, “descendo” em direção ao sul, até fundarem
Tamoanchán, em homenagem à “Tamoanchán mítica” de onde
vieram.
Nessa Tamoanchán terrena
viveram muito tempo, até que os deuses resolveram, sabe-lá o porquê,
abandoná-los, regressando todos por mar “ao oriente, para a sua “Tamoanchán
celestial”.
Junto com eles, os deuses
levaram os sábios e os livros mágicos que eles haviam trazido consigo de
além-mar – os
amoxtli ou códices -, prometendo
retornar quando o mundo estivesse para acabar.
Felizmente, nem todos os
sábios se foram. Quatro anciões dos quais temos os seus nomes:
Oxomoco
Cipactonal,
Tlaltetecuin
Xuchicahuaca
Permaneceram em terra. Esses
quatro sábios reescreveram alguns livros, dos quais o mais importante era o Tonalpohualli,
um calendário ritual do qual os astecas e mesoamericanos em geral iriam se
servir por toda a vida.
Muito tempo se passou, até
que, numa certa época, talvez por condições climáticas adversas, vários grupos
começaram a abandonar Tamoanchán. Os Olmecas foram os
primeiros a fazê-lo.
Não podendo regressar por mar
à sua pátria mítica, os olmecas regressaram a Panutla, o local onde haviam
desembarcado pela primeira vez. Em pouco tempo se espalharam pelos arredores, tornando-se
a primeira grande civilização mesoamericana.
Outros grupos também partiram
e fundaram Teotihuacán
(“Lugar dos Homens que se tornaram deuses”), a
cidade mais importante e misteriosa da “Antiguidade” mesoamericana.
Subindo em direção ao Norte,
os povos da etnia nahua se instalaram
num lugar que chamaram de Chicomoztoc (“As Sete
Cavernas”), onde viveram durante muitíssimo tempo, até se tornarem
esquecidos dos que haviam ficado nas regiões mais ao Sul. A esse
importantíssimo grupo pertenciam os astecas.
Passado um largo tempo, os
povos que habitavam as Sete Cavernas passaram a ser conhecidos como “Chichimecas”, ou “bárbaros”, pois haviam se tornado caçadores rudes
e incultos. Seus deuses lhes ordenaram, então, que retornassem a Panutla, o
local onde haviam desembarcado os seus ancestrais.
Grandes levas migratórias
deixaram o Norte em direção ao Vale do México – então chamado Anahuac (“O Vale às Margens do Lago”) -, sendo que os astecas
foram o último povo a retornar.
Durante o tempo em que
estiveram instalados no Norte, nas “Siete Cuevas” (Chicomoztoc), os astecas haviam
desenvolvido um novo mito: o de que seriam naturais de um lugar chamado Aztlán.
(Ninguém até hoje sabe precisar onde fica este lugar, mas o nome permaneceu na
memória dos astecas como sua pátria de origem nas vastidões ermas do Norte,
dando origem inclusive, à própria
denominação “asteca”, que significa “habitante de Aztlán”.) De Aztlán eles
partiram, guiados por seu deus particular Huitzilopochtli (“Colibri
Esquerdo”), que os instruiu na prática dos sacrifícios humanos.
Após longa peregrinação, os
astecas estavam de volta ao coração da América Central. Mas como haviam sido os
últimos a retornar, já ninguém mais os reconheceu e foram tratados como
estranhos pelas outras etnias (“o povo cujo rosto ninguém conhecia”, dizia-se
deles).
Após infinitos trabalhos e
grandes feitos guerreiros, os astecas conquistaram finalmente o Vale do México,
tornando-se a última grande civilização pré-colombiana da América Central.
FRANCHINI.
A.S. As Melhores Histórias das Mitologias Astecas, Maia e Inca. Porto Alegre:
Artes e Ofícios, 2014 , pg.22-23.