Autor: Construtor CHH
Na
segunda metade do século XIX o historicismo e positivismo eram a base dos
estudos históricos por meio dos acontecimentos políticos, guerras e heróis
nacionais. Vista como uma história ‘positiva’, pois seus estudos eram voltados
para fontes documentais oficiais e negavam a importância das questões
econômicas e sociais.
A
História Empírica do século XIX voltava-se para uma postura imparcial e de
submissão aos documentos. A intuição e dados orais eram deixados de lado. No
inicio do século XX, o historiador cientifico volta-se para a história como
pedagogia social com metas para uma história clássica, nacionalista e
positivista. Sendo o fazer histórico em meados de 1900 um ato nada neutro. No
positivismo o aluno era orientado na metodologia, técnica e erudição, ou seja,
no principio da história ciência.
Durante
ao Iluminismo a narrativa histórica política foi contestada pela primeira vez
com sua preocupação com a história da sociedade. No início do século XX o
historicismo e positivismo perdem espaço para uma história mais voltada para as
questões econômicas e políticas. Surgindo os primeiros estudos
interdisciplinares, a controvérsia de Lamprechet (opondo história política,
cultura e econômica).
O
crescimento do movimento operário na Europa aumentou a influência marxista nas
ciências humanas, supostamente como o verdadeiro modelo interpretativo para
investigação histórica. O marxismo influenciou grandemente à historiografia com
a fixação da história econômica, política e social. Após a I Guerra Mundial e a
Grande Depressão de 1929, a história sofre várias críticas por estimular o
nacionalismo. Em meio a esses acontecimentos surge na França a Escola de
historiadores da economia da qual Marc Bloch em 1936 cria-se a primeira cadeira
de história econômica na Sorbonne.
Um
antecessor da Escola de Annales foi Henry Berr, fundou a Revista de Síntese
Histórica, provocando os positivistas ao diversificar seus instrumentos de
análises e desperta o interesse de colaboradores de várias áreas das ciências.
Berr confere a história o papel de coordenar todas as outras ciências sociais.
Foi também precursor com sua síntese de que seria a Escola de Annales,
contrariando a história historicizante por uma história explicativa e
interdisciplinar.
Henri
Pirenne, pensava a história como uma narrativa explicativa da evolução das
sociedades humanas no passado. Sendo um dos primeiros a trabalhar a história
das mentalidades. Sua tese de Pirenne marca o inicio do trabalhar a história
das mentalidades. Em sua tese, Pirenne marca o inicio da Idade Média em 711d.C
com a conquista árabe na Península Ibérica, pois segundo ele em 476 d.C com a
queda do Império Romana nas mãos dos bárbaros germânicos houve uma absorção da
cultura Romana pelos bárbaros e não como ocorreu em 711 onde os árabes impuseram
sua cultura e costumes. Johan Huizinga, dedicou a pesquisar a Baixa Idade
Média, Renascimento e a Reforma. É visto como um historiador da cultura e combateu o
totalitarismo, foi pioneiro na interdisciplinaridade e historiador de
mentalidades.