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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A colônia grega de Khersones na Táurica (Crimeía)


Era chamada Táurica (Chersonesus Taurica ou Scythica) pelos antigos gregos e romanos, seu nome atual deriva-se do seu nome tártaro Qırım, através do grego: Κριμαια (Krimaia). Os primeiros habitantes de quem se têm resquícios autênticos foram os Cimerianos, que foram expulsos pelo Citas durante o século VII a.C.. Uma pequena população que se refugiara nas montanhas ficou conhecida posteriormente como os Tauri. Neste mesmo século, os antigos colonos gregos começaram a ocupar a costa, isto é, Dórios de Heracleia em Quersoneso, e Jônios de Mileto em Teodósia e Panticapaeum (também chamado Bósforo).


Dois séculos mais tarde, (438 a.C.) o archon, ou líder, dos Jônios assumiu o título de rei do Bósporo, um Estado que manteve relações importantes com Atenas, fornecendo àquela cidade trigo e outros produtos. O último destes reis, Perisades V, sendo pressionado pelos Citas, pediu proteção a Mitrídades VI, rei do Ponto, em 114 a.C.. Depois da morte de seu protetor, seu filho Farnaces, como recompensa pelo auxílio dado aos romanos na guerra contra o próprio pai, recebeu em 63 a.C. de Pompeu o reino do Bósporo. Em 15 a.C., foi mais uma vez devolvido ao rei do Ponto, mas daí em diante acabou mantendo-se um território tributário de Roma.


Chersonese, Chersonesos, Cherson, Khersones, mas o mais conhecido em todo o mundo como Quersoneso, foi uma das mais proeminentes colônias gregas, fundadas a cerca de 2.500 anos atrás, e que atualmente se converteu em um desses locais turísticos que não podemos deixar de visitar quando estivermos a passeio nestas terras.

No entanto, considerando o império grego e o território que chegou a ocupar, é temos que destacar em primeiro lugar que este lugar, famoso por seus sítios arqueológicos, não se encontra na Grécia, mas sim na Ucrânia, em particular na costa do Mar Negro nos arredores de Sebastopol na Criméia.

Com o tempo, essas terras estavam nas mãos do que é atualmente a superfície da Ucrânia, país que conseguiu explorá-las especialmente a partir dos descobrimentos de sítios arqueológicos de 1827, embora até então dependiam do governo russo, como parte da URSS, e que depois de algumas décadas, especialmente desde a queda do comunismo, foram abertos para as pessoas de todo o mundo dispostas a visitá-los.


A primeira coisa a notar, neste contexto, é que os edifícios que se encontram aqui, em muitos casos, apenas em restos, contam com a particularidade de possuir influências das culturas grega, romana e bizantina, de modo que suas formas e desenhos são praticamente impossíveis de encontrar em outros lugares do mundo, embora entre todos eles, se destaque especialmente um anfiteatro romano e um templo grego.


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Mammon, Parte V: metáfora para o espírito materialista advento do século XIX.


Pintura 1909 A adoração de Mammon por Evelyn De Morgan.

Mammon que na maioria das vezes personificado como uma divindade, e, por vezes incluídos nos sete príncipes do inferno (Lúcifer, Asmodeus, Belzebu, Mammon, Belphegor, Azazel e Leviathan).

Os estudiosos não concordam sobre a etimologia do nome, mas a teoria de que Mammon deriva do latim tardio Mamom, e do grego "μαμμωνάς", siríaco Mamona ("riquezas"), aramaico mamon ("riquezas, dinheiro"), A palavra grega para "Mammon", "μαμμωνάς", ocorre no Sermão da Montanha (durante o discurso sobre a ostentação) e na parábola do Injusto (Lucas 16:9-13). A Versão Autorizada mantém a palavra siríaca; John Wycliffe usa riqueza.

Os cristãos começaram a usar o nome de Mammon como um pejorativo, um termo que foi usado para descrever a gula e o ganho mundano injusto na literatura bíblica. Ele foi personificado como um deus falso no Novo Testamento. {Mt.6.24; Lk.16.13} O termo é frequentemente utilizado para referir-se ao materialismo excessivo ou ganância como uma influência negativa.

Mammon de Collin de Plancy do Dictionnaire Infernal

“Não podeis servir a Deus e a Mammon (Um nome próprio)." - Mateus 6:19-21,24 (KJV)
Durante a Idade Média, Mammon era comumente personificado como o demônio da gula , riqueza e injustiça . Assim, Pedro Lombardo (II, dist. 6), diz:

"As riquezas são chamados pelo nome de um demônio, ou seja, Mammon, por Mammon é o nome de um demônio, que pelo significado de riquezas é chamado de acordo com a língua sírios."

Piers Plowman, também considera Mammon como uma divindade, Nicholas de Lyra (comentando a passagem de Lucas), afirma: "Mammon est nomen daemonis" (Mamon é o nome de um demônio).
Albert Barnes, em suas Notas sobre o Novo Testamento afirma que Mammon era uma palavra siríaca para um ídolo adorado como o deus das riquezas, semelhante a Plutão entre os gregos, mas ele citou nenhuma autoridade para a instrução.

Nenhum vestígio, no entanto, de qualquer deus sírio desse nome existe, e a identificação literária comum do nome com um deus da cobiça ou avareza provável é que Spenser's A rainha das fadas, onde Mammon supervisiona uma caverna de mundana riqueza. Milton 's Paradise Lost descreve um anjo caído que valoriza os tesouros terrestres sobre todas as outras coisas. Mais tarde, ocultistas, como Jacques Collin de Plancy do Dictionnaire Infernal descrever Mammon como embaixador do Inferno para a Inglaterra.

Para Thomas Carlyle em Passado e Presente, o "Evangelho de Mammonism" tornou-se simplesmente uma personificação metafórica para o espírito materialista do século XIX.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Mammon, Parte IV: descrição e conceito!


Mammon é um termo, derivado da Bíblia, usado para descrever riqueza material ou cobiça, na maioria das vezes, mas nem sempre, personificado como uma divindade. A própria palavra é uma transliteração da palavra hebraica "Mammon", que significa literalmente "dinheiro". Como ser, Mammon representa o terceiro pecado, a Ganância ou Avareza, também o anticristo, devorador de almas, e um dos sete príncipes do Inferno. Sua aparência é normalmente relacionada a um nobre de aparência deformada, que carrega um grande saco de moedas de ouro, e "suborna" os humanos para obter suas almas. Em outros casos é visto com uma espécie de pássaro negro (semelhante ao Abutre), porém com dentes capazes de estraçalhar as almas humanas que comprara.

Na era pré-cristã, conforme sabemos, eram cultuados muitos deuses. Mammon, contudo, não era o nome de uma divindade e sim um termo de origem hebraica que significa dinheiro, riqueza, ou bens materiais. Jesus, no Evangelho, utiliza a palavra quando afirma que não é possível servir simultaneamente a Deus e a Mammon (Lucas as 16:13 ). A palavra, no texto original, também é citada no Evangelho de Mateus:

"Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem traça nem ferrugem corroem e onde ladrões não minam nem roubam: Para onde está o teu tesouro, aí estará o seu coração também."


"Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas." (Mateus 6:19-21,24)

Desta forma Mammon acabou por tornar-se, ao longo da história, e devido as diversas traduções da Bíblia, a representação de uma divindade maligna ou demônio.

O dicionário Webster da língua inglesa define "Mammon" ou "Mann" ou "Matmon" ou "Mammonas" ou "Matmel" como:

Mammon, Parte III: a economia segundo Mammon!




Humanos subservientes aos pés de Mammon!

De início vamos entender algo muito importante: Na versão bíblica Revista e Corrigida o v. 24, está assim:

“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mammon”

Quem é Mammon? Jesus usou essa palavra do aramaico, para designar uma entidade que existe no reino espiritual, adorado como “deus das finanças”. Como toda entidade, o ataque não é direto, ele opera de maneira encoberta, pelo engano. Se ele fosse aparecer diretamente para as pessoas, revelando sua identidade, poucos se submeteriam a ele. A principal tática de Mammon é que o dinheiro contem poderes inerentes. Tais como:

“O dinheiro compra tudo”

“As pessoas são valorizadas e honradas, pelo que tem”.

 “O dinheiro em si não bom nem mau; é apensas perigoso; já o amor por ele pode tornar-se maléfico; com o dinheiro o homem pode fazer muita coisa boa e muita coisa ruim. Com o dinheiro pode-se praticar o bem e o mal”

O dinheiro não tem poder, o poder está no espírito de Mammon, que está por trás do dinheiro. Quando Jesus disse que ambos, Deus e Mammon, não poderiam ser servidos, Jesus não falou a respeito de uma proibição, mas de uma impossibilidade de fazer tal coisa. Ele não está afirmando que “Seria errado tentar servir ambos”, Ele diz: “É impossível”.

“Pois o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males. E algumas pessoas, por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram da fé e encheram a sua vida de sofrimentos”
I Timóteo 6:10

“Mammon prende o rico com medo de perder o que teme o pobre, pelo medo de faltar provisão”.

Você entende agora, porque o dinheiro exerce tanto poder sobre a vida das pessoas? Porque por trás dele, existe um deus que quer ganhar, prender, escravizar o ser humano. Um “rival” de Deus.

Mammon, Parte II: o senhor dos gananciosos e avarentos!




Demônio/deus Mammon por Collin de Plancys.

Numa tirada que lembra os antigos provérbios, afirmou certa vez Francis Bacon: "O dinheiro é como o adubo: só serve, quando espalhado". O que o genial filósofo inglês quis dizer é que, se o dinheiro não for usado a fim de promover o bem comum, não passará de um monte de esterco.

É um deus que cheira mal.

Desgraçadamente, não são poucos os cristãos que, desconhecendo o senhorio de Cristo sobre suas aquisições materiais, transformaram-nas num crudelíssimo e perverso ídolo. Sem o saberem, estão a adorar o estúpido Mammon.

I. Quem era/é Mammon?

No Sermão do Monte, o Senhor Jesus foi mais do que explícito quanto ao correto uso das riquezas terrenas: "Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mammon" (Mt 6.24).

Não está aqui o Senhor dizendo que o cristão não pode ter bens materiais. O que Ele deixa bem claro é que não podemos servir às riquezas como se estas fossem um ídolo. Mas delas devemos nos servir para adorar a Deus e amparar os mais carentes (1 Jo 3.17).

Os que se fazem servos do dinheiro não o têm apenas como senhor de sua vida, mas como o deus de toda a sua existência. É por isso que o dinheiro era visto pelos contemporâneos de Jesus como o abjeto Mammon, cujo nome provém de uma palavra aramaica que significa homem da riqueza. Por conseguinte, Mammon é a riqueza que se opõe a Deus, e conscientemente ignora-lhe o senhorio.

Quem na verdade era Mammon? É provável fosse ele originário da mitologia caldaica. Alguns o identificam como o senhor das riquezas e o deus dos avaros. De uma forma ou de outra, o Senhor Jesus adverte-nos, e com energia o faz, a que não sirvamos as riquezas. Se o fizermos, estaremos desagradando a Deus.

II. O que são as riquezas?

Antes de buscarmos uma resposta teológica, vejamos o que nos diz a economia sobre a riqueza. Pode ser esta definida como tudo o que pode satisfazer as necessidades humanas - bens e serviços. Temos de convir não estar esse conceito distante daquilo que encontramos logo no primeiro livro da Bíblia (Gn 1.26-30).

Ora, se Deus colocou tudo quanto existe à nossa disposição, por que haveríamos de considerar as riquezas superiores àqueLe que nos enriquece de todos os bens materiais e espirituais? Ajamos assim e cairemos nos mesmos pecados daqueles gentios retratados por Paulo no primeiro capítulo de sua Epístola aos Romanos.

A Bíblia diz que tudo quanto existe é nosso: "Porque tudo é vosso; seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus" (1 Co 3.22). Como isso é consolador! Possuamos pouco ou muito, somos possuídos por aquele que tudo possui (Ag 2.8).

Tudo aquilo que o Senhor permitiu viéssemos a ter usemos para a sua glória e para militar o sofrimento dos mais necessitados.

III. Como se deve usar as riquezas?

Certa vez ouvir falar de um piedoso empresário americano que, prestes a entregar um cheque de 200 mil dólares a uma agência missionária, recebeu a notícia de que a sua indústria acabara de ser destruída por um incêndio. Naquele momento, ele rasgou o cheque, e pôs a preencher outro. Ato contínuo: entregou-o ao responsável por aquela agência que, supreendido, perguntou-lhe:

- Irmão, a sua indústria acabou de ser destruída, e mesmo assim o senhor nos abençoa com um milhão de dólares?

Sim! Deus acaba de me dar um recado; nada é meu; tudo é dEle.

O interessante é que aquele indústria não estava no seguro. Mas todos os bens espiritais daquele homem, principalmente a sua vida, achavam-se plenamente assegurados por Deus.

Vejamos a seguir, como devemos fazer uso das riquezas que o Senhor, em suas infinitas provisões, nos concede dia após dia (Mt 6.11).

1. Dízimos e ofertas. Através de nossos haveres e bens materiais, demonstremos ao Senhor que lhes reconhecemos o senhorio sobre a nossa vida e sobre tudo que dEle recebemos. É desnecessário lembrar que o dízimo é um mandamento divino e não está restrito à Lei Mosaica. Pois Abraão, que viveu mais de 500 anos antes da decretação da Lei, adorou a Deus com os seus dízimos (Gn 14.20). O mesmo faria o seu neto (Gn 28.22).

Àqueles que alegam ser o dízimo exclusivamente da Lei Mosaica, deveriam ter em mente um pressuposto bíblico-teológico mui elementar; 1) Abraão entregou os seus dízimos a Melquisedeque que representava a ordem sacerdotal de Cristo (Sl 110.4); 2) Melquisedeque, aliás, representava o próprio Cristo (Sl 110.4); 2) Melquisedeque, aliás, representava o próprio Cristo: "Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o pattriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos" (Hb 7.4,5); 3) Ora, se até Levi, na pessoa de seu ancestral, Abraão, pagou dízimos ao Senhor Jesus (tipologicamente representado por Melquisedeque) por que haveríamos nós de negar os dízimos a Deus, consagrando-os a Mammon?

Cuidado! O que é de Deus não se retém. Pois se Ele retiver a menor de suas provisões todos pereceremos. Lei com atenção Malaquias 3.9,10. O profeta não fala apenas de dízimos; fala também de ofertas. Isto significa que o dízimo, na vida do cristão, deve ser o referencial mínimo e obrigatório. O cristão realmente fiel não se limita a dizimas; sabe ele também ofertar com liberalidade (Rm 12.8). Lembre-se: milhões de preciosas almas, por quem Cristo Jesus morreu, estão dependendo de nossos dízimos e ofertas. Você sabe o preço de uma alma?

2. Nossa subsistência. A fim de que o nosso dinheiro seja realmente abençoado, é mister que, além de sermos fiéis dizimistas, sejamos bons administradores. Um mal administrador acabará por ser um péssimo dizimista. Por isso, todas as vezes que você por assediado por ímpetos consumistas, ouça a pergunta do profeta: "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? (Is 55.2)

Cuidado com os gastos exagerados! Deus tem compromisso com a nossa subsistência, e não com os luxos e oferendas que muitos depositam aos pés do perverso Mammon. O cristão que for sábio haverá de se safar das armadilhas proporcionadas pelos cartões de crédito, cheques especiais, agiotas etc.

Deus quer que todos os seus filhos tenham uma vida tranqüila e abençoada. Peça-lhe, então, que o ajude a administrar os seus recursos.

3. Filantropia cristã. Não se esqueça de ajudar os mais necessitados. Você sabia que Paulo, antes de ser comissionado a fazer missões, recebera como tarefa socorrer os mais necessitados? É o que lemos em Atos 11.30. Dos desvalidos jamais se esqueceria (Gl 2.10).

Mammon, Parte I: o senhor do dinheiro!


Os antigos Filisteus, povo que viveu na orla do Mediterrâneo, cultuavam uma divindade chamada: "Mammon", deus da riqueza, dos bens materiais, do dinheiro. Jesus fez referência a essa divindade no Sermão da Montanha, orientando os seus discípulos a não servir a dois senhores, quando afirmou: "- Não podeis servir a Deus e a Mamam”. (Mateus. 6: 24).

Tradutores de algumas versões da bíblia substituíram o nome próprio dessa divindade filisteia (Mammon), pela palavra riquezas, o que não deixa de ser uma agressão ao texto original e inaceitável pelo princípio gramatical que não autoriza traduzir nome próprio, e sim transliterar. Como pode as escrituras consideradas sagradas sofrerem tantas alterações nas mãos desses “camelôs de bíblias?”.

Mas, digamos que mesmo agredindo o texto original, o tradutor quis com isso, orientar os estudantes do texto sagrado, a viver um tipo de amor exclusivo a Deus, onde o desejo excessivo pelo acúmulo de bens materiais não encontre espaço nessa relação divino-humana. Parece que foi isso que os franciscanos entenderam igualmente a madre Tereza de Calcutá, Tolstoi, Santo Agostinho e outros, que fizeram do isolamento em mosteiros e da abnegação da vida luxuosa, um estilo de vida que os tornou diferentes de muitos religiosos.

Entretanto, o que Jesus queria mesmo dizer? Será que para se servir a Deus tem que se viver mesmo na extrema pobreza?

Não posso entender assim, pois a hermenêutica não conduz a esse tipo de interpretação. No texto em referência, Jesus diz: “- Não podeis servir a dois senhores”.

Veja o verbo servir. Isso implica em subserviência, submissão, situação de serviçal, escravo, subjugado.

Ora, o que Jesus está orientando aos seus seguidores com base nessa advertência é da necessidade de se fugir de tudo aquilo que as riquezas “podem causar de mal”, como a arrogância, avareza, a luxúria, o poder econômico, suborno, subjugar as pessoas a partir de suas necessidades essências. E, ainda, das mazelas do sistema econômico religioso em que, infelizmente, muitos estão envolvidos.

A quem esses caciques religiosos estão servindo? Em que se fundamentam suas brigas? Em qual tipo de visão e objetivos estão ligados? São mesmo representantes de Deus aqui na terra? A transpiração deles tem poder de curar ou está contaminada pela química da ganância do capitalismo religioso?