PESQUISE AQUI!

domingo, 17 de novembro de 2013

Um invento que mudou a história dos transportes de carga



Pioneiros

O sonho do automóvel “A Carruagem sem cavalos”, é talvez tão antigo quanto a própria humanidade. Citado no velho testamento, concebido em baixos relevos Gregos e Romanos, ele só se tornaria realidade em 1886, graças a Gottlieb Daimler e Karl Benz, reconhecidos como os verdadeiros pais do automóvel.



Quando, em 1886, Gottlieb Daimler e Karl Benz apresentaram ao mundo os primeiros veículos movidos por motores de combustão interna, o mundo assistiu uma autêntica revolução na história dos transportes. As ferrovias, já com cerca de meio século de existência, dominavam a cena do transporte de carga a médias e longas distâncias. Para as distribuições no varejo, a partir das estações, recorria-se aos veículos de tração animal. Uma estrutura já consolidada aos padrões e necessidades da época. Onde todos viam uma estagnação, eles viram uma oportunidade. Nasceu então, o transporte de carga e o caminhão. Prático, eficiente e, assim como qualquer Mercedes-Benz, absolutamente inovador.

Nova Era nos transportes de carga


Como uma previsível evolução dos primeiros veículos motorizados ? e como natural decorrência do forte espírito empreendedor dos pioneiros Daimler e Benz -, o primeiro caminhão do mundo, da Daimler-Motoren-Gesellschaft, começou a percorrer as ruas de Cannstatt, na Alemanha, em 1896. Um veículo singelo e algo rudimentar, aos olhos de hoje, definido como caminhão apenas pelo objetivo e transportar carga e não pessoas. Não possuía cabina, como a conhecemos; havia apenas um largo assento para o motorista. Aros de ferro cobriam as rodas. O motor de dois cilindros, a gasolina, ficava na traseira. A capacidade de carga útil chegava a 1,5 toneladas. Um caminhão "capaz até de dar marcha à ré" segundo noticiário da época. No mesmo ano, coincidentemente, Karl Benz apresentou uma furgoneta com capacidade de carga útil de 0,3 tonelada. O advento do caminhão constituiu, de início, uma vitória pessoal daqueles que enfrentaram riscos sucessivos até obter resultados satisfatórios e, sobretudo, acreditaram na forca das idéias. Mesmo assim, quase urna década transcorreu até que o caminhão superasse as naturais resistências ao que é novo e vencesse a forte concorrência do transporte ferroviário. A arte de comerciar? Uma das grandes paixões humanas? move-se pelo espírito pragmático. E ela, historicamente, elegeu o caminhão como o meio de transporte ideal, com vantagens em termos de flexibilidade operacional, rentabilidade, economia de tempo e custos relativamente baixos de manutenção.

O caminhão evolui permanentemente


Daimler pouco pôde acompanhar da evolução de seu invento. Faleceu em 1900. Na fábrica que fundou e na de Karl Benz, no entanto, o caminhão continua exigindo permanentemente novas soluções tecnológicas. Aprimora-se tudo: o motor, a caixa de mudanças, os eixos, a direção, os freios...

Conforto, segurança e rentabilidade costumam andar juntos; nos primeiros anos do caminhão, o conceito se consagra. E o motorista vai deixando de trabalhar a céu aberto: configura-se cada vez mais o desenho da cabina. Em 1923, surge o Benz 5K3, o primeiro caminhão diesel do mundo, com motor de 50 cv a 1.000 rpm e capacidade de carga útil de 5,5 toneladas: uma etapa particularmente importante na evolução histórica do produto. A partir dali, o motor diesel firmou-se como o mais adequado para veículos comerciais, por suas características de alto rendimento termodinâmico e robustez.

No Brasil, uma nova etapa.


O primeiro caminhão Mercedes- Benz fabricado no Brasil surge em 1956, marcando o inicio efetivo de produção da fábrica de São Bernardo do Campo. E o L-312, apelidado de torpedo devido à forma característica do cofre do motor. Um herdeiro da longa tradição de qualidade do nome Mercedes-Benz.

sábado, 16 de novembro de 2013

Música e dança no Antigo Egito


A primeira grande cultura a infundir a música em sua sociedade foi o Egito Antigo. Todos os tipos de celebrações eram cheios de música e dança. Como qualquer festa havia dançarina, cantores e músicos tocando flautas, harpas, tambores, címbalos e tamborins.

Durante os festivais e festas religiosas, a dança e a música era uma prática bastante difundida. Em muitas pinturas nos interiores de tumbas e em papiros podemos ver cenas interessantes de mulheres tocando e dançando. A importância da música no Antigo Egito pode ser facilmente comprovada pelo número de instrumentos musicais espalhados nas coleções dos museus por todo o mundo.

A dança foi muito mais do que um passatempo no Antigo Egito. Durante o período Pré-Dinástico encontramos figuras femininas de Mulheres e Sacerdotisas dançando com os braços erguidos no alto da cabeça. O ato da dança teve um caráter de muita importância no Antigo Egito no que diz respeito a rituais religiosos e celebrações.

As mulheres dançavam geralmente reverenciando deuses, como o deus da inundação Hapy, a fim de garantir uma boa colheita.

Rituais de dança são vistos nos afrescos das tumbas e revelam que homens e mulheres raramente dançavam juntos.

As dançarinas que acompanhavam os funerais foram conhecidas como MU DANCERS, elas usaram coroas vermelhas e um tipo de vestimenta diferenciada. Eram contratadas especialmente para estas ocasiões e realizavam danças próprias para funerais.
Gostaria de obter mais informações sobre dança no Antigo Egito , leia o livro : Ancient Egyptian Dances de Irena Lexova. Este livro traz uma boa fonte de referencia sobre este assunto.

A imagem da acrobata é uma figura bastante conhecida no Egito Antigo, ela mostra a dançarina usando apenas uma faixa na cintura fazendo uma performance bastante complicada.

A Cidade de Heracleion foi descoberta


A cidade Perdida de Heracleion foi descoberta. Franck Goddio e mergulhadores de sua equipe estão inspecionando a estátua de um faraó. A estátua colossal é de granito vermelho e as medidas de mais de 5 metros. Foi encontrado perto do grande templo do afundado Thonis-Heracleion e remontado no local. A cidade Heracleion estava afundada no mar Mediterrâneo há 1.200 anos. Acreditava-se que era uma lenda, até que foi descoberto por acidente em 2001 A cidade de Heracleion, foi o local onde o templo de Cleópatra foi inaugurado, era um dos centros comerciais mais importantes da região do Mediterrâneo antes de desaparecer no que é hoje a Baía de Aboukir.

Mais imagens:







COPYRIGHT © 

Copyright © construindohistoriahoje.blogspot.com. Você pode republicar este artigo ou partes dele sem solicitar permissão, contanto que o conteúdo não seja alterado e seja claramente atribuído a “Construindo História Hoje”. Qualquer site que publique textos completos ou grandes partes de artigos de Construindo História Hoje tem a obrigação adicional de incluir um link ativo para http:/www.construindohistoriahoje.blogspot.com.br. O link não é exigido para citações. A republicação de artigos de Construindo História Hoje que são originários de outras fontes está sujeita às condições dessas fontes e seus atributos de direitos autorais.

Você quer saber mais? 

(COMUNIDADE CHH NO DIHITT)

(COMUNIDADE DE NOTÍCIAS DIHITT)

(PÁGINA NO TUMBLR)

(REDE SOCIAL ASK)

(REDE SOCIAL VK)

(REDE SOCIAL STUMBLEUPON)

(REDE SOCIAL LINKED IN)

(REDE SOCIAL INSTAGRAM)

(ALBUM WEB PICASA)

(REDE SOCIAL FOURSQUARE)

(ALBUM NO FLICKR)


(CANAL NO YOUTUBE)

(MINI BLOGUE TWITTER)

(REDE SOCIAL BEHANCE)

(REDE SOCIAL PINTEREST)

(REDE SOCIAL MYSPACE)

(BLOGUE WORDPRESS HISTORIADOR NÃO MARXISTA)

(BLOGUE LIVE JOURNAL LEANDRO CLAUDIR)

(BLOGUE BLOGSPOT CONSTRUINDO PENSAMENTOS HOJE)

 (BLOGUE WORDPRESS O CONSTRUTOR DA HISTÓRIA)

(BLOGUE BLOGSPOT DESCONSTRUINDO O CAPITALISMO) 

 (BLOGUE BLOGSPOT DESCONSTRUINDO O COMUNISMO) 

(BLOGUE BLOGSPOT DESCONSTRUINDO O NAZISMO)

 (BLOGUE WORDPRESS CONSTRUINDO HISTÓRIA HOJE)

(BLOGUE BLOSPOT CONTATO)

 (REDE SOCIAL FACEBOOK CONSTRUINDO HISTÓRIA HOJE)

(REDE SOCIAL FACEBOOK LEANDRO HISTORIADOR)

(REDE SOCIAL GOOGLE + CONSTRUINDO HISTÓRIA HOJE) 

(MARCADOR DICAS DE LEITURA) 

(MARCADOR GERAL) 

(MARCADOR PESSOAL) 

(MARCADOR ARQUEOLOGIA) 

(MARCADOR ÁFRICA)

(MARCADOR ANTIGUIDADE)

(MARCADOR PERSONAGENS DA HISTÓRIA) 

(MARCADOR HISTÓRIA DO BRASIL) 

(MARCADOR FÉ) 

(MARCADOR COMUNISMO) 


O Templo de Karnak


O Templo de Karnak ou Carnaque tem este nome devido a uma aldeia vizinha chamada El-Karnak, mas no tempo dos grandes faraós esta aldeia era conhecida como Ipet-sut ("o melhor de todos os lugares").

Designa o templo principal destinado ao Deus Amon-Rá, como também tudo o que permanece do enorme complexo de santuários e outros edifícios, resultado de mais de dois mil anos de construções e acrescentos. Este complexo abrange uma área de 1,5 x 0,8 km. Existiam várias avenidas que faziam a ligação entre o Templo de Karnak, o Templo de Mut (esposa de Amon) e o Templo de Luxor. Além disso, não muito longe, fica o templo de Montu, sendo que o de Khonsu (um dos templos mais bem conservados do Egito) está dentro do próprio complexo.

Foi iniciado por volta de 2200 a.C. e terminado por volta de 360 a.C. O Templo de Karnak era naquela altura o principal local de culto aos deuses de Tebas, entre os quais: Amon, Mut e Khonsu, atingiu o seu apogeu durante a XVIII dinastia, após a eleição de Tebas para capital do Egito. No maior templo do Egito nenhum pormenor era descurado, e durante a XIX dinastia trabalharam no templo cerca de 80 000 pessoas. O templo esteve submerso nas areias egípcias durante mais de mil anos, antes dos trabalhos de escavação começarem em meados do século XVIII, a enorme tarefa de restauro e conservação continua até aos nossos dias.

Atualmente é um dos locais mais procurados pelos turistas que visitam o Egito e pode ser admirado à noite um espetáculo de luz e som.

Os monumentos de Karnak, à margem direita do Nilo, no Alto Egito, próximo a Luxor, integrando sítio histórico de Tebas, representam o conjunto arquitetônico mais imponente do Egito, embora não poucas de suas construções hajam desaparecido, por efeito da pilhagem secular de que foram vítimas. Vestígios do Médio Império atestam a importância de Karnak já a essa época histórica. Até o fim da civilização egípcia, Karnak se manteve como centro religioso do Império: seu deus (sob a forma solarizada de Amon-Rá) e seus sacerdotes adquirem um poder prodigioso, que chega a ameaçar a própria instituição faraônica.


Templo de Amon-Rá

A construção mais importante do conjunto de Karnak é o grande templo de Amon-Rá, cujo plano, muito complexo, testemunha numerosas vicissitudes da história dos faraós. O grande eixo este-oeste é balizado por uma série de pátios e pilones; medindo 103m de largura por 52m de profundidade, a célebre sala hipostila encerra verdadeira floresta de 134 colossais colunas em forma de enormes papiros. Com 21m de altura e diâmetro de 4 m, essas colunas não dão, apesar de maciças, impressão de peso; os nomes de Seti I e Ramsés II aí se vêem inscritos, repetidos indefinidamente. Numerosos edifícios secundários completam o grande templo de Amon-Rá: capelas de Osíris, templo de Ptah, templo de Opeth etc. A parte S do complexo é chamada Luxor. Os anais de Tutmés III, nas paredes, registram 20 anos de conquistas e arrolam as plantas e animais exóticos que o faraó trouxe da Ásia.

Ramsés II: O Complexo de Abu Simbel


Templo de Ramsés II


O templo foi construído por Ramsés II para comemorar sua vitória na batalha de Kadesh (ca. 1274 aC). É dedicado ao culto de Ramsés próprios (os faraós eram considerados deuses) e as divindades mais importantes do antigo Egito, Amon, Rá e Ptah. Estes três deuses tinham o seu capital e ao longo da história do antigo Egito foram altamente reverenciado. Rá era o chefe do Grupo dos nove de Heliópolis, Amon chefe da Tríade de Tebas e do grande deus Ptah de artesão Mênfis. Ao lado dos três representa Ramsés como o quarto grande deus do Egito. A construção do templo começou em 1284 para aproximadamente. C. e durou cerca de 20 anos, até 1264 a. C.


Ele é um dos seis templos construídos ou escavado na rocha, que foram construídas na Núbia durante o longo reinado de Ramsés II. O objetivo do templo era impressionar os vizinhos ao sul e reforçar a influência da religião egípcia na região. A fachada do templo é de 33 metros de altura por 38 metros de largura e é guardado por quatro estátuas sentadas, cada uma das quais é de cerca de 20 metros de altura, esculpida diretamente na rocha. Todas as estátuas representam Ramsés II, sentado em um trono com a coroa dupla do Alto e Baixo Egito. A estátua do lado esquerdo da entrada foi danificada por um terremoto, dividindo. Com a deslocalização do templo foi discutido sobre a possibilidade de reconstruir ou não, de finalmente se decidir, uma vez que estava indo embora. Você também pode ver muitas estátuas menores ao pé das quatro estátuas principais, representando vários membros da família do rei, sua mãe, sua esposa e alguns de seus descendentes.


O interior do templo tem um layout semelhante à maioria dos templos do antigo Egito, com salas menores com o aproximar do santuário. O primeiro quarto contém oito estátuas de Ramsés elevados a Deus, tomando a forma de Osíris. Estas estátuas estão ligados às colunas. Nas paredes você pode ver impressões com cenas das vitórias egípcios na Líbia, Síria e Núbia. O santuário contém três estátuas de deuses Rá, Ptah, Amon e Ramsés, todos sentados. O templo foi construído em tal direção que os dias 21 de outubro e 21 de fevereiro (61 dias antes e 61 dias após o solstício de inverno, respectivamente) sol penetrou no santuário, localizado na parte de trás do templo, e iluminar o rostos de Amon Rá e Ramsés, deixando apenas o rosto do deus Ptah no crepúsculo, ele era considerado o deus das trevas. Diz-se que estas datas correspondem aos dias do aniversário do rei e sua coroação, embora sem dados comprobatórios. Após o deslocamento do templo, verificou-se que o fenômeno solar ocorre uma diferença de dias a partir de Outubro original 22 e 20 de fevereiro (60 dias antes e 60 dias após o solstício).

Devido à construção da barragem de Assuã para criar Lago Nasser e o conseqüente aumento do nível do Nilo era necessário realocar vários templos, incluindo aqueles que estavam na beira do rio. Uma equipe internacional importante tratado de grandes blocos e remontado em um lugar seguro todo o templo, como um quebra-cabeça gigante. Em 1959, ele iniciou uma campanha internacional de angariação de fundos para salvar os monumentos da Núbia, como alguns deles estavam em perigo de desaparecer sob a água, como resultado da construção da barragem de Assuã. Os países participantes foram recompensados com alguns pequenos templos da Núbia. O salvamento dos templos de Abu Simbel começou em 1964 e custou a soma de US $ 36 milhões. Entre 1964 e 1968, os templos foram desmontados para ser reconstruída em uma área próxima, 65 metros de altura e cerca de 200 metros de distância. No entanto, este projeto, o templo continua a deteriorar-se por causa da erosão causada pelo vazamento das águas do Lago Nasser.


Templo de Nefertari

Enquanto o Grande templo de Abu Simbel é um templo com estatuária excessiva e de tamanho exorbitante, o templo de Nefertari parece ser baseado no templo funerário da rainha Hatshepsut (1520 aC.). O templo é muito simples e construído em dimensões bastante inferiores às do templo de Ramsés.

O pequeno templo de Abu Simbel, localizado 150 metros a norte do templo maior, foi construído em honra à sua esposa preferida, Nefertari, e é dedicado à deusa do amor e da beleza, Hathor. A fachada do templo representa no total seis estátuas, de dez metros cada uma, todas com a perna esquerda mais à frente da direita em posição de marcha. Duas delas são de Nefertari (uma de cada lado da entrada) e cada uma dessas estátuas está ladeada por duas estátuas de Ramsés. A ordem dos colossos da esquerda para a direita é a seguinte:  


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

124 anos de República. E o que temos a comemorar?


Novamente as emissoras de televisão irão fazer as mesmas pesquisas perguntando ao brasileiro comum das grandes cidades se ele sabe o que está se comemorando neste feriado de 15 de novembro. E, mais um ano seguido, teremos milhares de pessoas sem saber o motivo deste feriado. Mas, se antes eu criticava, agora dou total razão a estas pessoas.

Por que temos que lembrar e comemorar esta data? O que tanto temos a festejar no 15 de novembro, feriado em comemoração à “Proclamação da República”?

Acredito que os atuais dias da nossa prematura República não são os mais promissores e muito menos os mais admirados pelos brasileiros. Escândalos de corrupção assolam todos os níveis políticos e todos os três poderes da República brasileira. Novos velhos políticos, que antes andaram pela direita, hoje caminham de braços dados com pseudo-comunistas da disfarçada esquerda. Velhos apoiadores da ditadura militar defendem a irrestrita democracia e total liberdade de expressão, enquanto os perseguidos pelo regime totalitário, que colocaram em risco a própria vida em prol da liberdade individual, de imprensa e política são os primeiros a colocar “a liberdade de expressão como o maior problema do Brasil”. Quanta ironia!

Mas esta “ironia” republicana se arrastou nos seus 124 anos de história. Na escola, com certeza você aprendeu que Marechal Deodoro acordou um belo dia e resolveu “dar liberdade ao povo”, proclamando a República. Mas ninguém lhe contou que o ocorrido não foi uma proclamação e sim um golpe de Estado. Deodoro, era amigo do Imperador, tanto que nem teve a coragem de entregar-lhe a carta de deposição, e confessou anos mais tarde que ter instalado o sistema republicano foi um grande erro. Mas o erro de Deodoro foi repetido por diversas vezes.

Se perguntarem qual a característica mais marcante desses anos de República, poderíamos responder acertadamente que foi o período com maior número de golpes e contragolpes da história do país. Nunca tantos Presidentes foram depostos por grupos políticos que não concordavam com sua linha de atuação. A marca de nossa história republicana foi a instabilidade, tanto política, quanto econômica. Começou com Deodoro, passou por Getúlio em 1930, outro golpe dele próprio em 1938 quando instaurou o Estado Novo, a sua deposição em 1945 e, por fim, o golpe militar em 1964 do qual ficamos 20 anos sob um regime ditatorial militar.

Aliás, está aí mais um ponto que aprendemos na escola: a de que a República implantada em 1889 nos trouxe liberdade e democracia. Pois, vale então recorrer à história novamente. Durante os quase 50 anos em que D. Pedro II esteve no poder, nenhum jornal foi censurado, nenhum jornalista foi preso ou torturado por escrever contra o governo e contra o Imperador. Ao assumir, uma das primeiras medidas de Deodoro foi estabelecer um órgão de censura aos veículos de comunicação, exercendo uma repressão ferrenha aos jornais e jornalistas que fossem contrários às medidas do governo. Floriano Peixoto, nosso 2º presidente utilizou de práticas nada ortodoxas para “colocar na linha” os opositores de sua forma de governar.

Esta repressão e censura seguiu por toda a história. Getúlio, que subiu no poder “nos braços do povo”, como gostava de dizer, foi o primeiro a decretar uma ditadura no país, fechar jornais, rádios, prender escritores, jornalistas, políticos e extirpar os partidos de oposição. E tudo se repetiu alguns anos mais tarde com o regime militar, onde sofremos o mais duro golpe à liberdade individual e ao direito de expressão. Foram os famosos “anos de chumbo”. O que mais me espanta é ver alguns dos maiores opositores da ditadura militar defendendo a criação de órgãos que regulamentam o trabalho da imprensa e colocando a liberdade de expressão como “problema” do Brasil. O que essas pessoas aprenderam com o passado? O que elas têm tanto a temer?

Realmente, quando olho para trás e vejo tudo o que foi feito nesses 124 anos, desde aquele 15 de novembro, quando Deodoro resolveu derrubar a Monarquia e mudar o regime do país, sou obrigado a refletir quanto tempo perdemos com a mesquinharia de governantes que estavam mais preocupados com a manutenção do seu poder político do que com os interesses do país.

Quantas oportunidades perdemos de nos transformar em um país de primeiro mundo, respeitado verdadeiramente no exterior, com uma população bem assistida pelo Estado, minimamente instruída e capaz de fazer esta mesma reflexão? Mas, o que mais me preocupa é pensar no futuro e questionar quantos anos e oportunidades teremos que perder para repensarmos o caminho que estamos trilhando.

Para efeito de comparação, há alguns outros números interessantes. Se considerarmos o valor per-capita, ou seja, quanto cada cidadão deveria pagar para manter o “luxo” de seus governantes, teremos os britânicos gastando cerca de US$ 1,21, enquanto os brasileiros dispondo nada menos de US$ 1,65. Vale ressaltar que o Reino Unido é composto por 60,6 milhões de pessoas e o Brasil por mais de 184 milhões, ou seja, três vezes mais contribuintes.

Aonde está o luxo que muita gente enxerga nos sistemas monárquicos? Onde está aquele rei que esbanja o dinheiro do povo, sem compromisso algum com as contas públicas? Com certeza está no sistema republicano presidencialista do Brasil.