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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ptolomeu I Sóter, Látero


Arte egipcia, Ptolomeu I Sóter. Imagem: UFCG.

Como General macedônico do exército de Alexandre que ficou com a parte egípcia do império macedônico, depois da morte (305 a. C.) do filho do general Alexandre IV, que governava o Egito a 12 anos (317-305 a. C.). Assumindo o governo (305 a. C) nomeou-se faraó e declarou a independência egípcia.

Isto consolidou o desmantelamento do império de Alexandre, o maior do mundo até então. Rei egípcio que governou entre os anos 305 e 285 a. C., ocupando o território que lhe foi cedido por Alexandre da Macedónia, quando o acompanhou na expedição que empreendeu à Ásia.A conquista de Jerusalém é por si obtida no ano de 320 a. C., ocupando de igual modo a Fenícia e a Celesíria, que serão tomadas posteriormente por Antígono, voltando a ser reconquistadas em 312 a. C.No ano de 306 a. C. sofre uma derrota no mar de Chipre frente a Antígono e a seu filho Demétrio. O facto de ter obrigado este último a levantar o cerco que mantinha à cidade de Rodes valeu-lhe o título de sóter, o salvador.

Com a morte de Antígono no ano de 301 a. C., perde para o rei sírio Seleuco os territórios da Celesíria e da Fenícia.
Dois anos antes da sua morte, abdica do trono em favor do seu descendente e filho Ptolomeu II Filadelfo.

A obra cultural do período de Ptolomeu I fica marcada pela criação do museu e da biblioteca de Alexandria e pela presença de um número significativo de sábios e letrados na sua corte. Escreveu igualmente uma história sobre as guerras de Alexandre.

Ptolomeu, trouxe um novo período de florescimento para o país do Nilo. Sóter, que em grego quer dizer salvador, tornou-se, então, fundador da grande Dinastia dos Lágidas que governou o Egito por quase 300 anos (323-30 a. C.). Educado na corte e amigo íntimo do príncipe Alexandre, foi exilado (337 a. C), com outros amigos do príncipe, mas retornou após a coroação de Alexandre (336 a. C) e tornou-se seu guarda-costas. Mais tarde, participou de campanhas na Europa, Índia, Afeganistão e Egito, nas quais se mostrou comandante cauteloso e confiável, muitas vezes condecorado.

 O Farol de Alexandria, cuja construção começou em 297 aC. Imagem: Grécia Antiga.

 Após a morte de Alexandre (323 a. C), certo de que não seria possível manter a unidade do império, propôs que as satrapias (províncias do império) fossem divididas entre os generais. Tornou-se, então, sátrapa do Egito e de territórios libios e árabes, e nos anos seguintes estendeu seu domínio ao Chipre, Síria e regiões costeiras da Anatólia.

Consolidou e expandiu seus domínios por meio de guerras e, sobretudo, de hábeis negociações, alianças e casamentos. Manteve cordiais relações políticas com a Grécia e conquistou ao mesmo tempo a simpatia dos egípcios com medidas como a fusão de religiões da Grécia e do Egito e a restauração dos templos dos faraós, destruídos pelos persas. Fundador da Academia de Alexandria (313 a. C), Museu e Biblioteca (290 a. C.), para a qual convidou um grupo de sábios notáveis para integrar seu corpo de mestres, tornando esta cidade

Lanceiros Negros da Revolução Farroupilha.



Lanceiro Negro. Imagem: Jornal Negritude.

Lanceiros Negros é o nome dado a dois corpos de lanceiros constituídos, basicamente, de negros livres ou de libertos pela República Rio-Grandense que lutaram na Revolução Farroupilha. Possuíam 8 companhias de 51 homens cada, totalizando 426 lanceiros .

Tornou-se célebre o 1.º Corpo de Lanceiros Negros organizado e instruído, inicialmente, pelo Coronel Joaquim Pedro, antigo capitão do Exército Imperial, que participara da Guerra Peninsular e se destacara nas guerras platinas. Ajudou, nesta tarefa, o Major Joaquim Teixeira Nunes, veterano e com ação destacada na Guerra Cisplatina. Este bravo, à frente deste Corpo de Lanceiros Negros, libertos, prestaria relevantes serviços militares à República Rio-Grandense.

O 1.º Corpo de Lanceiros Negros, ao comando do tenente-coronel Joaquim Pedro Soares e subcomandado pelo então major Teixeira Nunes, teve atuação importante na Batalha do Seival, em 11 de setembro de 1836, em reforço à Brigada Liberal de Antônio de Sousa Netto que surgiu por transformação do Corpo da Guarda Nacional de Piratini integrado por 2 esquadrões com 4 companhias, recrutados em Piratini e em seus distritos Canguçu, Cerrito e Bagé até o Pirai .

" As tropas para o combate de Seival foram dispostas por Joaquim Pedro, na qualidade de imediato e assessor militar de Antônio Netto. Deixou um esquadrão em reserva que foi empregado em momento oportuno, decidindo a sorte da luta."

Segundo Docca, coube a este bravo e a Manuel Lucas de Oliveira convencerem Antônio Neto da proclamação da República Rio-Grandense, bem como "a grande satisfação de ler, a 11, no campo do Menezes, à frente da garbosa tropa por ele instruída, a Proclamação da República Rio-Grandense."

O Corpo de Lanceiros Negros era integrado por negros livres ou libertados pela Revolução e, após, pela República, com a condição de lutarem como soldados pela causa..

O 1.º Corpo foi recrutado, principalmente, entre os negros campeiros, domadores e tropeiros das charqueadas de Pelotas e do então município de Piratini (atuais Canguçu, Piratini, Pedro Osório, Pinheiro Machado, Herval, Bagé, até o Pirai e parte de Arroio Grande).

Excelentes combatentes de Cavalaria, entregavam-se ao combate com grande denodo, por saberem, como verdadeiros filhos da liberdade, que esta, para si, seus irmãos de cor e libertadores, estaria em jogo em cada combate. Manejam como grande habilidade suas armas prediletas - as lanças. Estas, por eles usadas mais longas do que o comum. Combinada esta característica, com instrução para o combate e disposição para a luta, foram usados como tropas de choque, uso hoje reservado às formações de blindados. Por tudo isto infundiram grande terror aos adversários. Eram armados também com adaga ou facão e, em certos casos, algumas armas de fogo em determinadas ocasiões.

Como lanceiros não utilizavam escudos de proteção, mas sim seus grosseiros ponchos de lã - bicharás, que serviram-lhes de cama, cobertor e proteção do frio e da chuva. Quando em combate a cavalo, enrolado no braço esquerdo, o poncho (bichará) servia-lhes para amortecer ou desviar um golpe de lança ou espada. No corpo a corpo desmontado, servia para aparar ou desviar um golpe de adaga ou espada em cuja esgrima eram habilíssimos, em decorrência da prática continuada do jogo do talho, nome dado pelo gaúcho à esgrima simulada com faca, adaga ou facão.

Alguns poucos eram hábeis no uso das boleadeiras como arma de guerra, principalmente para abater o inimigo longe do alcance de sua lança, quer em fuga, quer manobrando para obter melhor posição tática.

Eram rústicos e disciplinados. Faziam a guerra à base de recursos locais, Comiam se houvesse alimento e dormiam em qualquer local, tendo como teto o firmamento do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A maioria montava a cavalo quase que em pêlo, a moda charrua. Vale também lembrar que os LANCEIROS NEGROS exerciam uma função de tropa de choque no exército farroupilha, pelo simples fato de manejar com eximia destreza a lança que é uma arma essencial para este tipo de combate.

A Surpresa dos Porongos, ocorreu na localidade de Porongos, hoje parte do município de Pinheiro Machado. Em 14 de novembro de 1844, os Lanceiros Negros de Teixeira Nunes salvaram o desfecho da Revolução Farroupilha de um desastre total. Pelo modo como combateram, salvaram Canabarro e grande parte das tropas e tornaram possível a negociação de uma paz honrosa como e foi a de paz de Ponche Verde, e a liberdade para todos os negros e mulatos que lutaram pela República Rio Grandense. Ao final do combate o campo de batalha dos Porongos ficou juncado com 100 mortos farroupilhas.

Segundo descrição do historiador Canabarro Reichardt: Dentre eles 80 eram bravos Lanceiros negros de Teixeira Nunes. Com a surpresa em Porongos, os farrapos, passados os primeiros momentos de estupor, recobram ânimo e se dispõem a morrer lutando. Teixeira, o Bravo dos bravos, cujo denodo assombrou um dia o próprio Garibaldi, reuniu os seus lanceiros negros. O 4º Regimento de Linha farrapo e alguns esquadrões

sábado, 8 de setembro de 2012

Julgamento da História. Juan Domingo Perón, herói ou vilão?



Juan Domingo Perón. Imagem: Enciclopédia Delta Larousse.

Juan Domingo Perón nasceu na cidade de Lobos em 8 de outubro de 1895, faleceu na Capital da Argentina, Buenos Aires em 1° de julho de 1974, foi um militar e político argentino. Foi presidente de seu país de 1946 a 1955 e de 1973 a 1974. Filho de Mario Tomás Perón, pequeno fazendeiro e Juana Sosa, e neto de um dos médicos mais famosos do seu tempo, Professor Thomas L. Peron, Juan Domingo Perón provém de família parte sarda, parte espanhola. Sua infância e juventude viveu nos pampas de Buenos Aires e as planícies do sul da Patagônia Argentina, onde seus pais se mudaram em 1899 para encontrar trabalho. Perón quis ser um médico como seu avô, mas, finalmente, em 1911, ingressou no Colégio Militar Nacional, localizado perto da cidade de Buenos Aires, graduando-se com a patente de segundo tenente da arma de infantaria em 1913.

Como um jovem oficial que ocupou várias atribuições militar no país, quando se levantou em sua carreira. Dada a patente de Capitão escreveu artigos sobre "Militar Moral" Higiene "Militar", "Campanha de Alto Peru", "A Frente Leste da Segunda Guerra Mundial de 1914. Estudos Estratégicos", que foram adotados como livros didáticos nas escolas do Exército. Em 1929 casou-se com Aurelia Tizon na Igreja de Nossa Senhora de Luján militar, mas sua esposa morreu jovem, em setembro de 1938, sem filhos. Em 1930 ele era um membro do pessoal do Exército e Professor de "História Militar" na Escola Superior de Guerra. Ele continuou a publicar textos militares e escreveu um estudo sobre a língua dos índios araucano originários da região da Patagônia em "Etimologia da Patagônia Toponímia Araucana" (1935). Em 1936, com patente de major do Exército, foi nomeado adido militar na Embaixada da Argentina na República do Chile e no mesmo ano subiu para o posto de tenente-coronel. Em 1937 ele publicou o estudo "pensamento estratégico e operacional da idéia de St. Martin na campanha da Cordilheira dos Andes." Em 1939 ele se juntou a Missão de estudo no estrangeiro de que o Exército argentino enviou para a Europa, com sede em Itália. Ele se especializou em Mountain Infantaria (montanhismo e esquismo) de volta em 1940 logo após a turnê Espanha, Alemanha, Hungria, França, Iugoslávia e Albânia. Ele foi designado para o Centro de Treinamento Mountain (Mendoza) e em 1941 subiu para a patente de Coronel. Desde 1943, a vida militar começaram a convergir sobre a vida política ele estava indo para absorver totalmente até sua morte.

 Juan Domgo Perón em 1943. Imagem: Latin American History.

Em 1943, uma conspiração militar derrubou o governo civil da Argentina. O regime militar que tomou o poder nos três anos seguintes foi fortemente influenciado por Perón que prudentemente procurou uma posição secundária como Secretário do Trabalho e Segurança Social. Em 1945, Perón tornou-se vice-presidente e Ministro da Defesa. Aos poucos, ganhou respeito e notoriedade, aumentando a dua popularidade e autoridade no exército, especialmente pelo apoio que recebeu de trabalhadores precários chamados "descamisados".

No dia 9 de outubro de 1945, Perón foi destituído do seu cargo por um golpe civil e militar que o pôs na cadeia, provocando uma crise no governo. Eva Duarte e líderes sindicalistas reuniram os trabalhadores da grande Buenos Aires e exigiram a sua libertação. Diante da enorme multidão, os militares não tiveram outra opção senão libertar Perón no dia 17 de outubro do mesmo ano. Neste dia, Perón discursou para 300.000 pessoas e as suas palavras foram retransmitidas pelo rádio para todo o país. No seu discurso prometeu ao povo argentino a realização de eleições que estavam pendentes e construir uma nação forte e justa. Dias depois, casou-se com Evita (como era popularmente chamada Eva Duarte), que o ajudou a dirigir o país nos anos que se seguiram.

Após uma campanha violenta e repressiva, a candidatura formada por Perón e Quijano ganhou as eleições de 1946 com 52,4% dos votos. Com a posse da presidência, Péron aplicou o seu plano económico chamado "nação em armas", sendo que o país deveria estar preparado para a guerra no limite da sua capacidade. Consequentemente,

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Julgamento da História. Alessandro Pavolini, herói ou vilão?



Alessandro Pavolini, em 1938. Imagem: Metapedia.

Alessandro Pavolini (27 Setembro 1903, 28 Abril 1945) foi um político italiano, jornalista e ensaísta, conhecido principalmente pela sua relação com o regime Fascista durante a Segunda Guerra Mundial.  Nascido em Florença, Pavolini era filho de Paolo Emilio Pavolini, grande especialista em Sanscrito e outras línguas indo-europeias. Estudante brilhante, formou-se ao mesmo tempo em Direito pela Universidade de Florença e em Ciências Políticas na Univerisade de Roma La Sapienza, viajando constantemente entre as duas cidades.

Depois de se juntar ao movimento de Benito Mussolini em Florença, tomou parte em diversas ações dos Camisas-Negras, dirigindo uma esquadra durante a Marcha sobre Roma de 1922, o momento em que o Fascismo tomou o poder em Itália. A Pavolini foram confiadas tarefas no Campo Cultural, incluindo programas para a juventude lançados pelos fascistas, enquanto contribuia para várias públicações fascistas como Battaglie fasciste, Rivoluzione fascista e Critica fascista. 

 Pavolini aos 21 anos. Imagem: Isses.

Graças à sua amizade com o líder fascista de Florença, Luigi Ridolfi, iniciou uma carreira política como deputado de Ridolfi em 1927. De 1929 a 1934 foi líder local do Partido Nacional Fascista (PNF) em Florença, assim como editor da publicação fascista Bargello, para onde convidou vários intelectuais a contribuir.

Pavolini pretendia que o Fascismo fosse um regime cultural e aristocrático, tendo por isso iniciado uma série de eventos culturais que sobreviveram à queda do regime e à sua morte, incluindo a representação anual do tradicional Calcio Fiorentino (uma espécie de futebol da era renascentista), o Maggio Musicale Fiorentino e a Feira de Artesanato de Ponte Vecchio. Entre 1934 e 1942 foi colaborador regular

Julgamento da História. Georgios Papadopoulos, herói ou vilão?



Coronel Georgios Papadopoulos em discurso ao povo grego. Imagem: RWF.

O coronel Georgios Papadopoulos, foi o chefe militar do golpe de Estado ocorreu na Grécia em 21 de Abril de 1967 e líder do governo militar que governou o país de 1967 a 1974. Papadopoulos era um coronel de Artilharia . Durante a Segunda Guerra Mundial, inicialmente lutou contra a invasão italiana em 1940 ele tornou-se foi forçado a colaborar com os nazista nos Batalhões de Segurança em troca de parcial independência da Grécia, e nos anos do pós-guerra, ele recebeu treinamento da inteligência nos Estados Unidos e se tornou um agente da CIA. Ele deteve o poder ditatorial na Grécia de 1967-1973, até que ele próprio foi derrubado por seu co-conspirador Ioannidis Dimitrios . Papadopoulos foi o foi o primeiro agente da CIA a governar um país europeu.

Papadopoulos nasceu em Elaiohori em 5 de maio de 1919 , numa pequena aldeia da provincia de Acaia no Peloponeso, filho de um professor, Christos Papadopoulos e sua esposa Chrysoula. Ele era o filho mais velho e tinha dois irmãos, Konstantinos e Haralambos. Ao terminar o Ensino Médio em 1937, ele se matriculou na Evelpidon Scholi. Ele completou o seu ciclo de três anos, em 1940. Papadopoulos, participou de um curso de engenharia civil na Escola Polytechneion mas não chegou a se formar.

Durante a Segunda Guerra Mundial . Papadopoulos participou da ação de campo como segundo tenente da artilharia contra os italianos e as forças da Alemanha nazista , que atacaram a Grécia em 6 de abril de 1941. Durante a subsequente ocupação da Grécia pela Alemanha nazista , Itália e Bulgária, Papadopoulos trabalhou para o "Oficia de Abastecimento em Patras” do governo grego.

O "Escritório Abastecimento em Patras" foi criado sob o comando do coronel Kourkoulakos, um oficial que era responsável pela formação dos " Batalhões de Segurança ", em Patras. Esses batalhões foram forçados sob coerção a colaborar com as unidades militares, criadas pelo governo fantoche da Grécia de Ioannis Rallis em 1943, a fim de apoiar as tropas alemãs de ocupação. Eles foram apoiados por alguns políticos centristas que estavam preocupados com o domínio da ELAS (o braço militar do comunista dominado Nacional Frente de Libertação da EAM) como o corpo principal da resistência grega. Entre os membros dos Batalhões de Segurança haviam  ex-militares e oficiais, soldados recrutados violentamente, fanáticos e párias sociais, bem como oportunistas comuns que acreditavam que o Eixo iria ganhar a guerra.

No início de 1944, Papadopoulos deixou a Grécia com a ajuda de agentes de inteligência britânica e foi para o Egito, onde o governo grego no exílio foi baseado, recebeu a patente de tenente. Junto com outros de oficiais da direita e militares, ele participou da criação e da organização nacionalista de extrema-direita IDEA, no outono de 1944, logo após a libertação do país. Esses oficiais 1940 que foram para o Egito com o rei imediatamente após a invasão alemã tinham atingido o posto de general, quando seus colegas ainda-coronel assumiu o golpe de Estado de 1967.

A Phoenix e a silhueta do soldado que carrega um rifle eram o emblema da Junta.

Em 1946, ele recebeu a patente de capitão e, em 1949, durante a guerra civil grega , ele subiu para o posto de Major. Ele serviu no KYP Serviço de Inteligência 1959-1964 como o principal contato entre o KYP e o topo CIA que operava na

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Julgamento da História. Ioannis Metaxas, herói ou vilão?



Ioannis Metaxas, primeiro ministro da Grécia. Foto de 1936. Imagem: Project Metaxas.

Ioannis Metaxas foi primeiro ministro da Grécia , de 1936 até sua morte, em 1941. Ele governou constitucionalmente pelos quatro primeiros meses de seu mandato, e, posteriormente, por estado de emergência no comando do Regime de 4 de agosto. Nascido em Ithaca, em abril de 1871, faleceu em 29 de janeiro de 1941. Metaxas era um militar de carreira, primeiro atuou na Guerra Greco-Turca de 1897 . Após estudou no Império Alemão , voltou como General e fez parte do processo de modernização do exército grego antes da Guerra dos Balcãs (1912-1913), no qual ele participou ativamente. Ele foi apontado como chefe do Estado-Maior grego em 1913 e foi promovido a tenente-general em 1916. Ele preparou os planos de ataque militar e conduziu a diplomacia nas Primeira e Segunda Guerras dos Balcãs que levaram à anexação do que hoje constitui as províncias do norte da Grécia de Épiro, Macedônia e Trácia.

Ioannis Metaxas com Jorge II da Grécia e Papagos Alexandros durante uma reunião do Conselho de Guerra anglo-grego.

Um monarquista convicto, ele apoiou Constantino I em oposição a entrada grega na a I Guerra Mundial . Eleftherios Venizelos , o primeiro-ministro , renunciou diante da recusa de Metaxas para ajudar os Aliados na "mal sucedida campanha de Dardanelos e usou a guerra como o principal assunto nas eleições. Quando Venizelos ganhou as eleições em maio 1915 , mobilizou o exército para ajudar a Sérvia , mas foi demitido pelo rei. Esta demissão solidificou a brecha entre monarquistas e Venizelists, criando o "Cisma Nacional "que infestou a política grega durante décadas. Em agosto de 1916, os oficiais Venizelist lançaram uma revolta na cidades do norte da Grécia em Salónica , que resultou no estabelecimento de um "um governo de Defesa Nacional dividido", sob Venizelos. O novo governo, com o apoio dos Aliados, ampliou seu controle sobre a metade do país, e entrou na guerra ao lado dos Aliados. Em junho de 1917, com o apoio dos Aliados, o rei Constantino foi deposto e Venizelos chegou ao poder, declarando guerra em nome de todo o país em 29 de Junho de 1917. 

 Bandeira da Ethniki Orgánosis Neoléas, EON. Imagem: Project Metaxas.

Metaxas seguiu o rei Constantino I para o exílio na Córsega , somente retornando em 1920 com a derrota eleitoral de Eleftherios Venizelos. Metaxas foi um dos poucos que publicamente continuou contra a campanha na Ásia Menor , citando considerações militares, e se recusou a assumir qualquer cargo militar na guerra. Após a derrota das forças gregas na Ásia Menor, o rei Constantino foi novamente forçado ao exílio por uma revolução liderada pelo coronel Nikolaos Plastiras . Metaxas voltou-se para a política e fundou o Partido Freethinkers" em 12 de outubro de 1922. No entanto, sua associação com o fracassado do golpe