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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Normose


Esse trabalho encontra-se no blogue de minha amiga Smareis, Refletindo com Smareis.

Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se "normaliza" acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento. A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado.
Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.

A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?

Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.

Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

Autora: Martha Medeiros
Imagens: Internet

Você quer saber mais?

http://caminhostropecosevitoria.blogspot.com/2011/07/normose.html#ixzz1Tpo3L9R2

http://caminhostropecosevitoria.blogspot.com/2011/08/lista.html

http://caminhostropecosevitoria.blogspot.com/2011/08/jogo-minha-rede.html

http://caminhostropecosevitoria.blogspot.com/2011/07/tomara.html

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Burguesia, Burguesia...Gaúcha!

Assim como ocorria com os trabalhadores que no inicio da revolução industrial morriam sob suas máquinas satisfeitos, lembrando que outrora eram escravos, assim está acontecendo nos dias de hoje, com o medo do desemprego, aceitamos condições sub-humanas de trabalho, onde somos usados de todas as maneiras, em função do bem dos acionistas e donos de consultorias de fachada, quando na verdade, deveriam se chamar companhias escravagistas S.A.

Autor: Leandro CHH

Abordando o desenvolvimento da burguesia gaúcha ao longo da República Velha temos por premissa o fato que o país não reproduz, ao industrializar-se, os padrões europeus, o empresariado que decorre desse processo é o agente de uma nova ordem, mas não o seu introdutor; não cabe a ele o nascer do capitalismo no Brasil. Porque a mesma já nasce subordinada a um contexto agrário predominante.

À herança colonial/escravista e à dependência do capital estrangeiro, a burguesia somaria mais um condicionante no seu processo formativo: a ambivalência da mescla de uma tradição senhorial, dos longos anos de predomínio da ordem agrária na sociedade.


Por meio da afirmação classista procuram sua identidade por meio da dominação do capital sobre o trabalho e da viabilização dos interesses do empresariado no interior da sociedade civil. Definindo os pontos de vista e interesses específicos do setor e da sua organização classista. A burguesia industrial busca firmar-se em um contexto agropastoril dentro do qual se desenvolve um setor industrial.


Máquina à vapor.

No Rio Grande do Sul as primeiras fábricas ligadas ao meio de acumulação de capital comercial na área do chamado complexo colonial imigrante. A liderança empresarial, com origens sociais marcadas pela influência imigrante e do capital mercantil, constitui-se basicamente de grupos familiares ligados pelo casamento.


Em relação aos aspectos sociais e políticos buscavam a dominação do capital sobre o trabalho, obtendo o domínio e disciplina do operário na empresa e expropriando o trabalhador do seu “saber” particular.


Quando o Rio Grande do Sul começou a industrializar-se a Europa já exportava máquinas para a América Latina. Este processo de mecanização altera a planta industrial obrigando a criação de métodos de fiscalização do trabalho, a imposição de normas reguladoras das tarefas fabris e o treinamento dos operários para a nova situação.


A maquinaria além de aumentar a produtividade destitui o trabalhador de seu controle sobre o próprio trabalho. Com a mecanização aplicasse técnicas como o taylorismo que difundia-se entre a burguesia gaúcha, que visa racionalizar a produção, aumentar a produtividade, economizar tempo, suprimindo gastos desnecessários e comportamentos supérfluos, aperfeiçoar a divisão social do trabalho e o controle do tempo do trabalhador pela classe dominante.


Mesmo diante dessa pratica desumana os burgueses procuravam fazer propaganda positiva sobre o trabalhador do novo modelo criando no proletariado um “relógio moral interno” que orientaria seu comportamento pelos padrões fabris.


Mas isso não significou que no Rio Grande do Sul o trabalhador abandonou de imediato suas características artesanais, as quais permaneceram por muito tempo antes de progressivamente irem se combinando com o uso das máquinas.


Máquina de costura Wheeler & Wilson.

O pensamento fordista veio completa o taylorista no Rio Grande do Sul com as idéias de que os operários devem ser os seus melhores consumidores.


Periódicos do inicio do século XX divulgam os interesses empresariais, mostrando as fábricas como modernas e higiênicas e o trabalho era harmônico e cordial e os operários referidos como sadios e ordeiros, mas não era o retrato completo da verdade.


Surge a necessidade de pessoal técnico para operar e montar as máquinas que cada vez mais estão atuantes na industria gaúcha. Desencadeando o processo qualificação/desqualificação do operariado. A lógica técnica faz com que ocorra uma divisão entre o trabalho manual e o intelectual, acentuando o controle hierárquico do processo de trabalho.


A industria busca no exterior mão de obra qualificada para os novos maquinários. Esta categoria de empregados atuava como um representante da do chefe da fábrica, investido de uma parcela de autoridade enquanto o operário só executava e produzia mercadorias. Em suma o trabalhador era despojado de seu saber técnico característico do ofício artesanal, fase ao enquadramento ás novas condições. Tornando sua mão de obra mais barata e considerada desqualificada e isso também permitiu a inserção da mão de obra de crianças e mulheres.


O empresariado tenta passar uma visão de ordem reinante nas fábricas, mas o processo de industrialização gaúcho é repleto de greves, tumultos, reivindicações operárias, contradizendo a aparência de tranqüilidade na fábrica.


O discurso nos jornais burgueses sobre as fabricas diverge muito dos boletins divulgados pelos operários onde é descrito um ambiente desumano de vigilância, repressão, salários baixos, acidentes de trabalho e longas horas de trabalho.


Os empresários procuram então um meio de projetar a industria para a vida do operário, reorganizando as estruturas e as relações reais entre os homens e o mundo econômico ou da produção. Buscando estender a ação burguesa além dos muros das fábricas, mascarando ideologicamente a coerção econômica, fazendo com que a empresa e o empregador assumam um papel de conotação paternalista na medida em que as atividades ligadas á educação, assistência social, habitação e lazer são mediadas pela figura do “bom patrão” que como pai, decide, orienta e ampara seus subordinados, regulando as relações capital-trabalho.


Moedor de carne usado na segunda metade do século XIX.

Trata-se, de estender a dominação na vida operária, subtraindo-a às influências do mundo “de fora” da fábrica. Surge a preocupação em manter o operário sob a influência de seus camaradas de fábrica e de educá-los segundo os interesses da fábrica para evitar que sua agitação venha atrapalhar ou modificar a ordem social, o mais seguro era educá-lo e moralizá-los por intermédio da escola, particularmente a profissionalizante. A escola revela-se um importante instrumento de socialização, treinamento e CONTROLE da força de trabalho.


Outra pratica para estabelecer o domínio do capital sobre o trabalho foi a das práticas de assistência social, efetivadas pela empresa, envolvendo a criação de sociedades beneficentes, seguros contra acidentes, caixas de socorros, assistência médica, creches, casas para alugar ou comprar diretamente com o empregador dentre outros “benefícios”. Vale lembrar que eram iniciativas individuais da industria e de cada empresário em sua fábrica e não estava vinculadas a nenhuma legislação trabalhista na época. É necessário, contudo verificar que nada era absolutamente gratuito, ou seja sempre havia retenção de parcela do ordenado do trabalhador para alguns ou todos os benefícios.


Deste modo a burguesia industrial criou no emprego o “seguro” para o empregado e a sua garantia de domínio sobre o mesmo. Porque perde o emprego significava perder a habitação, assim como todos os outros benefícios sociais.


Com o propósito de manter o funcionário ligado a empresa a nova elite burguesa vinda da industrialização, procurava fortificar os laços que unem seus funcionários e a empresa por meio do auxilio aos funcionários, para que os mesmo tenham conforto material e da assistência espiritual e cultural, abdicando mesmo que inconscientemente de maiores realizações pessoais e profissionais.

Você quer saber?

PESAVENTO, Sandra Jatahy. A Burguesia Gaúcha. Porto Alegre: Ed. Mercado Aberto, 1988.

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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Os Riscos da Liberdade e a Compulsão ao Trabalho.

É inaceitável que homens "civilizados", façam atrocidades como essa com seus semelhantes.

Autor: Leandro CHH

Na escravidão a compulsão ao trabalho acontece por meio da coerção física e da vigilância. Sendo um processo brutal de dominação por meio da violência para conseguir a sujeição do trabalhador direto.

Já o capitalismo impele o individuo ao trabalho por meio da coerção econômica, pois é um mercado que possui pessoas que não tem nada além de sua própria mão de obra para vender e garantir sua sobrevivência.

Para mover o mercado da escravidão para o capitalismo foi preciso difundir ideologias novas de ética de valorização do trabalho e condenação da vagabundagem. O trabalhador livre surge no Brasil por meio tanto da coerção violenta como da transformação cultural e do uso de mecanismos de controle social da classe trabalhadora típicos de uma sociedade capitalista.
Mas quais eram esses mecanismo?

Podemos citar as praticas coercitivas puras, como a prisão, os castigos ou a condenação à morte se obtinha o controle, mas sem desses meios vivia os mecanismo capitalista de formação das massas trabalhadoras. Havia também a religiosidade como veículo ideológico da acomodação e ajuste dos indivíduos às posições que ocupam na sociedade. Outra forma de coerção, mais ou menos explicita impostas pela elite eram os códigos de posturas municipais prevendo em suas legislações preservar, fiscalizar e reter a mão-de-obra servil que progressivamente ia se libertando da escravidão.

Com todo o respeito as demais correntes de pensamento, que afirmam: "que os senhores de escravos eram homens de seu tempo", mas acredito que tratavasse de carrascos de seu tempo.

A principio as cidades iam tornando os escravos em artesãos que até então era a força bruta. Esses centros urbanos transformaram-se em espaços preferenciais da regulamentação ao longo prazo de todo o processo de formação do mercado de trabalho livre.

As elites formadoras do modelo capitalistas procuraram sempre relacionar o escravo fugitivo com a figura do vagabundo e do homem que abandonava sua razão de ser: o trabalho. Deixando bem claro que a ociosidade era algo condenável. Tornando desclassificado o trabalho ocasional e irregular, o biscate, o crime e o vício ao trabalho disciplinado. Procurando sempre associar o escravo fugitivo a prática do roubo para sobreviver inculcando na população o mecanismo de controle social sobre os escravos fugidos, incentivando a delação, punindo os coniventes e gratificando os delatores.

Essa imagem me traz uma pergunta. Até aonde o homem "moderno" pode ir em nome do "progresso"?

A necessidade da ordem instituída, uma vez que nos centros urbanos se concentravam, como se viu, negros de ganho ou de aluguel, negros forros e escravos domésticos, no meio dos quais poderia se diluir ou passar despercebido aquele que se evadisse.

O comércio ambulante era uma tarefa por excelência os escravos, em suma o comércio ambulante foi um ponto importante de regulamentação do trabalho. Pois o comércio varejista, que se considerava prejudicado pela concorrência dos mascates pedia para que os mesmos fossem tributados.

Em suma era preciso coibir a preguiça e os meios “fáceis” de ganhar a vida, compelindo ao trabalho, de preferência regular e produtivo, honrado e dignificado pela nova ética. Devendo haver um controle do trabalho e dos de todos os aspectos da vida os escravos libertos. Um dos meios utilizados para controlar o trabalhador era submetê-lo a um registro, quantificando e identificando o seu local de atividade.

A elite dominante ensaiava novas formas de dominação sobre os subalternos, mas o alvo da disciplina era a mão-de-obra nacional livre e liberta e não a imigrante considerada superior e adequada as novas condições do trabalho dentro do sistema capitalista.

Aos poucos, achava-se em construção uma nova ética, que opunha o mundo do trabalho, sede da sociedade civil organizada, da ordem, da tranquilidade e do progresso, ao mundo da ociosidade, do crime, do vício e da marginalidade, que era preciso controlar. Tornando o domino do escravo-mercadoria em domínio contratual de trabalho.
Os homens libertos sempre eram relacionados ao vício e ao crime, como herdeiro das práticas associadas à condição servil. Uma curiosa inversão, aqueles que eram vistos como força de trabalho passaram a ser vistos como vagabundos.

No Rio Grande do Sul havia relatos da relação entre abolição e a perturbação da tranquilidade pública desde 1888 em relatório Provincial. Havia a necessidade de saber o que fazer como os libertos. Além de fiscalizar e regulamentar o seu acesso ao mercado de trabalho a elite resolveu procurar na colonização estrangeira uma solução para a falta do trabalho escravo ao invés de cuidar de sua prole legitima.

Propondo a criação de colônias agrícolas, com a concessão de terra aos egressos da escravidão e aos imigrantes, mas havia um porém a Lei de Locação de Serviços de 1879, que se referia à parcerias agrícolas e pecuária tinha como destinatários os imigrantes. Era a eles que se buscava atingir, procurando atraí-los com garantias e proteção legal. Quanto aos libertos, a referida lei só seria aplicável a eles após cinco anos de tutela governamental. A elite acreditava que era preciso facilitar meios honestos de trabalho, sob pena de os vermos amanhã no exercício da pilhagem para se sustentarem. Era preciso formar o bom indivíduo, o bom cidadão e o bom trabalhador: dócil, ordeiro, cônscio de seus deveres. Mas a emancipação dos escravos estava ameaçada por dois perigos: o instinto da ociosidade e o abismo da ignorância. Para tanto deveria haver um esforço em educar e moldar o bom cidadão trabalhador da forma desejada pela elite dominante.

Desde o principio da abolição da escravatura havia o temor na sociedade de o que fazer com essa mão-de-obra liberta. O Estado comandando pelas elites procurava condenar qualquer tipo de ócio como vagabundagem e relacioná-lo aos recém libertos. Usando de meios de coerção diversos procurou moldar essa mão-de-obra livre segundo os interesses do capitalismo. Atuando tanto nos escravos como nos cidadãos livres, as idéias de escravo livre igual a ladrão e vagabundo. Levando a sociedade por si só a criar socialmente modelos repressivos aos homens sem emprego “formal”. Levando de forma veemente a idéia do vagabundo baderneiro.Procurando solucionar o problema da falta da mão de obra a elite busca na imigração soluções para o seu problema ao invés de investir mais nos escravos recém libertos. Uma burrice sem tamanho !

Você quer saber mais?

PESAVENTO,Sandra Jatahy. Emergência Dos Subalternos: Trabalho Livre E Ordem Burguesa, Porto Alegre:Editora Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1989 .

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terça-feira, 26 de julho de 2011

A Bíblia apóia a homossexualidade?

Autor do estudo:

Qual é o casamento que Deus criou?

E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; o macho e a fêmea os criou.
( Genesis cap 1 ver 27 )


E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
( Gênesis cap 2 ver 18e20)


A bíblia aprova o casamento de pessoas do mesmo sexo?

Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação: (...)
(Levítico cap20ver13)

Com varão te não deitarás, como se fosse mulher; abominação é.
( Levítico cap 18 ver 22 )

(...) Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário a natureza. Os quais, conhecendo a justiça de Deus, os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também consentem aos que fazem.
(Aos Romanos cap 1 ver 26 e 32 )

Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
( I Aos coríntios cap 6 ver 9 e 10 )

Porque todas estas ambominações fizeram os homens desta terra, que nela estavam antes de vós, e a terra foi contaminada. Porém, qualquer que fizer algumas destas abominações, as almas que fizerem serão extirpadas do seu povo.
( Levítico cap 18 ver 27 e 29 )

Alguém pode mudar o mandamento de Deus?

Ai de vós doutores da lei, que tirastes a chave da ciência: vós mesmo não entrastes, e impedistes os que entravam.
( Lucas cap 11 ver 52 )
E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro.
( Apocalipse cap 22 ver 19 )
Saiba mais:

Levítico cap 18 ver 22 *
* Levítico cap 20 ver 13 *
* Aos Romanos cap 1 ver 26 e 27 *
* I Aos coríntios cap 7 ver 1 e 2 *
* I Aos coríntios cap 6 ver 9 e 10 *
* Apocalipse cap 21 ver 8 *
* Apocalipse cap 22 ver 15 e 19 *
* Levítico cap 18 ver 27 e 29 *
* Aos Romanos cap 1 ver 32 *
* Aos Romanos cap 6 ver 23 *
* I A Timóteo cap 1 ver 8 ao 10 *
* I A Timóteo cap 4 ver 1 e 16 *
* Gênesis cap 2 ver 18 e 24 *
* Mateus cap 19 ver 4 ao 6 *
* Aos Efésios cap 5 ver 22 e 28 *
* Gênesis cap 19 ver 1 ao 8 *
* João cap 15 ver 22 *

sexta-feira, 22 de julho de 2011

América Latina e as Ditaduras Militares

Autor: Leandro CHH

Ao procurarmos traços comuns a regimes militares das décadas de 1960 a 1980 e situações políticas diversas notamos que o nacionalismo e “populismo” de Velasco Alvaro no Peru e de Ovando Candia na Bolivia diferem em muito dos regimes repressivos e entreguitas de Pinochet no Chile, de Costa e Silva no Brasil e de Videla na Argentina. Mas nunca havemos de esquecer os pontos comuns entres eles: dissolução das instituições representativas, falência ou crise dos partidos políticos tradicionais, militarização da vida política e social em geral.

Nos três golpes militares na década de 1960, houve a influência determinante da diplomacia norte-americana. Devido aos seus interesses na América Latina e ao iminente confronto com a URSS por áreas de influência no mundo. Impregnaram a América Latina da idéia de que as democracias eram incapazes de conter o comunismo.

No Brasil o golpe militar de 1964 contou como apoio do governo dos Estados Unidos que apoiou a derrubada do governo Goulart. Nesse período o embaixador norte-americano era assíduo freqüentador do palácio presidencial. Onde sugeria nomes para compor ministérios e censurava as escolhas de “esquerdistas.

É evidente o grau de envolvimento dos Estados Unidos na preparação e execução do golpe de abril de 1964. Examinemos a Operação Brother Sam que consistiu no envio às costas brasileiras de um porta-aviões, destróieres dentre outros artefatos bélicos como o objetivo de fornecer apoio logístico, material e militar aos golpistas. Mas para surpresa dos gringos os nossos militares deram conta do recado de acabar com o regime democrático contrariando os prognósticos da CIA que previa uma guerra civil prolongada.

O Estado militar instaurando credenciava-se principalmente como guardião do capital internacional e defensor da “restauração econômica, com foco constante na luta contra o comunismo internacional que pretendia acabar coma propriedade privada.

Em 9 de abril de 1964 como AI-1 decretou a morte do regime baseado na Constituição de 1946, na harmonia e independência dos Poderes, na inviolabilidade do mandato parlamentar. Com a criação da SNI (Serviço Nacional de Informação, com o objetivo de levar adiante os “princípios” da Doutrina de Segurança Nacional que tinha por objetivo principal caçar os “inimigos internos”.

Em 1966 foi a vez da Argentina ser tomada por um governo militar com os iguais ares de “refundação institucional” que o exército argentino tomou o poder comandado por Juan Carlos Onganía.

O projeto de penetração norte-americana na América Latina tinha exigido a deposição de vários governos civis para garantir a “calma” necessária ao andamento dos negócios e o combate à Revolução Cubana. Bolivia, Brasil em 1964 e Argentina em 1966 eram elos de um processo comum, que por toda parte se auto-intitulava “revolução”.

Nos anos de 1968-1969 os governos militares entraram em profunda crise, devido à onda de mobilizações populares que percorreu toda a América Latina, desde o México até a Argentina e o Uruguai. Na realidade esses eventos estavam relacionados com uma crise mundial que se instaurava como posso citar: “o maio francês”, a Primavera de Praga, a Ofensiva Tet pelos Vietcongs e do Vietnã do Norte contra a ocupação da Indochina pelo exército dos Estados Unidos, todos esses eventos deram-se no ano de 1968.

Neste mesmo ano houve no Brasil importantes manifestações estudantis contra a ditadura militar brasileira, as manifestações foram violentamente reprimidas. Haviam no Brasil grupos organizados e oposição ao regime, atuando na clandestinidade, empreendendo ações armadas em todo o país. Podemos citar a Ação Libertadora Nacional (ALN), e a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Grupos armados como os citados eram duramente perseguidos e eliminados, com enorme mobilização de tropas do aparelho repressivo do Estado.

Ainda no inesquecível ano de 1968, depois de atacar e reprimir os movimentos grevistas em São Paulo, foi decretado o Ato Institucional de número 5 (AI-5), que restringia mais as liberdades políticas. Documentos liberados em 2001pelo governo brasileiro revelam que, em dezembro de 1968, o governo norte-americano viu o fechamento do Congresso e a suspensão dos direitos políticos no Brasil como uma “reação lógica” ao perigo comunista. Temiam um Brasil comunista, pois como afirma Henry Kissinger, então conselheiro de Nixon: “Se o Brasil se perder, não será uma outra Cuba. Será uma outra China.”

Uma questão que não pode deixar de ser salientada é a ocorrida em agosto de 1971 na Bolívia, que vivia por uma situação de “duplo poder”, com um governo militar do general Juan José Torres e um poder real concretizado na Assembléia Popular. Nesse beco sem saída o exército pelo comando do general Hugo Banzer Suárez, deflagrou um golpe militar singularmente brutal. Aonde as Forças armadas ocupavam todo o espaço político e econômico. Com uma crise econômica galopante devido ao declínio das exportações, a Bolívia viu-se obrigada a reciclar-se em torno do narcotráfico, que passou a ser crescentemente administrado pelos próprios militares donos do poder. Mesmo sabendo dessa situação o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Henry Kissinger em viagem a Bolívia para aplacar diplomaticamente o ímpeto narcoexportador, agradeceu, no entanto, o empenho no combate contra o “comunismo” do governo boliviano.

Diferentemente das ditaduras da década de 1960, que possuíam um caráter mais “preventivo” de um eventual contágio de Revolução Cubana, as ditaduras da década de 1970 possuíam um caráter evidentemente contra-revolucionário. Esse ciclo golpista latino-americano da década de 1970 marcou a passagem definitiva do “caudilhismo” militar da primeira metade do século XIX que eram baseadas em um líder para o domínio. Agora o poder seria imposto por meio institucional das Forças Armadas, por toda parte governavam juntas militares.

Foi nessa década que os Estados Unidos tornou-se o maior exportar de armamento para o terceiro mundo, superando a URSS. Mesmo assim ainda os gastos militares latino-americanos eram baixos por ficarmos longe dos pontos de maior conflito do planeta.

Ainda assim o fortalecimento das forças militares era uma evento a notar-se. Fato esse que provinha do acirramento dos conflitos de fronteira e a proliferação dos enfrentamentos internos. Um dos maiores objetivos desses gastos era a “contra-insurgência” e o combate aos eventuais conflitos regionais, mas também fazia parte da corrida armamentista mundial. Em grande parte deve-se também a briga dos países industrializados pelo mercado de armamentos na América Latina. Nessa área a hegemonia política dos Estados Unidos, porém, continuou sendo incontestável. A submissão política do exército argentino, por exemplo, à política hemisférica norte-americana era histórica e condicionou os militares argentinos, inclusive no diz respeito à produção e compra de armamentos. Criando um militarismo dependente que anulava não só a Argentina, mas todos os países da América Latina, pois o modus operanti era praticamente o mesmo para todas as nações em relação aos Estados Unidos.

No Chile em 1973, o golpe de Pinochet se destaca pela selvageria com a qual destrói seus opositores e toma o poder, pois não perdoou representantes da cultura chilena reconhecidos internacionalmente. Foi um governo extremamente violento, voltado para torturas e assassinatos.

No Brasil, no mesmo período procurava-se legitimar o Estado Militar, aplicando uma repressão seletiva para a sustentação do Estado. Com o resultado das eleições de 1974 favoráveis ao partido da oposição o MDB. A oposição teve sua representação no Congresso significativamente aumentada. Ainda assim quem mandava era o regime ditatorial que reprimia greves com assassinatos.

Na Argentina, o governo peronista (1973-1974) vivia em crise permanente. Em 1974 Perón deu seu aval ao golpe policial que derrubou o governo a esquerda peronista de Córdoba e a AAA (Aliança Anti-comunista Argentina) conhecida como esquadrão da morte, operava com toda força.

Com o golpe militar na Argentina, todo o Cone Sul e parte do resto do subcontinente estava sob controle de ditaduras militares. A segunda metade da década de 1970 seria a etapa mais sombria da história da América do Sul.

O componente decisivo da instauração das ditaduras foi o terror, “terrorismo de Estado”. Onde tortura, prisões em nome da segurança nacional, assassinatos, produção de provas fraudulentas, coação para confessar crimes não cometidos, seqüestro de recém nascidos etc. foi comum em todas as ditaduras que se seguiram neste período.

A ligação do governo dos Estados Unidos com as ditaduras no Brasil, Argentina,Uruguai, Chile e Paraguai eram coordenadas pela chamada “Operação Condor”. Seu objetivo era manter os países governados por militares trabalhando juntos e com o apoio da CIA.

O fim das ditaduras militares na América Latina foi um complexo processo político de dimensões e alcance internacionais. A Guerra das Malvinas reduziu a pó em pouco tempo o sistema de cooperação entre as ditaduras militares e os Estados Unidos. A ditadura mais pró-imperialista do Cone Sul a argentina, foi deixada na mão pelos Estados Unidos que tomou partido ao lado da Inglaterra no conflito. E se não bastasse outras ditaduras militares como a chilena que deu apoio logístico a Inglaterra e brasileira cedeu seu espaço para pousos caças ingleses em Porto Alegre.

Os regimes militares do Cone Sul estavam com seus dias contados. É dentro de um quadro de instabilidade econômica e social que avançam as lutas pela liberdade ante as ditaduras. Com o apoio da Anistia Internacional e da ampla adesão popular e de órgãos da Igreja, Imprensa e Advogados, bloqueou as tentativas de reinstalar medidas coercitivas.

No Brasil o sindicalismo foi um elemento essencial na luta contra a ditadura por meio das ondas grevistas de 1978. Em 1983 é criada a CUT (Central Única dos Trabalhadores) acrescentou um novo fator de crise do regime.

Embora os sindicalistas não atingiram seu objetivo nas eleições diretas para presidente no ano seguinte, foi suficiente para quebrar a base política do regime militar. Então temos o nosso conhecido José “múmia” Sarney do Arena, já PDS, levar um setor do partido governista chefiado pelo mesmo a aliar-se com a oposição. Levando a eleições indiretas e a eleição de Tancredo Neves (PMDB) para presidente. Com o falecimento de Tancredo, temos inacreditavelmente a posse de Sarney, político vindo do próprio regime militar posto como presidente. E não é de se admirar que no acorde final temos, o regime militar-arenista no poder político da nação.

As passagens de regimes militares para regimes democráticos, resultaram, portanto, da virada política dos Estados Unidos junto com a crise de dominação política das próprias ditaduras que afundaram devido a crise econômica mundial.

Você quer saber mais?

GOGGIOLA, Osvaldo. Governos Militares na América Latina. São Paulo: Editora Contexto, 2001.

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