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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A todos que contribuíram com o trabalho do Construindo História Hoje minha GRATIDÃO!

Venho agradecer a todos aqueles que contribuíram com o Construindo História Hoje durante o ano de 2010, mas não vou entrar em méritos de nomes para não ser injusto com ninguém, por que todos cada um ao seu modo e segundo sua disposição contribuíram com esse trabalho.

Agradeço aos companheiros Integralistas, aos colegas Historiadores, aos irmãos na Fé e a todos sem distinção, pois seja pelo meio que for se você contribuiu com esse trabalho tens a minha gratidão. E gostaria de deixar um presente a vocês em palavras que se seguem abaixo, pois palavras estão muitas vezes carregadas de sabedoria e sabedoria vocês poderão levar por toda a vida.

Perguntaram ao Dalai Lama...

“O que mais te surpreende na Humanidade?”

E ele respondeu:

“Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.

E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.

E vivem como se fossem morrer...

...e morrem como se nunca tivessem vivido.

Você quer saber mais?

http://www.construindohistoriahoje.blogspot.com

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Como surgiu a tradição de brindar?

Os relatos mais antigos de brindes remontam aos gregos e fenícios, segundo Jennifer Rahel Conover, autora do livro .

Ao erguer suas taças de vinho, os povos antigos faziam uma oferenda simbólica a seus deuses. Os relatos mais antigos de brindes remontam aos gregos e fenícios, segundo Jennifer Rahel Conover, autora do livro Toasts for Every Occasion (“Brindes para Todas as Ocasiões”, inédito no Brasil). Para saciar a sede das divindades, os romanos adotaram o hábito de derramar um pouco da bebida no chão – algo como o costume de dar um gole de cachaça “pro santo”, comum no Brasil.

Além disso, o brinde selava o fim de conflitos. O vencedor dava o primeiro gole para provar que não iria envenenar o adversário. “E, ao bater um copo no outro, os romanos achavam que os venenos se depositariam no fundo das taças”, afirma John Bridges, autor do livro A Gentleman Raises his Glass (“Um Cavalheiro Ergue seu Copo”, inédito no Brasil). Na ameaça de intoxicação também está uma das hipóteses sobre a origem da exclamação “saúde!”, que acompanha os brindes: na Grécia antiga, isso poderia ser uma promessa de que a bebida estava boa.

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http://super.abril.com.br/historia/

Cientistas voltam as atenções para a atividade solar em 2011.

O próximo ano será marcante para o clima no espaço, pois o Sol despertará de uma fase de baixa atividade, dando início a um anunciado período de turbulência.

Muitas pessoas podem se surpreender ao saber que o Sol, ao invés de queimar com uma consistência ininterrupta, oscila em momentos de calmaria e agitação.

Mas após dois séculos de observação das manchas solares --marcas escuras, relativamente frias na superfície do sol, vinculadas com poderosas forças magnéticas-- revelaram que a nossa estrela obedece a ciclos de comportamento de cerca de 11 anos.

Ano de 2011 será marcante para o clima no espaço; o Sol passará de fase de baixa atividade para outra de turbulência

O último começou em 1996 e, por motivos que ainda permanecem obscuros, levou mais tempo que o previsto para terminar.

Agora, no entanto, há cada vez mais indícios de que o Sol está deixando o seu torpor e intensificando sua atividade enquanto avança para aquilo que os cientistas convencionaram chamar de "Solar Max" ou clímax cíclico, afirmam especialistas.

"A última previsão indica meados de 2013 como a fase pico do ciclo solar", antecipou Joe Kunches, do Centro de Previsões do Clima Espacial da Nasa. "[Mas há um período prolongado de alta atividade], mais como uma estação, com duração de cerca de dois anos e meio" para cada fase do pico, alertou.

Em seu período mais intenso, o Sol pode lançar ondas de radiação eletromagnética e matéria carregada conhecida como ejeções de massas coronais (CMEs).

Esta onda de choque pode levar alguns dias para alcançar a Terra. Quando chega ao nosso planeta, condensa seu campo protetor magnético, liberando energia visível em altas latitudes na forma de auroras boreal e austral --as famosas luzes do Norte e do Sul.

Mas as CMEs não são apenas belos eventos. Elas podem desencadear descargas estáticas e tempestades geomagnéticas capazes de romper ou até mesmo causar pane na infraestrutura eletrônica da qual depende nossa sociedade urbanizada e obcecada por se manter conectada.

Menos temidos, porém igualmente problemáticos, são as erupções de prótons supercarregados que alcançam a Terra em questão de minutos.

Na linha de frente estão os satélites de telecomunicações em órbita geoestacionária, a uma altitude de 36.000 km, e os satélites do Sistema de Posicionamento Global (GPS), dos quais dependem os aviões e os navios modernos para navegação e que orbitam a 20 mil quilômetros.

Em janeiro de 1994, descargas de eletricidade estática provocaram uma pane de cinco meses no satélite de telecomunicações canadense Anik-E2, uma falha que custou US$ 50 milhões.

Em abril de 2010, a Intelsat perdeu o Galaxy 15, usado no serviço de comunicações na América do Norte, depois que o link com o controle de solo foi cortado, aparentemente devido à atividade solar.

"Estas são falhas totais nas quais todos nós pensamos", disse Philippe Calvel, engenheiro da empresa francesa Thales. "Ambas foram causadas por CMEs", emendou.

Em 2005, raios-X de uma tempestade solar cortaram a comunicação entre o satélite e o solo e os sinais de GPS por cerca de dez minutos.

Para dar conta da fúria solar, projetistas de satélites escolhem componentes robustos, testados e experimentados, bem como proteção para o equipamento, mesmo que isto o deixe mais pesado e volumoso, e portanto mais caro de se lançar, disse Thierry Duhamel, da fabricante de satélites Astrium.

Outra precaução é a redundância, isto é, ter sistemas de backup para casos de mau funcionamento.

Na Terra, linhas de transmissão, conexões de dados e até mesmo oleodutos e gasodutos são potencialmente vulneráveis.

Um alerta remoto de risco remonta a 1859, quando a maior CME já observada ocasionou auroras avermelhadas, roxas e verdes mesmo em latitudes tropicais. A então recém-desenvolvida tecnologia do telégrafo enlouqueceu. Correntes induzidas geomagneticamente nos cabos deram choques em operações de telégrafos chegaram a incendiar os telegramas.

Em 1989, um fenômeno bem mais sutil cortou a energia do gerador da canadense Hydro Quebec, provocando um blecaute de nove horas que afetou seis milhões de pessoas.

"Há muito o que desconhecemos sobre o Sol. Mesmo no suposto declínio ou fase de calmaria, podemos ter campos magnéticos que são muito concentrados e energizados por um tempo, e podemos ter atividade eruptiva atípica. Para resumir, temos uma estrela variável", concluiu Kunches.

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http://www1.folha.uol.com.br/

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A História diante da História do Estudo envolvido em "A Terceira Onda".

Na primavera de 1967, em Palo Alto, Califórnia, encontramos a história do professor Ron Jones que realizou um estudo com sua classe de alunos de 15 anos de idade, para provar a experiência da atração e ascensão dos nazistas na Alemanha antes da Segunda Guerra Mundial. Em questão de dias, o experimento começou a ficar fora de controle, com os que são atraídos para o movimento tornaram-se fanáticos agressivos e as regras rígidas levaram eles a confusão e ao caos. Esta história tem atraído uma atenção considerável ao longo dos anos através de filmes, livros, peças teatrais e musicais, e beirando a lenda urbana.

Ela serve como uma ferramenta de ensino, para facilitar a discussão dos temas desconfortáveis da história, a natureza humana, da psicologia, o comportamento do grupo, a intolerância e o ódio.

O objetivo principal deste sitio (http://www.thewavehome.com/) é documentar e separar o fato da ficção sobre o experimento original. Como a história é contada e recontada, relatados e ficção, realizado nas notícias e blog na internet, é cada vez mais difícil saber o que realmente aconteceu. Houve também mais informações disponíveis recentemente dos alunos originais, e que tem sido muito útil na classificação. Esta página (http://www.thewavehome.com/) pretende ser uma coleção abrangente e atual do material e novidades, principalmente a partir de fontes originais.

Também é o objetivo aqui para fornecer material adicional para a discussão deste lado escuro e sem fim da natureza humana. No mundo confuso e caótico de hoje, parece que a polarização, a perseguição, o extremismo político e religioso, seitas, gangues e bullying são tão predominantes. Os riscos e desafios nunca foram tão altos, e esta lição é hoje mais necessária do que nunca.

Este site (http://www.thewavehome.com/) é gerido e supervisionado pelos participantes no experimento original da Terceira Onda, e irá conter as últimas notícias das nossas atividades, juntamente com as informações mais completas e precisas sobre a nossa experiência. Esperamos que você ache útil em sua pesquisa e estudos.


História da História da Terceira Onda!

O experimento original foi batizado de "A Terceira Onda" e ocorreu em Cubberley Senior High School em Palo Alto, Califórnia, março / abril de 1967. Pelo professor Ron Jones que escreveu uma pequena história sobre a experiência que foi publicado na Primavera de 1976. Este foi seguido por um filme de TV ("A Onda") pelo famoso produtor Norman Lear em 04 de outubro de 1981. O 1981 subseqüentes do livro "A Onda" é uma novelização do filme Lear, e foi escrito por Todd Strasser (aka Morton Rhue). Este livro é lido por estudantes em escolas de todo o mundo. Na primavera de 2008, Dennis Gansel popular cineasta alemão " Die Welle "definir a história em uma escola secundária em dia a Alemanha atual. Houve também várias peças Wave e musicais realizados ao longo dos anos, e um novo musical original pelo professor Ron Jones estreou em março de 2010. Em 10 de outubro de 2010, indicado ao Emmy e Wave classe Philip membro Neel novo terceiro documentário original do experimento original, intitulada " Plano de Aula ", estreou no Mill Valley Film Festival. Novas historias estão emergindo do evento original da Terceira Onda por meio de estudantes da época. Há também rumores de periódicos que Hollywood vai produzir uma nova onda de filmes para os cinemas, principalmente devido ao sucesso recente do cinema alemão. Isso tudo é descrito em detalhes na página de Histórias, e aprofundada na página do FAQ. Há também uma página de cronologia dos primeiros artigos .


Lições da Onda

A história da Terceira Onda é simples, mas um excelente meio para facilitar a discussão sobre o sensível e difícil assunto: a ascensão do nazismo e outras sociedades totalitárias e as atrocidades que eles cometem, a psicologia de líderes e seguidores, quando a paixão para a sua causa leva a intolerância e a perseguição de outros, políticos e grupos religiosos extremistas, cultos, gangues, intimidação, etc Citações, traços, a terminologia, e outras informações são exploradas na página de Lições.


Museu Online da Terceira Onda.

Apesar de muito pouco restar da experiência original da Terceira Onda, mais material está vindo à tona com ex-alunos que foram localizados. Fotos da sala de aula, artigos no jornal da escola, um cartão de relatório da classe, cartões de filiação partidária, cartazes Terceira Onda, algumas notas de aula e apostilas, etc, foram descobertos. Há também matérias interessantes dos filmes posteriores, livros, peças teatrais e musicais. Estas são mostradas na página do Museu.


Links e Notícias

Os links e notícias levam ao passado e a artigos atuais, onde o material útil pode ser encontrado para saber mais sobre a história e a evolução da história.


Informação de contato

Esperamos que você ache este site útil (http://www.thewavehome.com/). Congratulamo-nos com comentários sobre este site, novas questões para o FAQ, e estão sempre à procura de mais histórias originais de antigos alunos que participaram do experimento da Terceira Onda e itens para a inclusão no "museu". Clique aqui para informações de contato.

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SENTIDO E RITMO DA NOSSA REVOLUÇÃO. Plínio Salgado. Parte II.

A sociedade tem de ser encarada de um modo total, não só em relação a seus aspectos formais, porém à natureza e direção de seus movimentos. Não ficamos com aqueles que, como Spencer, subordinaram tudo à sistematização do evolucionismo darwiniano, justificando as opressões da burguesia contra os trabalhadores; nem com aqueles que, como Le Play, Ratzel, Demoulins, pretenderam ver na geografia social a única chave dos problemas políticos; nem com aqueles que, como Gobineau ou Gumplowicz, apontavam toda a solução do problema étnico no mistério dos plasmas germinativos; nem com Karl Marx, que considerou uma única face do Homem, a face econômica, e muito menos com Adam Smith, precursor de Marx, que acreditou no dogma das leis naturais em economia; nem com Sorel que reduziu tudo a luta de classe; nem tampouco com aqueles que negaram a luta de classe.

Nós, integralistas, somos homens do século XX, ao passo que os liberais, os comunistas, os reacionários de estrema direita, os socialistas timoratos, os republicanos positivistas, os cientifistas políticos são homens de uma época que se assinalou pelo sentido da análise.
Vivemos hoje uma época de síntese. Quando as ciências se encontram todas no recesso do átomo, quase se confundindo a química com a astronomia, a velha verdade de Aristóteles surge do fundo da misteriosa harmonia da gravitação dos iônios, mostrando-nos em todas as expressões do Universo a diferenciação, na unidade. Essa forma de mentalidade nova abre novos horizontes aos problemas políticos. O conceito revolucionário ganha uma nova significação, como direito do Espírito e transformação permanente do Estado, guardados os princípios do Direito Natural e objetivando o destino supremo do Homem, segundo uma concepção espiritualista da existência.

O Estado passa a ser o Grande Revolucionário, falando em nome das inquietações, dos desejos, das aspirações superiores, dos sentimentos de Justiça da Nação. O Estado adquire, assim, uma autoridade nova, sobrepairando aos interesses de grupos sociais, políticos ou econômicos. O Estado passa a ser o supervisionador, o mantenedor de equilíbrios, a concretização do ideal de justiça e de liberdade, o criador dos ritmos sociais.

Conseqüências da nova concepção do Estado

Uma vez que o Estado se constrói de acordo com a alma de uma Nação e recebe desta o poder revolucionário, ele, o Estado, tem o direito e a autoridade suficientes para interferir com energia no campo econômico e social, político e financeiro, recompondo equilíbrios, sempre que alguns elementos da sociedade se hipertrofiem em detrimento de outros. É a atitude nova em face dos problemas. Revolução, em verdade, é mudança de atitude. Verificando que a democracia está desvirtuada por erros dos sistema; que o sufrágio universal é a maior das mentiras, a fonte de todo o caudilhismo político, o instrumento de opressão dos ricos contra os pobres; que a quantidade excessiva de partidos decorre do sufrágio e que os partidos são hoje em número tão grande(150 inscritos no Superior Tribunal Eleitoral) que só servem para anarquizar a Nação, enfraquece-la, dividi-la e alimentar a popularidade fácil de demagogos espertos; que a maior enfermidade do país éo regionalismo político, alimentado pelos partidos situacionistas e oposicionistas dosEstados, que não dão tempo aos brasileiros de pensar um pouco nos problemas gerais daNação; que os problemas econômicos são tratados pelo critério exclusivamente regionalista,em conseqüência da estreita mentalidade que os partidos provincianos estão criando; que opovo brasileiro está dividido e, por isso, enfraquecido, não podendo opor-se à exploração docapitalismo estrangeiro; que os parlamentos políticos constituem um entrave às medidas deordem econômico-financeira que só um governo forte, ético, baseado em novos princípios de economia política, poderá tomar: - o Estado Integralista terá de substituir, imediatamente,afim de salvar a verdadeira democracia das garras de oligarquias financeiras, o arcaicoaparelhamento dos partidos pela organização corporativa da Nação. Cada brasileiro terá dese enquadrar dentro da sua profissão. A vontade nacional será traduzida com honestidade erealidade, no âmbito dos interesses de cada classe. Só os vagabundos ficarão de fora, pois todo homem que trabalha terá de defender seus interesses dentro da sua corporação.

Estará acabada a demagogia tanto civil como militar, ambas perniciosas, ambas atentatórias
dos legítimos direitos de um povo, ambas opressoras, ambas fontes do caudilhismo, dasoligarquias, da politicagem mais grosseira e pretensiosa.Isto feito, a Nação estará em condições de olhar de frente os grupos financeiros internacionais, dizendo a palavra que ainda não foi dita, desde que nos amarramos ao pé da mesa dos magnatas de Londres, há mais de cem anos.

O Estado Nacional Integralista

poderá então iniciar a revolução da moeda, fundamental para a libertação de uma Pátria, de
um povo de 40 milhões de habitantes e entravado na sua produção, no seu comércio, naincrementação de suas fontes de riqueza por um sistema absurdo que vem sendo posto em
prática desde o alvorecer do século passado, com o fim exclusivo de facilitar as especulações indecentes das Bolsas, o jogo criminoso do câmbio, a elevação das taxas dejuros, a escravização de todos os produtores. Longo seria expor os pormenores dessa grande revolução econômica; entretanto, estamos certos, nós, os integralistas, de que dentro do atual regime, não haverá jeito algum de solucionar-se o problema financeiro do país.

Nem o problema financeiro, nem o da justiça social. A social-democracia, implantada no Brasil pela Constituição de Julho, nunca resolveu as questões de outros países; pelo contrário, agravou-as. A questão proletária no Brasil se entrosa com todas as outras questões de ordem econômica, financeira, ética e jurídica. Os socialistas no Brasil são da marca daqueles a que se refere Durkheim, dizendo que para eles o socialismo é apenas a questão operária. Nós, integralistas, sabemos que o caso operário no Brasil terá de ser resolvido no conjunto que forma o quadro completo dos problemas nacionais.

Visões unilaterais

Aliás, a unilateralidade é ainda um vício remanescente do século XIX, que temos de corrigir nos brasileiros. Muitos pensam que a solução do nosso caso está, por exemplo, na questão dos transportes; outros que ela está na questão do café; outros só pensam no combustível, outros julgam encontrar a chave no livre-cambismo, ao passo que outros são protecionistas. Muitos acham que a alfabetização é o único problema, outros só falam no saneamento. Alguns só pensam no quadro econômico, outros só pensam no quadro moral e religioso. Muitos reduzem tudo a uma questão de moralidade administrativa. Há os fanáticos do problema dos latifúndios como há os que só se preocupam com a organização cooperativa. Observo que a tendência geral tem sido a de subordinar as questões mais complexas a um fator único. Essa mentalidade os integralistas têm de combater, justamente porque a sua doutrina é integral. Todos os problemas se reduzem a um só: o problema do Brasil. Tudo tem de ser enquadrado num só pensamento e subordinado a uma única orientação geral e supervisionadora.

Os integralistas estudam

Orientada pelos grandes lineamentos doutrinários do Sigma, adotando um método crítico próprio e objetivando uma finalidade política preestabelecida, funciona em intensa atividade, a nossa Secretaria Nacional de Estudos. Dividimos as tarefas segundo as especialidades. Orientamos as pesquisas, o trabalho das comissões num só sentido. Em todas as Províncias funcionam as Secretarias Provinciais de Estudos, em correspondência com a Secretaria Nacional. São filósofos, sociólogos, economistas, pedagogos, técnicos, que pusemos em constante atividade, pois o nosso movimento é rico em valores culturais. É nesse setor que estamos operando a revolução da cultura, tornando cada vez mais nítida uma doutrina de Estado, criando futuros estadistas pelo recrutamento de valores novos que surgem de um mocidade inquieta.

A disciplina

A revolução espiritual nós a realizamos nos quadros da Secretaria Nacional de Educação. Somos hoje 400.000 brasileiros que, em 1.123 núcleos que funcionam em todo o país, constituímos uma só família. Os integralistas não dizem à Nação o que costumam dizer os puritanos e os fariseus do regime, atribuindo-se virtudes super-humanas. Os integralistas exclamam: “Somos brasileiros de boa vontade. Amamos nossa Pátria, cremos em Deus, estremecemos nossas famílias. Queremos ser bons e fazemos esforço para isso. Esperamos que Deus, que pôs a sua cruz de estrelas no céu do Brasil, nos inspire cada dia e nos ajude a cultivar as virtudes cívicas” O tempo que um integralista perderia fazendo acusações deve ser empregado fazendo exame de consciência e corrigindo as vaidades a fim de, um dia, quando tiver autoridade nas mãos, não assumir atitudes quixotescas alardeando superioridades ridículas.

O integralista sabe que tudo deve dar à sua Pátria, que nada deve pedir a ela. Sabe que sofrerá injustiças, será alvo de mentiras, de injúrias e calúnias, será ridicularizado por muitos e até apontado como louco. Abrasado pela divina loucura do amor da Pátria, ele a tudo será surdo. Suportará com alegria todas as perseguições que porventura lhe façam por ser integralista. Sofrerá a agressão dos comunistas, defendendo-se, mas sem ódio, porque o comunismo é um fenômeno de dor num espírito desorientado pelos maus. Nunca deixará de cumprir uma ordem de seus superiores, desde que ela não fira os princípios cristãos em que se baseia o nosso movimento, porque uma ordem certa e discutida torna-se mais perniciosa do que uma errada e cumprida, porque esta, pelo menos, prestigia o princípio de autoridade e revela em quem obedece a um triunfo moral sobre si próprio. Quem não sabe obedecer jamais saberá comandar e o Integralismo é também uma escola de comandantes.

A nossa disciplina condena todos os conchavos de bastidores com forças políticas liberais-democráticas, porque eles enfraquecem o princípio da autoridade. Nossa propaganda é a descoberto, para que não haja compromissos de ordem particular. A essência do regime que desejamos é incompatível com processos maquiavélicos. Toda a preocupação dos integralistas é formar uma grande família, presa pelos laços indestrutíveis de uma doutrina e de uma solidariedade moral profunda.
Caráter brasileiro do movimento

O que distingue o Integralismo dos movimentos nacionalistas que hoje se processam em quase todos os países do mundo é exatamente o alto sentido cultural e o profundo sentido sentimental. Cristalizando, dia a dia, uma unidade de pensamento, o Integralismo não se baseia num homem, porém num sistema de idéias. Seus alicerces, pois, são os mais sólidos possíveis. O Chefe não passa de um simples soldado, que eventualmente exprime o princípio da autoridade. Estamos realizando um movimento para séculos e não para quadriênios. Não pretendemos uma ditadura porque só os povos bárbaros toleram ditaduras, ainda quando estas venham disfarçadas em positivismos de segundo grau, em consulados militares ou comitês ou juntas de salvação pública. Não nos insurgimos contra homens, porque eles são produtos dos partidos. Os partidos são produto de um regime. O regime é produto de uma civilização. Essa civilização é produto de uma filosofia de vida. Essa filosofia de vida é produto de uma atitude de orgulho do homem. É aqui que encontramos o pivô do imenso maquinismo da economia e da política, maquinismo descontrolado, sem ritmo lógico e apenas expressivo da confusão dos espíritos no século XIX. É, entretanto, no sentimento delicado do povo brasileiro que vamos encontrar a chave com que abrimos as portas do século XX. Para compreender o movimento integralista é necessário compreender a alma brasileira e sentir os dramas universais. E essa compreensão é mais simples do que parece. JustificarBasta libertarmo-nos de nós mesmos, isto é, dos prejuízos de uma civilização desumana e de uma cultura livresca. Ser simples como a água e como a luz. Ser pobre em coração e em espírito. A lição política das nacionalidades está mais nas coisas simples e boas do que nas complicações com que o charlatanismo de um século, que entronizou o empirismo, perturbou ainda mais as almas agitadas dos povos.

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SENTIDO E RITMO DA NOSSA REVOLUÇÃO - Plínio Salgado. Parte I.

O jovem Plínio Salgado

A Ação Integralista Brasileira é um movimento revolucionário, não no sentido comum que se empresta a esta expressão, porém num sentido mais alto e profundo. Quando falamos “revolução integralista” não nos referimos à arregimentação de forças heterogêneas e confusas, tangidas unicamente pelos descontentamentos coletivos e objetivando exclusivamente o assalto ao Poder. Este movimento, que é o maior do mundo em extensão geográfica, abrangendo um território igual ao da Europa, e que é o mais impressionante da História Pátria, desde o Descobrimento, é, também, como fenômeno espiritual, o mais expressivo dos tempos modernos, assim como é o mais tipicamente cultural de todos os movimentos sociais e nacionalistas contemporâneos.

A revolução integralista se processa em dois planos simultaneamente:

1º) – O plano espiritual mediato; 2º) – O plano cultural, imediato.

No plano espiritual, o objetivo é mediato, porque para atingi-lo teremos de levar muitos anos de doutrinação, de educação constante do povo, de esforço individual de cada um. No plano cultural, o objetivo é imediato, porque o Brasil necessita, desde logo, de uma transformação do Estado, mediante a qual poderemos, como queria Alberto Torres, assumir nova atitude em face dos problemas.

A Revolução Espiritual

Seria ridículo que nós nos apresentássemos à Nação, dizendo: “somos os homens perfeitos, somos os únicos honestos, somos os santos e os heróis, só a nós assiste o direito de governar o país”. Essa atitude de orgulho é que tem posto a perder a todos os que julgaram salvar o Brasil mediante simples revolução de quadros, simples mudança de homens. Em 1930, brasileiros bem intencionados, porém tentados pelo demônio da vaidade, apresentaram-se à Nação como os “puritanos da Pátria”. Esse espírito de puritanismo não permitiu que os problemas nacionais fossem estudados na sua complexidade e nas suas mais profundas raízes, criando-se, apenas, o mito da “moralidade administrativa”, que, sendo um dever, não pode ser objeto de programa. O Integralismo sabe que o Brasil não é um país de santos canonizados nem de anjos pulcros. A doutrina do Integralismo, em relação às questões de Estado não vai buscar a sua inspiração no otimismo de Rousseau e de Locke. Pelo contrário, somos pessimistas em relação à possibilidade de uma instantânea transformação dos homens, repousando toda a nossa esperança imediata na transformação do regime, de modo a policiarmos as tendências más que uma educação materialista agravou no país. Não vamos aos excessos pessimistas de Hobbes, imaginando o Leviatã, o Estado absorvente, anulador de todas as liberdades. Conservamo-nos na linha realista, crentes de que uma obra sistemática de educação individual e da coletividade elevará a média das virtudes morais e cívicas do povo brasileiro, cuja estrutura mais íntima nos revela traços de superioridade incontestável.

Essa obra de educação é que nós chamamos a “revolução espiritual” e é em razão dela que nos distinguimos tanto do Fascismo como do Hitlerismo, imprimindo um sentido profundo ao nosso movimento.

Fariseus e publicanos

Há no Evangelho uma parábola que serve para ilustrar o nosso pensamento. É a do fariseu e do publicano. Enquanto aquele vai se ajoelhar próximo ao altar, vangloriando-se de suas virtudes, da sua incorruptível maneira de cumprir a lei de Moisés, o pobre publicano ajoelha-se na porta do templo de Salomão, exclamando: “Não sou digno Senhor, de me aproximar de vós”. O Divino Mestre afirma que o publicano está no caminho da perfeição e
esse é o caminho que eu indico a todos os integralistas.

O primeiro ato revolucionário do integralista é assumir essa atitude humilde diante da Pátria. Em vez de viver apontando os defeitos alheios, procurar descobrir os próprios defeitos e corrigi-los. Confiar mais no gênio da raça e na inspiração de Deus do que nos seus próprios méritos. Ferir de morte a vaidade, aceitando muitas vezes o comando de um companheiro que tem uma posição social inferior à sua. Vencer a si próprio, contrariandose, ciliciando-se a todo instante em coração e espírito, convencido de que num país onde cada qual é intransigente em relação aos seus semelhantes, não existe possibilidade de harmonia social nem de grandeza da Nacionalidade. Dominar o comodismo, a preguiça, o ceticismo, a desilusão, o cansaço, a impetuosidade, o egoísmo, o apego às glórias falazes, convencido de que ninguém tem o direito de pretender orientar uma Pátria, quando não é capaz de governar-se a si próprio. Esforçar-se, instante a instante, na aprendizagem do domínio de si mesmo, pois é neste domínio que reside a essência da autoridade pessoal de cada um. Cultivar o amor ao seu povo e a generosidade para os que se manifestam incapazes de compreender este movimento, porque a conquista de todos os brasileiros muito depende da perseverança, da paciência, da tenacidade e serenidade dos nossos doutrinadores. Despertar em si próprio as forças do sentimento nacional porque a fusão de todas as centelhas de patriotismo de cada coração formará a fogueira que incendiará o grande coração da Pátria. Pedir a Deus coragem e paciência, fortaleza e inspiração, energia e bondade, severidade sem alarde, bravura sem ostentação, virtude sem orgulho puritanista, humildade sem indignidade e dignidade sem egolatria. Luta subjetiva e ação objetiva Essa é a revolução interior, a revolução espiritual. Nós sabemos que ela se processará devagar, porque estamos encharcados dos vícios de uma educação materialista, de uma educação farisaica de catonismos hipócritas em que se esfacelou uma República que confiou mais nos doutores da lei do que na realidade da Pátria e nas profundas verdades humanas.

Sei que essa Revolução Espiritual durará muito tempo e o seu triunfo completo só se dará nas futuras gerações. É por isso que, paralela a essa transformação do espírito nacional, estamos acionando a Revolução Cultural. Há no Integralismo uma revolução subjetiva e outra objetiva.

Transformação do Estado

Não podemos nos cingir exclusivamente à transformação espiritual, porque temos problemas imediatos e, principalmente porque, dentro do atual regime, tudo se tornará mais
difícil para atingirmos os objetivos morais que colimamos. Enquanto a revolução espiritual se processa, por assim dizer, numa progressão aritmética, a outra, a revolução cultural se opera numa progressão geométrica. Os resultados que iremos obtendo, em síntese, podem ser comparados à razão logarítmica das duas revoluções. O problema da transformação do Estado subordina-se a uma concepção filosófica da qual decorrem as soluções dos problemas político e econômico. Partimos do princípio da autoridade moral do Estado, do conceito ético do Estado. Esse princípio se origina da própria concepção do Universo e do Homem, encarados de modo integral. A subordinação do mundo da matéria e da força ao mundo do espírito e da vontade. A síntese das concepções científica e espiritual que marcam os aspectos das filosofias da Idade Média e do século XX. Repelimos todas as unilateralidades tão características do século passado. Assim fazendo, não condenamos de um modo absoluto, os esforços prodigiosos dos pensadores, sociólogos e economistas do século XIX.

Continua...

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