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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dragão de Galês (Y Ddraig Goch-O Dragão Vermelho)


Dragão Galês. Imagem: Simbol Dictionary.

 O “onipresente” Dragão Galês, à esquerda é o símbolo nacional do País de Gales. Esta imagem em particular aparece na bandeira de Gales e é derivado de um padrão antigo da família Tudor, que é por sua vez derivado do nome 'Draco' da Legião romana.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Bravos e loucos contra o Terceiro Reich



Mapa da ocupação nazista na Europa. Imagem: Arquivo pessoal CHH.

Um resgate impossível, o maior duelo homem a homem, um cozinheiro que derrubou aviões, um espião que fez Hitler de bobo, cidadãos que se armaram contra o jugo nazista...
O mundo estava sob grave ameaça. Adolf Hitler e os seguidores do Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, o Partido Nazista) moviam sua máquina de guerra para estender os domínios do 3º Reich pela Europa - e além dela. Ao mesmo tempo conduziam o infame expurgo das "raças inferiores" matando em massa, nos campos de concentração e nas câmaras de gás, judeus, poloneses, homossexuais, comunistas, deficientes... Itália, Japão e algumas nações menores uniram-se ao Führer no chamado Eixo. Cerca de 50 países, capitaneados por Reino Unido, União Soviética e Estados Unidos, aliaram-se contra eles. Este capítulo é dedicado aos líderes militares, aos guerreiros solitários, aos ousados espiões e aos cidadãos comuns que foram às armas e deram sua contribuição - por vezes a própria vida - em nome do bem maior: a liberdade.

O mais condecorado da história dos EUA 

QUEM?
AUDIE MURPHY

NASCIMENTO :
TEXAS (EUA)

ONDE ATUOU?
EUROPA OCUPADA

POR QUE É HERÓI?
GANHOU 32 MEDALHAS POR BRAVURA, UM RECORDE.


Audie Murphy. Imagem: National Archives.

Primeiro ele tentou ser fuzileiro naval. Mas, com apenas 1,65 m de altura e magro, acharam-no pequeno demais. De fato, quem olhava para Audie Leon Murphy dificilmente adivinharia que ali estava o futuro soldado mais condecorado da história dos Estados Unidos. Seriam 32 medalhas por bravura em combate (e outras homenagens) nos 3 anos em que esteve no front.

Nascido em 1924 em uma numerosa e pobre família do Texas, Murphy trabalhava na colheita de algodão ao lado dos nove irmãos. Ao chegar aos 17 anos, mentiu que já era maior de idade para ser aceito no Exército - queria se alistar de qualquer jeito depois do ataque japonês a Pearl Harbor. Não convenceu e teve de esperar os 18. No treinamento, no qual o chamavam de "bebê", era vítima constante das brincadeiras dos colegas. Até que chegou seu grande dia. Primeiro foi destacado para a África do Norte. Em 1943, chegou à Sicília (Itália) com a 3ª Divisão de Infantaria. E logo mostrou aos "grandões" do que era capaz. 
O feito mais notável do pequeno soldado - agora segundo-tenente - se deu na gélida batalha de Holtzwihr (França), em janeiro de 1945. Seu pelotão fora quase todo dizimado. De 128 homens, restavam apenas 19. Murphy mandou seus companheiros para trás. E começou a atirar. Quando acabou a munição, subiu em um tanque em chamas e acionou a metralhadora na direção da infantaria alemã. Foi ferido na perna, mas continuou sua luta solitária por mais 1 hora até o recuo do inimigo. Estima-se que, nos combates dos quais participou na Itália, na França e na Alemanha, tenha matado 240 nazistas. Voltou para casa sofrendo de estresse pós-traumático, com crises de depressão e insônia. 

Seus atos de heroísmo ficaram conhecidos do público. O astro James Cagney, famoso por interpretar gângsteres violentos no cinema, viu a foto dele na capa da revista Life e o convidou para ser ator em Hollywood. Murphy aceitou e novamente se deu bem: fez 44 filmes em 25 anos, além de uma série de TV. Também escreveu poemas e canções. Morreu quando o pequeno avião em que viajava a trabalho bateu em uma montanha na Virgínia, em 1971.
  
O kamikaze americano

QUEM?
HENRY MUCCI

NASCIMENTO:
CONNECTICUT (EUA)

ONDE ATUOU?
FILIPINAS

POR QUE É HERÓI?
LIBERTOU 500 ALIADOS PRESOS POR 8 MIL JAPONESES. 


Henry Mucci. 
 Imagem: National Archives.

As tropas do general de divisão Edward King tinham se rendido ao general japonês Masaharu Homma em 9 de abril de 1942. Os prisioneiros ficaram detidos em um lugar infernal chamado Cabanatuan, nas Filipinas, onde sofriam torturas e mutilações. Um soldado foi decapitado por sair da fila para beber água em um riacho. Todos, inclusive os japoneses, passavam fome. O número de mortes chegou a 700 por mês - provocadas por desnutrição, doenças tropicais e maus-tratos. 

Só três anos depois os 121 fuzileiros comandados pelo tenente-coronel Henry Mucci foram enviados para libertar os 500 prisioneiros sobreviventes, ajudados por guerrilheiros filipinos. Os americanos imaginaram que, naquele canto do Pacífico, enfrentariam um pequeno número de inimigos, tão cansados de lutar quanto eles. Encontraram 8 mil japoneses pela frente. Os primeiros "olheiros" viram tantos tanques e soldados que compararam a estradinha do acampamento a uma avenida central de Tóquio. Era tudo ou nada. Os guerrilheiros tomaram uma ponte de acesso, e os fuzileiros abriram fogo intenso. Um sentinela japonês levou tantos tiros que parte de seu corpo desapareceu. Até os prisioneiros demoraram para entender o que acontecia. Quase 300 resgatados foram levados de navio aos EUA e ainda enfrentaram submarinos japoneses no caminho. Em Cabanatuan, um muro de mármore lista o nome dos 2656 americanos que lá morreram.
  
Inimigos: os japoneses e o racismo 

QUEM?
DORIS MILLER

NASCIMENTO:
TEXAS (EUA)

ONDE ATUOU?
PEARL HARBOR, HAVAÍ (EUA)

POR QUE É HERÓI?
COZINHEIRO, PEGOU UMA METRALHADORA E DERRUBOU 5 AVIÕES JAPONESES.




Doris Miller.  Imagem: National Archives.

Para um negro americano, a vida na Marinha não era muito diferente daquela que conhecia nas ruas de seu país: a segregação racial dava o tom das relações sociais e profissionais. Doris Miller, aos 22 anos, não havia conseguido nada além de um posto de cozinheiro no navio USS Pyro. Em janeiro de 1940, foi transferido para o navio USS West Virginia, onde se tornou "campeão" de boxe. Encarregado de preparar a comida e de pequenos serviços, recolhia a roupa suja para a lavanderia na base de Pearl Harbor, no Havaí, quando o alarme soou na manhã de 7 de dezembro de 1941. Era o início do ataque japonês. Miller não recebeu treinamento militar formal e não sabia atirar. Mesmo assim, correu para o tombadilho. Por seu tamanho, foi designado para ajudar no resgate de vários feridos. Na confusão, assumiu uma das metralhadoras antiaéreas Browning calibre 50 e começou a disparar contra os nipônicos. Teria derrubado cinco aviões japoneses até ficar sem munição. Durante o ataque, aviões japoneses lançaram duas bombas blindadas que perfuraram o convés do navio. Miller só abandonou o West Virginia quando ele começou a afundar. Dos 1541 homens a bordo, 130 foram mortos e 52 ficaram feridos. Tempos depois Miller declararia que não teve problemas em derrubar os aviões. "Não foi difícil. Eu puxei o gatilho, e a metralhadora funcionou muito bem. Eu tinha visto outros soldados usando essas armas. Atirei por cerca de 15 minutos. Peguei alguns desses aviões japoneses. Eles mergulhavam muito perto de nós."

Miller recebeu a Cruz da Marinha em 1942 - foi o primeiro negro da frota do Pacífico a ganhar a honraria. Na ocasião, ele também foi elogiado pelo secretário da Marinha Frank Knox e pelo comandante Chester Nimitz.

Na máquina de criar ídolos que movia a propaganda de guerra, o mais comum seria poupá-lo de novos combates. Mas a Marinha insistiu em mandá-lo de volta ao front. Estava novamente servindo mesas, agora a bordo do Liscome Bay, quando o navio foi atingido por um torpedo japonês na Batalha de Tarawa, em 24 de novembro de 1943. Apenas 272 marinheiros sobreviveram ao naufrágio; 646 morreram - Miller era um deles. Seu corpo nunca foi encontrado. Não recebeu a Medalha de Honra, a mais alta condecoração militar americana, nem mesmo quando ela foi concedida postumamente a 15 homens - todos brancos - que lutaram na defesa de Pearl Harbor. Nenhum negro recebeu a honraria durante todo o conflito. 

Após a guerra, a história de Doris Miller se tornou um símbolo contra a segregação. Ele foi retratado (como coadjuvante) nos filmes Tora! Tora! Tora! (1970) e Pearl Harbor (2001).
   
25 missões por amor

QUEM?
ROBERT K. MORGAN

NASCIMENTO:
CAROLINA DO NORTE (EUA)

ONDE ATUOU?
EUROPA E JAPÃO

POR QUE É HERÓI?
DIRIGIU 50 ATAQUES AÉREOS.
 


Robert K. Morgan. 
Imagem: National Archives.

O Memphis Belle era um bombardeiro B-17 sem nome quando Robert K. Morgan batizou-o com o apelido da namorada (Margaret Polk). Nos primeiros três meses na base inglesa de Bassingbourn, as perdas de bombardeiros chegaram a 80%. O moral estava baixo. Como incentivo, a Força Aérea Americana estabeleceu que, após 25 missões, os sobreviventes poderiam voltar para casa. Em uma das missões, Morgan pousou só com metade da cauda, destruída pelo fogo alemão. Foram 128 horas de voo despejando 60 toneladas de bombas. Em maio de 1943, a tripulação se tornou a primeira a completar, sem baixas, as 25 missões. No ano seguinte, Morgan estava de volta à guerra para bater a mesma meta, agora no Japão. Ele e Belle não se casaram.
  
Manila John: mito ou verdade? 

QUEM?
JOHN BASILONE

NASCIMENTO:
NOVA YORK (EUA)

ONDE ATUOU?
GUADALCANAL (ILHAS SALOMÃO)

POR QUE É HERÓI?
MONTOU UMA METRALHADORA E, COM MAIS DOIS SOLDADOS, ENFRENTOU MILHARES DE JAPONESES. 


John Basilone. 
Imagem: National Archives.

Três mil enfurecidos japoneses contra um só americano? Foi assim, segundo a versão mais romântica do episódio, que o sargento John Basilone venceu a primeira grande batalha em terra contra o Japão na ilha de Guadalcanal (Ilhas Salomão), em 1942. Chamado de Manila John pelos colegas por ter servido em uma base nas Filipinas, ele já era conhecido por sua habilidade com metralhadoras. Mas ninguém tinha ideia de que seu talento em mecânica faria tanta diferença como na noite de 24 de outubro. À frente de 16 homens, o sargento topou com um regimento japonês inteiro. Todo o pelotão foi ferido ou morto até sobrarem Basilone e mais dois soldados. Pior: suas metralhadoras, superaquecidas, pararam de funcionar. Basilone, juntando peças, conseguiu montar uma nova arma. E começou a atirar até derrubar 38, centenas ou 3 mil japoneses - os historiadores divergem quanto ao número de vítimas. O que é consenso é a bravura do sargento. De volta aos EUA, em 1943, ele foi o primeiro americano a receber a Medalha de Honra do presidente Franklin Roosevelt, além de dezenas de homenagens. Logo cansou da vida de celebridade e pediu para voltar ao front. A Marinha, temerosa quanto ao efeito no moral do país caso ele viesse a ser ferido ou morto, tentou convencê-lo a aceitar um posto longe dos combates. Recusou. Estava entre os fuzileiros que desembarcaram na ilha de Iwo Jima em fevereiro de 1945 para enfrentar 22 mil japoneses entrincheirados. Atingido por um morteiro, morreu diante do pelotão. John Basilone virou nome de porta-aviões, prédios e monumentos nos EUA. Mas ficou mais conhecido graças à série The Pacific, da HBO.

O maior duelo

QUEM?
VASILI GRIGORIEVITCH ZAÏTSEV

NASCIMENTO:
ELINISK (RÚSSIA)

ONDE ATUOU?
STALINGRADO (URSS)

POR QUE É HERÓI?
FOI O MAIOR FRANCO-ATIRADOR DA GUERRA.


Vasili Grigorievitch Zaïtsev. Imagem: National Archives.

O cenário eram os escombros de Stalingrado. De um lado, o major Heintz Thorvald, tido como o melhor atirador alemão e enviado ao front especialmente para matar "o exterminador de nazistas". Do outro lado, o tal exterminador, o russo Vasili "Zaitsev" Grigorievitch, que só na Batalha de Stalingrado tinha aniquilado, com seu rifle e sua pontaria extraordinária, 242 alemães. Thorvald, também conhecido como Erwin Konig, tinha uma vantagem: estudou todos os passos e métodos do adversário. 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Dicas de Leitura: A Escravatura e o Processo da Abolição de Maria Amélia Salgado Loureiro.


Quase por toda parte, no antigo Oriente, existiu a escravidão: no Egito, na Caldéia, na Assíria, na Média e Persa, enfim em todas as regiões da Ásia Menor houve, sempre, homens privados de sua liberdade pessoal. A escravidão resultava, sobretudo, das guerras de conquista. Os egípcios, por exemplo, levaram das suas campanhas na Ásia e na Etiópia, milhões de asiáticos e de negros. Os assírios e demais povos conquistadores seguiram este exemplo. Na Gréciaadotava-se a escravidão em toda a parte e, como no Oriente, era ela a consequência da guerra e da pirataria, que alimentava um comércio lucrativo. Em Roma, o serviço servil era sustentado, na maioria dos casos, pela guerra. Os questores vendiam os prisioneiros aos traficantes de escravos que ordinariamente acompanhavam os exércitos, embora os romanos considerassem esse comércio vergonhoso. Os bárbarosda mesma forma, mantinham a escravatura: entre os Germanos viviam os escravos em situação de colonos e não eram maltratados; junto aos Francosa escravidão tomou um aspecto de dureza muito particular, cujos traços se encontram na lei sálica; a lei dos Visigodosmantinha, também, a rigidez do direito primitivo sobre a escravidão; a lei dos Borgúndios, ainda que menos rigorosa traça uma linha de demarcação profunda entre o homem livre e o escravo.

Sobre a obra:

No momento em que várias correntes de opinião tentam minimizar e, mesmo, negar, a participação de ilustres brasileiros, tanto civis como militares, em atividades que determinaram a extinção do tráfico negreiro e a libertação dos escravos, ocorreu-nos lembrar essa fase da vida nacional para, sem isenção, colocar os fatos em seus devidos lugares.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Dicas de Leitura: História Geral da África II. A África antiga.


Está dica vai para os amigos que são fãs da história da África antiga em particular do Egito antigo. Neste livro encontraremos inúmeras revelações ocultas do público em geral pelo interesse de poucos em colocar o culturalmente rico continente africano em um nível inferior aos demais.

Durante muito tempo, mitos e preconceitos de toda espécie ocultaram ao mundo a verdadeira história da África. As sociedades africanas eram vistas como sociedades que não poderiam ter história. Apesar dos importantes trabalhos realizados desde as primeiras décadas deste século por pioneiros como Leo Frobenius, Maurice Delafosse e Arturo Labriola, um grande número de estudiosos não africanos, presos a certos postulados, afirmavam que essas sociedades não podiam ser objeto de um estudo científico, devido, sobretudo, à ausência de fontes e de documentos escritos. De fato, havia uma recusa a considerar o povo africano como criador de culturas originais que floresceram e se perpetuaram através dos séculos por caminhos próprios, e que os historiadores são incapazes de apreender a menos que abandonem certos preconceitos e renovem seus métodos de abordagem.

A situação evoluiu muito a partir do fim da Segunda Guerra Mundial e, em particular, desde que os países africanos, tendo conquistado sua independência, começaram a participar ativamente da vida da comunidade internacional e dos mútuos intercâmbios que a justificam. A partir de então, um número crescente de historiadores tem-se empenhado em abordar o estudo da África com maior rigor, objetividade e imparcialidade, utilizando com as devidas precauções fontes africanas originais.

Sobre a obra:

Nesse contexto, a História Geral da África, em oito volumes, cujas edições originais estão sendo publicadas pela Unesco e que a Editora Ática apresenta agora em português, é de indiscutível importância.

Os especialistas de vários países que trabalharam nesta obra dedicaram-se, de início, a lançar-lhe os fundamentos teóricos e metodológicos. Tiveram o cuidado de questionar as simplificações excessivas provenientes de uma concepção linear e restritiva da história universal e de restabelecer a verdade dos fatos sempre que necessário e possível. Esforçaram por resgatar os dados  históricos que melhor permitissem acompanhar a evolução dos diferentes povos africanos em seus contextos socioculturais específicos.

domingo, 2 de dezembro de 2012

O Construindo História Hoje recebe o prêmio "Top Caneta de Ouro" Novembro/2012 do Marque com X.



Conforme estabelecido nas regras para parceria, estabelecidas pelo Educadores Multiplicadores/Marque com X. O Construindo História Hoje recebeu o 3° lugar, como bloque que mais enviou visitantes (através de banners, links e etc), e terá seu banner divulgado por 30 dias no espaço "Top Caneta de Ouro" (sendo 3 do blog Educadores Multiplicadores e 3 do blog Marquecomx).

Agradeço aos amigos do MARQUE COM X, e a todos os visitantes e amigos do CHH por mais está vitória que pertence a todos nós. Valeu amigos, CHH vencedor do mês de Novembro/12, segundo o que mostrou o Google Analytics

E os que mais enviaram visitantes para o blog Marquecomx, foram:

 1° Blog Caneta de Ouro:
Multiplicador: Blog da Profª Jackie

 2° Blog Caneta de Ouro:
Multiplicador: Gracita - Mensagens

>>>>>3° Blog Caneta de Ouro:<<<<<<
Multiplicador: Construindo História Hoje 

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Você quer saber mais?





quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Dicas de Leitura: História Concisa da Revolução Russa.


O presente livro é um resumo de Russian Revolution (1990) e Russia under the Bolshevik Regime (1994), que descrevem em detalhes e com farta documentação a história dos “Tempos turbulentos”, entre 1899 e 1924. Nesta obra Richard Pipes condensou o restante desses textos, mantendo o padrão. Todas as informações podem ser verificadas nas obras originarias. Novas informações têm suas fontes indicadas.

Sobre a obra:

Richard Pipes, analisa os períodos imediatamente anterior e posterior à Revolução Russa, revendo o assassinato da família Romanov e a política soviética de sufocar etnias, nacionalidades e combater religiões. Resultado de anos de pesquisa do autor, este livro destaca os principais eventos que culminaram na Revolução Russa e os desdobramentos deste importante fato na história do século XX. Os documentos no qual no qual Pipes se baseou para mostrar os indivíduos realizadores da Revolução Comunista na Rússia, nos mostra homens perseguindo seus próprios interesses e suas aspirações , incapazes ou não desejosos de fazer concessões às conveniências e aspirações dos demais. No século XIX, a Europa Testemunhou a emergência de revolucionários profissionais, intelectuais que devotavam tempo integral ao estudo da história de levantes anteriores, à procura de linhas de rebelião; quando os movimentos se desencadeavam, eles intervinham, procurando conduzir os sentimentos voluntários em objetivos conscientes. Esses intelectuais radicais anteviam um futuro marcado por conflitos violentos e o progresso condicionado à destruição do sistema tradicional de relações sociais. Sua meta era libertar a “verdadeira” natureza dos homens, suprimida pela propriedade e pelas instituições dela derivadas. Comunistas e Anarquistas imaginavam a revolução como um processo de completa transformação, não só de toda ordem política e socioeconômica preestabelecida, mas da própria existência humana. Segundo Liev Trótski, o que eles queriam era “virar o mundo”. Essa tendência alcançou o apogeu na Revolução Russa de 1917. Embora o colapso da monarquia tenha decorrido de fatores internos, os bolcheviques, vencedores da batalha pós-czarista pelo poder, eram internacionalistas, adeptos de ideias comuns a todos os intelectuais radicais do Ocidente.