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sábado, 26 de maio de 2012

O sistema Bakufu Tokugawa Ieyasu


Armadura Samurai do período Edo.

Quando Toyotomi Hideyosi morreu no castelo de Osaka, em 1598, o seu filho Hideyori, era ainda uma criança. Cinco poderosos daimios, constituíram um conselho de regência e conduziram os assuntos de Estado. No entanto muitos deles tinham a ambição de tomar o poder e o conselho rapidamente se dividiu em facções rivais.

Tokugawa Ieyasu (1542-1616), o mais poderoso dos cinco, rompeu com o acordo mútuo, deixou Osaka, convidou vassalos daimios e aliados e começaram as manobras para conquistar o poder. Como se tinha antecipado, a facção anti-Ieyasu, em Osaka, liderada por Ishida Mitsunari (1560-1600), formou um exército e a luta pelo controle do Japão recomeçou.
Dois meses mais tarde a 15 de setembro de 1600, tudo se decidiu na planície de Sekigahara (Mino). No total participaram 160.000 homens e às oito da manhã iniciou-se uma batalha feroz. No meio da batalha alguns dos daimios de Ishida Mitsunari, do exército Ocidental deram seu apoio secretamente a Ieyasu, e por volta das duas da tarde a vitória do exército do Oriente, chefiado por Ieyasu, era certa.

Três anos após a batalha, Ieyasu foi reconhecido pelo poder imperial como líder da ordem feudal (Xôgum) e criou um novo Bakufu (clã). Ao contrário de Oda Nobunaga e de Toyotomi Hideyoshi, que se rodearam de oficiais da corte e utilizavam os regentes imperiais de nível mais elevado como suporte da sua legitimidade política. Tokugawa Ieyasu assumiu o posto mais elevado dentro da ordem militar e utilizou o posto de Xôgum com o objetivo de estabelecer um Governo de Militares independente da corte.
Ieyasu retirou-se como Xôgum dois anos mais tarde e passou o lugar a seu filho Hidetada. Estabeleceu assim um precedente dinástico no qual o posto de Xôgum seria transmitido através dos descendentes TOKUGAWA. Durante 264 anos, até 1867, Xogunato Tokugawa sobreviveu durante cinco gerações. 

Tokugawa Ieyasu, viveu de 1542 a 1616. Foi o terceiro dos unificadores e o fundador do Bakufu Tokugawa. Homem paciente, possuidor de uma visão alargada das coisas e um bom estrategista. Foi designado Xôgum após sua vitória em Sekigahara, em 1600, e transformou EDO, num centro  de um poderoso sistema político que lhe permitia controlar mais de 260 daimios. Este longo período de paz permitiu ao Japão prosperar culturalmente e tecnicamente. Durante a maior parte da sua história o Bakufu Tokugawa foi um Estado feudal de poder centralizado e autoritário.

Capital Edo, atual Tóquio (clíque na imagem para ampliar).

No período Edo, daimios eram senhores feudais que ficavam com 10.000 Koku ou mais do lucro das suas terras. Os daimios tinham as suas próprias propriedades (han) e castelos e eram servidos por vassalos Samurais. Em muitos aspectos as suas possessões funcionavam como estados semi-independentes. Independência essa sempre controlada pelo poder do Bakufu, que por sua vez controlava os daimios. O Bakufu podia, e fazia-o destituir do cargo os daimios, transferi-los para outros daimios, ou confiscar parcialmente ou totalmente os seus bens.

Aqueles que sofreram a perda dos seus senhores como também de suas  remunerações tornaram-se Ronin (Samurais Independentes). Foi uma época onde se fez sentir a ação direta dos Xôguns. A realidade histórica do início do período Edo aponta para o Xôgum como governante do reino e o imperador como uma simples autoridade cultural. O Bakufu Tokugawa também exerceu um controle severo sobre o mundo religioso e promulgou leis muito especificas.

O cidadão comum era obrigado a registrar-se nos templos da sua localidade. Está política estava diretamente relacionada coma proibição do cristianismo. Através de seu registro no templo budista, as pessoas declaravam que não eram cristãs e era-lhes dada documentação que o provava. Assim os templos não eram apenas organizações religiosas, mas órgãos determinantes no sistema de controle Bakufu.

Mapa do século cristão no Japão (clique na imagem para ampliar).

Embora este procurasse controlar todos os grupos religiosos, havia alguns grupos que não tinham a sua aprovação e que mesmo assim pretendiam resistir ao seu controle. Os grupos mais representativos eram os KRISHITAN (Cristãos), principalmente os Católicos, e um ramo da Escola Budista de Nichiren. Havia uma razão complexa que levava à proibição do cristianismo. Suspeitava-se que os Católicos não aceitavam o Bakufu como autoridade absoluta. Ele temia a intervenção estrangeira no Japão.

O Bakufu começou expulsando os Católicos, e depois limitou o comercio estrangeiro e proibiu aos japoneses as viagens por mar e finalmente em 1639 forçou o isolamento (Sakoku) com o Ocidente. Durante as cinco primeiras décadas do Bakufu surgiram cerca de 400.000 Ronin. Tornando-se um dos maiores problemas com sua crescente agitação, pois se sentiram desamparados quando os seus daimios perderam os privilégios. Não é de se estranhar que a ira desses Samurais empobrecidos tenha caído sobre o Bakufu Tokugawa.

Somente o quarto Bakufu Tokugawa Ietsuna, em 1651 abrandou a política de controle opressivo sobre os daimios que ganharam novamente maior autonomia e independência em relação ao Bakufu. Ietsuna, proibiu a prática do ritual do suicídio (Junshi) pelos Samurais, quando da morte do seu senhor. Numa tentativa de alterar os rudes costumes dos samurais da época das guerras e de encorajar uma forma de Bushido (O Caminho do Guerreiro), mais adequada à época de paz.

XÔGUNS TOKUGAWA:
11)    Ieyasu.  Período de Xogunato: 1603-1605.
22)    Hidetada. Período de Xogunato: 1605-1623.
33)    Iemitsu. Período de Xogunato: 1623-1651.
44)    Ietsuna. Período de Xogunato: 1651-1680.
55)    Tsunayoshi. Período de Xogunato: 1680-1709.
66)    Ienobu. Período de Xogunato: 1709-1712.
77)    Ietsugu. Período de Xogunato: 1712-1716.
88)    Yoshimune. Período de Xogunato: 1716-1745.
99)    Ieshige. Período de Xogunato:1745-1760.
110) Ieharu. Período de Xogunato:1760-1786.
111)  Ienari. Período de Xogunato:1787-1837.
112) Ieyoshi. Período de Xogunato:1837-1853.
113) Iesada. Período de Xogunato:1853-1858.
114) Iemoshi. Período de Xogunato: 1858-1866.
115) Yoshinobu. Período de Xogunato:1866-1867.

Autor: Leandro CHH
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Você quer saber mais?

CALLCUT, Martín. Grandes Impérios e Civilizações. Japão: O Império do Sol Nascente. Madrid: Edições Del Prado. Vol.1, Vol.2, 1997.

domingo, 20 de maio de 2012

A civilização e a complexa natureza humana.



Condutas pessoais, demonstram a conduta da sociedade como um todo?

A base de tudo é o homem, a sua visão de mundo e a sociedade que cria. O homem e a sociedade humana tem em si variáveis e processos que podem nos permitir explicar a civilização ou o domínio crescente do homem daquilo que lhe cerca.

Nossa tarefa, contudo, extrapola a visão do historiador ou do antropólogo ao tentar dar essa explicação. É fácil tanto para um como para outro explicar porque Atenas ou Esparta colocavam o seu mundo na Grécia, ou Roma colocava o seu mundo no Mar Mediterrâneo, ou porque chegou-se a uma época em que o mundo está colocado no planeta Terra.

Para eles o entendimento deste pressuposto tenderia a restabelecer, de forma estranha e paradoxal, o mundo de Ptolomeu. A Terra, todos sabemos, não é mais, conceitualmente, na astronomia, como foi por longo tempo, o centro do Universo. Os astros não giram em torno da Terra e isto foi provado por Copérnico, há quatro séculos. Entretanto, cada vez mais, nos últimos quatro séculos, a Terra, em sua totalidade, tem sido ocupada pelas mesmas questões e tem sido arrebatada pelas mesmas idéias. E de idéias que, em seu interior, carregam o processo civilizatório. Na verdade, a Terra tem sido, cada vez mais, o centro de tudo, ao ser progressivamente ocupada pela civilização.

Para nós, que olhamos sob o prisma das relações entre dualidades, por isto a Terra tem-se transformado, crescentemente, em um campo de luta, em que se digladiam, de um lado, a intransigência, e suas aliadas: o mercado e a desordem natural; e, de outro lado, a razão e suas forças principais: o planejamento e a ordem construída. Este é o fenômeno. É a civilização. Não é a globalização.


Qual será a chave para uma sociedade humana honesta e honrada?

Diferentemente do que tem sido propagado, a prevalência das mesmas teses no mesmo espaço e a sua luta tem explicitado, crescentemente, as dualidades primitivas das sociedades humanas: a do centro com a periferia, e a da barbárie com a cultura. Entretanto, é de fundamental importância o entendimento que estes contrários sempre formam uma única unidade. Existe permanentemente uma unidade dos contrários.

Esta é a verdadeira explicação porque a disputa desse espaço, que é finito, que é limitado, tem sido feita, nos últimos quatrocentos anos, com muito maior vigor e rapidez, pelas partes que compõem o todo.

Entretanto, chegar-se a este estágio no processo civilizatório requereu um permanente embate do homem com o universo. A conquista é uma ação de cooptação. Mas também é a afirmação de uma dominação. Há uma tese original - o homem - mas, também, há a sua antítese - o universo. Um para o outro. 

A mediação entre esses contrários foi, até a época das luzes, o trabalho; hoje é a ciência. As contradições permanecem intocadas. Nem o trabalho, nem a ciência desvelam o ignoto. As perguntas iniciais permanecem sem respostas. Entretanto, é inegável que o homem se aproximou do Absoluto, desde que se levantou sobre as patas posteriores e andou em alguma planície deste, na época, para ele, imenso planeta. E isto se tornou possível porque assumiu a posição de ordenador de seu contraditório: a natureza - materialização primeira do universo. O homem desde que racionalizou, se inconformou. E desde que se inconformou, defrontou-se com a intransigência

Seria a sociedade reflexo de cada individuo envolvido nela?

As razões desta aproximação com o Absoluto são várias. Uma, no entanto, é unânime, em todos os pensadores que discutem o progresso humano: a vida social e a sua acompanhante permanente, a vida política. E estas têm, como sua última criatura: o Estado-Nação.

A ideia de Estado-Nação é um pensamento muito elaborado. Seu entendimento pressupõe o caminhar por uma linha ininterrupta de idéias, através do espaço e do tempo, que ligam as hordas às grandes potências. O Estado - Nação constitui o resultado das soluções silenciosas e progressivas das questões que surgiram da convivência humana. Querer, num ensaio, estabelecer o preciso momento e a melhor via em que se deram essas soluções, é buscar o inalcançável. Entretanto, a forma dessas soluções sempre foi a mesma: o pacto. Seja aquele resultante da imposição do mais poderoso e que, portanto, decorre da racionalização de desvantagens; seja aquele que advém da composição de vontades, e que, portanto, resulta da racionalização de vantagens.

O pacto é, antes de tudo, um produto da razão. A linha que liga as hordas à sociedade atual - à civilização - é um contínuo de pactos, sendo, talvez, a mais visível expressão da razão. O Estado-Nação é a última estação dessa linha ininterrupta de acordos. Não a última, mas a última conhecida. Não a definitiva, mas a última praticada. Conhecer o Estado-Nação é conhecer a história da razão e de seus pactos.

 Nos tornamos uma sociedade cada vez mais artificial, lutando para manter sua identidade natural?

O entendimento de que o Estado-Nação resulta da razão é importantíssimo. O homem em sua inteireza se defronta internamente com muitas dualidades. As mais importantes para a sua existência, são, em nossa opinião: o inconformismo versus a resignação e a razão versus a emoção. A resignação e a emoção conceituamos como formadores da intransigência, enquanto que consideramos o inconformismo e a razão como os estimuladores da conquista do universo, pelo gênero humano. Sintetizamos, assim, o processo. E esta síntese nos acompanhará, ao longo deste ensaio.

A ideia de Estado Nacional resulta, portanto, da posição ordenadora do homem. Entretanto, esta posição ordenadora se processa por ondas sucessivas. Pode-se observar passagens da história da civilização, onde se verifica empiricamente a formulação proposta e que foi por nós nomeada como teoria do retardo.

Em síntese, há ações que desencadeiam a desordem e há ações que restabelecem uma nova ordem, em um novo patamar. Ruptura e equilíbrio transitório, estes se alternam. Nada pode explicar melhor a marcha do processo civilizatório, do que o aceite da teoria do retardo e das rupturas que nela estão consignadas e que resultam da ação ordenadora do homem, fruto de seu inconformismo. 

Ruptura processada segue-se uma nova ordem.

Você quer saber mais? 

WINNICOTT, D.W. Natureza Humana. Rio de Janeiro: Editora Imago, 1990.

PINKER, Steven. Tabula Rasa: a Negação Contemporânea da Natureza Humana. São Paulo: Companhia das Letras,2004. 



quinta-feira, 17 de maio de 2012

"O Perigoso Sol negro."



O "Sol negro" semelhante ao do castelo Wewelsburg

"Obergruppenführersaal"

O sol negro foi um símbolo esotérico e ocultista que fazia parte do misticismo nazi e especificamente por suas representações em mosaicos no castelo Wewelsburg. Hoje ele é utilizado por correntes do neopaganismo e especialmente na cena neonazista.

O sol negro é um símbolo em forma de sol roda com doze raios. O símbolo contém três suásticas ou doze runas de Sig inversas. O sol negro na versão mostrada não é símbolo histórico. A SS embutido é um ornamento semelhante em forma de mosaico verde escuro no andar de mármore do antigo "Obergruppenführersaal" (literalmente: hall do Obergruppenführer - originalmente mais importantes generais da SS) ao norte da torre do castelo de Wewelsburg, perto da cidade de Paderborn (foto do ornamento).

Originalmente um disco dourado foi colocado no meio do ornamento. O castelo de Wewelsburg foi ampliado, para que após a guerra o centro planejado da SS, mais especificamente a torre norte, tornasse-se o "centro do mundo". Como amostra para o ornamento, provavelmente broches de bronze, desde o período merovíngio, eram usadas, que são interpretados como representação do sol visível ou a sua passagem através dos meses do ano. O termo sol negro para a roda solar do Castelo de Wewelsburg se tornou popular após a Segunda Guerra Mundial. Normalmente, a sala onde está o ornamento pode ser vista a partir do exterior através de uma grade-porta. Devido à condições da luz o mosaico no chão parece negro.
Nêmesis – O sol negro

Suponha que o nosso Sol não estivesse sozinho, mas tivesse uma companheira. Ou seja, que nosso sistema solar fosse um sistema binário. Suponha que esta estrela companheira se movesse em uma órbita elíptica, com distância solar variando entre 90 mil u.a. (1,4 ano-luz) e 20 mil u.a., e um período de 30 milhões de anos. Suponha também que essa estrela seja escura ou, pelo menos, de brilho muito tênue e, portanto, ainda invisível para nós. Ou então, como afirmam Iniciados da estirpe de um Rudolf Steiner ou um Samael, de que esse Sol fosse de matéria astral.

Isso significaria que a cada 30 milhões de anos essa estrela hipotética companheira do Sol passaria através da Nuvem de Oort (uma nuvem de protocometas hipotética a uma grande distância do Sol). Durante tal passagem, os protocometas na Nuvem de Oort seriam perturbados. Algumas dezenas de milhares de anos depois, aqui na Terra, perceberíamos um aumento dramático de cometas, aumentando também o risco de nossa Terra colidir com os núcleos de um desses cometas.


Examinando-se os registros geológicos da Terra, parece que uma vez a cada 30 milhões de anos, aproximadamente, a vida em nosso planeta sofreu uma extinção maciça. A mais conhecida de todas essas extinções é, por certo, a dos dinossauros, há 74 milhões de anos. Daqui a cerca de 15 milhões de anos, segundo esse hipótese, deverá ocorrer uma gigantesca extinção da vida na Terra.

A hipótese de uma “mortífera companheira” do Sol foi sugerida, em 1987, por Daniel P. Whitmire e John J. Matese, da Universidade de Southern Lousiana. Foi até mesmo chamada de Nêmesis. O fato curioso sobre a hipótese de Nêmesis é que não há qualquer prova dita “científica”, além das experiências esotéricas de grandes iluminados, além das tradições mitológicas de seitas que “cultuavam” o Sol Negro. Nem precisaria que sua massa ou brilho fosse muito grande – uma estrela muito maior ou de menor luminosidade que o Sol seria suficiente, até mesmo uma estrela anã (um corpo semelhante a um planeta com massa insuficiente para começar a “queimar hidrogênio” como uma estrela).

É possível que essa estrela já exista em um dos catálogos de estrelas fracas sem que qualquer pessoa tenha percebido algo peculiar, isto é, o enorme movimento aparente dessa estrela em relação a outras estrelas mais afastadas (i.e., sua paralaxe). Se tal estrela fosse encontrada, poucos teriam dúvida em considerá-la a causa básica das maciças extinções da vida em nosso planeta.

Mas essa “estrela da morte” também evoca uma força mítica. Se algum antropólogo de uma geração anterior à nossa tivesse ouvido tal história de seus informantes, certamente usaria palavras como “primitivo” ou “pré-científico” para registrá-la. Considere seriamente a história abaixo.

Há outro Sol no céu, um Sol-Demônio, Anticrístico, que não podemos ver. Há muito tempo, o Sol-Demônio atacou nosso Sol. Caíram cometas e um terrível inverno cobriu a Terra. E a vida foi quase toda destruída. O Sol-Demônio atacou muitas vezes antes. E tornará a atacar de novo.

Isso explica por que alguns cientistas pensaram que a hipótese de Nêmesis fosse algum tipo de piada ao ouvirem sua história pela primeira vez – um Sol invisível atacando a Terra com cometas parece loucura ou mito. Ainda assim, sempre corremos o risco de uma decepção. Por mais especulativa que seja a “teoria”, ela é séria e respeitável, porque sua idéia principal é verificável: você pode encontrar essa estrela e examinar suas propriedades.

Esoterismo do Sol Negro

O VM Samael Aun Weor afirmava a existência e a realidade de um Sol Negro, irmão gêmeo deste Sol que nos ilumina e dá vida. Samael diz o seguinte:

“Há dois tipos de ‘integração’, podemos nos integrar ao Ser e essa é a Integração Cósmica, a Cristalização Cósmica. E há outra integração, meus queridos irmãos. É a Integração Negativa; os que integram o Ego se convertem em demônios terrivemente perversos, os há: os Magos Negros que o têm cristalizado… Os Magos Negros que rendem culto a todas as Partes do Ego, que o reuniram em si mesmos, que o integraram totalmente. Essa é uma integração negativa, a integração do Ego.

Há escolas que rendem culto ao Ego e que não querem desintegrar o Ego, que o veneram como anjo… que consideram os distintos agregados psíquicos como valores positivos, maravilhosos, e que cuidam dele. Esses equivocados integram o Ego e se convertem em tenebrosos! Sumamente fortes! Magos das trevas! Há deles no Sol Negro, que é por oposição a antítese do Sol que nos ilumina; os há nas entranhas do submundo; os há em Lilith, a Lua Negra… São cristalizações equivocadas, integrações negativas.


A esquerda o símbolo do Sol Negro, trazido do Tibet

Também existe um Sol Negro, que é o contrário do Sol Branco, e está feito de matéria astral. Esse Sol Tenebroso é a sede de terríveis e malvados seres. O Diamante Negro está influído por esse Sol Tenebroso. Orhuarpa estabeleceu o culto do Sol Tenebroso na Atlântida e essa foi a causa do Dilúvio Universal e do afundamento da Atlântida. No coração desse Sol moram seres de uma malignidade terrivelmente desconcertante. Seres tão monstruosos como jamais poderíamos imaginar. Um terrível abismo conduz ao coração desse sol.”

O Nazismo e o Culto ao Sol Negro

Até aqui, as terríveis palavras do VM Samael Aun Weor sobre o Sol Negro.
Estudar os acontecimentos que terminaram por desencadear a Segunda Guerra Mundial e a atual Nova Ordem Mundial é muito relevante para os estudantes gnósticos. Isso nos leva a compreender como se encontra a sociedade moderna e todos os seus intrumentos de repressão, políticos, sociais, imprensa, materialismo, valores diversos etc.

Obviamente, o tema nazismo é muito delicado, e tratá-lo de forma imparcial é bastante difícil. Não iremos tratar das implicações políticas especificamente, mas sobre o lado dito oculto, esotérico, que envolveu o nascimento, apogeu e queda do III Reich.

Muitos livros e documentários foram produzidos sobre o tema Ocultismo Nazista. Ordens secretas, iniciados, magos brancos, magos negros, complôs para controlar o mundo, luta entre o bem e o mal etc. Onde está a verdade por trás disso tudo? Onde há fantasias? E a Gnose de Samael, o que tem a dizer sobre esse tema tão complexo?

Depois do afundamento da Atlântida, o Culto ao Sol Tenebroso se estendeu por diversos lugares, tais como a África, Norte da Europa, Pérsia (culto a Ahrimã) e, especialmente, no Tibet. A seita negra dos Dugpas, pólo contrário da Grande Fraternidade Branca do Tibet, exportou esse culto para a Europa em meados do século 20, quando pesquisadores nazistas estiveram na Ásia em busca da misteriosa cidade perdida de Shamballah. Diversos exploradores nazistas, entre eles Wilhelm Landig, Rudolf J. Mund e Jan van Helsing, confundiram o Culto ao Sol Sagrado dos Mestres da Luz com o Culto ao Sol Negro, dos Dugpas. 


No coração do Nacional Socialismo (nazismo), Heinrich Himmler, Reichsführer-SS (líder supremo das SS) e chefe da polícia alemã, um dos braços direitos de Adolf Hitler, em seus desmesurados delírios de grandeza, abraçou o culto ao Sol Tenebroso com um fanatismo nunca antes visto naquele terrível período de nossa história recente.
Himmler foi praticamente o sumo sacerdote do culto ao Sol Negro (Schwarze Sonne). Os rituais efetivados no Castelo de Wewelsburg, sede das SS, foi definitivamente, a causa esotérica do afundamento, derrota e destruição do nazismo, devido a que ali se atraiu uma energia extremamente pesada e negativa, esotericamente falando…

Na sala que vemos ao lado, Himmler reunia-se com 12 líderes das SS (os 12 Gruppenführers), “altos iniciados” das SS, no Castelo de Wewelsburg, e efetuava rituais tenebrosos ao redor do símbolo do Sol Negro.

O chefe de Inteligência das SS, Walter Schellenburg, certa vez comentou o que havia visto no castelo: “Aconteceu que eu entrei acidentalmente no quarto e vi esses 12 líderes SS sentados ao redor de um círculo, todos submergidos em profunda e silenciosa contemplação; foi de fato uma visão notável.”

Mas como se iniciou o interesse dos nazistas pelo Sol Negro?

A Sociedade de Estudos para a Antigua História do Espíritu (Deutsche Ahnenerbe), mais conhecida como A Herança dos Ancestrais, foi criada no dia 1º de julho de 1935. Em seus primórdios, funcionou como um Instituto de Investigações avançadas das SS para logo se tornar independente. Ses mentores foram Henrich Himmler, Herman Wirth e Walter Darre.

Havia 43 departamentos da Ahnenerbe, dos quais um era bastante insólito, era aquele que se dedicava a atividades ocultistas. Os interesses dessa verdadeira confraria, altamente seleta, versavam sobre a busca do Santo Graal, escavações de vestígios atlantes, exploração e contato com as culturas místicas do Tibet, práticas de yoga, estudos de antigos cultos pagãos, viagens ao interior da Terra para comprovar se esta é realmente oca etc. O grande líder dessa seção, depois de Himmler, era Friederich Hielscher, um homem enigmático e do qual há poucos dados. 

Hielscher impulsionou a famosa expedição al Tíbet (1938-39). A missão foi comandada pelo antropólogo Ernst Schaefer, acompanhado por cinco sábios alemães e 20 membros das SS.

Sob o lema “Encontro da suástica ocidental com a oriental”, conseguiram estabelecer contatos políticos de alto nível com o governo tibetano que se manifestaram, entre outros, na declaração oficial de amizade intitulada Qutuqtu de Rva-sgren. O regente tibetano pôs por escrito a atenção do notável senhor Hitler, rei dos alemães, que conseguiu alcançar o poder sobre parte do mundo”.

Foram realizados estudos raciais e se filnou um documentário. Entre os documentos que os expedicionários levaram a Berlim conta-se o Kangschur, “um conjunto de sagradas escrituras tibetanas em 108 volumes”, além de um ritual de iniciação guerreira tântrica do Kalachakra.

Porém, a mais importante e secreta missão ao Tibet teve um objetivo menos divulgado, que foi o de estabelecer contatos com os habitantes de um reino subterrâneo, chamado Agartha ou Shamballah. O resultado? É sabido que em vez de contatarem os veneráveis mestres da Grande Fraternidade Branca, como já dissemos acima, os expedicionários nazistas levaram para a capital alemã o que de pior havia no mundo: representantes do Clã dos Dugpas, adoradora do Sol Negro.

Você quer saber mais?

GOODRICK, Nicolas. Sol Negro. São Paulo: Editora Madras, 2004.

http://www.derhain.de/SchwarzeSonne.html

http://www.jadu.de/mittelalter/germanen/gk/pages/zierscheiben_jpg.htm

http://www.museum-haag.de/museum/geschos1.htm

http://www.jamestwining.com/TBS_Facts/BS_Sun.htm 

http://www.ruedigersuenner.de/schwarze%20sonne.jpg

http://www.ns-gedenkstaetten.net/nrw/en/wewelsburg/thema_1/nordturm.html

http://altreligion.about.com/library/glossary/symbols/bldefsblacksun.htm

http://www.ns-gedenkstaetten.de/nrw/de/wewelsburg/thema_3/ss_architektur.html

 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Duas datas esquecidas


Princesa Isabel, assinando a Lei Áurea.

No último dia 11 de Maio, celebramos o 74º aniversário do Levante de 11 de Maio de 1938, única reação armada de vulto contra a ditadura estadonovista de Getúlio Vargas, e, no último dia 13 de Maio, por seu turno, celebramos o 124º aniversário da assinatura, pela Princesa Isabel, então Regente do Império, da Lei Imperial n.º 3.353, de 13 de Maio de 1888, mais conhecida como Lei Áurea, por ter sido assinada com pena de ouro, dada à Regente do Império por grupo de abolicionistas encabeçado por José do Patrocínio.

O Levante de 11 de Maio, cujo principal ato foi o ataque ao Palácio Guanabara, a despeito de precipitado e à revelia dos líderes do amplo movimento que ora se formara em prol da deposição do ditador, se não tirano, Getúlio Vargas, deve ser sempre recordado como um heróico ato de um pugilo de autênticos patriotas e nacionalistas na acepção integral, sadia e edificadora do vocábulo, e cujos mortos, a maioria fuzilada pelo criminoso Benjamim Vargas, irmão do ditador, devem ser reverenciados como lídimos mártires do Brasil Profundo, Autêntico e Verdadeiro. E que fique registrado que esses legionários de Deus, da Pátria e da Família não atacaram, naquela madrugada, o Palácio Guanabara para matar Vargas, como afirmam alguns adeptos da falsa religião marxista travestidos de historiadores, mas sim para depô-lo e prendê-lo. Ademais, cumpre assinalar que entre os atacantes do Palácio, todos Integralistas, com exceção do covarde Severo Fournier, que dali acabou fugindo, se encontravam o chamado “Almirante Negro” João Cândido, principal líder da denominada Revolta da Chibata, de 1910, e o Príncipe D. João Maria de Orleans e Bragança, neto da Princesa Isabel, que, aliás, residira, por vários anos, no Palácio Guanabara, de que era proprietária.     

O Integralismo Vigia! Jamais esqueceremos o 11 de maio de 1938.

Já o 13 de Maio marca

terça-feira, 15 de maio de 2012

UM GAÚCHO CHAMADO GETÚLIO DORNELLES VARGAS


Getúlio Dornelles Vargas nasceu em São Borja (RS), em 1882. Bacharel pela Faculdade de Direito de Porto Alegre (1907), elegeu-se pelo Partido Republicano Rio Grandense. deputado estadual, deputado federal e líder da bancada gaúcha, entre 1923 e 1926. Foi Ministro da Fazenda de Washington Luís (1926-27) e presidente do Rio Grande do Sul (1927-1930). 
 
Em 1929 candidatou-se à presidência da República na chapa oposicionista da Aliança Liberal. Derrotado, chefiou o movimento revolucionário de 1930, através do qual assumiu em novembro deste mesmo ano o Governo Provisório (1930-34). Durante este período, Vargas deu início à estruturação do novo Estado, com a nomeação dos interventores para os governos estaduais, a implantação da justiça revolucionária, a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e a promulgação das primeiras leis trabalhistas. 

Em 1932, eclodiu a Revolução Constitucionalista em São Paulo, quando o Partido Republicano Paulista e o Partido Democrático de São Paulo, unidos em uma frente única, organizaram grande contingente de voluntários em luta armada contra o Governo Provisório. Iniciado em 9 de julho, este movimento estendeu-se até 1º de outubro. 

O término do movimento paulista marcou o início do processo de constitucionalização. Em novembro de 1933, instalou-se a Assembléia Nacional Constituinte, responsável pela promulgação da nova Constituição e pela eleição de Getúlio Vargas como presidente da República, em julho de 1934. 

Durante o período em que governou constitucionalmente o país, cresceu a atuação da Ação Integralista Brasileira (AIB), de inspiração fascista, e surgiu a Aliança Nacional Libertadora (ANL), movimento polarizado pelo Partido Comunista Brasileiro, então Partido Comunista do Brasil (PCB). O fechamento da ANL, determinado por Getúlio Vargas, bem como a prisão de alguns de seus partidários, precipitaram as conspirações que levaram à Revolta Comunista de 1935, que eclodiu em novembro em Natal, Recife e no Rio de Janeiro. 

O Presidente Getúlio D. Vargas, com a faixa presidencial.

Em 1937, preparavam-se as eleições presidenciais para janeiro de 1938, quando foi denunciado pelo governo a existência de um plano comunista, conhecido como Plano Cohen. Esta situação criou um clima favorável para a instauração do Estado Novo, que ocorreria em novembro deste ano. 

Com a instauração do Estado Novo em 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas determinou o fechamento de Congresso, outorgou uma nova Constituição, que lhe conferia o controle dos poderes Legislativo e Judiciário. No início do mês seguinte, Vargas assinou decreto determinando o fechamento dos partidos políticos, inclusive a AIB. Em 11 de maio de 1938, os integralistas insatisfeitos com o fechamento da AIB, invadiram o Palácio Guanabara, numa tentativa de deposição de Vargas. Esse episódio ficou conhecido como Levante Integralista. 

Entre 1937 e 1945, duração do Estado Novo, Getúlio Vargas deu continuidade à estruturação do Estado, orientando-se cada vez mais para a intervenção estatal na economia e para o nacionalismo econômico. Foram criados nesse período o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Fábrica Nacional de Motores (FNM), entre outros. 

Cartaz convocando trabalhadores para festividade do Dia do Trabalhador.

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, Vargas manteve um posicionamento neutro até 1941, quando da assinatura do acordo entre Brasil e Estados Unidos, pelo qual o governo norte-americano se comprometia a financiar a construção da primeira siderúrgica brasileira, em troca da permissão para a instalação de bases militares no Nordeste.
Após o torpedeamento de navios brasileiros por submarinos alemães, em 1942, foi declarado o estado de guerra à Alemanha, Itália e Japão - países do Eixo. Em novembro do ano seguinte, Vargas criou a Força Expedicionária Brasileira (FEB), cujo primeiro escalão foi mandado em julho de 1944 para combater na Itália. 

Com o término do conflito em 1945, as pressões em prol da redemocratização ficaram mais fortes, uma vez que o regime do Estado Novo não se coadunava com os princípios democráticos defendidos pelos países aliados durante todo o conflito. Apesar de algumas medidas tomadas, como a definição de uma texto para as eleições, a anistia, a liberdade de organização partidária, e o compromisso de fazer eleger uma nova Assembléia Constituinte, Vargas foi deposto em 29 de outubro de 1945, por um movimento militar liderado por generais que compunham seu próprio ministério. 

Afastado do poder, Getúlio Vargas retirou-se para sua fazenda em São Borja, no Rio Grande do Sul, apoiando a candidatura do general Eurico Dutra, seu ex-ministro da Guerra, à presidência da República. Nas eleições para a Assembléia Nacional Constituinte de 1946, Vargas foi eleito senador por dois estados: Rio Grande do Sul, na legenda do Partido Social Democrático (PSD), e São Paulo, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Por esta legenda, foi também eleito representante na Câmara dos Deputados por sete estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Paraná. Assumindo seu mandato no Senado como representante gaúcho, Getúlio Vargas exerceu também a legislatura que se seguiu (1946-1949). 

Candidato à presidência da República pelo PTB, em 1950, Getúlio Vargas derrotou os candidatos, Eduardo Gomes (UDN) e Cristiano Machado (PSD), elegendo-se com 3.849.000 votos. 

Seu segundo período de governo foi marcado pela retomada da orientação nacionalista cuja expressão maior foi a luta para a implantação do monopólio estatal sobre o petróleo, com a criação da Petrobrás e pela progressiva radicalização política. Vargas enfrentava oposição cerrada por parte da UDN, em especial do jornalista Carlos Lacerda, proprietário do jornal carioca Tribuna da Imprensa. 

O atentado realizado contra Lacerda no início de agosto de 1954, no qual foi morto o major-aviador Rubem Florentino Vaz, detonou a crise final do governo, pelo envolvimento da guarda pessoal de Vargas no episódio. Para a investigação do que ficou conhecido como Atentado da Toneleros, foi instaurado um inquérito policial-militar, pelo Ministério da Aeronáutica. Pressionado pelas Forças Armadas, durante reunião ministerial realizada na madrugada de 23 para 24 de agosto, Vargas se viu confrontado com a eminência da renúncia ou deposição, e suicidou-se com um tiro no coração, deixando uma carta-testamento em que acusava os inimigos da nação como os responsáveis por seu suicídio. 

Embora tenha sido um ditador e governado com medidas controladoras e populistas, Vargas foi um presidente marcado pelo investimento no Brasil. Além de criar obras de infra-estrutura e desenvolver o parque industrial brasileiro, tomou medidas favoráveis aos trabalhadores. Foi na área do trabalho que deixou sua marca registrada. Sua política econômica gerou empregos no Brasil e suas medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores brasileiros.

Fonte: Centro de Pesquisa e Documentação Histórica Contemporânea do Brasil

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