PESQUISE AQUI!

domingo, 9 de dezembro de 2012

Sangue para o El Niño


A religiosidade politeísta dos incas era marcada pela adoração de vários elementos da natureza, como o sol, a lua, o raio e a terra. No sistema de valores da religião inca, todos os benefícios alcançados deveriam ser retribuídos com algum tipo de sacrifício que expressava a gratidão dos homens. Por esse fato, observamos que os incas organizavam vários rituais onde os sacrifícios, inclusive de humanos, eram comuns. Imagem: Teia dos Fatos.
Dois túmulos com dezenas de ossadas humanas encontrados em uma pirâmide no Peru abalam a arqueologia latino-americana. Eles revelam que a refinada civilização mochica fazia sacrifícios humanos para manter o poder e controlar o clima.
Os esqueletos estavam por toda parte. Brotavam do chão como sinistras flores brancas, reluzindo ao sol do deserto peruano. Onde quer que se pisasse ou cavasse, havia crânios macerados, vértebras cortadas, fêmures partidos. “Escavar foi um pesadelo”, lembra-se o arqueólogo canadense Steve Bourget. Em julho de 1996, depois de dois meses limpando e catalogando osso a osso, mais de setenta corpos, Bourget descobriu estar diante da maior evidência de sacrifícios humanos na América do Sul. Uma vala comum onde os mochicas, que dominaram a costa norte do Peru entre os séculos I e VIII, despejavam as vítimas de seus rituais – jovens guerreiros capturados em combate e imolados em grandes cerimônias públicas. Essa violência exemplar, que intimidava a população e sustentava o poder dos líderes mochicas, também tinha propósito religioso.

Aquela civilização acreditava que o sangue humano era a única forma de conter aquilo que agora conhecemos como El Niño, o fenômeno meteorológico que, de tempos em tempos, enlouquece o clima do planeta. É justamente ali, no árido litoral peruano, que as águas do Oceano Pacífico esquentam acima do normal, provocando o El Niño. Nas épocas em que o fenômeno era muito violento, as cidades mochicas sofriam com chuvas torrenciais e enchentes. “O sacrifício humano era uma forma de tentar devolver a ordem ao mundo”, disse Bourget.

Que a prática fosse corriqueira os arqueólogos já desconfiavam. Cenas de animais fantásticos como pumas esfaqueando prisioneiros são comuns nas pinturas que adornam os potes de cerâmica daquele povo. Só que nunca ninguém havia encontrado os corpos dos sacrificados. “Muita gente pensava que as narrativas dos martírios fossem pura mitologia”, conta o canadense, que está escrevendo um livro sobre a descoberta.

Não fosse Bourget um especialista em arte mochica, o segredo dos supliciados poderia ter ficado escondido sob o barro. Desde 1986 ele observava pinturas que mostravam prisioneiros sendo atirados do alto de uma montanha. “Minha hipótese era de que o morro fosse uma espécie de altar”, diz. Em 1995, ele foi apresentado à Huaca de la Luna (Pirâmide da Lua, em português), situada a 6 quilômetros ao sul da atual cidade de Trujillo, onde deparou com uma plataforma rochosa bem parecida com aquelas das pinturas nos vasos. Não deu outra. Era mesmo o altar.

Codecs Tudela. Imagem: Teia dos Fatos.

A iconografia mochica também serviu de pista para outro arqueólogo, o peruano Santiago Uceda, da Universidade Nacional de Trujillo. No ano passado ele encontrou um segundo fosso sacrificial, que começará a ser escavado em maio próximo. O que haverá dentro dele? As descobertas tornam a Huaca de la Luna a mais importante pista de que os estudiosos dispõem para decifrar o mistério dos assassinatos rituais entre as antigas culturas americanas.

Execuções para ordenar o mundo

Se os mochicas tivessem escrita, seus best-sellers falariam das propriedades milagrosas do sangue humano para resolver qualquer tipo de problema. Havia sacrifícios para comemorar boas colheitas, para lamentar desastres naturais, para controlar secas e chuvas e, acima de tudo, para manter o poder sobre a sociedade.

Eles não escreviam, mas pintavam. Seu tema favorito eram as batalhas rituais, que tinham o objetivo de capturar prisioneiros para a imolação. “Os mochicas fizeram do sacrifício humano um elemento religioso central”, diz Steve Bourget. Os murais coloridos da Huaca de la Luna mostram uma figura assustadora, com dentes de felino, que traz um machado em uma mão e uma cabeça na outra. Seu nome é Ai-Apaec, também chamado El Degollador em espanhol. O deus-sacrificador é uma figura comum entre as culturas andinas. Supõe-se que o seu culto tenha começado há mais de 3 000 anos. “Os mochicas elevaram o degolador ao posto de divindade máxima”, diz Santiago Uceda. Daí o nome. Ai-Apaec significa todo-poderoso na língua deles.

Faraós latinos

A subida de Ai-Apaec ao poder no mundo espiritual aconteceu por volta do ano 50 da nossa era. Foi quando uma classe de sacerdotes-guerreiros tomou o poder nos vales da costa norte peruana. Esses homens, conhecidos como lordes mochicas, criaram uma confederação de cidades-estado que dominou um território de 400 quilômetros de extensão. Transformaram enormes faixas de deserto em terras cultiváveis, construindo aquedutos tão eficientes quanto os da Roma antiga e que até hoje são usados pelos camponeses peruanos. Os mochicas também ergueram algumas das maiores construções da América pré-colombiana, como as huacas de El Brujo e Del Sol. Esta última tinha mais de 40 metros de altura e ocupava uma área superior à da famosa Pirâmide de Quéops, a maior do Egito. Sua principal cidade, no vale do Rio Moche, chegou a ter 15 000 habitantes. Lá, artesãos e ourives produziram as obras de arte mais espetaculares de toda a América pré-hispânica.

Escavações no sítio arqueológico no Peru. Imagem: Super Interessante.

“Os lordes criaram uma estrutura social incrivelmente complexa, baseada no controle da autoridade religiosa, política e militar”, disse o arqueólogo Walter Alva, diretor do Museu Brüning de Arte Pré-Colombiana em Lambayeque, Peru. Assim como os faraós egípcios, eles reivindicavam para si mesmos o status de divindade. Os cultos sangrentos eram demonstrações públicas intimidadoras. O Estado mochica usava o terror religioso – com requinte – como instrumento de poder político.

Culto à fertilidade

Também como os egípcios, os mochicas habitavam um deserto onde a água era o bem mais precioso. Como viviam da agricultura, dependiam inteiramente dos rios que descem da Cordilheira dos Andes. O calendário religioso acompanhava o ciclo das chuvas nas montanhas. Seus momentos mais importantes eram os cultos de fertilidade, duas vezes por ano, na chegada do verão e do inverno.

sábado, 8 de dezembro de 2012

A verdadeira história do Clube Bilderberg de Daniel Estulin.


O totalitarismo é uma solução patológica a uma vida insegura e atomizada, de maneira que permite vender a vontade imagens demagógicas à populações desmoralizadas. Este fato geral foi facilmente entendido pela força diretriz onipresente em organismos multinacionais como a Comissão Trilateral, o FMI, o secreto Conselho de Relações Exteriores e outras entidades corporativas-financistas-estatais, que formam parte de uma “rede universal” junto com o Grupo Bilderberg, que é o tumor dominante do sistema entrelaçado (que funcionava antes do retorno a um futuro “sem alternativa”).

Manter a maioria da população em um estado contínuo de ansiedade interior funciona, porque a gente está muito ocupada, assegurando nossa própria sobrevivência, ou lutando por ela, assim como, para colaborar na constituição de uma resposta eficaz. A técnica do "Clube", repetidamente utilizada, consiste em submeter a população e levar a sociedade a uma forte situação de insegurança, angústia e terror, de maneira que a gente chegue a sentir-se tão transbordada, que peça aos gritos, uma solução, seja qual for. No livro é explicado detalhadamente como aplicaram esta técnica com as faixas nas ruas, as crises financeiras, as drogas e o atual sistema educacional.

Não esperemos, pois, castigos, nem agressões claras e explicitas por parte dos senhores do mundo sobre a população em geral (sim sobre pessoas concretas), pelo menos até que consigam reduzir a população até o nível que eles consideram “manejável” e estejam seguros de não perder o controle sobre ela. Sua tática, por hora, é muito mais sutil e matreira; estão utilizando o conhecimento de todos os “grandes cérebros” do último século para conseguir seus objetivos: a submissão absoluta da população.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Nazistas na Amazônia: missão secreta para atacar países vizinhos.



Livro conta a história de expedição nazista à região. Na imagem uma cruz de 3 m, decorada com uma suástica, é colocada na cachoeira de Santo Antônio em homenagem a Joseph Greiner, membro da equipe que faleceu de malária durante a expedição. Imagem: Einestages Spiegel.

Os oficiais de Hitler estiveram aqui, gostaram do que viram e fizeram um plano audacioso e assustador: enviar uma missão secreta à Amazônia para atacar os países vizinhos e começar a ocupação da à América do Sul.
Os gringos querem tomar a Amazônia. Você já deve ter ouvido essa teoria conspiratória, que volta e meia aparece em conversas de bar. O que você provavelmente não sabe é que esse risco já existiu de verdade. Uma superpotência já esteve aqui mapeando o terreno. E não foram os EUA - foi a Alemanha nazista. "A tomada das Guianas é uma questão de primeira importância por razões político-estratégicas e coloniais." Essa frase faz parte de um relatório de 1940 preparado pelo biólogo e geógrafo Otto Schulz-Kamphenkel para a SS - a força de elite do Terceiro Reich. O objetivo da chamada Operação Guiana era colonizar as guianas Francesa, Inglesa e Holandesa. A invasão seria feita pelo norte do Brasil, pois os nazistas já haviam passado por aqui - e gostado do que viram. De 1935 a 1937, Schulz-Kamphenkel liderara uma expedição que começou em Belém do Pará e percorreu as margens do rio Jari, no atual estado do Amapá, até chegar à fronteira da Guiana Francesa.

Os metais preciosos da região e a forte influência dos ingleses na América do Sul foram os principais incentivadores da Operação Guiana. Em carta endereçada a Hitler, no dia 3 de abril de 1940, o oficial da SS Heinrich Peskoller diz que as reservas de ouro e diamantes locais seriam suficientes para sanar a situação financeira da Alemanha em poucos anos. "Na Guiana Britânica, a extração de ouro e diamante é mantida em baixa para não atrapalhar o mercado sul-africano (dominado também por ingleses). Nas mãos do Führer, cada metro quadrado de solo poderia ser em pouco tempo explorado pela grande Alemanha", escreveu o oficial.

Peskoller não queria apenas criar uma colônia para alimentar a economia do Terceiro Reich. A região teria importância na construção do Espaço Vital da raça ariana - pois os nazistas acreditavam que seria possível transformar a região em um lugar bom de viver. "O empenho e a técnica alemã poderiam domar as inúmeras cachoeiras na forma de usinas hidrelétricas colossais. Podendo fazer uma rede elétrica em todo o país com bondes, navegação fluvial, produção de madeiras nobres, pontes, aeroportos, escolas e hospitais. A comparação entre o antes e o depois da tomada dos alemães contaria pontos para o Führer", argumentava Peskoller.

A conquista das Guianas também traria outro grande benefício para os alemães: atrapalhar a Inglaterra. Os ingleses compravam muitas matérias-primas das Américas, e boa parte dos cereais consumidos no território inglês vinha da Argentina. Depois de montar a base na América do Sul e tomar as Guianas, o próximo passo dos nazistas seria mandar submarinos para a região - para que os navios que se dirigiam à Inglaterra fossem abatidos.

Em 1940, o projeto foi encaminhado a Heinrich Himmler, líder da SS e um dos principais nomes do governo nazista. "O plano parece romântico, mas é factível", defendeu Schulz-Kamphenkel. A operação, de acordo com o pesquisador, deveria ser feita em sigilo. Os alemães atacariam em duas frentes. Uma tropa de 150 soldados navegaria o rio Jari, no Amapá, para chegar a Caiena, capital da Guiana Francesa. Ao mesmo tempo, pequenas embarcações e 2 submarinos atacariam pela costa da Guiana.

A América do Sul e a Sibéria deslumbravam Schulz-Kamphenkel pelas riquezas naturais. Esses territórios eram considerados áreas ideais para a expansão do Terceiro Reich. Mas a invasão militar na Sibéria estava temporariamente descartada. Os Russos dominavam a região. E, até 22 de junho de 1941, estava em vigor um pacto de não-agressão germano-soviético. Sobrava a América do Sul.

Na avaliação dos nazistas, os países vizinhos não impediriam a invasão. O Brasil dera apoio irrestrito à primeira viagem de Schulz-Kamphenkel pela Amazônia, em 1935 (quando o pretexto dele era estudar a flora e a fauna locais), e não sabia dos planos de ataque. Uma possível represália dos EUA também era considerada improvável. Em 1940, eles ainda não estavam em guerra contra a Alemanha. Pela lógica da SS, a troca de poder nas colônias seria uma mera substituição de nações europeias na região - e não afetaria a influência dos americanos por aqui.

O plano também incluía previsões assustadoras para o período do pós-guerra. Após a conquista da Europa, o novo alvo seria o Japão. "Se conseguirmos assegurar (o território das Guianas), teremos uma posição estratégica para enfrentar o Japão", diz o relatório. Era uma questão de defesa. "Há o risco terrível de domínio amarelo no mundo. A raça branca está ameaçada pela raça amarela."

Antes de a guerra estourar, o jovem Otto Schulz-Kamphenkel já desfrutava de prestígio entre os homens fortes de Hitler. Sua primeira grande expedição foi na África, na atual região da Libéria, onde ele caçou animais - que vendeu para o zoológico de Berlim. Seu grande desejo era conhecer a floresta amazônica. A expedição ao Jari, em 1935, colocou o pesquisador no patamar dos mais prestigiados cientistas alemães da época. O Museu de História Natural de Berlim ainda expõe animais empalhados trazidos por Schulz-Kamphenkel, que também gravou um filme de 90 minutos, tirou 250 fotos e escreveu o livro O Enigma do Inferno Verde, que vendeu 100 mil exemplares na época. "A descrição da paisagem é muito precisa. Ainda hoje é possível se guiar na região com as referências dadas no livro", diz Cristoph Jaster, chefe do Parque Nacional Tumucumaque, no estado do Amapá.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Estrela e a crescente do Islã


 Estrela e a Crescente do Islã. Imagem: Simbol Dictionary.

Este emblema, comumente reconhecido como o símbolo da fé islâmica, é mais por ter adquirido essa associação à fé do que pela intenção.

A estrela e o crescente são um símbolo em si muito antigo, que remonta ao início de civilização suméria, onde foi associado com o deus Sol e a deusa Lua (sua primeira datação remonta 2100 aC) e, mais tarde, como as deusas Tanit e Diana. O símbolo permaneceu em uso constante, e acabou por ser adotado como padrão em batalhas pela dinastia otomana, que são os principais responsáveis ​​por sua associação com o Islã. 

Como a dinastia era também responsável pela fé, era inevitável que seu símbolo estaria associada ao Islã também. Note-se que não há nenhuma menção de tal símbolo no Corão, o livro sagrado do Islã, não há qualquer relação entre o crescente e a estrela ao Profeta (cuja bandeira era preto e branco, com a inscrição "Nasr hum min Allah "," com a ajuda de Deus. ")

Yggdrasil (Árvore da Vida na mitologia nórdica)


Símbolo nórdico que representa a Yggdrasil, a árvore da vida. Imagem: Simbol Dictionary.

Uma imagem estilizada de Yggdrasil, a gigantesca árvore dos mundos na mitologia nórdica que une os Nove Mundos ou reinos da existência. Esta imagem aparece na famosa tapeçaria Överhogdal, que remonta ao ano de 1066 e retrata os acontecimentos do Ragnarok, a profecia apocalíptica pré-cristã da lenda nórdica.O freixo do mundo engloba os nove mundos, e é guardada pela Serpente Jörmungandr. Yggdrasil é uma das muitas variações do eixo cósmico ou Árvore do Universo,  conhecida por todas as culturas humanas.


Gravura da Idade Média representando a Yggdrasil. Imagem: Simbol Dictionary.

Yggdrasil é o lar de muitas criaturas, especialmente a serpente Nidhogg ou Dragão, que se esconde na base, o Galo Gullinkambi (pente de ouro), que vive no pico da árvore, e o esquilo, Ratatosk, que transmite mensagens entre eles. 

Sleipnir (Corcel de Odin)

Sleipnir, o Corcel de Odin, em sua forma de roda de oito raios solares. Imagem: Simbol Dictionary.

Sleipnir (em nórdico, ”Corcel deslizante”) é o lendário cavalo de oito patas pertencente a Odin, o deus-pai do panteão nórdico. Sleipnir carrega Odin entre o mundo dos deuses e o mundo da matéria ou Midgrad. As oito pernas simbolizam as direções da bússola, e Sleipnir a capacidade de viajar através de terra e ar.   
Sleipnir, em uma gravura clássica. Imagem:  Simbol Dictionary.

As oito pernas de Sleipnir também eram o simbolo da roda com oito raios solares, e, provavelmente, dizem respeito a uma forma anterior de Odin como um deus-sol. Há alguma evidência de que Odin foi uma época antropomorfizado como um cavalo; com as mesmas capacidades de Sleipnir para viajar instantaneamente e associado com a luz solar.