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terça-feira, 13 de julho de 2010

A CAVALARIA MEDIEVAL!

Símbolo do imaginário da Idade Média, passou de título de nobreza e figura essencial no campo de batalha a um ideal romantizado, exercitado em torneios e popularizado graças aos contos de cavalaria.

Armaduras.

Para um cavaleiro medieval, perder um cavalo significava desespero. Além do alto custo de adquirir um novo animal de boa linhagem com todos os equipamentos necessários, a cavalaria era, por volta do século 12, intimamente associada à nobreza - ou seja, lutar a pé era uma evidente perda de status. Por isso, compreende-se o apelo angustiado do rei inglês Ricardo III: “Um cavalo, um cavalo, meu reino por um cavalo!”, ele repetia, ao perder sua montaria durante a Batalha de Bosworth, em 1485 - e a fala está na peça Ricardo III do dramaturgo inglês William Shakespeare. Dá uma boa idéia do que representavam o cavaleiro e a montaria na Idade Média. Eram fundamentais nos combates. Alguns viraram lendas pelas atuações nas batalhas e nos torneios de cavaleiros, outros foram idealizados em contos, livros e peças como a de Shakespeare.

O COMEÇO NA CAVALARIA

A conexão do futuro cavaleiro, sempre de linhagem nobre e muitas vezes com sangue real, com a prática começava cedo. Ao 7 anos, o garoto era iniciado em sua formação como pajem. Aos 12, passava a servir seu senhor feudal, quando recebia instrução militar e subia ao posto de escudeiro. Era com esse status que partia com seu suserano para assistir a suas primeiras batalhas reais e aprendia o manejo da lança e da espada. Se sobrevivesse à experiência, provasse seu valor e tivesse dinheiro suficiente para arcar com os custos, entre os 18 e 20 anos ele era armado cavaleiro num ritual que marcava a passagem da adolescência para a idade adulta.
O ritual de sagração de cavaleiro dava a medida da importância do título. Implicava em mostrar sua virilidade em combates simulados durante uma festa – às vezes até em presença do rei –, na observação do jejum e em uma noite de vigília das armas, seguida da comunhão, que incluía a bênção da espada do aspirante. O rapaz fazia então seu juramento, prometendo seguir os códigos de lealdade e honra. De acordo com o professor Wolfgang Henzler, especialista em história e armas medievais da Universidade de Freiburg, na Alemanha, "ele recebia um tapa no rosto ou um golpe no ombro ou na nuca do seu senhor, que finalmente dizia: `Eu te faço cavaleiro em nome do Padre e do Filho e do Espírito Santo, de São Miguel e de São Jorge. Sê valente, destemido e leal´. E dali saía montado em seu cavalo".

No campo de batalha, as formações da cavalaria começavam com as lanças. Funcionava assim: cada lança trazia uma fileira com o cavaleiro, seu escudeiro, um pajem e dois arqueiros ou besteiros. Cerca de seis lanças se configuravam como uma bandeira, que por sua vez constituíam uma companhia de homens de armas. "Não é à toa que os cavalos recebiam um tratamento muitas vezes superior ao despendido aos soldados. A perda do cavalo em combate podia custar a vida de seu cavaleiro, já que suas armaduras eram mais leves do que as dos soldados desmontados, resistindo bem menos a flechas e golpes de espada”, diz Henzler.

 Em campo as batalhas eram duras e sangrentas.

CONTRA A DECADÊNCIA, FESTIVAIS.

No século XIV, na era das cruzadas, a cavalaria ganhou um aspecto mais

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A GLÓRIA DO POVO BASCO!

País Basco (Espanha)


O País Basco ou Euskadi é uma das 17 comunidades autônomas da Espanha, situada no nordeste daquele país, junto aos Pirenéus, e possui "Nacionalidade Histórica" reconhecida pela Constituição Espanhola.




ESCUDO DO PAÍS BASCO




BANDEIRA DO PAÍS BASCO




MAPA DO PAÍS BASCO


A sua denominação oficial é Comunidad Autónoma del País Vasco, em castelhano, e Euskal Autonomia Erkidegoa, em basco. Os nacionalistas bascos consideram este território, o "País Basco do Sul" ou Hegoalde como parte da nação basca, junto com a Comunidade Foral de Navarra (Nafarroa, em basco), também em Espanha e três partes do departamento francês dos Pirineus Atlânticos, nomeadamente, Sola (Zuberoa) Lapurdi e Baixa Navarra (Nafarroa Beherea), que formam o "País Basco do Norte" (Iparralde) ou "País Basco francês".


O País Basco espanhol está dividido em três províncias: Álava (Araba), Biscaia (Bizkaia) e Guipúscoa (Gipuzkoa).


Principais Cidades:Bilbao/Bilbo(a mais populosa),Donostia/San Sebastian,Gasteiz/Vitoria(a capital politica de Euskara/Pais Basco).


Principal aeroporto internacional:Bilbao/Bilbo(BIO).


História dos bascos


Presume-se que o povo basco tenha ocupado a Península Ibérica por volta do ano 2000 a.C. e tenha resistido as constantes invasões sofridas pela região ao longo dos séculos. Apesar da dominação romana, os bascos mantiveram sua língua, costumes e tradições, num processo de constante resistência. A língua basca ou euskera não tem parentesco com as línguas indo-europeias, embora seja a língua mais antiga falada hoje na Europa, o vasconço somente constitui-se como língua escrita no século XVI e reforçou o sentimento de união do povo.


Entre os séculos XV e XVI, a região sul foi submetida ao Estado Espanhol, que havia sido iniciado com o casamento dos reis católicos Fernando e Isabel.
Há no território vasco, entre outros, movimentos que desejam uma relação mais federalista com a Espanha e alguns que desejam a separação desta. Ainda que não se saiba a proporção desta parcela, todos os partidos legais, bem como a maioria da população da região condenam a ação do grupo terrorista ETA.


Geografia


Sua região é principalmente montanhosa, conformada pelos Montes Bascos e a imponente Serra Cantábria no sul, com o Toloño como máxima altitude.
No País Basco podem distinguir-se quatro zonas climáticas: a vertente atlântica ao norte, uma zona de clima subatlântico (Vales Ocidentais de Álava e a Llanada Alavesa), uma zona de clima submediterrâneo e, ao extremo Sul, entrando na depressão do Ebro e Rioja Alavesa, onde se passa a um clima com verão claramente seco e caloroso do tipo continental.


Organização territorial



Paisagem do País Basco.


Territórios históricos


O País Basco compreende três províncias da Espanha, as quais recibem a denominação de territórios históricos:


• Álava (299.957 habitantes). Capital: Vitoria


• Guipúzcoa (688.708 habitantes). Capital: San Sebastián


• Vizcaya (1.136.181 habitantes). Capital: Bilbao


Municípios


O País Basco divide-se em 253 municípios, 51 em Álava, 88 em Guipúzcoa e 114 em Vizcaya.


DEMOGRAFIA


Graças a ser um dos focos iniciais da revolução industrial na Espanha, a população do País Basco teve um grande crescimento desde meados do século XIX até princípios dos anos 70, recebendo uma grande imigração de outras regiões espanholas. Entretanto, o fim do protecionismo, a crise industrial, a instabilidade política e o descenso da natalidade tem provocado um retrocesso demográfico e desde a Transição, a região está com crescimento.
Segundo o censo Instituto Nacional de Estatística da Espanha (o INE) de 2006, o País Basco conta com uns 4,01% de imigração, o que representa uma das porcentagens mais baixas da Espanha e constitui menos da metade da média nacional (9,27%).


Economia


Apesar de sua extensão relativamente pequena, o País Basco concentra um grande volume de indústrias e é uma das regiões mais ricas da Espanha: 117,1% da média européia do PIB per capita (dados Eustat, ano 2002). A meados dos anos 80, em plena crise económica, produziu-se a reconversão industrial e a reindustrialização, o qual produziu um importante recesso e, já recuperada desta situação desde muito tempo, é na atualidade uma das regiões mais desenvolvidas da Espanha e segundo um estudo do Instituto Basco de Estatística seguindo metodologia da ONU a região alcançaria em 2004 um dos Índices de Desenvolvimento Humano mais altos do mundo.


Línguas


No País Basco fala-se duas línguas: o castelhano e o euskera, sendo esta última a língua originária da região. O euskera, ao contrário do resto das línguas ibéricas modernas, não procede do latim nem pertence a família indo-europeia. No ano de 2001, 49,6% da população era monolíngue em castelhano, 32,2% era bilingue e 18,2% era bilingue passivo (entendia euskera ainda que o falasse com dificuldade).[3] Estas porcentagens variam de um território histórico a outro, sendo Guipúzcoa onde mais se fala euskera e Álava onde menos.


Política



Museu Guggenheim de Bilbao.
A opção política maioritária desde a transição democrática é do "nacionalismo basco", em suas diversas variantes desde as mais moderadas até as mais radicais e com suas diferentes concepções para a configuração da atual Comunidade Autônoma (independente, autonôma, federalista …). Dita opção disputa o mapa eleitoral com outras ideologias denominadas "não nacionalistas", de amplo respaldo no território histórico de Álava, tradicionalmente castelhano-falante.


Segurança


O País Basco dispõe de uma policia própria, a Ertzaintza. Atualmente tem cuidado de todas competências exceto na luta antiterrorista, no controle de aduanas, documentação, passaportes e visas. A Guarda Civil e a Policía Nacional contam com um número mínimo de efetivos e encarregam-se das aduanas e da tramitação de documentos oficiais. A presença da Policía Nacional no País Basco se reduz a 4 comissários, das quais duas encontram-se em Guipúzcoa (San Sebastián e Irún), uma em Vizcaya (Bilbao) e outra em Álava (Vitoria), enquanto que a Guardia Civil dispõe mais de duas dezenas de quartéis repartidos pela geografia basca.


VOCÊ QUER SABER MAIS?

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

COMO OS MAIAS CONTAVAM O TEMPO?

Calendário maia


O calendário maia é um sistema de calendários e almanaques distintos, usados pela civilização maia da Mesoamérica pré-colombiana, e por algumas comunidades maias modernas dos planaltos da Guatemala.


Estes calendários podem ser sincronizados e interligados, suas combinações dando origem a ciclos adicionais mais extensos. Os fundamentos dos calendários maias baseiam-se em um sistema que era de uso comum na região, datando pelo menos do século VI a.C.. Tem muitos aspectos em comum com calendários empregados por outras civilizações mesoamericanas anteriores, como os zapotecas e olmecas, e algumas civilizações suas contemporâneas ou posteriores, como o dos mixtecas e o dos astecas. Apesar de o calendário mesoamericano não ter sido criado pelos maias, as extensões e refinamentos por eles efetuados foram os mais sofisticados. Junto com os dos astecas, os calendários maias são os melhores documentados e compreendidos.
Pela tradição da mitologia maia, como está documentado nos registros colonais iucatecas e reconstruído de inscrições do Clássico Tardio e Pós-clássico, a deidade Itzamna é frequentemente creditada como tendo levado o conhecimento do sistema de calendários aos maias ancestrais, junto com a escrita em geral e outros aspectos fundacionais da cultura maia.


O mais importante destes calendários é aquele com período de 260 dias. Este calendário de 260 dias era prevalente em todas as sociedades mesoamericanas, e é de grande antiguidade (quase certamente o mais velho dos calendários). Ainda está em uso em algumas regiões de Oaxaca, e pelas comunidades maias dos planaltos da Guatemala. A versão maia é conhecida pelos estudiosos como tzolkin, ou Tzolk'in na ortografia revisada da Academia de Lenguas Mayas de Guatemala. O tzolkin é combinado com outro calendário de 365 dias (conhecido como haab, ou haab'), para formar um ciclo sincronizado durando 52 haabs, chamado de roda calendárica. Ciclos menores de 13 dias (a trezena) e 20 dias (a vintena) eram componentes importantes dos ciclos tzolkin e haab, respectivamente.


Uma forma diferente de calendário era usada para manter registros de longos períodos de tempo, e para a inscrição da data de calendário (identificando quando um evento aconteceu em relação a outros). Esta forma, conhecida como calendário de contagem longa mesoamericano ou contagem longa, é baseada no número de dias transcorridos desde um ponto inicial mítico. De acordo com a correlação entre a contagem longa e os calendários ocidentais aceita pela grande maioria dos pesquisadores maias (conhecida como a correlação GMT), este ponto inicial é equivalente ao dia 11 de agosto de 3114 a.C. no calendário gregoriano proléptico, ou 6 de setembro no calendário juliano (-3113 astronômico). A correlação Goodman-Martinez-Thompson foi escolhida por Thompson em 1935 baseado em correlações anteriores de Joseph Goodman em 1905 (11 de agosto), Juan Martínez Hernández em 1926 (12 de agosto), e John Eric Sydney Thompson em 1927 (13 de agosto). Pela sua natureza linear, a contagem longa podia ser estendida para se referir a qualquer data no futuro ou passado distantes. Este calendário envolvia o uso de um sistema de notação posicional, em que cada posição significava um múltiplo cada vez maior do número de dias.


O sistema numérico maia era essencialmente vigesimal (ou seja, tinha base numérica 20), e cada unidade de uma dada posição representava 20 vezes a unidade na posição que a precedia. Uma exceção importante foi feita no valor de segunda ordem, que em vez disto representava 18 × 20, ou 360 dias, mais próximo do ano solar do que seriam 20 × 20 = 400 dias. Deve-se contudo notar que os ciclos da contagem longa eram independentes do ano solar.
Muitas inscrições da contagem longa maia são suplementadas com uma série lunar, que fornece informações sobre a fase lunar e posição da Lua em um ciclo semi-anual de lunações.


Um ciclo de Vênus com 584 dias também era mantido, e registrava as ascensões heliacais de Vênus como estrela da manhã ou da tarde. Muitos eventos neste ciclo eram vistos como sendo astrologicamente inauspiciosos e perniciosos, e ocasionalmente as guerras eram iniciadas de forma a coincidir com estágios deste ciclo.
Outros ciclos, combinações e progressões de calendários menos prevalentes ou mal-compreendidos, também eram seguidos. Uma contagem de 819 dias aparece em algumas poucas inscrições. Conjuntos repetitivos de intervalos de 9 e 13 dias associados com diferentes grupos de deidades, animais e outros conceitos significativos também são conhecidos.


Conceito maia de tempo


Com o desenvolvimento do calendário da contagem longa e sua notação posicional (que se acredita herdada de outras culturas mesoamericanas), os maias tinham um sistema elegante no qual os eventos podiam ser registrados de forma linear uns relativamente aos outros, e também com respeito ao próprio calendário ("tempo linear"). Em teoria, este sistema pode ser estendido para delinear qualquer extensão de tempo desejado, simplesmente aumentando o número de marcadores de maior ordem usados (gerando assim uma sequência crescente de múltiplos de dias, cada dia na sequência identificado univocamente por seu número da contagem longa). Na prática, a maioria das inscrições maias da contagem longa limitam-se em registrar somente os primeiros 5 coeficientes neste sistema (uma contagem b'ak'tun), que era mais do que adequado para expressar qualquer data histórica ou atual (20 b'ak'tuns são equivalentes a cerca de 7885 anos solares). Mesmo assim, existem inscrições que apontavam ou implicavam sequências maiores, indicando que os maias compreendiam bem uma concepção linear do tempo (passado-presente-futuro).


Contudo, e em comum com outras sociedades mesoamericanas, a repetição dos vários ciclos calendáricos, os ciclos naturais de fenômenos observáveis, e a recorrência e renovação da imagética de morte-renascimento em suas tradições mitológicas eram influências importantes e ominpresentes nas sociedades maias. Esta visão conceitual, em que a "natureza cíclica" do tempo é destacada, era preeminente, e muitos rituais estavam ligados à conclusão e recorrência dos vários ciclos. Como as configurações particulares do calendário eram novamente repetidas, também o eram as influências "sobrenaturais" a que elas estavam associadas. Desta forma, cada configuração particular do calendário tinha um "caráter" específico, que influenciaria o dia que exibia tal configuração. Divinações poderiam então ser feitas a partir dos augúrios associados com uma certa configuração, uma vez que os eventos em datas futuras seriam sujeitos às mesmas influências conforme as datas correspondentes de ciclos prévios. Eventos e cerimônias eram marcados para coincidir com datas auspiciosas, e evitar as inauspiciosas.


O final de ciclos de calendário significativos ("finais de período"), como um ciclo k'atun, geralmente eram marcados pela ereção e dedicação de monumentos específicos (principalmente inscrições em estelas, mas algumas vezes complexos de pirâmides gêmeas como as de Tikal e Yaxha), comemorando o final, acompanhado por cerimônias dedicatórias.
Uma interpretação cíclica também é notada nos mitos de criação maias, em que o mundo atual e os humanos nele foram precedidos por outros mundos (de um a cinco outros, dependendo de onde vem a tradição) que foram feitos de várias formas pelos deuses, mas subsequentemente destruídos. O mundo atual teria uma existência tênue, requerendo súplicas e ofertas de sacrifícios periódicos para manter o equilíbrio de existência continuada. Temas similares fazem parte dos mitos de criação de outras sociedades mesoamericanas.


Calendário tzolk'in


O tzolk'in (na ortografia maia moderna , também escrito tzolkin) é o nome comumente empregado pelos estudiosos da civilização maia para o Ciclo Sagrado Maia ou calendário de 260 dias. A palavra tzolk'in é um neologismo cunhado na língua maia iucateque, para significar "contagem de dias". Os vários nomes deste calendário usados pelos povos maias pré-colombianos ainda são debatidos pelos estudiosos. O calendário asteca equivalente foi chamado tonalpohualli, na língua náuatle.
O calendário tzolk'in combina vinte nomes de dias com os treze números do ciclo trezena para produzir 260 dias únicos. Ele é usado para determinar o momento de eventos religiosos e cerimoniais e para divinação. Cada dia sucessivo é numerado de 1 a 13 e então começa novamente em 1. Além disso, a cada dia é dado um nome uma lista sequencial de 20 nomes de dias:




Calendário tzolk'in: nomes dos dias e glifos associados (em sequência)


Notas:
1. o número sequencial do dia designado no calendário Tzolk'in.


2. Nome do dia, na ortografia padrão revista padrão da Academia Guatemalteca de Línguas Maias.


3. Exemplo de glifo (logograma) para o dia designado. Notar que para a maior parte destes existem várias formas diferentes; as aqui mostradas são as versões talhadas nos monumentos (estas são versões em cartela).


4. Nome do dia, conforme registros em língua iucateque do século XVI, principalmente de Diego de Landa; até há pouco tempo, esta ortografia era largamente difundida.


5. Na maioria dos casos, não é conhecido o verdadeiro nome do dia, tal qual era falado nos tempos do período clássico(c. 200-900) em que foi feita a maioria das inscrições. As versões aqui apresentadas (em maia clássico, a principal língua usada nas inscrições) são reconstruções baseadas em evidências fonológicas, se existentes; o símbolo '?' indica que se trata de uma tentativa de reconstrução.


Alguns sistemas começavam a contagem em 1 Imix', seguido por 2 Ik', 3 Ak'b'al, etc. até 13 B'en. Os números de dias da trezena então começa novamente em 1 enquanto a sequência de nomes de dias continua, assim os próximos dias na sequência são 1 Ix, 2 Men, 3 K'ib', 4 Kab'an, 5 Etz'nab', 6 Kawoq, e 7 Ajau. Com todos os vinte nomes de dias usados, estes começam a repetir o ciclo enquanto a sequência numérica continua, assim o próximo dia após 7 Ajaw é 8 Imix'. A repetição completa destes ciclos interconectados de 13 e 20 dias portanto leva 260 dias para se completar (ou seja, para que todas as combinações possíveis de número/nome de dia acontecer uma vez).


Origem do Tzolk'in


A origem exata do Tzolk'in não é conhecida, mas existem várias teorias. Uma teoria é que o calendário vem de operações matemáticas baseadas nos números 13 e 20, que eram números importantes para os maias. Os dois números multiplicados um pelo outro dão 260. Outra teoria é que o período de 260 dias vem da duração da gestação humana. Este número é próximo do número médio de dias entre o primeiro período menstrual perdido e o nascimento, diferente da Regra de Naegele, que é de 40 semanas (280 dias) entre a última menstruação e o nascimento. É postulado que as parteiras teriam desenvolvido originalmente este calendário para prever as datas de nascimento dos bebês.


Uma terceira teoria vem do entendimento da astronomia, geografia e paleontologia. O calendário mesoamericano provavelmente se originou com os olmecas, e um assentamento existia em Izapa, no sudeste de Chiapas, México, antes de 1 200 a.C.. Lá, a uma latitude de cerca de 15ºN, o Sol passa pelo zênite duas vezes por ano, e existem 260 dias entre as passagens no zênite, e gnômons (usados geralmente para a observação do percurso do sol e em particular suas passagens pelo zênite) foram encontrados nesse e noutros lugares. O almanaque sagrado pode muito bem ter sido iniciado em 13 de agosto de 1359 a.C, em Izapa. Vincent H. Malmström, um geógrafo que sugeriu este local e data, apresenta suas razões:


Astronomicamente, é a única latitude na América do Norte onde um intervalo de 260 dias (a duração do "estranho" almanaque sagrado usado na região em tempos pré-colombianos) pode ser medido entre posições verticais do Sol -- um intervalo que começa no dia 13 de agosto -- o dia que os povos da Mesoamérica acreditavam que o mundo presente foi criado; Historicamente, era o único lugar nesta latitude que era antigo o suficiente para ser o berço do almanaque sagrado, que naquela época (1973) se pensava datar dos séculos IV ou V a.C; e Geograficamente, era o único lugar sobre o paralelo de latitude apropriado que está em um nicho ecológico tropical de terras baixas onde criaturas como jacarés, macacos e iguanas eram nativos -- todos eles usados como nomes de dias no almanaque sagrado.
Malmström também oferece fortes argumentos contra duas das explicações anteriores.
Uma quarta teoria é a de que o calendário é baseado nas colheitas. Do plantio à colheita há aproximadamente 260 dias.


HAAB:






CALENDÁRIO HAAD


O Haab' era o calendário solar maia composto de dezoito meses de vinte dias cada mais um período de cinco dias ("dias sem nome") no fim do ano conhecidos como Wayeb' (ou Uayeb na ortografia do século XVI). Bricker (1982) estimou que o Haab' foi usado pela primeira vez cerca de 550 a.C. com o ponto de início no solstício de inverno.
Os nomes dos meses do Haab' são conhecidos atualmente pelos nomes correspondentes em maia iucateque da eras colonial, conforme transcritos por fontes do século XVI (em particular, Diego de Landa e livros como o Chilam Balam de Chumayel). Análises fonêmicas dos nomes de glifos Haab' em inscrições maias pré-colombianas demonstram que os nomes destes períodos de vinte dias variavam consideravelmente de região para região e de período para período, refletindo diferenças na(s) lingua(s) de básica e usos nas eras Clássica e Pós-clássica predatando seus registros por fontes espanholas.
Cada dia no calendário Haab' era identificado por um número de dia do mês seguido pelo nome do mês. Os números dos dias começam com um glifo traduzido como "assento de" um nome de mês, que é usualmente atribuído como o dia 0 do mês, apesar de uma minoria o tratar como o dia 20 do mês que precede o mês nomeado. No último caso, o "assento de Pop" é o dia 5 de Wayeb'. Para a maioria, o primeiro dia do ano era 0 Pop (o assentamento de Pop). Ele era seguido de 1 Pop, 2 Pop, até 19 Pop, então 0 Wo, 1 Wo, e assim por diante.
Como um calendário para manter registro das estações, o Haab' era um pouco impreciso, já que tratava o ano como tendo exatamente 365 dias, e ignorava o excedente de um quarto de dia (aproximado) no ano tropical real. Isto significa que as estações se moviam com respeito ao calendário por um quarto de dia a cada ano, de forma que os meses do calendário com nomes de estações em particular não mais corresponderiam a estas estações após alguns séculos. O Haab' é equivalente ao ano de 365 dias dos antigos egípcios.


Wayeb'


Os cinco dias sem nome no fim do calendário, chamados Wayeb', eram dias que se acreditavam perigosos. Foster (2002) escreve que "durante o Wayeb' , os portais entre o reino mortal e o submundo se dissolviam. Nenhum limite impedia que as deidades mal-intencionadas causassem desastres". Para afastar os maus espíritos, os maias tinham costumes e rituais que eram praticadas durante o Wayeb' . Por exemplo, as pessoas evitavam sair de casas e lavar ou pentear o cabelo.


Ciclo de Calendário


Nem o sistema Tzolk'in nem o Haab' numeram os anos. A combinação de uma data Tzolk'in e uma data Haab' era suficiente para identificar uma data para a satisfação da maior parte das pessoas, já que uma combinação destas não se repete antes de 52 anos, muito acima da expectativa de vida geral da época.
Estes dois calendários eram baseados em 260 e 365 dias respectivamente, o ciclo completo se repete exatamente a cada 52 anos Haab'. Este período era conhecido como um Ciclo de Calendário. O fim do Ciclo de Calendário era um período de tensão e má sorte entre os maias, eles esperavam para ver se os deuses concederiam outro ciclo de 52 anos.


Contagem longa




Detalhe mostrando três colunas de glifos da Estela 1 de La Mojarra do século II d.C.. A coluna da esquerda dá a data de contagem longa 8.5.16.9.9, ou 156 d.C.. As duas colunas da direita são glifos da escrita epiolmeca.
Como as datas da roda calendárica só podem distinguir 18 980 dias, equivalentes a cerca de 52 anos solares, o ciclo se repete aproximadamente uma vez em uma vida, e portanto, um método mais refinado para manter datas era necessário para registrar a história de forma mais precisa. Assim, para manter datas sobre períodos mais longos que 52 anos, os mesoamericanos criaram o calendário da contagem longa.
O nome maia para dia era k'in. Vinte destes k'ins são conhecidos como um winal ou uinal. Dezoito winals fazem um tun. Vinte tuns são conhecidos como k'atun. Vinte k'atuns fazem um b'ak'tun.


O calendário da contagem longa identifica uma data contando o número de dias desde a criação maia, 4 Ahaw, 8 Kumk'u (11 de agosto de 3114 a. C. no calendário gregoriano proléptico ou 6 de setembro no calendário juliano). Mas em vez de usar um esquema de base 10 (decimal), como a numeração ocidental, os dias da contagem longa eram registradas em um esquema de base 20 modificado. Assim, 0.0.0.1.5 é igual a 25, e 0.0.0.2.0 é igual a 40. Como a unidade winal reinicia ao chegar a 18, a contagem longa usa a base 20 consistentemente só se o tun for considerada a unidade primária de medida, não o k'in, com o k'in e winal sendo os números de dias em um tun. A contagem longa 0.0.1.0.0 representa 360 dias, em vez de 400 em uma contagem de base 20 pura.




Tabela de unidades da contagem longa


Existem também quatro ciclos de ordem superior raramente usados: piktun, kalabtun, k'inchiltun, e alautun.
Como as datas da contagem longa não são ambíguas, esta estava particularmente bem adaptada para o uso em monumentos. As inscrições monumentais não só incluíam os cinco dígitos da contagem longa, mas também incluíam os dois caracteres tzolk'in seguidos pelos dois caracteres haab'.
A interpretação incorreta do calendário mesoamericano de contagem longa forma a base de uma crença do movimento Nova Era, de que um cataclismo aconteceria no dia 21 de dezembro de 2012. 21 de dezembro de 2012 é apenas o último dia do 13º b'a'ktun. Não é o final da contagem longa, pois ainda se seguirão os b'a'ktuns 14º a 20º.
Sandra Noble, diretora executiva da organização de pesquisa mesoamericana FAMSI, aponta que "para os antigos maias, era motivo de grande celebração chegar ao fim de um ciclo completo". Considera ainda, que a apresentação de dezembro de 2012 como um evento de fim de mundo ou mudança cósmica como "uma total invenção e uma chance para muita gente ganhar dinheiro".


Ciclo de Vênus


Outro calendário importante para os maias era o ciclo de Vênus. Os maias eram astrônomos hábeis, e podiam calcular o ciclo de Vênus com extrema precisão. Existem seis páginas no Códex de Dresden (um dos códices maias) devotadas ao cálculo preciso da ascensão heliacal de Vênus. Os maias conseguiram atingir tal precisão por observação cuidadosa ao longo de muitos anos. Existem várias teorias sobre porque o ciclo de Vênus era especialmente importante para os maias, incluindo a crença de que estava associado com a guerra e que era usado para adivinhar bons períodos (chamada astrologia eletiva) para coroações e guerras. Os governadores maias planejavam o início das guerras quando Vênus ascendia. Os maias possivelmente também registravam os movimentos de outros planetas, incluindo Marte, Mercúrio, e Júpiter.


VOCÊ QUER SABER MAIS?


Academia de las Lenguas Mayas de Guatemala. Lenguas Mayas de Guatemala: Documento de referencia para la pronunciación de los nuevos alfabetos oficiales. Guatemala City: . Refer citation in Kettunen and Hemke (2005:5) for details and notes on adoption among the Mayanist community.


"Mythological" in the sense that when the Long Count was first devised sometime in the Mid- to Late Preclassic, long after this date; see for e.g. Miller and Taube (1993, p.50).


Você quer saber mais?

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal


sábado, 26 de junho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A ORIGEM DO FUTEBOL

A evolução da bola


A Idade das Trevas


Quem pode afirmar quando começou o jogo? Chutar é uma ação bem instintiva, por isso, sem dúvida, o homem da Idade de Pedra deu, sem querer, uma batida numa pedra ou num osso com seu pé e, talvez, um dia alguém chutou de volta e tudo começou assim.
Contudo, as primeiras indicações de uma maneira formal primitiva de futebol datam de 3000 anos atrás na China da Antiguidade. Uma partida jogada com uma bola de pele de animal recheada de pelo ou penas que era chutada entre estacas de cerca de 10 metros de altura e era, muito provavelmente, utilizada para treinamento militar. Em 50 dC, o jogo foi denominado tsu chu e registros antigos comparam a bola redonda e o gol quadrado como Yin e Yang, os símbolos antigos da harmonia.




Provavelmente, o futebol começou há 3000 anos atrás na China. Esta aquarela mostra Kemari, uma versão japonesa cerimonial do jogo. Ilustração cortesia do Museu Nacional do Futebol, em Preston, Reino Unido.


Os gregos e romanos foram os maiores expoentes de jogos. Construíram arenas por todo seu império e transformaram tudo em teatro, desde corridas de carruagem até combates de gladiadores, em que ferimentos graves ou mesmo a morte eram coisas naturais e faziam parte do espetáculo. Comparado a isso, chutar uma bola parece sem graça, todavia, há indicações de que eles jogavam um tipo de futebol também. No caso dos gregos, era chamado de “episkyros”, e dos romanos, um jogo chamado “harpustum” – mas ambos eram principalmente jogos em que a bola era carregada.
“Harpastum” veio da palavra grega “Harpazein” que significa agarrar. A bola era pequena, quase do tamanho de um melão, e dura, principalmente porque era recheada com areia. O jogo acontecia num campo demarcado, com cada jogador em uma posição como hoje, e os times, provavelmente, formados de 12 jogadores. O jogo mesmo era mais parecido com o rugby, com mais arremessos que chutes, e exigia considerável agilidade. As regras, parece, eram inversas ao do futebol, uma vez que o objetivo era fazer com que a bola permanecesse atrás da linha central, em seu próprio lado, e não permitir que o adversário a pegasse. Os gols eram marcados se a bola batesse no chão.


“Harpastum” veio da palavra grega “Harpazein” que significa agarrar. A bola era pequena, quase do tamanho de um melão, e dura, principalmente porque era recheada com areia. O jogo acontecia num campo demarcado, com cada jogador em uma posição como hoje, e os times, provavelmente, formados de 12 jogadores. O jogo mesmo era mais parecido com o rugby, com mais arremessos que chutes, e exigia considerável agilidade. As regras, parece, eram inversas ao do futebol, uma vez que o objetivo era fazer com que a bola permanecesse atrás da linha central, em seu próprio lado, e não permitir que o adversário a pegasse. Os gols eram marcados se a bola batesse no chão.


Dizem que os Vikings chutavam as cabeças de seus inimigos, o que não era um comportamento muito agradável, mas as sociedades um pouco mais civilizadas, como os japoneses, persas, egípcios, assírios e índios norte-americanos, todos jogavam um tipo de jogo com bola. Os astecas no México desenvolveram seu próprio jogo de chutar, para o qual utilizavam uma pedra coberta com uma fina capa de resina. O jogo, conhecido como “tlatchi”, acontecia entre dois times com sete homens e era uma atividade cultural muito importante. Os jogos aconteciam em estádios construídos para este fim e apostavam-se grandes somas de dinheiro nos resultados.
A essência toda do futebol está em seu implemento mais simples – a bola. E tem de ser um tipo especial de bola, também, com a habilidade de voar pelo ar quando direcionada pelo jogador e – o mais importante – repicar de forma previsível. Foi, de fato, somente com o desenvolvimento de uma bola que repicava e a pura satisfação em chutá-la de jeitos variados, que fez do futebol o jogo mais popular e de maior sucesso no mundo.


VOCÊ QUER SABER MAIS?


Pearson, Harry (25/11/2005). Premiership could learn from Titchy Kid and Hogger (em inglês). The Guardian. Página visitada em 19/06/2010.


Massarani, Abruccio. Luisa,Marcos,BOLA NO PÉ: A INCRÍVEL HISTÓRIA DO FUTEBOL. Editora: CORTEZ, ISBN: 85-249-0993-5.


Saldanha,João em seu livro "O Futebol" - Bloch Editores, Rio de Janeiro, 1971, pg. 46.


http://www.museudosesportes.com.br/noticia.php?id=1362

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

terça-feira, 22 de junho de 2010

TRAÍDORES OU MENTES LIVRES?

OS 10 MAIORES TRAÍDORES DA HISTÓRIA!


Ao lado de todo grande homem tem sempre um grande traidor. Se você não acredita nisso,este ranking lhe dá dez bons motivos para desconfiar dos amigos, caso, claro, você tenha planos de gravar seu nome nos livros de história.


1- JUDAS ISCARIOTE


GALILÉIA


33 ANOS APÓS O NASCIMENTO DE CRISTO




Ele não traiu ‘simplesmente’ uma pátria, um partido ou uma ideologia. O mais famoso traidor da história é até hoje lembrado como o sujeito que deu uma rasteira no filho único do Todo-Poderoso. E pior: segundo a Bíblia, Judas entregou Jesus Cristo aos soldados romanos em troca de míseras 30 moedas de prata. Arrependido, o apóstolo tentou devolver o dinheiro e voltar atrás, mas já era tarde. Cristo foi crucificado e Judas, culpado, suicidou-se. Em algumas cidades do mundo, inclusive aqui no Brasil, existe o costume de ‘malhar’ o Judas no sábado de Aleluia (o que vem antes do domingo de Páscoa).


2 TALLEYRAND-PÉRIGORD


FRANÇA


REVOLUÇÃO FRANCESA, SÉCULO 18




Para o ministro das relações exteriores de Napoleão Bonaparte, ‘traição é uma questão de datas’. Talvez por isso, Talleyrand não só tenha abandonado o imperador mas também mudado radicalmente de lado. Numa época em que a França espalhava pela Europa os princípios da revolução, ele organizou a deposição de Napoleão e a volta dos Bourbons para restaurar a monarquia. Depois da crocodilagem, Talleyrand trabalhou como embaixador de Luís XVIII, que sucedeu Napoleão, e representou a França no Congresso de Viena.


3 MARCUS JUNIUS BRUTUS


ROMA


44 A.C.




Brutus certamente não foi o primeiro traidor da história, mas foi o primeiro a se tornar famoso. Depois de lutar pelo Império Romano, comandado pelo seu pai adotivo, Júlio César, ele se uniu a outro traíra, o general Cássio Longinus, para tomar o poder. Não bastasse a traição, o cara aceitou colocar em prática o plano de assassinar o ‘papito’. Ao ser golpeado, César mandou a famosa frase: ‘Até tu, Brutus?’(Et tu, Brute?" (Até tu, Brutus?) é uma frase em latim imortalizada por Shakespere na peça Julius Caesar para representar as últimas palavras do ditador romano. A citação é amplamente utilizado como um epítome da traição.). Depois da traição, Brutus chegou a montar um exército para dominar o Império Romano, mas foi derrotado por Marco Antônio. Aí a consciência pesou e ele se suicidou.


4 HEINRICH HIMMLER


ALEMANHA


SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945)




Abandonar os companheiros de luta e passar para o outro lado é considerado traição, independentemente do lado em que está lutando. Por isso, Himmler, o chefe da polícia nazista, está aqui. Afinal, quando ele percebeu que as chances de vencer a guerra eram praticamente nulas, não titubeou em abandonar Hitler e negociar uma rendição da Alemanha com os EUA e a Grã-Bretanha. Himmler tentou entregar a Alemanha para os Aliados em troca de sua liberdade. Mas não deu certo: ele foi considerado criminoso de guerra, foi preso e se suicidou.


5 SILVÉRIO DOS REIS


PORTUGAL


BRASIL COLÔNIA, SÉCULO 18




Apesar de ser português, ele se tornou um dos traidores mais famosos do Brasil antes mesmo de o país se libertar de Portugal. Isso porque passou por cima logo do primeiro movimento de independência, a famosa Inconfidência Mineira. Para escapar das suas dívidas com a Coroa, ele entregou seu amigo Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. A conclusão todo mundo já sabe: o líder dos inconfidentes acabou enforcado e esquartejado. Além de ter suas dívidas perdoadas, o delator de Tiradentes ganhou uma pensão vitalícia do governo português e foi até mesmo recebido por dom João.


6 AUGUSTO PINOCHET


CHILE


DÉCADA DE 1970




No dia 25 de agosto de 1973, o presidente do Chile, Salvador Allende, escolheu um dos militares que considerava mais leais para assumir a chefia do Exército. Três semanas depois, Pinochet liderava um golpe militar para derrubá-lo e implantar uma ditadura que duraria 17 anos. Pinochet até ofereceu um avião para o presidente fugir, mas uma transmissão de rádio revelou que sua intenção era jogar Allende da aeronave em pleno vôo. Allende confiava tanto em Pinochet que, na manhã do dia do golpe, teria dito: ‘Chamem Augusto, ele é um dos nossos’.


7 DOMINGOS FERNANDES CALABAR


BRASIL


BRASIL COLÔNIA, SÉCULO 17






O único representante brasileiro da lista é considerado por muitos um dos primeiros traidores da história do país. Calabar era um senhor de engenho na capitania de Pernambuco e se aliou aos holandeses quando eles invadiram as terras brasileiras – na época, sob o domínio de Portugal. Como conhecia o território pernambucano como a palma de sua mão, ajudou em praticamente todas as conquistas da Holanda por estas bandas. Alguns historiadores questionam a fama de traidor de Calabar e alegam que ele lutou ao lado dos holandeses porque acreditava que, sem o domínio de Portugal, a pátria seria livre.


8 TOMMASO BUSCETTA


ITÁLIA


DÉCADA DE 1980




Foi um dos membros mais importantes da Cosa Nostra, a máfia italiana. E adivinhem onde ele enriqueceu? No Brasil, traficando drogas. Preso pela Polícia Federal em 1984 e deportado para a Itália, ele fez pinta de arrependido e entregou todo o esquema da máfia. Por colaborar com a polícia, Buscetta ganhou proteção especial e um salário para o resto de sua vida, que terminou em 2000, quando morreu de câncer. O italiano foi o primeiro traidor da máfia a ficar conhecido por quebrar o juramento de silêncio da organização. Ele se safou, mas a Cosa Nostra ‘apagou’ mais de dez pessoas de sua família.


9 ALDRICH AMES


EUA


DÉCADAS DE 1980 E 1990




Espião da mais famosa agência de inteligência americana, a CIA, Aldrich Ames se vendeu para a KGB, o serviço secreto da Rússia, durante a Guerra Fria. Por alguns milhões de dólares, o traíra vendia para os russos o nome daqueles que trabalhavam para os EUA. Descoberto depois de quase 15 anos de serviços prestados aos inimigos, ele foi condenado à prisão perpétua. A Rússia contratou um traidor para ser seu dedo-duro infiltrado na CIA, mas não perdoava traições. Pessoas delatadas por Ames não tinham perdão: muitas foram executadas antes mesmo de poderem se defender.


10- WANG JINGWEI


CHINA


GUERRA SINO-JAPONESA, DÉCADA DE 1930




Depois de participar do Kuomintang, movimento que lutava para unificar o país, Jingwei se revoltou e mudou para o lado inimigo justo quando a guerra da China contra o Japão pegava fogo, literalmente. Ele não apenas fez vista grossa para os avanços japoneses como conquistou a província de Nanquim para os novos amigos.Ao trocar a China pelo Japão, Wang Jingwei deixou de lado sua ideologia comunista para defender um país que fazia parte do grupo do Eixo, aquele mesmo que era comandado pela Alemanha nazista na Segunda Guerra.


VOCÊ QUER SABER MAIS?

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal


SOUTHEY, Robert (1774-1843). História do Brasil (Traduzida por Luís Joaquim de Oliveira e Castro). Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Ed. Universidade de São Paulo, 1981.


Selecções do Reader´s Digest - Grandes Personagens da Bíblia. Madrid, 1997. ISBN 972-609-208-6.CALLE CALLE, Francisco Vicente, Judas Iscariote: vida, leyendas, iconografía, "La Quema", www.bubok.com, 2009.


http://cite-du-vatican.over-blog.com/article-13-fevrier-1754-charles-maurice-de-talleyrand-perigord-prelat-et-homme-d-etat-fran-ais-44852584.html


Höhne, Heinz (1969). The Order of the Death's Head, The Story of Hitler's SS. London: Pan Books Ltd. (1972) ISBN 0330029630.


AQUINO, Rubim Santos Leão de; BELLO, Marco Antônio Bueno; DOMINGUES, Gilson Magalhães. Um sonho de liberdade: a conjuração de Minas. São Paulo: Editora Moderna, 1998. 176p. il. ISBN 8516021009.


CHIAVENATO, Júlio José. As várias faces da Inconfidência Mineira. São Paulo: Contexto, 1989. 88p. il. ISBN 8585134429.


JARDIM, Márcio. A Inconfidência Mineira: uma síntese factual. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1989. 416p. ISBN 857011141X.


MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.


MAXWELL, Kenneth. A devassa da devassa: a Inconfidência Mineira: Brasil-Portugal - 1750-1808. São Paulo: Paz e Terra, 1985. 318p. mapas, tabelas. ISBN 8521903979.


MÁRQUEZ, Gabriel García. Chile, el golpe y los gringos. Crónica de una tragedia organizada., Manágua, Nicaragua: Radio La Primeirissima, 11 de setembro de 2006.


El Ladrillo: Bases de la Política Económica del Gobierno Militar Chileno. Santiago de Chile: june 2002, ISBN 956-7015-07.


SOUTHEY, Robert (1774-1843). História do Brasil (Traduzida por Luís Joaquim de Oliveira e Castro). Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Ed. Universidade de São Paulo, 1981.


Hsü, Immanuel C. Y. The Rise of Modern China (6th Edition), Oxford University Press (USA): Nueva York 2000.