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quarta-feira, 24 de abril de 2013

O que os nazistas copiaram de Marx


Karl Marx com a mascará de Hitler. Imagem:MISES.

O marxismo afirma que a forma de pensar de uma pessoa é determinada pela classe a que pertence.  Toda classe social tem sua lógica própria.  Logo, o produto do pensamento de um determinado indivíduo não pode ser nada além de um "disfarce ideológico" dos interesses egoístas da classe à qual ele pertence.  A tarefa de uma "sociologia do conhecimento", segundo os marxistas, é desmascarar filosofias e teorias científicas e expor o seu vazio "ideológico".  A economia seria um expediente "burguês" e os economistas são sicofantas do capital.  Somente a sociedade sem classes da utopia socialista substituirá as mentiras "ideológicas" pela verdade.

Este polilogismo, posteriormente, assumiu várias outras formas.  O historicismo afirma que a estrutura lógica da ação e do pensamento humano está sujeita a mudanças no curso da evolução histórica. O polilogismo racial atribui a cada raça uma lógica própria.
O polilogismo, portanto, é a crença de que há uma multiplicidade de irreconciliáveis formas de lógica dentro da população humana, e estas formas estão subdivididas em algumas características grupais.

Os nazistas fizeram amplo uso do polilogismo.  Mas os nazistas não inventaram o polilogismo.  Eles apenas criaram seu próprio estilo de polilogismo.

Até a metade do século XIX, ninguém se atrevia a questionar o fato de que a estrutura lógica da mente era imutável e comum a todos os seres humanos.  Todas as interrelações humanas são baseadas nesta premissa de que há uma estrutura lógica uniforme.  Podemos dialogar uns com os outros apenas porque podemos recorrer a algo em comum a todos nós: a estrutura lógica da razão.

Alguns homens têm a capacidade de pensar de forma mais profunda e refinada do que outros.  Há homens que infelizmente não conseguem compreender um processo de inferência em cadeias lógicas de pensamento dedutivo.  Mas, considerando-se que um homem seja capaz de pensar e trilhar um processo de pensamento discursivo, ele sempre aderirá aos mesmos princípios fundamentais de raciocínio que são utilizados por todos os outros homens.  Há pessoas que não conseguem contar além de três; mas sua contagem, até onde ele consegue ir, não difere da contagem de Gauss ou de Laplace. Nenhum historiador ou viajante jamais nos trouxe nenhuma informação sobre povos para quem A e não-A fossem idênticos, ou sobre povos que não conseguissem perceber a diferença entre afirmação e negação.  Diariamente, é verdade, as pessoas violam os princípios lógicos da razão. Mas qualquer um que se puser a examinar suas deduções de forma competente será capaz de descobrir seus erros.

Uma vez que todos consideram tais fatos inquestionáveis, os homens são capazes de entrar em discussões e argumentações.  Eles conversam entre si, escrevem cartas e livros, tentam provar ou refutar.  A cooperação social e intelectual entre os homens seria impossível se a realidade não fosse essa. Nossas mentes simplesmente não são capazes de imaginar um mundo povoado por homens com estruturas lógicas distintas ente si ou com estruturas lógicas diferentes da nossa.

Mesmo assim, durante o século XIX, este fato inquestionável foi contestado.  Marx e os marxistas, entre eles o "filósofo proletário" Dietzgen, ensinaram que o pensamento é determinado pela classe social do pensador.  O que o pensamento produz não é a verdade, mas apenas "ideologias".  Esta palavra significa, no contexto da filosofia marxista, um disfarce dos interesses egoístas da classe social à qual pertence o pensador.  Por conseguinte, seria inútil discutir qualquer coisa com pessoas de outra classe social.  Não seria necessário refutar ideologias por meio do raciocínio discursivo; ideologias devem apenas ser desmascaradas, denunciando a classe e a origem social de seus autores. Assim, os marxistas não discutem os méritos das teorias científicas; eles simplesmente revelam a origem "burguesa" dos cientistas.

Os marxistas se refugiam no polilogismo porque não conseguem refutar com métodos lógicos as teorias desenvolvidas pela ciência econômica "burguesa"; tampouco conseguem responder às inferências derivadas destas teorias, como as que demonstram a impraticabilidade do socialismo.  Dado que não conseguiram demonstrar racionalmente a validade de suas idéias e nem a invalidade das idéias de seus adversários, eles simplesmente passaram a condenar os métodos lógicos.  O sucesso deste estratagema marxista foi sem precedentes.  Ele tornou-se uma blindagem contra qualquer crítica racional à pseudo-economia e à pseudo-sociologia marxistas. Ele fez com que todas as críticas racionais ao marxismo fossem inócuas.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

25 curiosidades sobre os índios brasileiros




Chegada de Cabral as terras indígenas que futuramente seriam chamadas pelos europeus de Brasil. Imagem: Guia dos Curiosos. 

- Os povos que habitavam as Américas foram chamados pelos europeus de índios. O termo é uma invenção europeia e provém de um “erro histórico”. Ao chegar às Américas, os europeus achavam que tinham chegado nas Índias. Assim, os povos que habitavam o continente americano foram chamados de índios.

- Quando o Brasil foi conquistado, em 1500, os historiadores calculam que existiam aqui entre 3 milhões e 5 milhões de índios, divididos em 1.400 tribos. Havia três grandes áreas de concentração: litoral, bacia do Paraguai e bacia Amazônica.

- No Brasil, muitos índios foram capturados e escravizados. Os colonos diziam que os índios não eram gente, mas animais. Quando os padres jesuítas chegaram ao Brasil, começaram a reverter esse quadro. Em 1537, a bula Veritas Ipsa, editada pelo papa Paulo III, declarou que os índios eram “verdadeiros seres humanos”.

- As doenças trazidas pelos europeus causou a morte de vários habitantes da terra. Os indígenas não resistiam ao sarampo, varíola e gripe. Entre 1562 e 1563, cerca de 60 mil índios morreram por causa de duas epidemias de “peste de bexiga” (tipo de varíola).

- Atualmente, calcula-se que 400 mil índios ocupam o território brasileiro, divididos em 200 etnias e 170 línguas. Vale ressaltar que este cálculo considera apenas os indígenas que vivem em aldeias. Há estimativas de que, além destes, há entre 100 e 190 mil vivendo fora das terras indígenas.


Índios Xerente. Imagem: Guia dos Estudantes.

-  O grão de guaraná lembra muito a figura de um olho humano. Isso deu margem a uma lenda espalhada pelos índios saterê-maué. A índia Unai teria tido um filho concebido por uma serpente e morto pelas flechadas de um macaco. No local em que ele foi enterrado, teriam nascido as primeiras plantas de guaraná.

- Os índios Xerente realizam um ritual para batizar suas crianças, chamado Uaké. Nele, a molecada participa de uma dança em círculo enquanto recebe seus nomes, que depois são anunciados de porta em porta.

- Em 2004, foram realizados os Jogos Indígenas do Pará. 500 índios de 14 tribos participaram do evento, que teve competições de arco-e-flecha, cabo-de-guerra, arremesso de lança, lutas corporais, natação, canoagem, corrida de toras, maratona e atletismo.

- O Parque Nacional do Xingu é uma das maiores áreas indígenas da América Latina, com 26 mil quilômetros quadrados (quase o tamanho do Estado de Alagoas). Criado em 1961 para garantir melhores condições de vida e a posse da terra à população indígena local, abriga hoje 4 mil índios de 15 grupos diferentes.

- Os índios brasileiros adoram carne de macaco, considerada um prato muito especial. Quanto mais novo o macaco for abatido, mais macia é a carne. Os miolos são retirados e misturados a um molho ou pão. Os cérebros são ricos em gordura e proteína.


Índios do dialeto tupimanbá. Imagem: Guia dos Estudantes.

- O tupi era uma das 1.200 línguas indígenas identificadas no Brasil no ano de 1500. Até meados do século 18, tratava-se do idioma mais falado no território brasileiro. Cerca de 20 mil palavras do atual vocabulário, como amendoim, caipira, moqueca, taturana e pipoca, derivaram dele.

- Quando Cabral chegou ao Brasil, a língua era falada numa faixa de 4 mil quilômetros, do norte do Ceará ao sul de São Paulo. O que predominava era o dialeto tupinambá, um dos cinco grandes grupos tupis. Os outros eram: tupiniquins, caetés, potiguaras e tamoios.

- Os bandeirantes se comunicavam em tupi. É por isso que tantos estados, municípios e rios têm nomes de origem indígena. Neste sentido, Paraná é “mar”; Pará é “rio”; Piauí é “rio de piaus” (um tipo de peixe); Sergipe é “no rio do siri”; Curitiba é “muito pinhão”; Pernambuco é “mar com fendas”, entre outros.

- Hoje restam 177 línguas indígenas. O antigo tupi foi uma das que desapareceram completamente. Em 1758, o marquês de Pombal, interessado em acabar com o poder da Companhia de Jesus no Brasil e em aumentar o domínio da metrópole portuguesa sobre a colônia, proibiu o ensino e o uso do tupi.

- Em 1955, o presidente Café Filho obrigou todas as faculdades de letras a incluir um curso de tupi no currículo.


Cerimônias indígenas. Imagem: Guia dos Estudantes.

- Em 1910, o Marechal Rondon criou o SPI (Serviço de Proteção ao Índio). Os indígenas passaram a ter direito à posse da terra e seus costumes eram respeitados. A entidade foi substituída pela Funai (Fundação Nacional do Índio). O órgão federal que cuida hoje das nações indígenas foi criado em 5 de dezembro de 1967.

- Existem aproximadamente 200 grupos indígenas identificados. Mas os dez mais numerosos representam 43% de todo o contingente indígena brasileiro, que reúne 325.652 indivíduos. A maior parte (89.529) mora na Amazônia.
- A Funai calcula que, além das tribos já conhecidas, há em torno de 55 grupos totalmente isolados, todos em áreas remotas da Amazônia. Em junho de 1998, na divisa do Brasil com o Peru, uma equipe da Funai vislumbrou entre a copa das árvores doze malocas de uma tribo indígena até então completamente desconhecida.

- A Amazônia é a última região do planeta onde ainda vivem grupos humanos desconhecidos. Vivem em estágio bastante primitivo, caçando, pescando e, em alguns casos, cultivando pequenas roças. Essas tribos recebem da Funai a vaga denominação de “índios isolados”.

- Pelo Código Civil, o índio não tem direito à propriedade da terra das reservas. Ele tem a posse e o direito de usar o que nela existir (água, flora, fauna e minérios).


Ritual de canibalismo. Imagem: Guia dos Estudantes.

- Canibalismo ou antropofagia consiste no ato de comer a carne de seres da mesma espécie. O termo vem da língua arawan, falada por uma tribo indígena da América do Sul. A prática, conforme afirmam estudiosos e arqueólogos, era comum em comunidades primitivas ao redor do mundo.
- Na época em que os portugueses chegaram ao Brasil, havia no país diversas tribos de índios canibais. Entre elas estavam os tupinambá, os potiguares, os caetés, os aimorés, os goitacás e os tamoios. Eles devoravam seus inimigos por vingança e acreditavam que, comendo seu corpo, adquiriam seu poder.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

As diversas faces do coronelismo e suas inter-relações.



Na foto Cel. Victor Dumoncel Filho na Revolução de 1923. Imagem: AVD/SB.

O objetivo de Claudio Pereira Elmir com esse trabalho é descrever as relações coronelistas no Rio Grande do Sul, mais especificamente no Planalto Central e na Serra. Essa descrição é feita através da leitura das correspondências privadas do Coronel Victor Dumoncel Filho, recebeu entre 1930 e 1935.

O autor procurou se ocupar em um nível menos abrangente da ação política em termos geográficos, mas que possam revelar a intensidade do exercício da autoridade pessoal do Coronel com a clientela (subordinados, dependentes e agregados).

Dentre outras o autor procura analisar as relações entre o poder local e o poder estadual. Dando contornos ao poder político como aquele que deve ser visto como um espaço alargado no qual a intervenção do historiador em pesquisa deva se posicionar no sentido de multiplicar as abordagens possíveis. Mostrando-nos que a “História Política” pode ser vista num universo mais flexível de significados mais amplos.

Vemos no decorrer do texto que o autor procura mostrar que o que efetivamente garante a legitimidade da pesquisa é o tipo de pergunta a ser feita e a resposta a ser dada e isto está relacionado com a documentação manuseada. Realizando uma leitura critica das 67 cartas, que são as fontes para uma discussão teórica que contemple minimamente os conceitos na prática coronelista em análise.

Procurando sempre levar em conta a relação entre o público e o privado o autor procura não distinguir de maneira absoluta a percepção das relações sociais em visa do poder, mas sim em quem está envolvido e que papeis assumem nesse jogo político no sentido de cidadãos, pessoas ou indivíduos? Pois, o que distingue a ação conjunta política do clientelismo?

As noções de “poder simbólico” e “capital simbólico” é uma possibilidade de compreendermos a relação de poder estabelecida entre o Coronel e seus agregados segundo Pierre Bourdieu em sua obra “O Poder Simbólico” e “Coisas Ditas”. O autor tenta elucidar esses conceitos apartir dos trabalhos de Pierre Bourdieu. Não se dispondo a resolver as questões, mas senão a fazê-las urgentes de compreensão e tangíveis de participar do debate teórico.

Vemos nas palavras do autor que não é correto analisar a relação que se estabelece entre o coronel e seus dependentes apenas como uma relação vertical de dominação. Não imputando aos agentes em questão a nossa visão de entendimento do coronelismo como iguais as dos protagonistas da experiência. Existem várias formas de percebermos o Coronel e seu papel através da leitura que seus subordinados faziam de sua vivência e relações com o Coronel, aonde não podemos reduzir à expressão “troca de favores”, pois esta uniformiza em um único termo uma grande serie de situações.


Coronel Antônio Soares de Barros. Segundo Intendente de Ijuí. Imagem: AVD/SB.

Neste sentido o autor nos mostra que Pierre Bourdieu afirma que os agentes se autoclassificam, se expõem a classificação que covêm a sua posição. A percepção que o dependente do Coronel faz de si próprio um elemento que contribui para a constituição da sua sujeição, ao menos no nível do discurso. Ao mesmo tempo em que o perfil do Coronel é construído pelo dependente. A diferença entre si e do outro (Coronel e dependente) não precede da própria estrutura econômico-social na qual ambos estão inseridos. O Coronel pertence à elite estancieira de modo que concorra fortemente para que o dependente se perceba como um despossuído das virtudes que distinguem o Coronel.

Vemos ainda nas palavras do autor que a ordem social não se legitima apenas pela imposição, mas também pela aprovação por meio do silêncio dos que não a contestam. Estabelecendo o Coronel relações não só objetivas, mas também simbólicas; sendo estas, muito mais fundadas no nível pessoal e imaginário dos próprios dependentes, deslocando da ênfase do plano público para o privado, como ocorria com o Coronel Victor no Conselho Municipal de Cruz Alta que se assentava em seu poder econômico de grande estancieiro da região.

Nas palavras de Pierre Bourdieu o autor destaca que primeiro lugar “O Poder Simbólico” está fundado na posse do capital simbólico, pois este poder de impor está relacionado à autoridade social adquirida nas lutas anteriores. E em segundo lugar a eficácia simbólica depende de quanto à visão proposta esta alicerçada na realidade. O “Capital Simbólico” é um crédito acumulado do estoque de autoridade legitimada que faz a ação não parecer arbitraria. Mas nas palavras de Pierre Bourdieu, segundo o autor o poder simbólico é fruto de uma crença, de um reconhecimento tácito que não exige necessariamente a consagração oficial.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Tiradentes: um herói para a República.



Martírio de Tiradentes, óleo sobre tela de Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo (1854 — 1916). Imagem: http://www.museuhistoriconacional.com.br/

A necessidade de herói para a República eram os símbolos de poder e a encarnação das ideias republicanas, pois seriam instrumentos eficazes para atingir a população e desse modo legitimar o poder político. Não há regime que não possua seu panteão cívico. Em alguns surgiu espontaneamente em outros foi necessário esforço na promoção do herói. O herói tem de ter a cara de sua nação, responder as necessidades e aspirações de seu povo, ele deve responder ao modelo coletivamente valorizado.

No Brasil houve esforço em promover as figuras do 15 de novembro, Deodoro era o mais cotado a papel de herói republicano. O velho militar doente, mal conseguindo cavalgar sua montaria posse a frente de suas tropas. Ai havia indícios de heroicidade. Mas, seu incerto republicanismo pesou contra ele. Havia também Benjamin Constant, um republicano irrepreensível, mas seu problema era a ausência do espírito heroico, pois não fora militar e nem líder popular. Outro candidato era Floriano Peixoto que adquiriu maior dimensão a partir da Revolta da Armada no Rio de Janeiro e da Revolução Federalista no Sul. Sua resistência deu inspiração ao jacobinismo republicano do Rio de Janeiro, que viu tintas populares na República. Floriano poderia ser um herói republicano para os jacobinos, mas não para a República que estava sendo construída.

A pequena densidade histórica do 15 de novembro (uma passeata militar) não fornecia terreno adequado para a germinação de mitos, pois foi quase nula a participação popular. Os únicos heróis que o povo conhecia até então eram os que lutaram na Guerra do Paraguai, como: Caxias, Osório e Tamandaré.

Diante das dificuldades encontradas pelo regime em promover os protagonistas de 15 de novembro, foi que se revelou Tiradentes capaz de atender ás exigências da mitificação. Tiradentes não era um desconhecido dos republicanos que vinham desde 1870 tentando resgatar sua memória.

Mas quais foram às razões da adoção de Tiradentes e que conteúdo teria sua figura como herói?

A pessoa histórica de Tiradentes houve e continua a haver intensa batalha historiográfica. Até hoje se discute qual seu real papel na Inconfidência Mineira, sua personalidade, convicções, aparência física em relação a construção da mitologia. Sabemos pouco sobre as memórias de Tiradentes em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. A notícia da condenação à morte de onze réus, dada em 19 de abril de 1792, abalou a cidade do Rio de Janeiro. Mas em seguida todos  foram perdoados com exceção de Tiradentes. Segundo José Antônio Marinho, a província de Minas Gerais tem a glória de haver dado os primeiros mártires à independência e liberdade do Brasil.

Mesmo viva na memória popular, a Inconfidência era tema delicado para a elite culta do Segundo Reinado. Não foi por acaso que as primeiras referências à rebelião vieram de um historiador estrangeiro, Robert Southey que critica os excessos e a barbárie das leis da época. A segunda referência aos Inconfidentes foi feita no livro de Charles Ribeyrolles, Brasil pitoresco. Ribeyrolles era um republicano radical e em seus textos Tiradentes aparece com as cores próprias de um herói cívico. É o mártir que soube morrer sem traço de temor, pois “se sacrifica por uma ideia”.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Os números: uma verdadeira perspectiva em ângulos!


Existe uma lógica para os números terem essas formas?  Imagem: Arquivo Pessoal CHH.

Os números que utilizamos e escrevemos atualmente são formados por algarismos (1,2,3,4, etc.) chamados de algarismos árabes, para distingui-los dos algarismos romanos (I; II; III; IV; etc.).

Os árabes popularizaram esses algarismos por todo o mundo, mas suas origens são muito mais remontas, e nos remetem aos tempos dos mercadores fenícios que os utilizavam para contar e para fazer a contabilidade comercial no seu dia-a-dia.

Alguma vez você já se perguntou, por que é que 1 é “um”, 2 é “dois” e 3 é “três”...?

Qual é a lógica que existe nos algarismos árabes que utilizamos e o motivo de serem tão popularizados?

É A QUANTIDADE DE ÂNGULOS NO ALGARISMO!

Vejamos agora como eram escritos os algarismos na sua forma primitiva pelos fenícios e constate você mesmo!


Ângulos dos números 1,2,3 e 4. Imagem: Arquivo Pessoal CHH. 


Ângulos dos números 5, 6, 7 e 8. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.


Ângulos no número 9. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Núbia (TA-SETI), a terra do arco. Parte V. Desintegração do Reino da Núbia.



Em, em 661 d.C, Assurbanipal da Assíria caí sobre o Egito, é destroí a cidade de Tebas. Os invasores assírios tinham nomeado Neco I como rei do Egito, para então posteriormente deixarem o Egito. A partir da Núbia, Tanutâmon marchou pelo Vale do Rio Nilo e conquistou todo o Egito novamente. Neco I, o representante dos assírios, foi morto na campanha de Tanutâmon. Em reação, os assírios voltaram ao Egito, e  derrotaram o exército de Tanutâmon no Delta do Nilo. Tanutamôn mudou-se para o sul para Tebas.



Depois da vitória Assíria no Egito, o último Faraó Núbio Tanutâmon vendo não haver meios de detê-los refugia se ao Sul no início do século VI a.C. Durante nove séculos, a Núbia conseguiu permanecer isolada até o século IV da era cristã, quando sua Capital Meroe, foi destruída pelos nabateus que se estabeleceram na região e, por volta do ano 540, converteram-se ao cristianismo. 


O Faraó Tanutâmon refugia-se em Nápata e começa a ignorar o Reino do Norte e passa a proteger sua influência no Sul. A Capital foi posteriormente transferida para Meroe no Sul. Com Tanutâmon vêmos fim das Dinastias Núbias no Egito. embora a autoridade Tanutâmon ainda foi reconhecida no Alto Egito até seu oitavo ano.