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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Língua acadiana de 4000 anos que volta a ser falada comprova a importância da Religião na Poesia e legislação dos povos das Civilizações da Mesopotâmia.


Nesta imagem vemos o Tablete N°11, da Epopeia de Gilgamesh, uma escultura suméria da deusa Ishtar e o Código de Hammurabi. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.

Tenho aqui um texto que já algum tempo foi postado aqui no Construindo História Hoje e acredito que ele possa ajudar a entender a importância da religiosidade para os povos da Antiguidade. Amigos Construtores este artigo serve como uma pequena amostra da grande importância dada pelos “antigos” as suas crenças.

Construtores amigos faço-lhes uma pequena pergunta. Tentem imaginar o que consta nas inscrições cuneiformes acadianos desvendadas pelos estudiosos?

Pensaram! Então segue o texto com as devidas informações. Até o próximo texto!

*Poemas dedicados à deusa Ishitar (a deusa Ishitar possuía uma característica dualista, às vezes benevolente ou malévola, também era considerada a deusa do amor, fertilidade, protetora dos humanos e era vista como uma deusa guerreira da tempestade e dos trovões.) pelo soberano Ammi-Ditana.

*Trechos do Código de Hammurabi, que foi o primeiro código de leis humanas transcritas e ordenadas de forma aplicável (é de conhecimento que se tratava de leis que já estava há milhares de anos entre as civilizações da Mesopotâmia por meio da divulgação oral das mesmas).

O som de uma das línguas da antiga Mesopotâmia pode ser ouvido pela primeira vez em 2000 anos. Estudiosos da Universidade de Cambridge disponibilizaram na internet gravações de leituras de poemas escritos em acadiano, idioma usado por habitantes da Babilônia e da Assíria mais de um milênio antes do início da era cristã e que, segundo estimativas, desde o ano 500 a.C. deixou de ser falado.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Professora Ana Caroline nos mostra a Relação entre Comunismo e Nazismo


Amostra da aula dada aos seus alunos da oitava série. Clique na imagem para ampliar. Imagem: https://www.facebook.com/AnaCampag
Não é raro encontrar pessoas que, inocentemente, afirmam que Nazismo é de direita e que não era Socialista. Nem sei o que pensar de pessoas assim. Recentemente uma professora de história chamada Ana Caroline deu uma verdadeira aula de historia para seus alunos da oitava série. 
Abaixo a transcrição do texto:
A ideologia nazista era baseada no comunismo como afirmava o próprio Hitler ao dizer: “aprendi muito com o comunismo.” Podemos encontrar muitas das ideias do nazismo descritas no livro “Mein Kampf” (Minha Luta) do chanceler da Alemanha. Iniciado na Alemanha uma década após a Revolução Socialista da Rússia, a ideologia nazista se assemelhava profundamente ao comunismo. Na Rússia encontramos um socialismo que pretendia ser internacional, enquanto o socialismo alemão era nacional. Enquanto o comunismo pretende criar um novo homem baseado numa falsa sociologia, o nazismo espera o surgimento de um novo homem com base em uma falsa biologia. Os dois, no entanto, ambicionam ser científicos (ter respaldo na ciência).
A professora nada mais fez que desenterrasse os discursos de Adolf Hitler, socialista e pai, óbvio, do Nazismo. Veja:
“Eu aprendi muito do marxismo, e eu não sonho esconder isso. (…) O que me interessou e me instruiu nos marxistas foram os seus métodos (…) Todo o Nacional Socialismo está contido lá dentro (…) O nacional socialismo é aquilo que o marxismo poderia ter sido se ele fosse libertado dos entraves estúpidos e artificiais de uma pretensa ordem democratica”
(Adolfo Hitler, apud Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, pp.211- 212).
Em tempo:
“Eu não sou apenas o vencedor do marxismo. Se se despoja essa doutrina de seu dogmatismo judeu-talmúdico, para guardar dela apenas o seu objetivo final, aquilo que ela contém de vistas corretas e justas, eu sou o realizador do marxismo”.
 (Adolfo Hitler, apud Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, pp. 211).
Claro que os socialistas, terroristas de plantão que são, querem por tudo infernizar a vida da jovem professora anticomunista, antifeminista e uma digna e bela mulher que apenas ama a verdade.
Marxistas, humanistas, progressistas, obamistas e neo ateus (o que dá tudo no mesmo) adoram fantasiar o passado da Alemanha Nazista para chamá-los de “extrema direita”. E o que faz um cético político? Obviamente, vai investigar a alegação.
Nada melhor que começar com uma análise do PROGRAMA DO PARTIDO NACIONAL SOCIALISTA DOS TRABALHADORES ALEMÃES, publicado em 24 de fevereiro de 1920, no Hofbrauhaus-Festsaal em Munique. Esse é o paradigma que deu sustentação à todas as ações de Hitler, incluindo o Holocausto Judeu. Não há nada melhor para estudar o cerne da mente nazista do que estudar este documento.
Para cada um dos 25 termos do programa, iniciarei meus comentários com a explicitação de com qual ideologia o nazismo se alinha, podendo ser “Neutro”, “Direita” ou “Esquerda”. (É interessante notar que os pontos iniciais são neutros, mas do décimo para frente à coisa definitivamente se avermelha de vez).


Comecemos:
25 TERMOS DO PROGRAMA DO PARTIDO NACIONAL SOCIALISTA DOS TRABALHADORES ALEMÃES.
1. Nós exigimos a união de todos os alemães numa Grande Alemanha com base no princípio da autodeterminação de todos os povos.
Neutro. Não é possível qualificar o ponto acima como algo relacionado nem a Esquerda como à Direita.

2. Nós exigimos que o povo alemão tenha direitos iguais àqueles de outras nações; e que os Tratados de Paz de Versalhes e St. Germain sejam abolidas.
Neutro. É, como se nota, o esquerdismo ainda não se manifestou, mas muito menos uma concepção de mundo que possa ser qualificada como “de direita”.

3. Nós exigimos terra e território (colônias) para a manutenção do nosso povo e o assentamento de nossa população excedente.
Neutro, tendendo à Esquerda. Por enquanto, temos apenas um país reconhecendo seu aspecto belicista, e avisando que vai botar para quebrar, o que qualifica o ponto acima como parcialmente neutro. Entretanto, a promessa de “garantir a manutenção do povo”, através da ação do estado, é uma abordagem esquerdista.

4. Somente aqueles que são nossos compatriotas podem se tornar cidadãos. Somente aqueles que têm sangue alemão, independente do credo, podem ser nossos compatriotas. Por esta razão, nenhum judeu pode ser um compatriota.
Neutro. A filosofia do período, tanto esquerdista quanto de direita, não pregava a exclusão dos judeus. Alguns poderiam dizer que Marx teria dito que os judeus “pereceriam no holocausto”, mas ele queria dizer com isso que os judeus deixariam de ter uma identidade de povo (como todos os outros povos deveriam fazê-lo) para se juntar à revolução. Marx não tinha nada contra os judeus, apenas contra o fato de terem uma “identidade judaica”, quando para ele deveriam ter uma identidade de classe (proletários X burgueses). Mesmo assim, a qualificação de um grupo (os judeus) como bodes expiatórios de todos os males é uma extensão da filosofia de guerra de classes de Marx. Mas, por questão de caridade, deixarei este ponto como neutro.

5. Aqueles que não são cidadãos devem viver na Alemanha como estrangeiros e devem ser sujeitos à lei de estrangeiros.
Neutro. Alguns difamadores da esquerda diriam que esta é uma proposta de direita, principalmente pelo fato de alguns Republicanos nos Estados Unidos terem sido contra a imigração ilegal. Entretanto, coibir a imigração ilegal não é o mesmo que definir os estrangeiros como não-cidadãos.

6. O direito de escolher o governo e determinar as leis do Estado pertencerá somente aos cidadãos. Nós portanto exigimos que nenhuma repartição pública, de qualquer natureza, seja no governo central, na província, ou na municipalidade, seja ocupada por qualquer um que não seja um cidadão. Nós combatemos a administração parlamentar corrupta pela qual homens são indicados para vagas por favor do partido, não importando caráter e aptidão.
NeutroÉ a extensão do ponto anterior.

7. Nós exigimos que o Estado especialmente se encarregará de garantir que todos os cidadãos tenham a possibilidade de viver decentemente e recebam um sustento. Se não puder ser possível alimentar toda a população, então os estrangeiros (não cidadãos) devem ser expulsos do Reich.
Esquerda. Enfim, começou a ladainha. Aqui temos a criação de bodes expiatórios para, no caso da população precisar de sustento, jogar neles as culpas pela penúria que porventura a população passasse. Este truque (o da guerra de classes) é essencialmente esquerdista.

8. Qualquer imigração adicional de não alemães deve ser prevenida. Nós exigimos que todos os não alemães que entraram no país desde 2 de Agosto de 1914 sejam forçados a deixar o Reich imediatamente.
NeutroEsta medida era contextual, em um período que a Alemanha passava dificuldades após a Primeira Guerra Mundial. Uma medida abjeta, diga-se, mas que não é diretamente sustentada nem pela filosofia de direita e nem a de esquerda.

9. Todos os cidadãos devem possuir iguais direitos e deveres.
DireitaEsta é uma abordagem essencialmente direitista. Já os esquerdistas pregam que alguns devem ter mais direitos que os outros. Um exemplo está na recente questão da causa gayzista, a PL 122. Com essa proposta, os gayzistas querem que seja proibida a crítica aos gays. Isso é dar mais direito a um grupo em detrimento de outro. Podemos (e devemos) contestar os critérios que os alemães usaram para definir quem seria um cidadão – e, como falarei mais profundamente na conclusão, este foi um truque para usar o princípio de forma distorcida. Mas, em essência, dar direitos e deverem iguais para todos os cidadãos é uma ação com o DNA da direita.

10. O primeiro dever de todo cidadão deve ser trabalhar mental ou fisicamente. Nenhum indivíduo fará qualquer trabalho que atente contra o interesse da comunidade para o benefício de todos.
Esquerda. Coletivismo em detrimento do individualismo é uma manifestação 100% esquerdista. Isso pode ser evidenciado na idéia obsessiva de Karl Marx da guerra de classes, em que ele visualizava grandes “blocos coletivos”, ao invés de indivíduos lutando por seus interesses.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Por que teorizar a História sem Marx?

Propaganda do Partido Comunista Alemão, citando a frase de Karl Marx, que acusa as religiões de serem o ópio ou seja uma droga das massas. Década de 1930. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.
            
Saudações a todos os Construtores amigos e leitores do Construindo História Hoje, trago diante de vocês hoje com bastante ousadia um tema complexo, do qual muitos historiadores experientes fogem do assunto para não serem tidos como revisionistas ou extremistas, dentre outras classificações. Trago este tema em pauta, pois acredito que pontuar a História principalmente pela Teoria em uma análise ultrapassada e que se mostrou de todas as formas absurda, é persistir em um verdadeiro fracasso no olhar do passado. Utilizando os ensinamentos de Marx, continuaram criando uma História por demais simplista baseada na luta de classes, no confronto entre burguesia e proletariado.

Por não crer e não aceitar o que nos é ensinado seja na Universidade ou nas Escolas de Ensino Médio e Fundamental que trago está análise. Talvez seja somente uma gota de água em tal incêndio que se alastra por décadas sem fim, mas ninguém nunca vai poder dizer que fiquei calado enquanto mentiam descaradamente para estudantes. Não vou fazer parte desse grupo de indivíduos que temem perderem o respeito dos outros membros da “hierarquia dos historiadores”. O mesmo grupo de individuo que temem perderem o luxo, conforto proporcionado pelos seus salários que foram conquistando embutindo mentiras nas mentes de universitários e jovens alunos.

A miséria religiosa é, de um lado, a expressão da miséria real e, de outro, o protesto contra ela. A religião é o soluço da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, o espírito de uma situação carente de espirito. É o ópio do povo.”

Karl Marx, em Crítica da Filosofia do Direito de Hegel (1844).

Quando o sociólogo Karl Heinrich Marx realizou está infeliz alegação sobre algo que tem por base a Cultura e Tradição humanas, posso dizer isso me baseando em um principio bem simples, e dela posso expandir a interpretação errônea de qualquer teorização da História que tenha bases marxistas. Neste assunto, basta citarmos sua famosa frase que por aqueles momentos da história de uma forma ou outra, Karl Marx inspirou-se em Immanuel Kant e Ludwick Feuderback dentre outros que já há haviam utilizado com este sentido:

"A religião é o ópio do povo!" Em alemão "Die Religion ... Sie ist das Opium des Volkes".

 Coloco aqui a expressão original, pois não sendo o alemão um idioma de origem latina torna as traduções prejudicadas e muitas vezes o sentido original acaba perdendo para mais forte ou mais fraco, ao invés de entender-se a profundidade da questão empregada pelo autor ou nesse caso a gravidade da alegação feita por Karl Marx.

            Aqui podemos ver que para Marx, a religião era improdutiva e como tal uma droga, mas nós historiadores sabemos que todas as primeiras grandes civilizações humanas tiveram por base suas crenças mais primitivas. Olhemos para os Babilônicos, Egípcios, Sumérios e posteriormente para os Gregos e Romanos. Todas estas civilizações iniciaram seu processo urbano, arquitetônico tendo por base suas crenças religiosas. Através delas esses povos foram levados a romper os limites do possível e tornaram possível através da matemática e posteriormente arquitetura as maiores obras de construção que o mundo já viu. As mesmas religiões que Marx chamou de droga, levaram os humanos à matemática, poesia, música, geografia, história, enfim não existe nenhuma de nossas primeiras civilizações que começou sem explorar sua capacidade criativa advindo da fé e da capacidade que somos mais que apenas humanos, nós somos extremamente humanos e como tais sabedores de sua essência divina. E nesta crença erguemos aquilo que chamamos de civilização.

            Na seguinte citação de sua obra “O Capital”, vemos como Marx compara o modus operandi, da burguesia com a atividade da Igreja Cristã, acredito que mais claro não preciso ser sobre como tal individuo pode ter autoridade Teórica na História:

"Nada de espantar que as formas de produção social que precederam a produção burguesa sejam tratadas da mesma maneira que os Padres da igreja tratam as religiões que precederam o Cristianismo."

 Karl Marx, em O Capital (1867).

            Marx, juntamente com Friedrich Engels elaborou a Teoria da luta de classes com o objetivo de designar o confronto entre o que consideravam os opressores, a burguesia, e os oprimidos, o proletariado. Eles enquadraram a Religião como parte de um sistema ideológico onde os opressores, a burguesia utiliza-se da religião para controlar, ou seja, “oprimir” o proletariado. Muitos críticos ao seu pensamento se revelaram, classificando a sua visão de mundo como Historicista, o que traria uma intenção de prever a história de modo supostamente ineficiente. Exemplos desses críticos são Bohm-Bawerk, Karl Popper e Paul Johnson.

O historicismo constitui esse modo ineficaz de analisar a história, assim, a base de uma visão de mundo tipicamente moderna e ocidental fundamentada nas ideias de Marx e Engels. Esta se fundamenta na noção de que as configurações do mundo humano, num dado momento presente, sempre são o resultado de processos históricos de formação, os quais são passíveis de ser mentalmente reconstruídos e, portanto, compreendidos. Como tal o Comunismo e Socialismo que tem por bases as ideias de Marx tem a pretensão de dizer que sua doutrina é capaz de certa forma predizer os acontecimentos futuros. Então quando retornamos a avaliar a afirmação de Marx que diz: “A Religião...é o ópio do povo!”, não estamos somente diante de uma afirmação presente, mas ao contrário que abrange na realidade da mente ideológica comunista uma compreensão e ação no Passado, Presente e Futuro como nos mostrar os teóricos do historicismo já citados.

Então o próprio Marx e a ideologia comunista nos deixam uma base para analisarmos com detalhes sua repulsa pela religião. Deixando dessa forma claro que qualquer que seja a ideologia que utilize seus ensinos deve levar a afirmação historicista em consideração.

Seja Socialismo ou Comunismo tratando-se de Teoria da História Marx colocou a Religião em uma posição de total desprestigio em relação ao seu valor e contribuição para o bem e desenvolvimento da civilização Humana, mas será que isto é uma realidade? Consultemos os autos da História!

Posso refutar a afirmação de Karl Marx, partindo do princípio que ao colocar a Religião em tal posição diz-se nas entrelinhas que ela também não contribuiu de forma benéfica na Civilização. Falo da Tradição e Cultura. Não posso aceitar uma historiografia que usa por base essa premissa, pois esquecem que as primeiras grandes civilizações ergueram-se através de sua Tradição e Cultura que teve por base SEMPRE A RELIGIÃO!

Religião está que levaram tribos de origens distintas a se unirem e formarem a Suméria por cultuarem os mesmos deuses ou similares e sincréticos.

Religião está que levou nômades do deserto há erguerem cidades, templos, pirâmides (diga-se de passagem, a mais incrível obra da engenharia humana) e palácios em honra a seus deuses. Estabelecendo as bases da civilização egípcia que cresceu e prosperou através do comércio. Civilização que tinha como centro de todo o seu “universo” seus deuses.

Veja o trecho a seguir e como Marx compara a Religião as burguesias que são o alvo de seus constantes ataques:

"Os economistas têm uma maneira singular de proceder. Para eles existem apenas duas espécies de instituições, as artificiais e as naturais. As instituições feudais são instituições artificiais; as da burguesia são instituições naturais. Nisto assemelham-se aos teólogos, que também distinguem duas espécies de religiões: qualquer religião que não seja a sua é uma invenção dos homens, enquanto que a sua própria religião é uma emanação de Deus. Deste modo, houve história, mas já não há."

Karl Marx, Miséria da Filosofia, 1837.

Religião está que estava presente no berço da Filosofia ocidental, na Grécia, aonde vemos uma história riquíssima baseada no culto aos deuses. Através do culto aos deuses desenvolveu-se todo um sistema de leis, tratados, festivais, arquitetura, poesia, música, teatro e tantas outras obras que não teria espaço nesta pequena reflexão para coloca-las em seus merecidos lugares. Então eu me pergunto como uma DROGA, como Karl Marx definiu a Religião poderia ser capaz de ter dado origem ha própria Civilização humana e ainda ter sido a base de todos os seus principais eventos histórico. Ela estava lá há RELIGIÃO.

Religião está que estava igualmente presente em Roma, o Império que conquistou “o mundo” e levou a “Paz Romana” aos mais longínquos locais da terra. Roma levou aos quatro cantos do mundo conhecido seus deuses e junto a eles sua arte, arquitetura, comercio direito e deveres dos cidadãos e tudo isso tinha por base seus princípios religiosos.

Talvez você esteja se perguntando como isso foi possível? Mas, eu posso mostrar como Marx errou ao chamar a maior dádiva da Civilização Humana, seja ela Ocidental ou Oriental, em ópio do povo, ou seja, a droga que embriaga a mente e tornam as pessoas meros escravos da burguesia. Vejamos então:

Quando as primeiras tribos nômades do deserto do Saara tiveram que se deslocar no fim da última Era Glacial na busca de novas regiões aonde se houve água. Essas tribos já possuíam seus deuses, mitos, contos, orações e ídolos que levavam consigo aonde fossem. Sua religião mantinha se viva através da história oral. Mas ao encontrarem nas margens do Rio Nilo, todo o tipo de recursos para sua permanência sem a necessidade de deslocamento na busca de mais recursos, pois ali havia água, animais para caça e pesca, e matéria prima para seus diversos utensílios. Essas antigas tribos nômades estabeleceram-se e firmaram as bases do que seria o Grande Império Egípcio.  Consigo estava sua fé, seus deuses, e como gratidão por encontrar tal paraíso no meio do deserto começou a aperfeiçoar o culto aos deuses.

 O desejo de criar Templos em honra a aqueles que os guiaram a terras tão prospera, era o mínimo de gratidão na mente dessas pessoas. Mas, para tanto nossos ancestrais tiveram que aprender através do erro e do acerto as bases de toda nossa sociedade atual. Eles aprenderam matemática, arquitetura, engenharia, astronomia e desenvolveram a escrita, e por meio da fé criaram uma das primeiras grandes civilizações humanas.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

As “Bruxas da Noite”, um pesadelo para os nazistas durante a II Guerra Mundial.



A ideologia dos líderes nazistas sempre foi pontuada por esoterismo e magia, mas se alguma vez tiveram verdadeira razão para acreditar em bruxas as responsáveis foram as ​​Nachthexen (Bruxas da Noite). Assim, os alemães chamavam os militares aviadores do 588° Regimento de Bombardeiros da Noite da União Soviética.



Em 2 de novembro de 1938, Polina Osipenko ,Valentina Grizodúbovatres e Marina Raskova receberam a distinção de Heroínas da União Soviética por vários recordes de distância percorrida em voo, foram as primeiras mulheres a recebê-lo e as únicas antes do início da Segunda Guerra Mundial. Marina Raskova, que também foi à primeira mulher instrutora na Academia da Força Aérea, foi entrevistada por Stalin pessoalmente que lhe deu o posto de Major. Quando Hitler quebrou o pacto de não agressão com a União Soviética, Marina liderou uma campanha para que as mulheres tivessem permissão para lutar contra os alemães no ar. Em 1941, graças à sua amizade com Stalin alcançou seu objetivo: a criação de três regimentos de voo compostos exclusivamente por mulheres, incluindo 588° Regimento de Bombardeiros da Noite. Este regimento foi composto por 400 mulheres, entre pilotos e pessoal de terra, que tinham uma idade média de 22 anos. Quando Marina encontrou-se com todas elas, assustou-se com a perspectiva de que mulheres tão jovens pudessem morrer. Dirigindo-se ao Regimento a Major Raskova, perguntou-lhes:

“Vocês não tem medo de ir para o front? Vocês não sabem que os alemães podem matar você?”

Todo o Regimento respondeu em uníssono:

“Não se atirarmos primeiro, Major Raskova!”



Os alemães avançavam rapidamente e a aprendizagem que deveria durar vários anos na Academia da Força Aérea foi reduzido há alguns meses. Tiveram que passar por um duro treinamento físico e um curso de táticas de combate, mas nenhuma delas se queixou sobre isso. Além disso, as aeronaves escolhidas para o Regimento de Bombardeiros da Noite foram os Polikarpov U-2 (Po-2), o biplano mais produzido no mundo criado, inicialmente, para a prática de voo e pulverização de campos.



Polikarpov Po-2. Ilustração técnica. Imagem: 

O problema é que essas aeronaves eram muito lentas, obsoletas (fabricadas em 1927) e foram construídos com madeira e lona. Essas "Vassouras Voadoras", sem rádio ou paraquedas, preferiam morrer a cair nas mãos dos alemães, transportando dois tripulantes (piloto e navegador) tinham espaço para duas bombas, e às vezes devido a sistemas desatualizados e mau funcionamento lançavam as bombas com as mãos. Há princípio, eles não tinham chance contra os rápidos caças alemães, mas sua capacidade de manobrar e fazer curvas bruscas e rápidas dificultavam muito a possibilidade de serem abatidos. Além disso, sua lentidão permitia voarem tão baixo a ponto de passarem entre os bosques, onde caças alemães não poderiam atravessar.

Devido à sua pequena capacidade de carga, As Bruxas da Noite realizavam várias operações na mesma noite, sempre seguindo as mesmas táticas quando se aproximaram do alvo desligavam seus motores barulhentos e planavam até alcançar o objetivo, jogando bombas e logo após religavam o motor para sair do local.

domingo, 8 de setembro de 2013

Você sabia? Em 1939 Gandhi enviou uma carta a Hitler!


A carta que Gandhi enviou a Hitler. Imagem: http://koenraadelst.bharatvani.org/articles/fascism/gandhihitler.html

Ela nunca chegou a seu destino final – e seria arriscado dizer que, se tivesse chegado, teria alguma possibilidade de mudar o curso da história (terrível) que estaria por vir. Mas não podemos dizer que ele não tentou: Mahatma Gandhi, o líder pacifista que comandou o processo de independência da Índia, mostrou que era capaz de sonhar mais alto do que qualquer música de John Lennon e enviou uma carta para Adolf Hitler, pedindo que este evitasse a guerra. A correspondência foi escrita em 23 de julho de 1939, quando a Alemanha do Führer estava prestes a invadir a Polônia e dar início à Segunda Guerra Mundial.

A carta, que nunca chegou ao seu destino, pois foi interceptada pelo governo britânico, diz o seguinte:

sábado, 7 de setembro de 2013

Os Evangelhos Apócrifos: Um estudo historiográfico.




            O presente texto não tem por objetivo diminuir de forma alguma a autoridade dos quatro Evangelhos Canônicos aceito pela maior parte das Igrejas cristãs pelo mundo. Mas, sim mostrar uma visão histórica e como tal uma análise firmada nesta de que estes livros que foram colocados fora do Cânon principal do cristianismo possa nos ensinar mais sobre aqueles que os escreveram e seus objetivos. É com essas bases que apresento aos amigos Construtores um texto que visa ampliar nossa visão sobre essa obra a muito envolvida em confrontos e diversas com bases teóricas.  Não é fácil definir o que são “evangelhos apócrifos”, bem como o que são escritos apócrifos em geral. Para simplificar a tarefa, pode-se dizer: “apócrifos” designa todos os textos que estão reunidos na coleção iniciada por Edgar Hennecke, e depois sob a curadoria de Wilhelm Schneemelcher, intitulada “Neutestamentliche Apokryphen”. Com essa definição do conceito, porém, estaríamos presos num círculo fechado, uma vez que a escolha dos textos para aquela coleção parte de uma determinada pré-compreensão do que seja “apócrifo”.

CHH

“A todas as grandes mentes que deram seu sangue para que a Justiça se cumpra no Universo.”

Maria Helena de Oliveira Tricca

 Nas edições até agora feitas dessa obra de referência, não houve mudança digna de nota quanto a seu conteúdo. Na primeira edição (1904) e na segunda edição (1924) constavam, por exemplo, os Padres Apostólicos: a primeira e a segunda Epístola de Clemente, as Epístolas de Inácio, de Policarpo, de Barnabé, a Didaché, o Pastor Hermas, Também nesse grupo de escritos trata-se de um corpus artificialmente organizado, que deve seu título, “Padres Apostólicos”, a uma edição do texto em 1672. A partir da terceira edição (1959), gradativamente começam a serem considerados entre os “Apócrifos do Novo Testamento” os textos de Nag Hammadi. Alguns textos eram acrescentados e depois tornavam a ser excluídos, tais como a Carta de Diogneto, os Ditos de Sextus (ambos somente na segunda edição) e as Odes de Salomão (na segunda e na terceira edições).

            Christoph Markschies, que iniciou uma reedição da valiosa coleção, sugere que se fale de “apócrifos cristãos antigos”. Com o termo “antigo” assinala-se a restrição à época da Igreja antiga, pois, de fato, a redação dos apócrifos prolongou-se até a Idade Média e a Idade Moderna, enquanto o termo “cristão” deve libertar o conceito de sua fixação ao Novo Testamento. Se com isso todas as dificuldades quanto à terminologia estão removidas, permanece uma questão em aberto. Além do mais, os escritos de Nag Hammadi, entre os quais se encontra o tão considerado Evangelho de Tomé, deverão ser excluídos da obra, para serem reunidos numa tradução própria.

            O termo “apócrifo”, para iniciar, provém do grego (απόκρυφος). Significa literalmente, “oculto”, “escondido”, “secreto”. Aplicado a textos do cristianismo primitivo, seu significado toma duas direções que, apesar de suas oposições, se mantêm inter-relacionadas:

            1) Com o conceito “apócrifo” designam-se revelações secretas, que não constam no conjunto das revelações geralmente aceitas, mas que, para determinados grupos, têm relevância bem maior do que os ensinamentos conhecidos e aceitos no ambiente eclesial. “Apócrifo” tem aqui um tomo positivo, sem reservas; com o mesmo significado, o termo também está presente em Clemente de Alexandria.

            2) Em contrapartida, os seguidores da Igreja Ortodoxa, defendendo um cânone escriturístico claramente delimitado, tomam a designação “apócrifo” como sinônimo de “falsificação”, “não-confiável”. No Decretum Gelasianum, uma lista canônica do século VI, o termo “apócrifo” aparece de maneira estereotipada, em referência a um grande número de escritos, com o significado equivalente a “herético”. Nega-se qualquer base de autoridade ao acervo escriturístico assim denominado.

            Em ambas as avaliações estabelece-se uma relação entre os escritos apócrifos e o cânone do Novo Testamento, que em seus elementos básicos estava estabelecido em fins do século III. Para uma parte dos assim chamados apócrifos, principalmente para os mais tardios, um fator que levou à sua produção poderia ser assim descrito: tomando como medida os escritos neotestamentários, tinha-se a intenção de complementá-los, levar adiante o processo de produção escriturístico e preencher supostas lacunas. Em parte pretendia-se também, diante deles, valorizar interesses teológicos próprios, adaptando-se, por isso mesmo, aos seus grandes gêneros literário: evangelhos, epístolas, atos de apóstolos, apocalipse.