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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Renúncia do Papa Bento XVI. Demonstração de fraqueza ou humildade?


Papa Bento XVI, durante o anúncio de sua renúncia.  Imagem: http://www.acidadevotuporanga.com.br.

Hoje trago um tema que tem sido uma avalanche de informações na mídia. A recente renúncia do Papa Bento XVI, o Bispo de Roma da Igreja Católica Romana. Foi algo que pegou todos os católicos e inclusive membros de outras denominações cristãos, que veem na figura do Papa, um baluarte do cristianismo mundial, pois além de sacerdote Cristão o Papa é um grande mediador de causas internacionais e um líder respeitado por diversas nações inclusive não cristãs que veem nele a figura de um justo representante do Estado do Vaticano, a menor nação do mundo, mas com um poder de influência incrível.

Embora diante da surpresa dos fiéis pelo mundo, desde que foi eleito em 19 de abril de 2005, sabia-se no Vaticano que seu papado seria curto devido à idade avançada de Joseph Alois Ratzinger, foi eleito como o 265º Papa com a idade de 78 anos e três dias.
O anuncio de sua renúncia foi feito nesta segunda-feira (11 de fevereiro de 2013) oficialmente que renuncia ao Pontificado por sua "idade avançada". Ele disse que ficará no posto até 28 de fevereiro, quando será convocada nova eleição.

A tradição dita que os papas devem ficar no posto até a morte. Mas Bento XVI, que completará 86 anos em abril, disse que lhe falta vigor "tanto do corpo como do espírito" para continuar no cargo, e que tem consciência da "seriedade" do seu ato. Em suas próprias palavras vemos a humildade e respeito pela responsabilidade que lhe cabe. Vemos pois, sua demonstração de sabedoria, ao mostrar que os líderes devem fazer o melhor para seu povo e não ficar apegados a cargos políticos por interesses pessoais, dessa forma Bento XVI, deu um exemplo aos governantes das diversas nações, um exemplo de desapego a ser seguido por cada cristão seja lá aonde estiver, Cristo deve estar acima de qualquer obra, então lemos:

“Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino. Sou muito consciente que este ministério, por sua natureza espiritual, deve ser realizado não unicamente com obras e palavras, mas também e em não menor grau sofrendo e rezando.”

Papa Bento XVI, Bispo de Roma da Igreja Católica Romana, 11 de fevereiro de 2013, Vaticano.

Quando anunciou sua renúncia, Bento XVI, afirmou que não tem mais forças para continuar. Na terça-feira (12 de fevereiro de 2013), o Vaticano confirmou que o papa usa um marca-passo há dez anos. E foi confirmado que Bento XVI se submeteu a uma cirurgia para trocar o aparelho há cerca de três meses. O irmão dele, Georg Ratzinger, disse que o papa estava considerando a renúncia há alguns meses porque sentia dificuldades para andar. Seu médio o advertiu a não fazer viagens transatlânticas e diminuir o ritmo.

“No entanto, no mundo de hoje, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões de grande relevo para a vida da fé, para conduzir a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado.”

Papa Bento XVI, Bispo de Roma da Igreja Católica Romana, 11 de fevereiro de 2013, Vaticano.

Para aqueles que consideram um ato de fraqueza a renúncia do Papa é porque não acompanharam seu papado, não possuem a menor ideia da quantidade de responsabilidades que cerca um homem que gere a maior religião cristã do mundo. Que possuí certa de dois bilhões de fiéis espalhados pelos quatro cantos da terra. Que além de cuidar da vida espiritual e material da Igreja, realiza o trabalho mediador e evangelístico pelo mundo com diversas atividades. Isso tudo para um homem de 86 anos. Para um jovem no auge da juventude já seria uma tarefa terrivelmente desgastante, imagine para um senhor entrando na casa dos noventa anos? 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

História, um acontecimento em si.




Construction History Society. Imagem: http://www.constructionhistory.co.uk/

Estava pensando em algo relevante para abordar no dia de hoje, e achei nada mais justo do que um blogue que trata da História, falar sobre as raízes que ligam o “nós humanos” com “nossas histórias de vida.” Pois todos somos sujeitos na História, todos, sem exceção alguma, pois nascemos, vivemos e durante essa vida produzimos ligações materiais e pessoais e isso nos torna humanos e então após um período morremos e deixamos um legado. Esse legado pode como os de alguns grandes homens da humanidade dos quais cito  nosso compatriota Alberto Santos Dumont perdurar para sempre ou enquanto formos à civilização que somos.

“No começo deste século, nós, os fundadores da Aeronáutica, havíamos sonhado com um futuro pacífico e grandioso para ela. Mas a guerra veio, apoderou-se de nossos trabalhos e, com todos os seus horrores, aterrorizou a humanidade.”

Alberto Santos Dumont

Nestas palavras vemos o homem histórico Santos Dumont, expressar sua insatisfação com o mal uso de seu maravilhoso invento. Muitas vezes esse é um fardo que os grandes ícones da história humana acabam carregando por décadas, séculos e quem sabe milênios após sua morte, devido a interpretações erradas de suas ideias e de seus inventos.

Outras pessoas aparentemente não deixam legado, pois após duas gerações são esquecidos em sua família. Mas será isso realmente uma verdade absoluta? Pois, ainda que seus bisnetos e tataranetos não se lembrem dele, não foi devido a ele que seus descendentes tornaram-se seres históricos capazes de criar suas próprias histórias de vida e inclusive fazer a diferença nas horas mais obscuras da história. Por isso eu sempre digo:

“Pode ser uma pequena fagulha de fogo em um pequeno pedaço de palha, mas trará suas consequências!”
Leandro Claudir

No inicio de minha vida estudantil e inclusive acadêmica, também considerava somente aqueles que deixaram seus nomes marcados na pedra ao longo de uma estrada muito movimentada, aonde todos poderiam ler e saber quem ele foi, e os seus grandes feitos para nossa vila, povo, nação etc. Mas nessa jornada em busca do conhecimento reconheci que haviam pessoas que seus nomes haviam sidos esquecidos, heróis e heroínas desconhecidos, mas mesmo que desconhecidos seus feitos não foram menores do que aqueles “escolhidos”, para serem lembrados por gerações sem fim.

Posso citar dentre esses nossos heróis anônimos, os heróis negros da Revolução Farroupilha, conhecidos como Lanceiros Negros, considerados nas palavras de Giuseppe Garibaldi:

“os maiores guerreiros de todos os tempos.”

Giuseppe Garibaldi

Giuseppe Garibaldi, foi herói da unificação italiana, que lutou ao lado dos Farrapos, e ainda disse mais a respeito de nossos Lanceiros Negros. Acompanhemos suas palavras:

“Nunca vi um corpo militar lutar com tanta bravura como os destemidos guerreiros chamados Lanceiros Negros, que lutavam sem armas de fogo, mas de posse de uma lança um pouco maior do que aquelas chamadas comuns.”

Giuseppe Garibaldi

Relembro aqui aos amigos que nós, brasileiros, não sabemos sequer o nome desses grandes guerreiros chamados Lanceiros Negros. Quando Garibaldi voltou para a Itália, levou um quadro no qual estavam os lanceiros negros e contou sobre sua bravura lutavam com lanças e não com armas de fogo. Agora faço uma pequena pergunta aos meus amigos leitores. Alguém sabe o que aconteceu quando terminou a Revolução Farroupilha com os bravos guerreiros chamados lanceiros negros? 

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Djinns, Ghul, Ifrit, Jann, Marid e os Shaitan. Seres mitológicos da arabia Pré-islâmica.


Foto artística que retrata um Djinn. Imagem: Channel CWtv.

Há uns tempos atrás aluguei um filme em VHS, de nome “Djinn - O Senhor dos Desejos” (“Wishmaster”). O  filme não era uma super-produção mas a sua história despertou-me o interesse e como tal resolvi pesquisar sobre a criatura. Espanto o meu quando descubro que Djinn é muito mais do que um simples fato de látex avermelhado, propriedade de um estúdio de cinema qualquer de Hollywood. De facto, Djinn é uma criatura ancestral da Mitologia Árabe Pré-islâmica, uma personagem supra-humana e mais do que isso, neste caso é um “semi-demónio”, não porque é feio mas porque fluentemente é persuasivo, e maléfico até, nos seus actos e propósitos, pode causar dor e desespero onde se encontra mas... já lá vamos!

Djinn do Árabe “Jin”, possuí em português o equivalente a grosso modo de “Génio”! O Djinn provém de uma raça de seres sobrenaturais, os Djinni, remetente a Djanna (do Árabe), que significa coisa dissimulada ou invisível. Têm origem na Mitologia Árabe e mais tarde são “assimilados” pelo Islamismo. A sua presença é notada por diversas vezes no Alcorão, inclusive, para além de constantes referências suas nos textos sagrados, existe uma Sura (capítulo do Alcorão) inteiramente dedicada aos Djinni, a “Al-Jinn” (Sura nº 72).


Fotografia artística retratando um Ifrit. Imagem: Channel CWtv.

A história desta “espécie”, segundo rezam diversas escrituras, é já milenar, os Djinni são criaturas antiquíssimas postas a vaguear no paraíso há cerca de quatro mil anos atrás, dois mil anos antes da criação de Adão. Alá fê-los de ar e fogo razão pela qual se diz que estes podem assumir todo o tipo de formas animadas e inanimadas, inclusive a humana, podendo assim permanecer e caminhar “camuflados” entre nós sem que possam ser detectados, ou então simplesmente permanecerem ocultos no ar que nos rodeia a observarem a seu belo prazer a nossa sociedade. A princípio, ainda antes da chegada do Islamismo ao mundo Árabe os Djinni eram criaturas com virtudes e defeitos, nas “hierarquias sobrenaturais” são considerados inferiores tanto em relação aos Anjos (pois estes possuíam apenas a face da obediência) como aos Demônios (pois não eram tão maus nem poderosos quanto os mesmos). No entanto e relativamente aos segundos, eram igualmente detentores de uma enorme força e astúcia que usariam sem hesitar, independentemente do meio, para atingirem os seus objetivos. Após domínio Islâmico e por influência do mesmo, a alguns dos Djinni foram-lhes progressivamente retiradas as suas “qualidades”  ficando assim criaturas negras e enraivecidas, aos restantes foram-lhes conservada a capacidade de ajuda e interacção com os homens, embora na maior parte das vezes estes o façam para proveito e gozo próprio e não pela afinidade com a inferior espécie!



Ilustração artística de um Ghul. Imagem: Channel CWtv.

Aquando da criação de Adão, Alá ordenou que os Djinni se curvassem perante o recém-criado ser, no entanto estes refutaram a ordem, dada a sua “antiguidade” no Paraíso e sob o comando e liderança de Iblis (o actual equivalente cristão de Satan), um dos mais “negros” Djinni caracterizado como sendo orgulhoso e ciumento do poder de Alá,iniciaram uma revolta contra o seu criador. Como consequência de tal irreverência os Djinni, juntamente com Iblis, foram atirados para a terra e  ficaram sujeitos à mortalidade e a todas as restantes necessidades fisiológicas dos homens, com a excepção da forma física. Assim como os humanos também estas criaturas ficaram, segundo o Islamismo, sujeitos à salvação ou à condenação divina. Já na Terra, segundo as escrituras, os Djinni alojaram-se nas Montanhas de Káf, que se acreditava, na mitologia da antiga Pérsia, circundarem o mundo. São seis os grandes clãs ou tribos de Djinns que constituem os Djinni. Os Jinn, os Jann, os Marid, os Shaitan, os Ghul e os Ifrit. Iblis pertence a os Ifrit. Podemos ainda “catalogar rudemente” estas seis tribos em duas categorias; os que conseguem interagir com os humanos de forma harmoniosa e os que aterrorizam e existem para castigar e troçar dos mortais. Na primeira categoria incluem-se os Jinn juntamente com os Jann, os primeiros são os mais comuns na referida espécie sobrenatural e os que mais frequentemente interagem com os humanos, os segundos, os Jann, são conhecidos por se encontrarem e viverem em Oásis nos desertos. Já os Marid, a tribo mais antiga, encontram-se em menor número nesta superior sociedade, não obstante são os mais sábios e poderosos dos Djinni e como tal acharam por direito que os membros da mesma tribo pudessem ter o livre arbítrio sobre “de que lado  ficariam”. Os Marid alojam-se normalmente perto da costa e são conhecidos por controlarem o estado do tempo, estes podem aparecer aos humanos sob a forma de cavalo ou de um velho homem. Na segunda categoria inserem-se os “génios negros”, os Ifrit que são os mais comuns de entre os maus e são conhecidos pela tenacidade com que se opõem aos mortais; os seus aliados Shaitan, que vivem nas montanhas e no subsolo, são a segunda tribo mais antiga dos Djinni, são conhecidos por serem persuasivos e por se divertirem a manipular tanto humanos como outros Djinni para atingirem os seus propósitos. Os Shaitan podem adquirir a forma de chacal, nuvens de fumo, camelos negros ou a forma de uma bela mulher com uma parte de animal no seu corpo. Por fim os Ghul são os mais depravados deste subgrupo, deles diz-se que estão possessos de uma enorme gula, podem ser encontrados nos becos das grandes cidades a alimentarem-se de restos, muitos são avistados em cemitérios a devorarem os cadáveres dos recém-falecidos. 


Mahdi. O 12° Profeta do Islã


Na ilustração vemos os 12 Profetas do Islã, o primeiro com o Alcorão aberto é o 12° Mahdi, ao fundo vemos o mesmo ao centro e a sua esquerda Maomé e a direita Jesus. Imagem: http://tele-fe.com/

Mahdi que em árabe significa "O Guiado", de acordo com as versões xiitas e sunitas da  escatologia islâmica, é o redentor profetizado do Islã, que permanecerá na Terra por sete, nove ou dezenove anos (de acordo com as diferentes interpretações) antes da chegada do dia final, o Yawm al-Qiyamah (lit. "Dia da Ressurreição"). Os muçulmanos acreditam que o Mahdi, juntamente com Jesus, livrará o mundo do erro, da injustiça e da tirania.

Mahdi não é mencionado de maneira explícita no Alcorão, nem nas primeiras compilações de hadiths consideradas autênticas pelos sunitas, como o Sahih al-Bukhari (embora conste de seis outros destes livros); alguns teólogos sunitas, por este motivo, questionam as crenças mahdistas, que formam, no entanto, uma parte crucial da doutrina xiita.


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O que é Zooarqueologia?


Zooarqueologia no MAE (Museu de Arqueologia e Etnologia – Zooarqueologia). Marcos Santos/usp imagens. 

A palavra pode parecer estranha quando ouvimos pela primeira vez, mas após este momento, se busca então tentar entender o que ela significa.
De maneira geral, o significado da palavra é desconhecido para a maioria das pessoas, independente do meio em que se encontram, inclusive no meio acadêmico. Muitos alunos e professores não fazem ideia do que significa a palavra Zooarqueologia.

Pois então vamos entende-la: o conceito ZOO nos remete a animal, vem de Zoologia, que é a ciência que trata dos animais; e ARQUEOLOGIA pode ser entendida como a ciência que estuda todo o tipo de vestígios de antigas populações humanas.

Bom, a partir daqui já nos é possível entender o que faz a Zooarqueologia, é a disciplina ligada à Arqueologia, que se dedica ao estudo dos vestígios faunísticos encontrados associados a sítios arqueológicos.

Mas agora você pode estar se perguntando o que é Vestígio Faunístico? O que é Sítio Arqueológico? Bom, vamos entender o que significam estes termos: Vestígios Faunísticos são, em geral, fragmentos de conchas e/ou ossos que restaram dos animais; Sítio Arqueológico pode ser denominado como o local onde se encontram remanescentes culturais de antigas populações.

Agora que já sabemos o que é a Zooarqueologia, podemos inferir que o profissional ligado a este tipo de estudo é o Zooarqueólogo. Os estudos zooarqueológicos ocorrem através da análise dos remanescentes, sejam eles conchas ou ossos, escavados em sítios arqueológicos.

Com base nestes elementos é possível se obter conhecimentos sobre padrões alimentares, padrões de assentamento, processos de formação dos sítios, paleoambientes (“Ambientes Antigos”), paleodistribuição (“Distribuição Antiga”), entre outros conhecimentos. Estas são informações muito importantes para entendermos de que forma as antigas populações humanas se distribuíram e ocuparam os espaços,a fim de desenvolver seu modo de vida.

A análise e identificação dos remanescentes faunísticos ocorrem principalmente através de comparação com os elementos conchíferos (de conchas) e ósseos de coleções de referência (em geral Coleção Conquiliológica e Osteológica) e da consulta em bibliografias especializadas no assunto.


Esquema ósseo de uma Anta. Imagem: Instituto Anchietano de Pesquisas.

O trabalho do Zooarqueólogo exige minúcia, paciência, dedicação e estudo. São necessários conhecimentos da área de zoologia, ecologia e paleontologia, fundamentais para as interpretações em conjunto com a Antropologia e Arqueologia. Para o desenvolvimento de seu trabalho se utilizam muitas técnicas, várias delas vindas da Paleontologia, ciência que se dedica ao estudo de animais e vegetais fósseis.

Mary Leakey, contribuições ao conhecimento humano!


Mary Leakey (Londres, 6 de fevereiro de 1913 – 9 de dezembro de 1996) foi uma arqueóloga e antropóloga do Reino Unido.
Descobriu os primeiros fósseis do Proconsul, um gênero de primatas fósseis que viveram no Mioceno africano, de 14 a 18 milhões de anos atrás. O proconsul é considerado um antropoide muito primitivo que já apresentava traços dos símios, como a ausência de cauda, mas ainda conservava alguns dos macacos.

Leakey nasceu em 6 de fevereiro de 1913, em Londres e morreu em 9 de dezembro de 1996 no Quênia. As primeiras pesquisas e descobertas da arqueóloga foram publicadas pelo seu marido, Louis S. B. Leakey.
Era filha de um pintor que viajava o mundo retratando paisagens, Mary Leakey desenvolveu gosto pela aventura logo cedo. Em 1925, aos 12 anos, começou a escavar uma caverna na França, onde sua família estava morando. Seu interesse pela pré-história foi desperto, e ela passou a colecionar as ferramentas que encontrava, criando seu primeiro sistema de classificação. Por parte de mãe, Leakey era prima de um arqueólogo.

Mary Leakey também fazia ilustrações dos objetos que encontrava. Em 1932, seu trabalho chamou a atenção da famosa arqueóloga Gertrude Caton–Thompson, que a convidou para acompanhá-la em suas jornadas. Como artista e arqueóloga amadora, a britânica participou de expedições; em uma delas, conheceu Louis Leakey, que precisava de uma ilustradora. Enquanto trabalhavam juntos, eles se apaixonaram e mantiveram um romance, apesar de Louis estar casado à época.

Louis e Mary Leakey tiveram três filhos ao longo da década de 1940. Os garotos passaram a maior parte da infância em sítios arqueológicos. Os Leakeys faziam escavações e explorações como uma família. Em 1960, ela se tornou diretora de escavações na garganta de Olduvai, na África. Com a morte do marido, em 1972, Mary e os três filhos mantiveram vivo o interesse pela arqueologia, criando uma tradição na área como a família Leakey.

Mary morreu em 9 de Dezembro de 1996, 83 anos de idade, paleoantropóloga de renome, que não só realizou uma pesquisa significativa de sua própria, mas tinha sido de valor inestimável para as carreiras de investigação de seu marido Louis Leakey e seus filhos Richard, Philip and Jonathan.

Em 1948, Maria encontrou o primeiro fóssil verdadeiramente importante de sua carreira como arqueóloga, o Proconsul africanus. O fóssil consistia de metade do crânio, as maxilas superior e inferior, e todos os dentes.

Mary e Louis examinando fóssil de Zinjanthropus boisei. Imagem: Notícias Terra.


A primeira grande descoberta de Mary revelou um símio extinto, que se acredita ser um ancestral muito antigo dos seres humanos. O gênero Proconsul de primatas hoje tem quatro espécies conhecidas.

Em 1959, Mary descobriu um crânio de hominídeo, que ela reconstruiu a partir de centenas de fragmentos, e seu marido chamou de Zinjanthropus Bosei (mais tarde reclassificado para Australopithecus boisei).