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sábado, 10 de janeiro de 2015

Ética e a Filosofia da Educação

              


              O presente trabalho tem por objetivo analisar a ética segundo seu conceito e estudos relacionados com a Filosofia da Educação e sua importância para a sociedade como um todo, e igualmente para o individuo como membro dessa sociedade. Veremos sua influências e desse modo aprenderemos sua importância para a coexistência e crescimento do individuo humano consigo mesmo e com o outro.

              O que motiva os indivíduos como seres humanos diante do sofrimento de seus semelhantes, de modo a moverem-se e lutarem por seus direitos e do próximo? Porque sentimos indignação diante das injustiças cometidas pelo mais forte diante do mais fraco? Nessas situações entra em ação nosso senso moral e nossa consciência moral, pois são perguntas que necessitam de explicação para nós e para a sociedade, razões para que assumamos suas consequências.

              São os valores éticos que nos guiam como uma bússola oferecendo garantia de nossa condição de sujeitos e não objetos, pois como sujeitos os seres humanos tem capacidade de racionalizar, livre-arbítrio, capacidade comunicativa e a interação com outros de seu grupo. Um objeto é uma coisa sem expressão ou vontade própria que pode ser usado e manipulado a bel-prazer de alguém, e a ética é quem proíbe que humanos sejam tratados como objetos através da moralidade.

              O campo ético é composto pelos valores e obrigações do sujeito moral que é formado pelo conteúdo das condutas morais. Segundo a ética para que o sujeito moral exista é necessário que seja consciente, capaz de refletir e reconhecer sua existência, e a do próximo como semelhante. Deve possuir vontade, sendo capaz de controlar e escolher seus desejos e sentimentos conforme a consciência. O individuo deve ser responsável, ciente de seus direitos e deveres para com a sociedade e para com o próximo. Ele deve ser livre, não estar submetido à vontade de terceiros, ele deve ser possuidor de autodeterminação. Assim concluímos que o campo ético é composto pelo sujeito moral e os valores morais que se interacionam de modo que se completam.

              O sujeito moral vem a existir a partir do momento que começa a ser educado para os valores morais, uma educação que visa colocar-nos em harmonia com os valores de nossa sociedade.

              Para entendermos melhor as razões da existência da moral em sua cultura é necessário que exista a filosofia moral, pois ela é que fará as pessoas refletirem como seres críticos sobre os valores éticos, interpretando seus valores e os problematizando de forma que se houver discrepância entre o escrito ou dito e o praticado pela cultura em questão, seja motivo para a entrada da filosofia moral. A filosofia moral faz com que nossa ética não seja algo mecânico, como uma simples repetição daquilo que nos foi ensinado desde a infância, os costumes.

              Segundo Marilena Chaui, podemos resumir a ética dos antigos em três aspectos principais: “1. O racionalismo: a vida virtuosa é agir em conformidade com a razão, que conhece o bem, o deseja e guia nossa vontade até ele; 2. O naturalismo: a vida virtuosa é agir em conformidade com a Natureza (o cosmo) e com nossa natureza (nosso ethos), que é a parte do todo natural; 3. A inseparabilidade entre ética e política: isto é, entre a conduta do indivíduo e os valores da sociedade, pois somente na existência compartilhada com outros encontramos liberdade, justiça e felicidade.” (CHAUI, 2002. p. 342.).

              A ética cristã surge com um diferencial em relação as religiões da antiguidade que eram nacionais e políticas, pois ela prega a religião de indivíduos independente  de sua nacionalidade ou questões políticas. Considerando o ser humano por si só incapaz de realizar o bem, baseados nessa visão de mundo o cristianismo institui uma nova visão dentro da moral: o conceito de dever. Dever que vem por meio das Leis de Deus, e as Revelações dos Profetas. E a ética cristã não se resumia somente aos atos, mas também as intenções de realizar atos que contrariam a ética cristã, isto é intenções invisíveis.

              Rousseau, um filosofo que surge após o renascimento, afirmava que a consciência moral era parte da natureza humana, segundo ele quando o dever passa a se tornar obrigação é por que a bondade da natureza humana foi corrompida.  Já no mesmo período temos as ideias de Kant, que afirmava que nascemos com nossa natureza humana má e sem consciência moral e por isso necessitamos do dever para podermos nos tornar seres dotados de consciência moral.  Como afirma a autora: “Rousseau e Kant procuraram conciliar o dever e a ideia de uma natureza humana que precisa ser obrigada à moral.” (CHAUI, 2002. P. 347).

              Uma questão atual que está presente na filosofia é a natureza e o respeito ao meio ambiente. A ética humana em relação ao respeito com o meio-ambiente como habitat da espécie humana. Essa nova ética que o autor Leonardo Boff define como novo ethos que ele defino assim: “[...] a casa humana, vale dizer, aquela porção do mundo que reservamos para organizar, cuidar e fazer o nosso habitat. Temos que reconstruir a casa humana comum – a Terra – para que nela todos possam caber. Urge modelá-la de tal forma que tenha sustentabilidade para alimentar um novo sonho civilizacional.” (BOFF, 2002.p. 27). Segundo o que temos observado essa ética visa proteger nosso planeta e tornar os seres humanos mais envolvidos com a coletividade, mais voltados para a espiritualidade, que surge da própria profundidade da natureza humana, e é onde se encontra esse novo ethos. Vemos que é no cuidado para com o próximo e a nossa casa, o planeta Terra e toda sua biodiversidade que iremos encontrar o ethos que precisamos para a civilização humana desenvolver-se de forma construtiva.

              Então podemos ver que na Filosofia da Educação, o filosofo é aquele que desestabiliza certezas e questiona o que é convencional. Usando a dúvida como desencadeadora desse processo crítico. Refletindo e tomando o próprio pensamento, pensado e voltar para si e coloca-lo em questão o que já se conhece, buscando as raízes das questões, explicando os fundamentos do pensar e do agir. E, por conseguinte ao questionarmos os fundamentos da educação pedagógica, fazemos filosofia da educação. Buscando dessa forma caminhos possíveis para aqueles que serão os futuros educadores e para que esses futuros educadores possam filosofar sobre a educação.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Miguel Reale – Cronologia


            Seguindo nossos estudos trago nesta postagem a cronologia de Miguel Reale, um brasileiro que contribuiu com suas ideias para o desenvolvimento de nossa sociedade. Foi poeta, jurista, filosofo e educador, reconhecido no Brasil e no exterior por suas obras e palestras. Recebeu dezenas de prêmios e condecorações nacionais e internacionais. Fundou ao lado de Plínio Salgado a Ação Integralista Brasileira, o primeiro partido político no Brasil que atingiu todos os territórios da nação.

1910 – Nasce Miguel Reale na cidade de São Bento de Sapucaí em 6 de novembro.

1930 - Ingressa no bacharelado em Direito pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.

1932 - Adere à Revolução Constitucionalista de 1932, ingressando no Batalhão Ibrahim Nobre, junto com seus colegas de curso, participando das batalhas ocorridas no sul do estado.

1932 - Inaugura, ao lado de Plínio Salgado, a Ação Integralista Brasileira, movimento cultural a princípio, mas que se tornaria político, sendo um de seus principais dirigentes.

1933 – Escreve sua obra “O Estado Moderno”.

1934 – Escreve “A Política Burguesa”.

1934 – Formou-se em Direito na Universidade de São Paulo.

1935 – Escreve “O ABC do Integralismo”.

1941 – Tornou-se professor Catedrático de Direito da Universidade de São Paulo.

1942-1944 - Membro do Conselho Administrativo do Estado.

1947 - Secretário da Justiça do Estado de São Paulo. Cria a primeira Assessoria Técnico-Legislativa do Brasil.

1949 - Funda o Instituto Brasileiro de Filosofia, o qual presidiu até sua morte em 2006.

1954 - Funda a Sociedade Interamericana de Filosofia, da qual foi duas vezes presidente.

1975 – A partir desse ano ocupou a cadeira 14 da Academia Brasileira de Letras.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A cultura do sorriso


"Eu sou feliz," ela mente.

Filósofo Pascal Bruckner

              O que é felicidade? Como disse Guimarães Rosa, em Grande Sertão: Veredas, a felicidade acontece em pequenos momentos de distração. Segundo Pascal Bruckner, filósofo, romancista e ensaísta francês, a felicidade não é algo simples e não é possível controlar sua chegada ou seu momento de partida. Para ele, o importante é saber reconhecê-la. “Muitas pessoas, sobretudo jovens, esperam um destino fora do comum, e não sabem aproveitar a felicidade quando ela chega ou estão com ela. A arte de viver talvez a esteja em aceitar as pequenas felicidades, sem esperar uma espécie de redenção mágica que traz sofrimento”, comenta.

Será que a felicidade obtida em detrimento de outrem merece ser chamada de felicidade? Não poderíamos fazer da liberdade, da justiça, da solidariedade valores mais importantes que a felicidade propriamente dita? (Pascal Bruckner, 2014).

              Autor de 15 livros, vencedor de importantes prêmios literários europeus, doutro em Letras pela Universidade de Paris VII, Bruckner lecionou em Nova York e em San Diego e colabora com a Revista Nouvel Observateur. Sua obra Lua de fel foi adaptada para o cinema por Roman Polanski. Ele visitou Porto Alegre para a conferência no Curso de Altos Estudos Fronteiras do Pensamento, do qual a PUCRS é parceira cultural, e esteve na Universidade, em outubro, participando do Fórum Extensionista. Na ocasião, concedeu, com exclusividade, a seguinte entrevista à revista PUCRS.

O capitalismo transformou a felicidade em obrigação e produto a ser consumido? Como sair desse ciclo?

              A felicidade não é simplesmente um produto que se compra. Se fosse o caso, seria muito fácil recusar essa obrigação. A obrigação da felicidade vai além do consumismo; é algo que está ligado à imagem que temos de nós mesmos; tem mais a ver com construtivismo pessoal que com um simples gesto de um comprador no supermercado. Somos então intimados a construir nós mesmos nossa felicidade, dia a dia, do berço ao túmulo. Uma mudança do sistema econômico não mudaria essa obrigação.

Se a pessoa cria metas que têm como fins a felicidade, ao alcança-las corre o risco de ficar indiferente?

              Sim. Essa é a ironia da coisa. A felicidade recua à medida que procuramos alcança-la e às vezes acontece nas coisas muito pequenas e nos escapa quando fixamos metas grandiosas. Não há meio nenhum de prevê-la. Podemos tentar captura-la como a um pássaro numa armadilha, mas não podemos ter certeza de que o pássaro da felicidade vai pousar ali, mesmo que façamos todos os esforços para isso. Muitas vezes, a preparação para a felicidade leva mais tempo que a própria felicidade dura e, quando ela chega, estamos exaustos.

A felicidade real é muito diferente da mostrada em redes sociais?  Essa representação que as pessoas fazem, o desejo de mostrar que são felizes, atrapalha?

              É um código de representação de si mesmo que pressupõe uma espécie de euforia permanente, como nas eleições quando os candidatos se apresentam sempre sorrindo, sempre simpáticos, amantes, humanos. Da mesma forma, há uma espécie de sorrir perpetuo que habita nosso rosto hoje. Devemos todos estar bem, ser simpáticos, estar abertos e essa evidentemente é uma linguagem puramente artificial. É uma cultura do sorriso.

O desejo de ser feliz não é mais que uma ideologia, não é algo intrínseco? É possível não buscar a felicidade e conviver com essa escolha?

              Penso que o que é inerente em nós é a fuga da infelicidade, evitar a solidão, o sofrimento, o desamparo. A felicidade não é simplesmente a ausência da infelicidade, ela tem uma qualidade suplementar, de um momento particular da vida. Então, ao mesmo tempo em que buscamos não ser infelizes, buscamos também fugir do tédio. E tentamos levar uma vida mais intensa.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Perguntas frequentes sobre o zoroastrismo e o Avesta


Zoroastro: Professor e reformador.

O QUE É O ZOROASTRISMO?

Uma breve visão geral

Zoroastrismo é uma religião fundada nos tempos antigos pelo profeta Zaratustra, conhecida pelos gregos como Zoroastro.

Zoroastrismo era a religião dominante no mundo durante os impérios persa (559 aC a 651 AC), e foi, assim, a mais poderosa religião do mundo na época de Jesus. Ele teve uma grande influência sobre outras religiões. Ele ainda é praticada em todo o mundo, especialmente no Irã e na Índia.

Para citar Mary Boyce,

"O profeta Zaratustra, filho de Pourushaspa, da família Spitaman, nos é conhecido principalmente a partir dos Gathas , dezessete grandes hinos que compôs e que foram fielmente preservados por sua comunidade. Estas não são obras de instrução, mas inspirado, apaixonado enunciados, muitas delas dirigidas diretamente a Deus, e sua forma poética é muito antigo, que foi rastreada (através de paralelos Norse) aos tempos indo-européia Parece ter sido associada com uma tradição mântica, isto é,. ter sido cultivado por videntes sacerdotais que procuraram expressar em palavras sublimes sua apreensão pessoal do divino, e é marcada por sutilezas de alusão, e de grande riqueza e complexidade do estilo tal poesia só pode ter sido plenamente compreendido por aqueles que aprendem.; e desde Zoroastro acreditava que ele tinha sido confiada por Deus com uma mensagem para toda a humanidade, ele também deve ter pregado uma e outra vez em palavras simples para as pessoas comuns. Seus ensinamentos foram transmitidos oralmente de sua comunidade, de geração em geração, e estavam em passado a escrito sob os sassânidas, governantes do terceiro império iraniano. A língua então falada era persa médio, também chamado de Pahlavi; e os livros Pahlavi fornecer as chaves de valor inestimável para interpretar as obscuridades magníficas do Gathas-se. "- zoroastristas, suas crenças religiosas e práticas , Londres, 1979, pg 17.


Zoroastro trazendo de volta a Luz e a lei. 

Alguns dos principais dogmas do Zoroastrismo incluem:

Deus: Ahura Mazda

O Ser Supremo é chamado de Ahura Mazda (Filipenses. Ohrmazd), que significa "Senhor Sábio". Ahura Mazda é tudo de bom, e criou o mundo e todas as coisas boas, inclusive pessoas. Ele se opõe Anghra Mainyu (Filipenses. Ahriman) , que significa "espírito destruidor", a personificação do mal e criador de todas as coisas más. A batalha cósmica entre o bem eo mal acabará por levar à destruição de todo o mal.

Profeta: Zaratustra

A religião foi fundada por Zaratustra. Sua data é incerta, mas é provavelmente algo em torno de 1200 aC. Ele viveu e pregou nas estepes asiáticas Interiores. Zaratustra recebeu suas revelações diretamente de Ahura Mazda, e de seu Arcanjos (Amesha Spentas).

Escritura: Avesta

A escritura central é o Avesta . As seções mais sagrados do Avesta são os Gathas ou hinos de Zaratustra; eles também são os mais enigmático. Literatura sagrada posterior inclui os textos Pahlavi , que contêm extensas citações e paráfrases de textos Avesta perdidos.

Credo:

O credo está resumido na Yasna 12. É provável que tenha sido composta por Zaratustra si mesmo, e têm sido usados ​​como uma confissão de fé dos primeiros conversos (cf. Boyce, Zoroastrismo, sua antigüidade e Constant Vigor , p. 102-4 ).


Zoroastro na corte de Vishtasp. 

Observâncias

Duas vestes sagradas, o sudreh (camisa) e kusti (medula) são os emblemas da religião. Zoroastristas realizar um ritual de purificação curto (Padyab), e reatar as várias vezes Kusti um dia com outro ritual curto (Nirang-i Kusti) como um sinal de sua fé. Outras orações são recitadas diariamente do Khorda Avesta . A oração é feito em grande parte na língua avéstico. Os fiéis devem também participar de festivais sazonais comuns ("Gahambars") durante o ano.

Fogo e "Asha"

Fogo, como um símbolo de "Asha" e "luz original de Deus", ocupa um lugar especial de estima na religião. A oração é muitas vezes feito na frente de um fogo e incêndios consagradas são mantidos perpetuamente queima nos principais templos.

Quantos zoroastristas existem atualmente?

Eu acredito que a última figura que vi foi em torno de 140.000. As maiores populações estão na Índia e Irã. Livreto J Hinnells ' zoroastrismo e os parses (p.8) tem 17 mil no Irã e 92.000 na Índia. Norte-americanos zoroastristas são relatados para ser em torno de 5.000.

Que escrituras são sagradas para o zoroastrismo?

A mais antiga escritura de Zoroastro é o Avesta. É cerca de mil páginas. Algumas partes, incluindo os Gathas , estão em um dialeto mais antigo chamado 'Old avéstico' ou 'Gathic avéstico'. As principais divisões sobreviventes são:

Yasna

Sagrada Liturgia e Gathas / Hinos de Zaratustra

Khorda Avesta

(Livro de Oração Comum), incluindo Yashts (hinos aos seres sagrados), Niyayeshes (ladainhas ao sol, Mitra, Água, Fogo, ea Lua), Gahs (Orações para os cinco períodos do dia), Afrinagans (cerimônias de bênção), e outras orações.

Visperad

Extensões para a Liturgia

Vendidad

Principalmente as leis de pureza, mitos e alguns textos médicos


Seu nascimento milagroso. 

Fragmentos

O original Avesta canon composto por vinte e dois livros, (litúrgicas, históricas, médicas, legais). A sua existência no século EC 9 é bem documentada. Desde então, a maior parte dos textos não-litúrgicas foram perdidos.

Além do Avesta, zoroastristas têm inúmeras escrituras do período sassânida, que estão escritas em um dialeto meio-persa chamado Pahlavi. Muitos são os comentários exegéticos (chamados Zand), que se traduzem, resumir e explicar o Avesta. Os textos Pahlavi também preservar grandes resumos e traduções de textos Avestan perdidos. Eles são considerados de menor autoridade do que o Avesta.


O milagre da ponte de gelo.

Quando Zaratustra viveu?

De acordo com Bruce Lincoln,

"No momento, a opinião da maioria dos estudiosos, provavelmente, se inclina em direção ao final do segundo milênio, ou o início do primeiro, embora ainda existam aqueles que possuem uma data no século VII para." ( Morte, Guerra, e Sacrifice , 1991, pg 150) Humbach e Ichaporia parecem favorecer a data Xanthos de 1080 aC, mas mencionar a data 630 também. ( Heritage , 1994, pg 11).

A data comumente dado é o sétimo século AEC, eu acho que Boyce tem demonstrado convincentemente o sétimo século data a ser um erro. Humbach também desconta a base deste cálculo em seu Gathas 1991 (pg 30). Boyce vacilou em uma data real: entre 1400 e 1000 aC (1975), entre 1700 e 1500 (1979), por volta de 1400 aC (1988), entre 1500 aC e 1200 aC ", com este último mais provável" (1992).


Sua morte no templo do fogo. 

O que é "Asha"?

Like 'Dao' no taoísmo, Asha é um conceito chave nos Gathas e toda a Escritura. Também como "Dao", é demasiado complexo para ser traduzível por um único termo. Prefiro deixá-lo sem tradução, mas dar uma definição em algum lugar. As traduções mais comuns: verdade, retidão, ordem mundial, lei eterna, fitness. Veja também a discussão em Dhalla, História do Zoroastrismo (1938, cap. 7).

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O processo civilizatório humano e o sujeito como indivíduo.


 Leandro Claudir


            O processo civilizatório humano iniciou-se na África, o berço do Homo sapiens sapiens e de onde o mesmo partiria para colonizar praticamente todo o planeta. Esse processo iniciou-se + /-- há 160.000 anos no Leste do continente africano. Essa grande jornada somente foi possível graças ao desenvolvimento de uma sofisticada interação social e expressão cultural que permitiu a troca de informação e a organização do grupo em beneficios de todos. O que podemos observar de marcante no processo da Jornada da Humanidade é a incrível capacidade adaptativa humana mesmo diante das mais extremas mudanças climáticas, escassez de recursos e alterações extremas do clima, como a que ocorreu há 74.000 anos com a erupção do vulcão Toba e qual resultou no extermínio da espécie humana.


            Quando olhamos com atenção para os cenários históricos que nossos ancestrais passaram para que chegasse-mos aqui como civilização tal qual somos vemos que não há limites para a VONTADE HUMANA, e algo que está arraigado a alma humana. Quando avançamos um pouco no tempo e chegamos a Antiguidade por volta de 4.000 a.C a 322 d.C observamos que havia uma preocupação em eliminar os sujeitos diferentes por meio de recursos técnicos, instrumentos e procedimentos.



            Fonseca (1989, p. 217) salienta que, "no passado, a sociedade desenvolveu quase sempre obstáculos à integração das pessoas deficientes. Receios, medos, superstições, frustrações, exclusões, separações, etc. preenchem lamentavelmente vários exemplos históricos que vão desde Esparta à Idade Média".


            Já o que normalmente ocorria com nossos primeiros ancestrais eram as catástrofes climáticas que como a já citada do vulcão Toba, na Ilha de Sumatra, causou um Era Glacial que durou 6.000 anos, eliminando quase que totalmente a espécie humana da face da terra, mas 10.000 indivíduos adaptáveis e mais resistentes as intemperes do período sobreviveram e prosperaram.

            Na atualidade vemos inúmeras leis que visam incluir pessoas com deficiências físicas na sociedade, isso ocorre por que ao longo do tempo, com o avanço tecnológico e humano, as pessoas com deficiências tem ganhado mais espaço na sociedade como cidadãos produtivos. Lemos:

No artigo 25 da Declaração dos Direitos Humanos, pode-se inferir uma menção à pessoa com deficiência:



1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida

capaz de assegurar a si e a sua família saúde

e bem estar, inclusive alimentação, vestuário,

habitação, cuidados médicos e os serviços

sociais indispensáveis, e direito à segurança

em caso de desemprego, doença, invalidez,

viuvez, velhice ou outros casos de perda dos

meios de subsistência fora de seu controle.



            Precisamos ressaltar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 10% da população mundial tem algum tipo de deficiência, sendo que 3% destes não recebem nenhuma assistência médica. Algumas ONGs afirmam que esse número bem maior chegando a 20% da população apresenta necessidades especiais, e 12% dessas pessoas não recebem nenhuma atendimento por parte dos governos.

            Diante de tudo que lemos até agora resta uma pergunta se como vimos no vídeo todos pertencemos a mesma raça, por que tamanha falta de empatia pelos seus semelhantes? Irei citar um trecho interessantissimo presente no texto Educação Inclusiva, Módulos Educacionais de Christiane Martinatti Maia :

            As diretrizes propostas em livros didáticos – cartilhas – salientam a Constituição Brasileira no seu Artigo 08, Inciso III, que garante um sistema educacional especializado. que busque orientar a ação educativa calcada em valores democráticos e de construção da cidadania. São eles:



*Respeito à dignidade da pessoa.

*Direito à igualdade de oportunidades.

*Direito à liberdade de aprender e de ser diferente.

*Direito à felicidade.



            Ao lermos essas diretrizes aparentemente são direitos básicos de qualquer pessoa, mas não é bem assim que eles chegam a todos. Pessoas com deficiências sempre possuem maiores dificuldades de acesso e inclusão tornando as diretrizes citadas mera palavras ao vento. Um grande avanço para o progresso das leis e diretrizes que buscam da inclusão de pessoas com necessidades espécias foi a PORTARIA N° 188/2010, DE 20/03/2010.



            2011; a partir desse ano novas leis entraram no cenário nacional para facilitar a inclusão de pessoas com necessidades especiais na sociedade e desse modo permitir de desfrutem de todos os direitos as eles concedidos pela Constituição Federação, como o simples direito de ir e vir.



            Entra em vigor a Portaria nº 188/2010, de 20/03/2010, que estabelece a obrigatoriedade do recurso da Audiodescrição por duas horas semanais a partir do dia 1º de julho nas emissoras de TV com sinal digital. Esta é a primeira iniciativa do gênero na América Latina.



            A lei nº 12.470, de 31/08/2011, altera a lei nº 8.742, de 07/12/1993 (LOAS) na concessão do benefício da prestação continuada - BPC. Baseada nos atuais parâmetros da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, a alteração possibilita o trânsito entre a assistência social e o trabalho remunerado e vice-versa, encerrando definitivamente o entendimento de que a pessoa com deficiência é aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho.



DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Art. 1o O dever do Estado com a educação das pessoas público-alvo da educação especial será efetivado de acordo com as seguintes diretrizes:



I - garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades;



II - aprendizado ao longo de toda a vida;



III - não exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência;



IV - garantia de ensino fundamental gratuito e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais;



V - oferta de apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação;



VI - adoção de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena;



VII - oferta de educação especial referencialmente na rede regular de ensino; e



VIII - apoio técnico e financeiro pelo Poder Público às instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial.



PORTARIA Nº 971, DE 13 DE SETEMBRO DE 2012. Adequa o Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e inclui Procedimentos de Manutenção e Adaptação de Órteses, Próteses e Materiais Especiais da Tabela de Procedimentos do SUS.



            As medidas aqui apresentadas ainda são uma pequena gota de água se comparada com a grande defajazem em todos os aspectos da educação de pessoas com deficiências. O segredo para que essas políticas não fiquem estagnadas é à participação do povo por meio de plebiscitos e protestos. Exigindo de seus governantes que as leis exigentes sejam aplicadas e que novas leis sejam elaboradas para que todos sem distinção possam usufruir de sua cidadania.

            Um dos princípios das ações inclusivas nas escolas que devemos levar me conta é o respeito pela condição de aprendizagem de cada aluno, considerando o seu ritmo e estilo para aprender. Para tanto, e em se tratando de crianças com necessidades especiais, é importante conhecermos não só as suas histórias de vida, como também as características das patologias de que foram acometidas para compreendermos melhor como se dá o seu desenvolvimento, o que podemos considerar como obstáculo e quais as suas possibilidades (ROSA, 2009.pg.57).

            Acredito que somente quando compreendermos as adversidades que nossa espécie passou durante esses 160.000 anos. Sua força de vontade de prevalece perante as forças da natureza, deixando de lado sua pequenez e fraqueza física, quando comparados a outros animais, entenderemos que as pessoas aos quais chamados de deficientes, são na realidade pessoas que não estão sendo respeitadas pela sociedade, e quando digo sociedade falo como um todo. Se desejarmos prevalecer e perpetuar como espécie devemos romper esses arcaicos preconceitos sobre o que é ser um deficiente. A meu ver está mais ligada a falta de interesse político em mobilizar recursos para pessoas que aparentemente 'não são tão importantes ou necessárias', pois dependem demais de outros indivíduos.

            É nesse ínterim que entra a pedagogia, uma ciência que pesquisa e estuda a educação. O coordenador pedagógico que trabalha com a educação inclusiva deve preparar-se para essa função e para servir de suporte ao resto da escola, levando em consideração todas as dificuldades inerentes ao processo e o seu papel como facilitador deste (ROSA ,2009, pg.162).


Autor: Leandro Claudir. Criador e administrador do Projeto Construindo História Hoje e Acadêmico de História.

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Você quer saber mais? 

ROSA, Angela Coronel da. Educação Inclusiva. Curitiba: Editora Ibpex, 2009.



MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO / SECADI - Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília: SECADI, 2006.



MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em Gênero, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. Versão 2009. – Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: SPM, 2009.



Disponível em: Acesso em: 4 de setembro de 2014, às 11 hs.



Disponivel em: Acesso em: 3 de setembro de 2014, às 13 hs.


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