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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Os egípcios vistos por si mesmos!


Faraó Mentuhotep I. Imagem: História Geral da África de G. Mokhtar (Org.), pg. 54.

Não é perda de tempo conhecer o ponto de vista dos principais envolvidos. Como os antigos egípcios viam a si mesmos? Em que categoria étnica se colocavam? Como denominavam a si mesmos?  A língua e a literatura que os egípcios da época faraônica nos deixaram fornecem respostas explícitas a essas questões, que os acadêmicos insistem em subestimar, distorcer e “interpretar”. 

KMT = “os negros”(literalmente).  Imagem: História Geral da África de G. Mokhtar (Org.), pg. 56.

Os egípcios tinham apenas um termo para designar a si mesmos: KMT = “os negros” (literalmente). Esse é o termo mais forte existente na língua faraônica para indicar a cor preta; assim, é escrito com um hieróglifo representando um pedaço de madeira coma ponta carbonizada e não com escamas de crocodilo. Essa palavra é a origem etimológica da conhecida raiz KAMIT, que proliferou na moderna literatura antropológica. Dela deriva, provavelmente, a raiz bíblica KAM. Portanto foi necessário distorcer os fatos para fazer com que essa raiz atualmente signifique “branco” em egiptologia, enquanto, na língua-mãe faraônica de que nasceu, significava “preto-carvão”.

Na língua egípcia, o coletivo se forma a partir de um adjetivo ou de um substantivo, colocado no feminino singular. Assim, KMT, do adjetivo SI = KM = preto, significa rigorosamente “negros”, ou, pelo menos, “homens pretos”. O termo é um coletivo que descrevia, portanto, o conjunto do povo do Egito faraônico como um povo negro.

KMTJW = os negros, os homens pretos (literalmente). Imagem:  História Geral da África de G. Mokhtar (Org.), pg. 59.

Em outras palavras, no plano puramente gramatical, quando, na língua faraônica, se deseja indicar “negros”, não se pode usar nenhuma outra palavra senão a que os egípcios usavam para designar a si mesmos. Além disso, a língua nos oferece um outro termo KMTJW = os negros, os homens pretos (literalmente) = os egípcios, opondo-se a “estrangeiros”, que vem da mesma raiz, KM, e que os egípcios também utilizavam para descrever a si mesmos como um povo distinto de todos os povos estrangeiros. Esses são os únicos adjetivos de nacionalidade usados pelos egípcios para designarem a si mesmos, e ambos significam “negro” ou “preto” na língua faraônica. 

RMT KMT = os homens do país dos homens negros ou os homens do país negro. Imagem:  História Geral da África de G. Mokhtar (Org.), pg. 59.

Os acadêmicos raramente os mencionam ou, quando o fazem, traduzem-nos por eufemismo, tais como “os egípcios”, nada dizendo sobre seu sentido etimológico. Eles preferem a expressão RMT KMT = os homens do país dos homens negros ou os homens do país negro.

No alto da imagem à esquerda Ramsés II e um Batutsi moderno. (Fonte: C. A. Diop. 1967. PR. XXXV). Abaixo à Esfinge, tal como foi encontrada pela primeira missão científica francesa no século XIX. Presume-se que esse perfil, tipicamente negróide, represente o faraó Khafre ou Quefrén (cerca de -2600, IV Dinastia), construtor da segunda pirâmide de Gisé. O perfil não é nem helênico nem semita: em bantu. (Fonte: C. A. Diop. 1967. pr. XIX.) Imagem: História Geral da África de G. Mokhtar (Org.), pg. 57.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

As maravilhas do céu estrelado: Constelações Zodiacais


Representação das constelações em um antigo Atlas Celeste. Imagem: As Maravilhas do Céu Estrelado de João Batista Salgado Loureiro e Romildo Póvoa Faria, pg.32, fig.14.

Durante o dia, olhando para s nuvens, temos a impressão de que elas formam figuras de rostos, animais ou objetos. O mesmo acontece à noite, quando olhamos com atenção um céu totalmente estrelado. As estrelas, ou o fundo escuro do céu, parecem formar também figuras diversas. Os antigos também tinham esta sensação e forma eles que imaginaram sãs primeiras constelações no céu.

A constelação do Touro é uma das constelações do Zodíaco, que é uma região muito importante que existe no céu. Ela é importante porque é só no Zodíaco ou nas constelações do Zodíaco (constelações zodiacais) que podemos ver a Lua ou planetas visíveis a olho nu. A partir do Touro, para a direita, as treze principais constelações do Zodíaco são: Gêmeos (GEMINI), Caranguejo (CANCER), Leão (LEO), Virgem (VIRGO), Balança (LIBRA), Escorpião (SCORPIUS), Serpentário (OPHIUCHUS), Sagitário (SAGITTARIUS), Capricórnio (CAPRICORNUS), Aquário (AQUARIUS), Peixes (PISCES) e Carneiro (ARIES).

Não é possível ver todas ao mesmo tempo. Só com o passar das horas e ao longo do ano é que todas podem ser vistas no céu. Isto porque dependendo do mês que fazemos a observação, o Sol fica na direção de uma das constelações do Zodíaco. Acontecendo isto, não podemos ver a constelação onde o Sol está e temos dificuldade de ver outras que estão próximas pois a luz do Sol nos atrapalha. Algumas das constelações zodiacais só possuem estrelas de fraco brilho (de terceira, quarta, quinta ou sexta magnitude) e por isso é difícil encontrá-las. Somente com muita prática de observação é que aprendemos a reconhecê-las. Outras, entretanto, possuem estrelas de primeira ou segunda magnitude, facilitando-nos achá-las no firmamento.

Cartas Celestes: projeção esterografica  (polos). Imagem: As Maravilhas do Céu Estrelado de João Batista Salgado Loureiro e Romildo Póvoa Faria, pg.39, fig. 16-A, 16-B.

As constelações e os mitos que as cercam

PEIXES É formada por estrelas de brilho pouco intenso. Segundo a lenda, esta constelação representa dois peixes unidos por uma corda amarrada em suas caudas, colocados no céu por uma deusa chamada Minerva.

CARNEIROEsta constelação zodiacal possui uma estrela de segunda magnitude, chamada Hamal (Alfa Carneiro). Representa um carneiro que, segundo conta a lenda, possuía uma pele de ouro e foi sacrificado em homenagem a Júpiter, o deus dos deuses.

TOURO Possuí como principal estrela Aldebaran, a Alfa da constelação de Touro. É uma estrela vermelha como Beteugeuse da constelação de Órion. Representa um dos animais caçados pelo gigante Órion.

GÊMEOS A lenda conta que Castor e Pollux, dois irmãos gêmeos, foram representados no céu, formando esta constelação. E seus nomes foram dados às duas estrelas mais brilhantes, de primeira magnitude.

CARANGUEJO Outra constelação difícil de se ver por possuir estrelas de fraco brilho. Considera-se que ela representa um caranguejo que foi enviado para matar Hércules, um antigo herói dos gregos e romanos.

LEÃO Nesta constelação há uma estrela de primeira magnitude, chamada Regulus ou Alfa Leonis. Representa o leão morto pelo herói Hércules no primeiro de seus famosos doze trabalhos.

VIRGEM Simboliza a filha de Icarus (o que tentou voar até o Sol) e carrega numa de suas mãos uma espiga de milho. Esta espiga é marcada, na constelação, por uma estrela de primeira magnitude, chamada de Spica (Alfa Virginis).

BALANÇA - Constelação formada por estrelas de brilho não muito intenso, duas das quais simbolizam os braços de uma balança.

ESCORPIÃO Uma das mais bonitas constelações, visível durante o início das noites de inverno e no começo da primavera. Nela se destaca a estrela Antares, de primeira magnitude e de cor avermelhada. Várias outras estrelas de segunda e terceira magnitudes são observadas nesta constelação, onde não é difícil imaginar um escorpião ou, pelo menos, a sua cauda, ou ainda um grande “anzol” no céu. Segundo a lenda dos gregos e romanos antigos, este escorpião foi enviado pela deusa Hera para matar Órion, o gigante caçador.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Halloween: a brincadeira mortal.


Segundo especialistas, muitos bruxos, satanistas e adoradores do diabo se preparam durante todo o ano, e esperam ansiosos por esta festa. Imagem: Revista Plenitude, outubro de 2005, p.35.

Abóboras esculpidas em forma de caras, gatos pretos, monstros, vampiros, fantasmas e duendes, entre outras figuras que representam os poderes do mal. Tudo isso que, aparentemente, é muito divertido e que costuma ser rotulado de brincadeira de criança, traz oculta, e muito bem maquiada, uma das mais perigosas estratégias do ocultismo no sacrifício de seres humanos, em particular, sacrifícios de crianças.

A festa de Halloween foi chegando de mansinho e marcando território em boa parte do Brasil. Isso aconteceu devido à globalização e à proliferação dos cursos de inglês, que incluem a festa no conteúdo de ensino da cultura estadunidense.

Segundo especialistas, muitos bruxos, satanistas e adoradores do diabo se preparam durante todo o ano, e esperam ansiosos por essa festa. A data é considerada por eles como a do aniversário de satanás, sendo assim, o dia ideal para a prática de sacrifícios humanos e pactos satânicos. Com promessas de que vão conseguir mais poder, mais força e autoridade, os satanistas começam a sacrificar pessoas 15 dias antes da data de 31 de outubro e 15 dias após.

A data certa

Foram os celtas que escolheram a data de 31 de outubro como véspera do ano novo e também para celebração de todo esse ritual maligno envolvendo mortos, nessa data, os celtas se reuniam em volta de uma fogueira na comunidade e ofereciam seus animais domésticos, suas colheitas e, às vezes, a si mesmos em sacrifício. Era comum o uso de disfarces feitos de cabeça e pele de animais e a predição do futuro uns dos outros. Eles acreditavam que os gatos eram pessoas castigadas por alguma má ação. No dia 31 de outubro, para se livrarem da possessão diabólica, tinham que dar comida ou oferecer algo aos demônios, além de lhes oferecer hospedagem noturna. Os espíritos só deixavam a casa ficar em paz se ficassem satisfeitos com o que recebiam; caso contrário, faziam um “trick” (truque ou maldade), isso quando não rogavam maldições de destruição sobre as famílias.

A ordem sacerdotal

De acordo com historiadores romanos e gregos, existia uma ordem sacerdotal  antiga  entre os Celtas na  Bretanha (França), Gália (região entre Portugal e França) e Ilhas Britânicas (Grã-Bretanha) chamados de “druidas”, que eram pagãos da religião celta. Textos que datam dos século II a.C ao IV d.C. relatam que esses sacerdotes eram violentos, pessoas muito temidas pelo poder que possuíam, além de terem sede de sangue. Resolviam todas as disputas com uma decisão definitiva, chegando a castigar pessoas com a morte. Além disso, seus altares destilavam o sangue de vítimas humanas. Era comum oferecer homens, mulheres e crianças em holocausto, queimando os corpos vivos em grandes torres de vime. Normalmente, os celtas usavam os bosques para caça, pesca e alimentação, mas também os utilizavam para as cerimônias ocultistas.

A aparente e inofensiva abóbora iluminada é um símbolo antigo de uma alma maldita e condenada. A abóbora recebe o nome de “Jack-o-lantern”Imagem: Revista Plenitude, outubro de 2005, p.35.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A mitologia egípcia e o conhecimento através dos números. Parte IV.



Números egípcios. Imagem: O Egito Antigo.

Para Pitágoras, o número mais importante de todos era o dez, constituído da soma de um, dois, três e quatro. Isso é expresso geometricamente como um triângulo referido como “tetraktis sagrada”. A tetraktis, também conhecida com década, é uma figura triangular que consiste de dez pontos distribuídos em quatro fileiras: um, dois, três e quatro pontos em cada uma.

A tetraktis sagrada de Pitágoras. Imagem: Construindo História Hoje.

Os pitagóricos acreditam que as maravilhosas propriedades da tetraktis são a fonte e a raiz da natureza eterna. Em essência, é a expressão da realidade metafísica e o “mundo ideal” de Platão. O juramento pitagórico inclui uma referência à tetraktis; eles juram por:

 “ele que deu à nossa família a Tetraktis, que contém a Fonte e a Raiz da Natureza eterna”.

De acordo com West, a tetraktis grega pode ser vista como a Grande Enéade egípcia manifesta e desmitologizada. Embora não seja necessariamente um avanço em relação ao conceito egípcio da Enéade, a tetraktis grega é uma forma de tentar entender os diversos significados por trás da Enéade.

A forma triangular da tetraktis representa a progressão aritmética da criação do abstrato e absoluto ao concreto e diferenciado. O lado esquerdo do triângulo (1, 2, 4 e 8) simboliza o movimento da vida a partir da unidade absoluta.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Mitologia egípcia e o conhecimento através dos números. Parte III.



A pirâmide que forma a Grande Enéade de deuses egípcios. "De Um se formam Nove, de todos se forma Dez". Imagem: Mitologia Egípcia Hoje.

Para os egípcios, o maior mistério de todos era a “transformação” (o número nove) do Criador de Não visto para Visto, o Um que se manifesta como muitos. Essa transformação foi revelada através de sucessivos estágios: Atum (ou Rá) em Heliópolis, Ptah em Mênfis, Toth em Hermópolis e Amun em Tebas. Segundo o Papiro de Qenna do Museu de Leyden, escrito durante a décima oitava dinastia:

“Os deuses ao todo são três: Amun, Rá e Ptah, que não têm iguais. Aquele cuja natureza (literalmente, “cujo nome”) é um misterioso, sendo Amun; Rá é a cabaça, Ptah o corpo. Suas cidades na terra, estabelecidas para sempre são: Tebas, Heliópolis e Mênfis (estáveis) para sempre. Quando uma mensagem vem do céu, é ouvida em Heliópolis, repetida em Mênfis para Ptah, e transformada em carta escrita com letras de Toth (em Hermópolis) para a cidade de Amun (Tebas)”.

Essa ideia de mensagem representa o progresso da “transformação” de Céu para Terra. Porque Heliópolis era considerada o “ouvido do coração”, foi lá que a mensagem do ouvida. Nos textos sagrados, como o Sol era tido como o coração do sistema solar, então Heliópolis era o coração do Egito, a cidade do Sol. O nome Heliópolis, como é usado nos textos funerários, significa “a origem absoluta das coisas”, o que não quer dizer que isso se referia estritamente à cidade física de mesmo nome. Quando se diz em textos egípcios: “vim de Heliópolis” ou “vou para Heliópolis”, significa que “eu procedo do início” ou “estou retornando para a Fonte”.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mitologia egípcia e o conhecimento através dos números. Parte II.



Ogdoáda egípcia. Durante o Médio Império, o número oito era retratado na Ogdóadaoito babuínos com Hórus, o falcão representando o deus Ra-Harakhty. que formam outra variação da mitologia egípcia da criação. Imagem: Egito Além da Eternidade.

A história mítica de Hórus e Seth caracteriza as estruturas rítmicas da dualidade. Das menores parcelas da realidade – o próton e o elétron – à vida orgânica e a nós, humanos, homens e mulheres – há um ritmo constante de dualidade na vida natural. É assim que o mundo funciona, tanto o animado quanto o inanimado. O próton atrai o elétron para criar uma realidade física. O macho e a fêmea, de toda a vida animal, são atraídos um pelo outro para assegurar a continuidade da vida. A dualidade está contida dentro da unidade absoluta. Eis o significado do número dois. Todo o ser humano experimenta essa dualidade já que o mundo natural reflete isso com a divisão em macho e fêmea de toda vida orgânica. Contudo, essa divisão deve encontrar conciliação, como fizeram Hórus e Seth. Essa conciliação é representada no número três.

O número três representa a relação e a conciliação entre a causa absoluta (um) e a dualidade (dois) que ela cria de si mesma. Existe meramente em um plano espiritual. Com esse decreto filosófico existe uma inegável associação entre causa e dualidade. Podemos entender isso como o que poderíamos chamar de “efeito”. Esforçamo-nos a valer para afetar pessoas e acontecimentos, muitos de nós por meio de preces ou pensamentos positivos quando as ações diretas não são ou não podem ser bem-sucedidas. Os antigos egípcios comportavam-se do mesmo modo. Em vez de chamar de prece ou pensamento positivo, eles chamavam a isso de magia.

O número quatro, representando a ideia do mundo material, era recorrente no simbolismo egípcio – as quatro regiões do céu, os quatro filhos homens de Hórus, o quatro filhos de Geb, os quatro canopos nos quase os órgãos dos mortos eram depositados no funeral. Segundo o mito egípcio, Geb se casou com sua irmã Nut, a deusa do céu, sem a permissão do poderoso deus sol, Rá. Rá ficou zangado com Nut e Geb que forçou o pai deles, Shu, o neter do ar, a separá-los: por isso a terra é separada do céu. Além disso, Rá proibiu que Nut tivesse filhos em qualquer mês do ano. Felizmente, Toth, o divino escriba, decidiu ajudar e induziu a Lua a jogar damas com ele, sendo que o prêmio era a luz da Lua. Toth ganhou tanta luz que a lua foi obrigada a acrescentar cinco novos dias ao calendário oficial. E Nut e Geb tiveram quatro filhos: Osíris, deus dos mortos, Seth, deus do caos, Ísis, deusa mãe e feiticeira, Néftis, deusa do lar.

O entendimento do número cinco, ou vida, pelos egípcios, pode ser visto no conceito do homem consciente, unido com o Absoluto e alcançando unidade com a Causa (deus). Ele se tornaria uma estrela, e “se tornaria um na companhia de Rá”. Nos hieróglifos, o símbolo para estrela era desenhado com cinco pontas. Visto como sagrado em diversas culturas, o pentagrama e o pentágono também refletem o valor místico do cinco.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mitologia egípcia e o conhecimento através dos números. Parte I.



Rá-Atum enfrentando a Serpente Apófis. Imagem: Enciclopédia Larousse.

De acordo com Schwaller de Lubicz, os antigos egípcios usavam deliberadamente a proporção harmônica em sua arte e arquitetura, com base no sistema numérico de pensamento. Era uma visão de mundo abrangente, que incluía a filosofia, a matemática, o misticismo e a teologia.

John Anthony West, um simbolista contemporâneo nos mesmos moldes de Schwaller de Lubicz, acredita que o que atualmente é conhecido como misticismo numérico pitagórico é, na verdade, de origem egípcia, e antecede até mesmo o Egito Antigo.

 Rá-Atum ou Atum. Imagem: Enciclopédia Larousse.

Quando o misticismo numérico é aplicado aos mitos egípcios, torna-se claro que as histórias e a mitologia egípcias são baseadas na compreensão dos números e não no animismo. É uma filosofia, mas não no nosso sentido do termo. Não existem textos explicativos. Mesmo assim, é sistemático, autoconsciente e organizado em princípios que podem ser expressos de maneira filosófica.

Por exemplo, na mitologia egípcia Atum (ou Tum) representa a causa transcendente, o absoluto ou o tudo, o Um, o primeiro e verdadeiro deus e criador que fez o mundo e tudo que nele há. Dentro dele estava o potencial para toda a vida. O nome Atum vem de uma

domingo, 23 de setembro de 2012

O Papel das Sociedades Secretas



Irmandade da Serpente. Imagem: Cuttingedge.

"Existe um poder em algum lugar tão organizado, tão sutil, tão atento, tão entrelaçado, tão completo, tão disseminado e abrangente, que é melhor sempre abaixar muito bem a voz ao dizer qualquer coisa em condenação a ele." (presidente Woodrow Wilson, 1913, citado no livro do Dr. Dennis Cuddy, "Secret Records Revealed" (Registros Secretos Revelados), pág. 24).

"Debaixo das amplas ondas da história humana fluem as ocultas correntes subterrâneas das sociedades secretas, que frequentemente determinam das profundezas as mudanças que ocorrerão na superfície." — (Autor Arthur Edward Waite, em The Real History of the Rosicrucian Steiner Books (A Verdadeira História dos Livros Rosa-cruzes de Steiner), 1977).

O batimento pulsante e intenso do organismo vivo chamado Elite — aqueles em posições de influência que tomam decisões indesejadas por nós — conseguiu implementar um governo global. Eles usaram todo o seu arsenal e, ao longo de dezenas de anos, e de várias gerações, e nós a aceitamos mansamente.

Eles usaram e continuam usando tanto métodos públicos como secretos para nos fazer aceitar a dissolução da nossa Constituição e, ironicamente, sermos gratos por isso. Eles invadiram nossas igrejas, nossas escolas, nossa cultura, nossa economia, nossa história, nossas fortalezas políticas. E, sem nenhuma lamentação, perdoamos a perda do nosso país, a perda dos nossos valores e costumes, a perda da liberdade de pensamento e a perda do controle de nossas próprias mentes. Eles detêm nossa economia, nosso sistema político, nossos filhos e, acima de tudo, eles nos detêm — nós que, anos atrás, teríamos lutado para impedir a derrubada do nosso querido país e das nossas liberdades.
Alguns dos meios que eles usam para alcançar seus objetivos são grosseiros; outros são camuflados e feitos a portas fechadas, mas independente de como alcançam suas metas, o resultado é sempre o mesmo: eles planejaram bem, implementaram de forma admirável e nos quebrantaram totalmente.
As técnicas deles têm sido variadas e eficientes, mas um dos mais eficazes métodos por trás das cenas é o uso das sociedades secretas.

Você já ouviu falar desse veículo fundamental — as sociedades secretas -, não ouviu? Elas são reais — esses grupos sombrios e sigilosos que controlam o mundo por meio de membros poderosos que escondem a verdade de nós, que exercem uma força maior do que centenas de megatons de bombas. Não há um único artigo ou um único livro que possa cobrir a abrangência total do que as sociedades secretas realmente são, quem são seus membros, o que eles fazem e o que ainda planejam fazer. O que sabemos é que seus membros — homens e algumas mulheres de comando da elite rica — detêm poder sobre nós e se enredam pelo topo dos governos nacionais e das escolas para garantir que as pessoas desejadas sejam colocadas nos cargos. Uma vez que isso não pode ser explicado em apenas um artigo abrangente sobre as sociedades secretas, somente o básico será oferecido aqui.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Expedições de Thor Heyerdahl



Thor Heyerdahl. Imagem: Noruega.Org.

O explorador norueguês contemporâneo mais conhecido, Thor Heyerdahl, explorou as culturas dos nossos antepassados mais remotos. A demanda era descobrir mais sobre a paisagem histórica, não sobre a geográfica. 

Heyerdahl nasceu em 1914 na pequena cidade de Larvik, na costa sul da Noruega. Depois de ter estudado de forma exaustiva materiais etnográficos e arqueológicos da Polinésia, do Continente Americano e do sudeste asiático, Heyerdahl avançou com a teoria de que a Polinésia não tinha sido povoada por povos vindos do sudeste asiático, como anteriormente se acreditava, mas sim da América.

 Na expedição Rá II, Heyerdahl, provou que usando barcos de Junco era possível atravessar o Atlântico. Imagem: Pirâmides de Güímar.

A hipótese que apresentou foi recebida de forma fria, por isso Heyerdahl decidiu demonstrar pessoalmente o que acreditava ser a verdade das suas afirmações. O navio que fabricou para a viagem era uma jangada de pau-de-balsa, uma reprodução exata das jangadas índias feitas na América do Sul desde os tempos da pré-história. Em1947, Heyerdahl partiu de Callao, no Peru, com uma equipa composta por seis homens, e navegou para as ilhas Tuamotu da Polinésia naquela que é hoje em dia a mundialmente conhecida viagem do Kon-Tiki.

A perigosa viagem de três meses era não só uma iniciativa ousada, como também uma

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Mitologia como ciência antiga: o mito transcendendo o irreal!



Constelações do zodíacos. Imagem: Ufrgs.

O pensamento contemporâneo se recusa a aceitar que as civilizações antigas pudessem marcar a passagem do tempo para além das simples observações sazonais que definem um ano. Mas, através da história houve astrônomos, matemáticos e historiadores que mediram o tempo de maneiras sofisticadas.

O historiador John G. Jackson (1907-1993), em seu estudo do folclore e das tradições da Grécia Antiga, lançou uma preciosa luz sobre a relação entre os mitos e a observação das estrelas entre os antigos. Na mitologia grega, aprendemos sobre o lendário e poderoso rei etíope, Cefeu, cuja fama era tão grande que ele e sua família foram imortalizados como estrelas. Ele, sua esposa Cassiopeia e sua filha, a princesa Andrômeda, todos se tornaram estrelas na esfera celeste. Embora essa conexão pessoal com as estrelas possa no parecer estranha, Jackson observa que para os antigos etíopes, isso não era incomum. Jackson destaca que Luciano, antigo escritor e historiador grego (180-129 AEC), descreveu a cuidadosa observação das estrelas por parte dos primeiros etíopes.

Os etíopes foram os inventores da ciência das estrelas, e deram nomes aos planetas, não de maneira aleatória e sem sentido, mas descritivos das qualidades que concebiam que possuíssem; e foi deles que essa arte passou, ainda que em estado imperfeito, para os egípcios”.

Historiador grego Luciano

 Constelação de Cefeu. Clique na imagem para ampliar. Imagem: Ufrgs

O estudioso francês Constatin-François Volney (1757-1820) que é conhecido pelos relatos meticulosos de suas explorações no norte da África, era particularmente fascinado pelo alto grau de conhecimento astronômico e, decorrente disso, o elevado nível cultural alcançado pelos etíopes. Volney descreve a invenção do zodíaco por essa antiga civilização:

“Foi então que na fronteira do Alto Nilo, entre uma raça de homens negros, organizou-se um complicado sistema de adoração das estrelas, considerado em relação às produções da terra e aos trabalhos na lavoura [...] Assim, o etíope de Tebas chamou de ESTRELA DE INUNDAÇÃO, ou AQUÁRIO, aquelas sob as quais começam as cheias do Nilo; ESTRELAS DO BOI ou TOURO, aquelas sob as quais começam a plantar; ESTRELAS DO LEÃO, aquelas sob as quais esse animal, expulso do deserto pela sede, aparecia nas margens do Nilo; ESTRELAS DO FEIXE DE ESPIGAS, ou primeira colheita VIRGEM, aquelas da estação da ceifa; ESTRELAS DO CORDEIRO, ou ÁRIES e ESTRELAS DAS DUAS CRIANÇAS, ou GÊMEOS, aquelas sob as quais os preciosos animais nasciam [...] Assim, o mesmo etíope, tendo observado que o retorno das inundações sempre correspondia ao surgimento de uma bela estrela na direção da nascente do Nilo, e que parecia prevenir os agricultores acerca da elevação das águas, ele comparou essa ação à do animal que , com seu latido, alerta contra o perigo, chamou essa ESTRELA DE CÃO, aquele que ladra, SÍRIOS. Da

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ptolomeu I Sóter, Látero


Arte egipcia, Ptolomeu I Sóter. Imagem: UFCG.

Como General macedônico do exército de Alexandre que ficou com a parte egípcia do império macedônico, depois da morte (305 a. C.) do filho do general Alexandre IV, que governava o Egito a 12 anos (317-305 a. C.). Assumindo o governo (305 a. C) nomeou-se faraó e declarou a independência egípcia.

Isto consolidou o desmantelamento do império de Alexandre, o maior do mundo até então. Rei egípcio que governou entre os anos 305 e 285 a. C., ocupando o território que lhe foi cedido por Alexandre da Macedónia, quando o acompanhou na expedição que empreendeu à Ásia.A conquista de Jerusalém é por si obtida no ano de 320 a. C., ocupando de igual modo a Fenícia e a Celesíria, que serão tomadas posteriormente por Antígono, voltando a ser reconquistadas em 312 a. C.No ano de 306 a. C. sofre uma derrota no mar de Chipre frente a Antígono e a seu filho Demétrio. O facto de ter obrigado este último a levantar o cerco que mantinha à cidade de Rodes valeu-lhe o título de sóter, o salvador.

Com a morte de Antígono no ano de 301 a. C., perde para o rei sírio Seleuco os territórios da Celesíria e da Fenícia.
Dois anos antes da sua morte, abdica do trono em favor do seu descendente e filho Ptolomeu II Filadelfo.

A obra cultural do período de Ptolomeu I fica marcada pela criação do museu e da biblioteca de Alexandria e pela presença de um número significativo de sábios e letrados na sua corte. Escreveu igualmente uma história sobre as guerras de Alexandre.

Ptolomeu, trouxe um novo período de florescimento para o país do Nilo. Sóter, que em grego quer dizer salvador, tornou-se, então, fundador da grande Dinastia dos Lágidas que governou o Egito por quase 300 anos (323-30 a. C.). Educado na corte e amigo íntimo do príncipe Alexandre, foi exilado (337 a. C), com outros amigos do príncipe, mas retornou após a coroação de Alexandre (336 a. C) e tornou-se seu guarda-costas. Mais tarde, participou de campanhas na Europa, Índia, Afeganistão e Egito, nas quais se mostrou comandante cauteloso e confiável, muitas vezes condecorado.

 O Farol de Alexandria, cuja construção começou em 297 aC. Imagem: Grécia Antiga.

 Após a morte de Alexandre (323 a. C), certo de que não seria possível manter a unidade do império, propôs que as satrapias (províncias do império) fossem divididas entre os generais. Tornou-se, então, sátrapa do Egito e de territórios libios e árabes, e nos anos seguintes estendeu seu domínio ao Chipre, Síria e regiões costeiras da Anatólia.

Consolidou e expandiu seus domínios por meio de guerras e, sobretudo, de hábeis negociações, alianças e casamentos. Manteve cordiais relações políticas com a Grécia e conquistou ao mesmo tempo a simpatia dos egípcios com medidas como a fusão de religiões da Grécia e do Egito e a restauração dos templos dos faraós, destruídos pelos persas. Fundador da Academia de Alexandria (313 a. C), Museu e Biblioteca (290 a. C.), para a qual convidou um grupo de sábios notáveis para integrar seu corpo de mestres, tornando esta cidade

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A Pirâmide Perdida de Djedefre.


Reconstrução grafica da Pirâmide de Djedefre. Imagem: History

Durante uma escavação em um lugar afastado do Planalto de Gizé, uma equipe de arqueólogos encontrou evidências de uma quarta pirâmide. Construída pelo Faraó Djedefré (Dyedefra), filho e sucessor de Quéops (Keops), ficou esquecida e soterrada pelas areias do deserto por mais de 5000 anos. 

Uma equipe de arqueólogos foi responsável por descobir essa pirâmide gigante. À medida que escavam nas profundezas das câmaras da pirâmide, as provas mostram que esta é a quarta e última pirâmide de Gizé. A sua construção, há cinco mil anos, foi uma corrida contra o tempo. Em apenas sete anos, entre a sua subida ao poder e a sua morte, o envelhecido faraó Djedefré estava determinado em exceder os

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O que é ?O que significa? E qual é a idade da Esfinge de Gizé?


A Esfinge como era supostamente a 10 mil anos atrás. Imagem: Wikibooks

Alguns escritores abordaram as possíveis ligações entre a Esfinge e a era precessional de Leão, ocorrida há 13.000 anos, mas o completo significado destas ligações é muito mais profundo do que a Esfinge.

A construção da Esfinge foi recentemente datada de 2500 a.C., provavelmente construída na 4ª dinastia. No entanto, nenhum texto comprova isso. Há desenhos curiosos no corpo da Esfinge que, provavelmente, foram esculpidos pelo tempo, por exposição às chuvas pesadas. Mas em 2500 a.C. o clima do Egito já era muito seco, o que torna impossível essa chuva.

 A Esfinge está perfeitamente alinhada com o leste. Seus olhos miram o sol nascente do Equinócio da Primavera. Em 10500 a.C. o olhar da Esfinge fitava a constelação de Leão no amanhecer do Equinócio da Primavera, o que nunca mais aconteceu. Em 2500 a.C. ela fitava a constelação de touro, mas seu corpo é de um leão.

 Por enquanto, podemos concluir que, no amanhecer do Equinócio de Primavera de 10500 a.C. havia:

Ao norte o Templo de Angkor alinhado com a constelação de Draco;
Ao leste a Esfinge alinhada com a constelação de Leão
Ao sul as Pirâmides de Gizeh alinhada com a constelação Orion.

O que os antigos pretendiam dizer com esses alinhamentos? O que eles significam? Por que foram feitos?

A esfinge é uma estátua enorme que fica perto das pirâmides, no planalto de Gizé, Egito, África. Praticamente todo mundo já ouviu falar, viu fotos ou jogou jogos onde aparece uma criatura com corpo de leão e cabeça humana, que propõe um enigma. Quem não resolve o enigma é morto pela esfinge.

Pois então, essa estátua, chamada Grande Esfinge de Gizé, é a maior estátua esculpida num único bloco de pedra. Foi aproveitado um penhasco que havia no local, que depois foi coberto por blocos de pedra lisa.

A esfinge que sempre aparece nos jogos tem a cabeça de uma mulher, mas, a esfinge de Gizé parece que tem a cabeça de um homem. Alguns estudiosos dizem que ela foi construída pelo mesmo faraó que fez a segunda maior pirâmide, Quefren, e que a cabeça da esfinge é a cabeça desse faraó.

Então, a esfinge tem o corpo de um leão e a cabeça humana. Entre as patas de leão, existe uma laje de granito com uma inscrição que conta sobre um sonho que o faraó Thutmose IV, que reinou na XVIII dinastia, teve.

Essa laje é uma estela, chamada de Estela do Sonho e conta o seguinte: quando jovem, Thutmose foi caçar e muito cansado, dormiu sob a sombra da esfinge. Ele então sonhou com o deus sol Ra-Harakhte, que na forma da esfinge, lhe prometeu que se ele limpasse toda a areia que cobria o monumento se tornaria faraó do Egito. E foi exatamente isso que aconteceu.

Assim, ficamos sabendo que, quando Thutmose IV reinou, a esfinge já estava bastante coberta pela areia. Em 1816 o capitão Caviglia terminou a retirada da areia que novamente cobria a esfinge e registrou que o corpo da estátua era revestido em pedra e que provavelmente a esfinge tinha sido um dia, pintada com tinta vermelha. 

Então, onde está o mistério?

Comparação entre a Esfinge como é hoje e como supostamente era a 10 mil anos atrás. Imagem: Wikibooks.
 
Em primeiro lugar, ainda não se sabe com certeza, como o nariz da esfinge foi arrancado. Há diversas teorias, mas como saber a verdade?

O professor Robert Schoch, da Universidade de Boston, afirma que a esfinge é muito mais velha do que diz a História oficial. Ele acha que a erosão que existe no corpo do monumento não foi feita pelo vento ou pela areia, foi feita sim pelas chuvas. Ora, então a esfinge seria pelo menos 2 mil e 500 anos mais velha do que se pensa, quando no Egito havia muita vegetação e muitas chuvas. Será?

Muitos pesquisadores já fizeram estudos e acreditam que existem túneis e câmaras ainda não escavados sob a esfinge. Será que algum deles esconde um grande mistério?

Segundo a professora de egiptologia da Universidade Americana do Cairo, Salima Ikram, já foram encontradas múmias, escondidas sob a axila esquerda e na parte de trás da esfinge. De quem seriam essas múmias? Por que estavam dentro do monumento? Onde estão agora? 

Um mistério do Egito antigo.

Supostos desgastes e reparos tornaram a Esfinge em forma de Leão, na Esfinge como a conhecemos hoje. Imagem: Wikibooks.

West apresentou inicialmente sua tese, sobre uma Esfinge mais antiga do que se pensava, no Serpent in the Sky, uma exposição exaustiva do trabalho do matemático francês R. A. Schwaller de Lubicz. As pesquisas realizadas por Schwaller no Templo de Lúxor entre 1937 e 1952 desencavaram prova matemática, sugerindo que a ciência e cultura egípcias haviam sido muito mais avançadas do que

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

MONSTROS DA MESOPOTÂMIA (Mitos atuais, origens ancestrais).


As pessoas têm usado por muito tempo o medo como uma ferramenta para entreter. Contos de monstros têm estado conosco desde a aurora dos tempos. Eles fazem parte das tradições de cada povo e folclore, mesmo sendo em torno de uma fogueira pré-histórica ou projetado em uma tela de cinema com som digital no século XXI, a audiência continua a mesma.

A Epopéia de Gilgamesh, vista aqui no Tablete 11, menciona vários tipos de monstros, e um velho conto sumério de Gilgamesh, que afirmar ser seu pai um Lillu, ou demônio sugador de sangue. Imagem: Saudi Aramco World.

Em todas as histórias, os monstros tomam a forma de nossos medos. Motivados sempre pelo desconhecido, seja ele apreensões sobre ruídos noturnos de uma floresta, ou preocupações sobre as intenções sinistras de corridas em terras distantes descritos por marinheiros que regressam Evidentemente, alguns monstros que primeiro se materializam em um continente remoto encontram maneiras para migrar de sua própria terra e fixar residência em um deserto perto ou terra abandonada.

Na Idade Média, os europeus acreditavam que a maioria dos monstros originados em outros continentes, e que muitas vezes ilustradava seus mapas e cartas marítimas com imagens das criaturas fantásticas destas terras semi-lendárias. No século XIII, o Mapa Mundi Hereford é um excelente exemplo: 

Imagens de corridas fabulosas e animais estão distribuídos por todo o mundo, como a Índia e Etiópia, sendo sempre exibindos como parte principal do Mapa Mundi. Na Índia vivem os seres de uma única pata, chamados Sciapodes; os Pigmeus e os Gigantes, as pessoas sem boca; o Manticore, ou o homem leão; e o Unicórnio. Norte da Índia, na Cítia e nos países vizinhos e ilhas, há cavalos com pés de homens, pessoas com orelhas longas e canibais antropófagos chamados Grotescos, no Ártico são Hiperbóreos Gigantes, e no sopé dos Cárpatos são os Arimaspos com um só olho, que foram criados segundo a lenda para lutar com os Grifons. A Etiópia é habitada por Sátiros e Faunos, por pessoas com lábios longos e outros com a cabeça em seu peito, e por Basiliscos e Formigas Garimpeiras de Ouro.

No mundo do entretenimento do século XXI, que apreciam o nosso próprio zoológico de monstruosidade, de invasores alienígenas para dinossauros, dragões, fantasmas, gigantes e robôs que funcionam com A.I (Inteligência Artificial). Algumas, como múmias do Egito, Gênios Noturnos da Arabia e seus primos, os sarcófagos, de forma clara originaram-se no Oriente Médio, que é o local mais apropriado, dado que é o lar de algumas das primeiras civilizações humanas.

Mas o que temos sobre os três mais duradouros e populares mitos atuais e difundidos em todo o mundo: o Vampiro, o Lobisomem e o Zumbi? Estes três em particular continuam a aterrorizar, emoção e intriga-nos como nenhum outro. Todos os três mitos, ao que parece, tem viajado grandes distâncias para estar conosco. Mas, em suas formas modernas, nenhum deles tem laços familiares óbvios com o Oriente Médio. Os  maldosos sangue-sugas Vampiros, e aquele que mudam sua forma em lobos os lobisomens tem sua origem no folclore da Hungria, Roménia e Grécia.  Os Zombies, classicamente considerado como corpos ressuscitados ou "mortos-vivos", derivam do Voodoo uma tradição dos descendentes de escravos da América Central.

Há evidências, no entanto, que todos os três mitos de fato surgiram a partir dos contos mais antigos do Oriente Médio. Como veremos também, ao investigar, mais de perto o mito árabe do Ghul (Ra's Al Ghul, algumas vezes escrito Rā's al Ghūl. Seu nome significa "Cabeça do Demônio" em árabe, que também é referência para o nome da estrela Algol da constelação de Perseu), que se mantém às sombras da história para nos arrastar para o seu covil mítico.

Vampiros

Vampiros, Lobisomens, Gênios, Zumbis, Vulkodlak, Qutrub, Ghoul, entre outros seres miticos.

O Vampiro é geralmente um cadáver reavivado ou melhor, um morto-vivo que mantém a sua existência por beber sangue humano. Alguns especialistas afirmam que o mito do Vampiro originou-se no antigo Egito ou na Índia, mas essas conexões são tênues.

As primeiras criaturas que realmente se encaixam na descrição moderna de Vampiros aparecem em escritos sobreviventes do Crescente Fértil, em textos da Assíria, no norte e dos impérios acadiano e babilônico, no sul, bem como em documentos da civilização Mesopotâmica e Suméria.

Assíria, ficava às margens do rio Tigre, no que é hoje o norte do Iraque e partes da Síria, sua civilização perdurou de 2400-600 aC e foi governado a partir de sua capital Assur (ou Ashur). O assírios adotaram crenças de seus antecessores sumérios, incluindo a crença em duas classes de demônios com o vampirismo como caracteristica básica: a Ekimmu e o Utukku

O Ekimmu eram os espíritos furiosos de pessoas mortas, mas insepulto, rondando a terra até que encontrar descanso em um local sob a terra, uma característica do vampiro tradicional.

Um Utukku é as vezes difícil de distinguir do Ekimmu, mas geralmente era o espírito de uma pessoa falecida que havia sido enterrado, e esquecido, não foi honrado com as ofertas em seu sepultamenteo e túmulo pelos familiares ou entes queridos. Como resultado, o Utukku retorna do inferno para assombrar quem ele encontra, buscando o sustento de suas vítimas. Como o Vampiro da Europa Oriental, esta criatura é um Caçador persistente que é muito difícil desalojar. Às vezes, o Utukku são também bebedores de sangue, enquanto em outras vezes absorvem a força da vida humana. São na maioria das vezes malévolos, mas a ocasiões, aonde  eles podem ser aliados dos humanos, como ocorre com o Ea-Bani (um Utukku amigo dos humanos), amigo de Gilgamesh.

 Lilith, o "demônio da noite", muitas vezes retratada como um passaro em especial uma coruja.

Uma descrição muito viva de um grupo de benevolentes e malevolos, Vampiros Utukku, são conhecidos como os Sete Espíritos, sua lenda surge aproximadamente à 3000 anos atrás nos encantamento encontrados em tabletes cuneiforme na Assíria:

“Sete são eles!
Eles não se preocupam com nada,
Eles moem a terra como milho;
Eles não possuem piedade,
Eles odeiam a humanidade;
Eles derramam o sangue humano como chuva,
Devorando sua carne [e] sugando suas veias ....
São demônios repletos de violência,
Incessantemente devorando sangue.”

O tradutor R. Campbell Thompson, uma autoridade em mitologia semitica, diz que a "predileção por sangue humano é uma crença presente em mitos semiticos”. ​​E de acordo com todas as tradições que tratam sobre vampiros medievais, sua base foi sempre os Sete Espíritos afirma Thompson. Elas estão presentes e aparecem no decorrer da história, em terras palestinas e em magicas escritas em siríaco. 
Um escrito sírio desde os tempos cristãos cita o Sete Espíritos, dizendo:

"Vamos, logo para que possamos comer carne com nossas, e para que possamos rastejar sobre sobre nossas mãos, e possamos o beber sangue."

Mas os encantamentos assírios e seus sucessores deixam claro que o vampirismo era apenas uma característica desses demônios que também viajaram com tempestades, como demônios do vento, e que comiam carne, como Ghuls árabes.

Na antiguidade os Sete Espíritos eram conhecidos como “os sugadores de sangue” ou  “Vampiro demôniaco” da Suméria. Um manuscrito escrito pelos reis das dinastias da Suméria, datando de cerca de 2400 aC, afirma que o pai do herói sumério Gilgamesh era na verdade um demônio Lillu. Este Lillu foi um dos quatro demônios da classe de Vampiros: 

Os outros três Lilitu eram (que se manifesta na tradição hebraico depois como Lilith), a versão feminina do demônio vampiro; Ardat Lilli (ou serva de Lilitu), que visita os homens durante a noite e são fecundadas por eles e depois as Ardat Lilli geram uma raça de crianças fantasmagóricas, e Irdu Lilli (contraparte masculina da Ardat Lilli), que visitava as mulheres à noite e engrávida as mesmas. 

Lilitu acreditava-se ser um Vampiro, bonito promíscuo, semelhante a algumas versões literárias do século 21, gostava de sangue de crianças, e adolescentes. Os Sumérios, Babilônicos e, eventualmente, Hebreus adotaram versões dessas lendas e tradições semelhantes desenvolvidas no norte da Mesopotâmia.

Muitas das tradições na literatura hebraica primitiva, incluindo o folclore de monstro, são derivados da mesma forma de crenças que as da Mesopotâmia. Embora alguns estudiosos têm afirmado que não há qualquer vestígio de Vampiros na literatura judaica em seu alvorecer, mas isso não é exato. O livro de Provérbios (30:15) se refere a um "Cavalo Sanguessuga" ou Sanguessuga (alukah hebraico): "O Cavalo-Sanguessuga tem duas filhas, chorando: Me dá, Me dá". Estudioso do Velho Testamento T. Witton Davies, afirma que esta criatura não é uma Sanguessuga comum, mas sim "provavelmente um demônio vampiro ou sugador de sangue", e ele observa que vários outros estudiosos proeminentes apoiam esta interpretação. 

Uma tradução bíblica, da versão revista, oferece uma nota marginal de "Sanguessuga", que afirma: "Ou, Vampiro." The International Standard Bible. 

A Enciclopéida Judaica algo semelhante a um vampiro destina-se à luz da semelhança entre Alukah a palavra hebraica ' e o Aluqah árabe ", o que significa Vampiro do sexo feminino. Na verdade, a Enciclopédia Judaica de 1906 declara que o Alukah "é" nada menos que o Vampiro devorador de carne dos árabes .... Ela foi proferida na mitologia judaica como o demônio do mundo inferior ... e os nomes de suas duas filhas têm com toda a probabilidade, como nomes de familiares de doenças temidas, foram eliminados. "

Outro demônio popular é o Vampiro Lilith, da mitologia hebraíca, que o resgatou o mito emprestado dos mesopotâmicos. As primeiras lendas judaicas dizem que Lilith foi a primeira mulher do primeiro homem, Adão, criado do barro ao invés da costela de Adão, como Eva foi mais tarde. Segundo alguns relatos, Lilith se recusou a ser subserviente a Adão, e ela o abandonou ao longo da costa do Mar Vermelho, onde ela convivia com vasto número de demônios (ou gênios) e crianças. Ela própria ‘evoluiu’ para um Demônio da Noite com um ódio permanente para com as crianças humanas. Segundo a lenda ela vêm à noite para sugar o sangue das crianças. Ela também foi por vezes retratada como um pássaro, muitas vezes como uma coruja.

Um retrato xilogravura datado de 1491 mostra o Prínicipe da Transilvânia Vlad Tepes III, cuja crueldade na luta contra os otomanos lhe rendeu o apelido de “O Empalador”. O "Conde Drácula" foi criado em 1897 pelo autor irlandês Bram Stoker.
Imagem: Saudi Aramco World.

São estes os primeiros Vampiros orientais relacionadas com o Vampiro mais humano como o europeu, a criatura folclórica popularizado em 1897 pelo romance, Drácula de Bram Stoker? Poderia tais crenças ter encontrado seu caminho para a Europa Oriental? Se considerarmos que a Grécia antiga pode ter sido a porta de entrada para a migração de uma riqueza de idéias e lendas da Mesopotâmia. Há evidências crescentes de que a Grécia sofreu uma infusão rica na mitologia e no folclore do Oriente Médio entre os séculos XII aC e IX. Charles Penglase, autor de Mitos Gregos e Mesopotâmicos, argumenta que os hinos homéricos e os poemas de Hesíodo, escrito no século VII aC, mostram influências dos mitos e crenças religiosas da antiga Mesopotâmia: "mesopotâmica material religioso e mitológico poderia ter chegado a Grécia em períodos anteriores, mas a influência aparente nesses trabalhos parece ser o resultado de contatos no período de intensa interação no primeiro milênio aC, a partir de meados do século IX aC. O tempo micênica tarde antes do final do século XII aC também foi sugerido por alguns como uma época de influência, devido aos inúmeros contactos entre Mycena na Grécia e o Oriente Médio. "

Os gregos desenvolveram a sua própria versão do Vampiro-demônio da Mesopotâmia Lilitu, que eles chamavam de Lamia. Nomeado para um demônio nascido na Líbia, que aterrorizou a Europa, o Lamia tinha o corpo, a face e parte superior de uma mulher e uma cauda de serpente. Lamias poderia se disfarçar de mulheres humanas. Eles devoravam crianças e minavam a força vital dos homens. Lamias tornou-se um campo do folclore grego e se espalhou para outras terras européias, incluindo a França, onde um Lamia chamado Melusine magicamente escondido rabo de uma serpente azul-e-branco, se casou com um nobre francês e, reaproveitado como uma "fada da água," tornou-se parte da tradição lendária colorido da Europa.

A Romênia tem algumas das tradições mais ricas sobre vampiros na Europa Oriental. Sua cénica região central, Transilvânia, delimitada por montanhas dos Cárpatos, no leste e sul, foi o cenário para o Drácula de Bram Stoker. Conde Drácula, interpretado na versão cinematográfica em 1931 por Bela Lugosi, foi vampirizado em uma nova edição de  Stoker em uma pessoa real: Vlad Dracula III da Transilvânia, que viveu de 1431-1476. Um nobre Wallachian que travou guerra contra os turcos otomanos, ele ficou conhecido como "Vlad, o Empalador" pelas  execuções, muitas por empalamento, ele deve ter empalado perto de 20.000 soldados turcos, mas ninguém jamais sugeriu que ele bebeu o sangue.

A Romênia pode ter absorvido algumas das suas tradições de vampiros a partir de fontes greco-romanas, que por sua vez, tinha tomado a partir do Oriente Médio. No coração da Romênia está, a Transilvânia, que fez parte da Grécia e foi influênciada pelo Reino Trácio de Dacia de 86 aC e então parte do Império Romano 106-271 ce.

Faz sentido que o nome romeno para o vampiro é Strigoi, derivado de strix, a palavra grega e romana para "coruja". No folclore grego e romano, a Strix era um pássaro do mal, capaz de mudar de forma, que se alimentavam de carne humana e bebia sangue humano. Sua natureza exata permanece um mistério, mesmo para especialistas da história natural, como Plínio, o Velho, mas parece ser outro exemplo de influência mesopotâmica, dado que Lilitu-Lilith era um Vampiro e, às vezes retratada como uma Coruja

No Museu Britânico, em um baixo-relevo conhecido como o Relief Burney, uma imagem de Lilitu da antiga Babilônia aparece, muitas vezes apelidada de "A Rainha da Noite": uma figura humana feminina com asas de pássaro, penas e garras nos pés.

Alguns vampiros também pode ter entrado através da Europa Oriental através das invasões turcas. Na Hungria, por exemplo, a crença em vampiros é dito que datam a partir do século XII, aonde citam um demônio chamado Izcacus, ou bebedor de sangue. A origem desta palavra remonta antes dos húngaros chegarem na Europa e na Ásia Central, em 895 d.C. O especialista em cultura turca, Wilhelm Radloff diz que a palavra tem suas raízes no turco antigo, que os húngaros encontrados durante o século VIII em regiões entre a Ásia e a Europa utilizaram. A migração das tribos turcas pode ter levado outros povos  a adquirirem seu mito dos Vampiros entre as populações assentadas nas regiões Oeste e Ásia Central que tinham sido influenciados pelos assírios e seus sucessores.

Lobisomem

Lobisomem, Lamia, Vulkodlak e Qutrub, vários nomes um mito. Imagem: Saudi Aramco World.

O primeiro conto literário conhecido de um ser humano transformado em um lobo aparece no épico sumério de Gilgamesh, provavelmente a mais antiga história escrita na Terra, que remonta mais de quatro milênios. Originalmente escrito em escrita cuneiforme em 12 tabletes de argila, é a história de Gilgamesh, rei de Uruk, no que é hoje o Iraque. No conto, Gilgamesh é cortejada pela deusa Ishtar, mas ele a rejeita e ela lembra do destino trágico de seus amantes anteriores:

“Você amou o pastor, o pastor mestre,
Que apresentava  a você continuamente
pão cozido em brasa,
E que diariamente abatia para você um garoto.
No entanto, você o feriu, e transformou-o em um lobo,
Então, seus próprios pastores agora perseguiam-no
E os seus próprios cães agarram em suas canelas.”

O assiriologista Julius Oppert afirma que a crença no lobisomem era uma parte da antiga Assíria  e de sua visão do mundo. Mais tarde, a crença generalizada em lobisomens pode ter contribuído para um transtorno psiquiátrico no rei Nabucodonosor II, que reinou a partir de 605-562 aC, tempo em que ele destruiu o primeiro Templo em Jerusalém e construiu os Jardins Suspensos da Babilônia, uma das originais "sete maravilhas do mundo antigo." Ela também aparece, a partir do livro bíblico de Daniel, que Nabucodonosor sofria de que os especialistas psiquiátricos Harvey Rosenstock, MD, e Kenneth R. Vincent, Ed.D.,  descrevem como “depressão que se deteriorou ao longo de sete anos em uma psicose franca, momento em que ele imaginou-se um lobo. "

Este é mais amplamente conhecido como Licantropia ("wolfman-ism"), ou delírios de ser um animal selvagem (geralmente um lobo), e é um transtorno que tem sido registrada desde a antiguidade. Entre as primeiras descrições médicas é de um grego bizantino Paul de Aegina, um médico conceituado do final do século VII, que o descreve com referência ao mito grego em que Zeus virou rei Lycaon da Arcádia em um lobo feroz.

Como o Vampiro, o Lobisomem parece ser uma lenda que migrou do Oriente Médio para a Grécia, onde ela surgiu nas formas econtradas do mitos greco-romanos. De acordo com a versão mais popular, repetida por Ovídio e outros autores greco-romanos:

“Zeus visitou Arcadia em forma humana e jantou com o Rei Lycaon. O rei duvidou de sua visita era Zeus e tentou testar sua divindade , servindo-lhe um jantar de carne humana. Zeus puniu Lycaon transformando-o em um lobo.”

Plínio, em sua História Natural, relata outra história grega antiga sobre um homem da família de Anteu.

“Um homem da família de Anteu foi escolhido por sorteio e levado a um lago em Arcadia. Lá, ele pendurou suas roupas em uma árvore e nadou. Quando chegou ao outro lado, ele foi transformado em um lobo, e ele vagou nesta forma por nove anos, vivendo com matilhas de lobos. Após os nove anos se passarem, se ele não tivesse atacado nenhum ser humano, ele estava livre para nadar de volta e retomar a sua forma humana.”

Situado em Arcadia, pois é, este conto pode conter ecos da história de Lycaon. Heródoto escreveu sobre lendas de lobisomens em suas histórias, contando sobre uma tradição entre os Neuri, um povo eslavo, possivelmente, a nordeste da Cítia que adotaram costumes citas.

"Parece que essas pessoas praticam magia", escreveu ele, "pois não é uma história atual, entre os citas e os gregos que uma vez por ano todos os Neurian se transformam em um lobo por alguns dias, e depois se transforma em um homem novamente. "comentários Heródoto:" Eu não acredito neste conto, mas todos dizem a mesma coisa, eles dizem, e até mesmo juraram que é a verdade".

O rei Nabucodonosor II da Babilônia pode ter sofrido de um distúrbio psiquiátrico conhecido como crença licantropica, aonde a pessoa crê que é um animal selvagem, principalmente um lobo. 

O artista e poeta Inglês William Blake imortalizado agonia do rei por volta de 1805. Imagem: Saudi Aramco World.