domingo, 28 de outubro de 2018

Discurso do Chefe Guaicaípuro Cuatemoc, aos Líderes da Comunidade Europeia



22 de fevereiro de 2008

O Discurso do século
Um surpreendente discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de descendência indígena, advogando o pagamento da dívida externa do seu país, o México, deixou embasbacados os principais chefes de Estado da Comunidade Europeia. A conferência dos chefes de Estado da União Europeia, Mercosul e Caribe, em maio de 2002 em Madri, viveu um momento revelador e surpreendente: os chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irônico, cáustico e de exatidão histórica que lhes fez Guaicaípuro Cuatemoc.
"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a descobriram só há 500 anos”.
 O irmão europeu da aduana me pediu um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financista europeu me pede o pagamento - ao meu país -, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu me explica que toda dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros sem pedir-lhes consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros.
Consta no Arquivo da Cia. das Índias Ocidentais que, somente entre os anos 1503 e 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.
Teria sido isso um saque?
Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento!
Teria sido espoliação?
Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.
Teria sido genocídio?
Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a atual civilização europeia se devem à inundação de metais preciosos tirados das Américas.
Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas indenização por perdas e danos.
Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva. Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano 'MARSHALL MONTEZUMA', para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra, e de outras conquistas da civilização.
Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar:
Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?
NÃO. No aspecto estratégico, dilapidaram nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias formas de extermínio mútuo. No aspecto financeiro, foram incapazes, depois de uma moratória de 500 anos, tanto de amortizar o capital e seus juros quanto independerem das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.
Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar e nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos em cobrar.
Ao dizer isto, esclarecemos que NÃO NOS REBAIXAREMOS A COBRAR DE NOSSOS IRMÃOS EUROPEUS, AS MESMAS VIS E SANGUINÁRIAS TAXAS 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.
Nos limitaremos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça. Sobre esta base e aplicando a fórmula europeia de juros compostos, informamos aos descobridores que eles nos devem 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, ambas as cifras elevadas à potência de 300. Isso quer dizer um número para cuja expressão total será necessária expandir o planeta Terra.
Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?
Admitir que a Europa, em meio milênio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para esses módicos juros, seria como admitir seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.

Dinastia Tudor: a era de ouro da monarquia inglesa

Personagens emblemáticos como Henrique VIII, Mary, a Sanguinária, e Elizabeth, a Virgem, deram à Inglaterra um brilho inédito, marca de um período áureo repleto de tensões religiosas, lutas pelo poder e problemas conjugais.


Henrique Tudor não herdou a coroa da Inglaterra, ele a conquistou. Derrotou Ricardo III na Batalha de Bosworth Field, o último episódio da guerra travada durante 30 anos entre a casa real de Lancaster e a de York. A chamada Guerra das Rosas causou estragos nas famílias nobres do reino, de modo que Henrique Tudor acabou sendo o herdeiro da casa de Lancaster. Pelo lado da mãe, Lady Margaret Beaufort, Henrique pertencia aos Lancaster. Mas pelo lado do pai, o galês Edmund Tudor, ele não tinha nenhum sangue Plantageneta. Buscando antepassados gloriosos, Henrique diria ser descendente de Cadwaladr, filho de Cadwallon, poderoso rei galês do século VII, e reivindicaria o legado do lendário rei Artur, ancorando assim as raízes Tudor no mais antigo solo inglês.

O verdadeiro fundador da casa de Tudor foi Owen, um jovem senhor galês, bonito, corajoso e inteligente, que se tornara famoso por seu romance com Catarina de Valois, viúva de Henrique V, e pelo importante papel que desempenhou na Guerra das Rosas. Owen e Catarina tiveram cinco filhos, entre os quais Edmund, pai de Henrique VII. Mas, apanhado pelo turbilhão sangrento da guerra fratricida, Edmund Tudor morreu antes do nascimento do filho. Henrique foi educado, instruído e treinado na arte da guerra por seu tio Jasper, conde de Pembroke, que fora o arquiteto da conquista da Inglaterra e do País de Gales pelos Lancaster.
O Parlamento o recebeu como um novo Josué, enviado por Deus para libertar o povo da tirania. Henrique Tudor, no entanto, estava consciente da fragilidade das suas pretensões à coroa. Sua linhagem era boa, porém havia quem estivesse mais perto do trono do que ele. Por precaução, ele mandou levar para a Torre de Londres Eduardo, conde de Warwick, um menino simplório de 10 anos de idade, fi lho de George de York, duque de Clarence. Prudente, escolheu como conselheiros homens de valor selecionados entre os York e entre os Lancaster, e, para consolidar a legitimidade da sua descendência, casou-se com Elizabeth de York, a fi lha mais velha de Eduardo IV. Teriam sete filhos, dos quais quatro sobreviveriam: Arthur (1486-1502), Margareth (1489-1541), Henrique (1491-1547) e Mary (1496-1533). A descendência da dinastia estava garantida.
O rei queria que Arthur nascesse em Winchester, um dos prováveis locais do castelo do rei Artur e capital de Camelot, e foi ali, também, que ele foi confiado aos maiores mestres do momento. Naquela época, os casamentos selavam alianças políticas. Com apenas 3 anos de idade, Arthur estava noivo de Catarina, fi lha de Isabel de Castela e Fernando de Aragão. Para o rei Tudor, uma aliança com a Espanha era a melhor maneira de contrabalançar o poder da França, da qual a Inglaterra ainda possuía somente Calais. Para pôr um fim às disputas com seus turbulentos vizinhos escoceses, Henrique VII casou sua fi lha Margareth com o rei James IV, vinte anos mais velho que ela, enquanto a jovem Mary estava destinada a partilhar a vida e o leito do velho rei da França, Luís XII, de quem ficaria rapidamente viúva.
Na política interna, Henrique VII tomou medidas eficientes, apoiando-se em três classes poderosas: a gentry (nobreza sem título), os yeomen (pequenos proprietários rurais não nobres) e os comerciantes. Reorganizou o exército e promoveu o comércio e a navegação. Concluiu um tratado comercial com a Holanda (Magnus Intercursus), primeiro marco da política dos tempos modernos: a conquista dos mercados estrangeiros. Ele participou também das mais importantes descobertas marítimas do seu tempo. Rei pacífico e parcimonioso, encheu novamente os cofres do Tesouro real. A recuperação financeira do reino foi espetacular. O casamento de Arthur e Catarina de Aragão foi celebrado em novembro de 1501. No entanto, Arthur era frágil e morreu alguns meses mais tarde. Henrique VII decidiu unir seu segundo filho, Henrique, à jovem viúva, para preservar a aliança com a Espanha e evitar devolver o dote.

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Você quer saber mais? 

CRÉTÉ, Liliane. Dinastia Tudor: a era de ouro da monarquia inglesa. História Viva, São Paulo, edição 110, dezembro de 2012.




























Afinal, o que é inteligência?




Isaac Asimov
Quando eu estava no exército, fiz um teste de aptidão, solicitado a todos os soldados, e consegui 160 pontos. A média era 100. Ninguém na base tinha visto uma nota dessas e durante duas horas eu fui o assunto principal. (Não significou nada – no dia seguinte eu ainda era um soldado raso da KP – Kitchen Police).
Durante toda minha vida consegui notas como essa, o que sempre me deu uma ideia de que eu era realmente muito inteligente. E eu imaginava que as outras pessoas também achavam isso.
Porém, na verdade, será que essas notas não significam apenas que eu sou muito bom para responder um tipo específico de perguntas acadêmicas, consideradas pertinentes pelas pessoas que formularam esses testes de inteligência, e que provavelmente têm uma habilidade intelectual parecida com a minha?
Por exemplo, eu conhecia um mecânico que jamais conseguiria passar em um teste desses, acho que não chegaria a fazer 80 pontos. Portanto, sempre me considerei muito mais inteligente que ele.
Mas, quando acontecia alguma coisa com o meu carro e eu precisava de alguém para dar um jeito rápido, era ele que eu procurava. Observava como ele investigava a situação enquanto fazia seus pronunciamentos sábios e profundos, como se fossem oráculos divinos. No fim, ele sempre consertava meu carro.
Então imagine se esses testes de inteligência fossem preparados pelo meu mecânico. Ou por um carpinteiro, ou um fazendeiro, ou qualquer outro que não fosse um acadêmico.
Em qualquer desses testes eu comprovaria minha total ignorância e estupidez. Na verdade, seria mesmo considerado um ignorante, um estúpido.
Em um mundo onde eu não pudesse me valer do meu treinamento acadêmico ou do meu talento com as palavras e tivesse que fazer algum trabalho com as minhas mãos ou desembaraçar alguma coisa complicada eu me daria muito mal. A minha inteligência, portanto, não é algo absoluto mas sim algo imposto como tal, por uma pequena parcela da sociedade em que vivo.
Vamos considerar o meu mecânico, mais uma vez. Ele adorava contar piadas. Certa vez ele levantou sua cabeça por cima do capô do meu carro e me perguntou:
“Doutor, um surdo-mudo entrou numa loja de construção para comprar uns pregos. Ele colocou dois dedos no balcão como se estivesse segurando um prego invisível e com a outra mão, imitou umas marteladas. O balconista trouxe então um martelo. Ele balançou a cabeça de um lado para o outro negativamente e apontou para os dedos no balcão. Dessa vez o balconista trouxe vários pregos, ele escolheu o tamanho que queria e foi embora. O cliente seguinte era um cego. Ele queria comprar uma tesoura. Como o senhor acha que ele fez?”

Eu levantei minha mão e “cortei o ar” com dois dedos, como uma tesoura.

Construindo História Hoje é mais Brasil!


Viva ao Brasil!

domingo, 21 de outubro de 2018

As melhores histórias da mitologia Asteca, Maia e Inca.



Comecei agora a ler o livro “As melhores Histórias da Mitologia Asteca, Maia e Inca de A.S Francini e é incrível tal como a mitologia Asteca (Mexica) a similaridade de seus mitos com personagens e inclusive histórias presentes na Europa e Oriente Médio. Histórias sobre um dilúvio universal que extinguiu a última civilização humana anterior a nossa, águas de um rio que se abrem para o povo sagrado passar (etnia quiche Maia), um rei asteca monoteísta que prega o fim dos sacrifícios humanos e o culto a um único Deus, o mesmo constrói um templo sem ídolos dedicado ao deus único e espiritual. Um deus branco chamado Votan pelos maias (tal qual o Wotan germânico), o deus civilizador Quetzalcoatl (para os Astecas) e Kukulcan (para os Maias) um deus que veio de Tula no oriente pelo mar e para lá retornou prometendo voltar. Tula a cidade que ninguém consegue localizar seja na geografia mitológica ou factual. 
São tantas as similaridades com histórias que conhecemos serem baseadas no Velho Mundo que chega a ser um disparate não considerar um contato anterior a 1492, seja pelos Vikings ou outro povo. Uma grande "coincidência" foi que a chegada de Hernaz Cortez  na América Central coincidiu com o ano do retorno de Quetzalcoatl, a serpente emplumada, um deus asteca que prometeu retornar ao seu povo após partir. Isso se deu no ano de 1519 da era Cristã que coincidiu com o calendário asteca de 52 anos cíclicos!

Leandro Claudir Pedroso


domingo, 7 de outubro de 2018

Música tema do Construindo História Hoje



Música de banda militar escocesa tocada com gaitas de fole e tambores durante o festival de verão em Edinburgh na Inglaterra em 2013. Música tema do Construindo História hoje!