Caixão de granito de
Serapeum (Foto: Walter B. Emery, Archaic Egypt. New York: Pequim Books, 1961).
A
nordeste da pirâmide escalonada de Djoser, em Saqqara, há uma galeria de
túmulos construídos em um túnel escavado na rocha, dedicada ao touro Ápis.
O
geógrafo grego Estrabão (63 a.C - 22
d.C) escreveu, depois de visitar o Egito, que os touros Ápis eram enterrados
numa câmara subterrânea, chamada Serapeum, no final de uma alameda pavimentada
ladeada por 140 esfinges de pedra. O local está constantemente sendo enterrado
pela areia levada pelo vento e era de difícil acesso mesmo na época de
Estrabão. Durante séculos, esses túmulos estiveram perdidos; então, em 1850, um
francês de 29 anos, Auguste Mariette, encontrou a cabeça e as patas de uma
esfinge de pedra projetando-se da areia.
No
interior do Serapeum, câmaras com tetos de quase 7,5 metros de altura e pisos
1,5 metro mais baixos do que o piso principal forma escavados em ambos os lados
do corredor principal. Essas salas abertas eram o local em que os maciços
sarcófagos para os touros Ápis antigamente ficavam . Cada sarcófago era
esculpido de um único bloco de granito, e cada tampa pesava muitas toneladas.
Vários desses sarcófagos ainda existem dentro do Serapeum.
Em
1995, Dunn, munido com uma régua de marceneiro de altíssima precisão,
inspecionou as faces interna e externa de dois sarcófagos. A tampa de 27
toneladas de um dos sarcófagos, e a superfície interna do caixão de granito em
que ela se apoiava, tinha uma precisão de 0,000125 centímetro. Ele também
verificou que os cantos tinham a precisão de 0,39 cm. Segundo Dunn, reproduzir
a precisão dos caixões de granito de Serapeum seria extremamente difícil memso
hoje em dia. As superfícies lisas, perfeitamente planas e os cantos que se
ajustavam sem folga deixaram-no pasmo.
O caixão de granito encontrado na Grande
Pirâmide tem as mesmas características que os de Serapeum. Entretanto, esses
caixões pertencem à décima oitava dinastia, mais de mil anos depois do que se
supõe ser o declínio da alvenaria em pedra no Egito. Uma vez que sua datação é
baseada nos utensílios encontrados por perto e não nos próprios caixões, Dunn
acredita que seja razoável especular que os caixões não foram corretamente
datados. A forma como as pedra foi trabalhada neles deixou marcas de um método
de fabricação cuidadoso e notável. Isso é inequívoco e irrefutável. Ele
acredita que os artefatos que mediu no Egito “são ‘prova do crime’, a evidência
irrefutável de que existiu uma civilização no Egito Antigo mais desenvolvida do
que a que nos é ensinada. Essa evidência encontra-se talhada na pedra’”.
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Você quer saber mais?
MALKOWSKI, Edward F. O
Egito antes dos Faraós, e suas mistériosas origens Pré-históricas. São Paulo:
Cultrix, 2010.
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