quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PESQUISA ELEITORAL. PURA MANIPULAÇÃO!

Divulgações das pesquisas eleitorais e as eleições



As eleições iniciaram e já estão chegando ao fim, e constantemente são divulgadas pesquisas de intenções de voto. Essas pesquisas podem definir o rumo das disputas eleitorais? Os proprietários das dos institutos de pesquisa, atividade comercial cada vez mais rentável, acredito eu que responderão que não.

Sabemos que o eleitor é livre e escolhe aqueles candidatos de acordo com sua consciência. O próprio eleitor, se pesquisado sobre o tema, dirá mais ou menos a mesma coisa. É razoável que assim seja.

Os eleitores para preservarem a sua auto-estima e o proprietário do instituto, para ostentar a lisura da atividade não poderiam responder diferente. No entanto, a observação continuada dos fatos recomenda colocar na pauta outros ingredientes, esses diretamente envolvidos no jogo eleitoral.

O debate de conteúdo político eleitoral, mesmo na reta final está afastado. O eleitor distraído, apenas aponta na cartela os nomes mais conhecidos e ainda assim os diretamente interessados entram em processo de ebulição ou abulia diante do retrato do momento estampado pela mídia.

Os candidatos, os assessores, as burocracias partidárias sabem que a cotação no mercado eleitoral passam pelos números da pesquisa. É em função dela que os jornais, rádios e tvs pautam sua cobertura. E, dado decisivo, os grandes financiadores de campanha eleitoral se orientam por ela e é ela que define, na bolsa de apostas no mercado futuro, o destino dos recursos contabilizados ou não.

As pesquisas eleitorais jogam, na cultura política dominante, papel importante na armação do cenário da disputa eleitoral. E o mais grave, elas na maioria das vezes manipuladas e desta forma obviamente direcionadas.

Do ponto de vista técnico, não existe coisa mais fácil de manipular. São infinitas as possibilidades; elaboração de questionários, escolha da amostragem, na intercalação dos dias de consulta, trazendo os efeitos positivos para a encomenda. Pelo menos é o que lhe dirá, sob garantia de sigilo, qualquer técnico da área. E mais, tudo científico, sem deixar vestígios de má fé. Pequenas alterações na margem de erro bastam para mudar a posição relativa dos candidatos.

Entre as únicas garantias de lisura, como o fio de bigode dos antigos, estão à independência dos institutos de pesquisa e a eventual competição entre eles. São artigos escassos entre nós. Eles são poucos e a maioria trabalha, fora do período eleitoral, para os mesmos clientes de sempre: governos e grandes corporações patronais. A reputação da empresa, fato por demais alegado, só será medida pela comparação entre o voto na urna com a última pesquisa realizada. As variações do período anterior, onde mora o perigo e quando se arma o cenário da disputa, ficam por conta da volubilidade do eleitor, efeito cardume e coisas que tais.

Entretanto, embora se apresente como tal, as pesquisas não são o oráculo de Delfos. Elas podem errar vergonhosamente - é exatamente isso que vem acontecendo frequentemente. Apesar de seu peso na cultura política dominada pela máquina mercante, elas não são profecias que se auto-realizam. As forças que travam a disputa eleitoral com base em projetos e idéias devem visualizar pesquisas com saudável desconfiança.

Acredito que a melhor opção é talvez manter-se à vigilância no jogo sujo - político eleitoral, e jogar com a determinação das feras, pois os jogadores acreditam. Afinal, as vitórias mais saboreadas são aquelas que quebram a escrita e superam as expectativas. E para os que esquecem - no momento da efetividade do voto, só encontramos dois personagens, um humano, o eleitor e uma máquina a urna eletrônica.

Pesquisas eleitorais: ignorância, ingenuidade ou má-fé



Em maio de 1945 foi divulgada a primeira pesquisa eleitoral no país, publicada no Diário da Noite, realizada pelo recém-criado Ibope. A sondagem tratava da primeira eleição presidencial depois de 15 anos da ditadura de Getúlio Vargas.

De lá para cá as pesquisas eleitorais tomaram corpo no país, principalmente com a instalação do americano Gallup.

Hoje, os principais institutos do país são os dois citados, sendo que o Gallup não se ocupa mais de pesquisas eleitorais, o Datafolha, o Sensus e o Vox Populi, que surgiu nacionalmente na eleição presidencial de 1989.

Vale lembrar que a maioria dos brasileiros se arvora em ser médico, técnico de futebol e pesquisador.

Hoje, pululam pelas 27 unidades da Federação centenas de institutos de pesquisa, em vista disso campeia na seara das sondagens eleitorais a ignorância, a ingenuidade ou a má-fé.

Todo mundo já ouvir dizer que as pesquisas são “fotografias do momento”, mas são poucos os especialistas no Brasil que a dominam com consistência.

Ao contrário disso, a maioria não vislumbra que existem metodologias diferenciadas em cada um dos grandes institutos.

Muitas vezes a divulgação dos resultados de pesquisas de intenção de votos levanta polêmicas, pois são apresentados no mesmo momento resultados diferentes.

Isso ocorre justamente por que as metodologias não são iguais, mas com certeza acontecem em função do item mais importante da sondagem que é o questionário que vai a campo para a colheita das opiniões e a forma de abordagem.

No caso da abordagem, o Datafolha se diferencia, pois pesquisa nas ruas, em vez de ir às residências.

Mas, no caso dos questionários todos os grandes institutos produzem questionários semelhantes.

A porca entorta o rabo, quando leigos se arvoram em montar pequenas estruturas estaduais para fazer pesquisas eleitorais.

Quem tem o cuidado de analisar os questionários produzidos por esses “institutos” enxerga a deficiência.

O questionário, por exemplo, que privilegia a avaliação dos governantes, antes do placar eleitoral, induz a um resultado equivocado.

A alma de uma pesquisa eleitoral está na formulação do questionário.

Dependendo de como for elaborado, o questionário pode distorcer o resultado. A elaboração de perguntas prévias e sua distribuição de prevalência possuem potencial de interferência na escolha do candidato.

Ou isso é feito corretamente ou a vaca vai para o brejo.

Uma pesquisa de intenção de voto espontâneo fica prejudicada se antes disso forem feitas avaliações administrativas do presidente, do governador e do prefeito, por exemplo.

O espontâneo perde a espontaneidade, pois a mente do pesquisado está impregnada pelos três nomes avaliados. A consulta espontânea fica assim formulada na cabeça do eleitor:

“Dado que nós estamos falando no presidente, no governador e no prefeito, em quem o (a) senhor (a) votaria nisso ou aquilo, se as eleições fossem hoje?”

Ao citar os nomes anteriormente a intenção de voto deixa de ser espontânea, porque foram colocados na mente dos entrevistados nomes em detrimento a outros que não foram avaliados. Isso contamina o resultado.

Esse é um erro freqüente. Às vezes é fruto de ingenuidade ou ignorância, mas muitas vezes é feito por má-fé, para massagear o ego do contratante ou a serviço do adversário.

Por isso, é preciso muito cuidado ao contratar pesquisas eleitorais.

Pesquisa de intenção de voto é coisa séria, deve ser feita por quem realmente entende do riscado.

VOCÊ QUER SABER MAIS?

http://www.olhardireto.com.br

http://www.prosaepolitica.com.br

Prefeitura de SP tenta abafar descobertas arqueológicas.

Prefeitura de SP tenta abafar descobertas arqueológicas para acelerar obra



PEDESTRE PASSA DIANTE DE CARTAS COM ACHADOS NO SITIO URBANO

A entrada de jornalistas ou de câmeras está proibida pela Emurb (Empresa Municipal de Urbanização). E os arqueólogos foram advertidos para não darem entrevista. No lugar de exibir os achados que revelam o passado de São Paulo às vésperas de seu 456º aniversário, a prefeitura paulistana prefere silenciar sobre os trabalhos arqueológicos que estão sendo feitos na reurbanização do largo de Pinheiros para receber uma estação de metrô.



CACO DE GARRAFA ACHADA NAS OBRAS DE FUTURA PRAÇA DA ESTAÇÃO

"A cidade obedece ao mercado. A modernização de Pinheiros tem o desenho da especulação imobiliária. A reforma não é para a população do bairro. Por isso, é mais fácil desqualificar como caquinhos os objetos encontrados, de clara importância histórica", opina o arqueólogo Paulo Zanettini, sócio de uma empresa de resgate arqueológico e especialista nos sítios paulistanos.

Já foram encontradas louças holandesas, francesas e inglesas, bem como garrafas do século 19, mostrando que a vocação comercial da área é antiga. Mas a única forma de saber isso é passar na calçada esburacada no número 700 da rua Fernão Dias. Lá, espremidos entre tábuas de madeira compensada e os pontos de ônibus para Cotia, dois cartazes contam o que acontece por lá.



PEDAÇO DE FAINÇA INGLESA DESENTERRADA EM PINHEIROS

Os pedestres passam sem ler sobre o aldeamento que os jesuítas fizeram na área até 1640 com os índios guaianás, nem sobre as porcelanas Maastrich ou Sarreguemines usadas pelos habitantes do passado. É fácil ver as placas publicitárias de "compra-se ouro" ou "exame médico demissional" que se espalham pelo largo.

O pano de fundo do ocultamento do resgate arqueológico é o atrito entre Prefeitura paulistana com o Iphan (Instituto do patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Uma denúncia anônima ao órgão vinculado ao Ministério da Cultura fez as obras de Pinheiros pararem em meados de novembro.

Vestígios do passado

Desde 2002, toda a obra de porte em região de potencial histórico deve ser inspecionada por especialistas, assim como acontece com o obrigatório relatório de impacto ambiental. Isso é determinado pela portaria federal 230. Pela extensão e localização, a reurbanização de Pinheiros, que inclui mais de uma dezena de quarteirões, entra facilmente no caso.

A Emurb, por meio de sua assessoria de imprensa, disse não conhecer essa legislação. A arqueóloga Luciana Juliani, proprietária da empresa A Lasca de prospecção, diz acreditar que a empresa não agiu errado. "A Emurb achou que não estava agindo mal porque não foi cobrada antes", afirmou.

Um mês depois de parte das obras parada para o resgate histórico, porém, a prefeitura convocou jornalistas para desqualificar os objetos encontrados, apontando que não passavam de pedaços de ossos, ferraduras e utensílios domésticos dos anos 1950, desgastados pelo tempo e sem valor histórico. O arqueólogo responsável, Plácido Cali, saiu prontamente para desmentir, mostrando achados de dois séculos atrás. E a tendência é achar coisas mais antigas, afinal, a cada 50 centímetros para baixo se recua um século.

"É por desconhecimento que se julga que a arqueologia existe para descobrir civilizações e múmias. Os grandes achados são raros. Nossa função é revelar como era o cotidiano do passado", disse Juliani.

Zanettini concorda com ela. "A arqueologia revela a história que foi esquecida, a história das pessoas comuns, não aquela contada nos livros de história, que relata bem só a elite de poder. Os cacos que a gente encontra falam de um cotidiano que as fotos e os textos não revelaram."

E o sítio de Pinheiros foi revelador, com um depósito de garrafas enterradas que apontam a presença por ali de uma taberna do início do século 19.

É sintomático que a revitalização da área queira apagar as pessoas comuns do presente e do passado. O novo desenho do local será elo para o eixo endinheirado que une bairros como Brooklin, Itaim e Jardins ao Alto de Pinheiros, Alto da Lapa e Vila Madalena.

O plano do prefeito Gilberto Kassab (DEM) era inaugurar a primeira parte do novo largo em julho de 2010, mas os arqueólogos acreditam que as escavações podem acabar só no final do ano.

Tendo como pano de fundo as eleições gerais deste ano, há quem veja um embate político no embargo do Iphan. A postura da Emurb de tentar abafar o assunto mostra o tamanho do desgaste que a polêmica causou para a prefeitura, Kassab e seus aliados políticos, afinal, a reurbanização de Pinheiros seria inaugurada simultaneamente a entrega da estação de metrô Faria Lima, que deve sair antes e há tempo de ser exibida no horário político dos políticos envolvidos com a obra.

E na futura praça do largo de Pinheiros não espere referência aos achados arqueológicos.

VOCÊ QUER SABER MAIS?

noticias.bol.uol.com.br/.../prefeitura-de-sp-tenta-abafar-descobertas-arqueologicas-para-acelerar-obra.jhtm


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

GUERRA DAS MALVINAS.

O que foi a Guerra das Malvinas?



Foi um conflito bem rápido entre Grã-Bretanha e Argentina, que quebraram o pau no começo dos anos 80 pelo controle de um pequeno arquipélago no Atlântico Sul, asilhas Malvinas - conhecidas em inglês como Falklands. A Grã-Bretanha ocupa e administra as ilhas desde 1883, mas nossos hermanos, cujo litoral fica só a 480 quilômetros do lugar, nunca aceitaram esse domínio. Aproveitando essa briga histórica, o ditador argentino Leopoldo Galtieri lançou uma invasão às ilhas em 1982. No dia 2 de abril daquele ano, as tropas argentinas tomaram a capital das Malvinas, Stanley. A invasão tinha razões políticas: como as coisas não iam bem dentro das fronteiras de nossos vizinhos - os ditadores eram acusados de má administração e de abuso dos direitos humanos -, o general Galtieri ocupou as Malvinas esperando unir a nação em um frenesi patriótico e, de quebra, limpar a barra do governo militar.

CAÇAS ARGENTINOS SOBREVOAM AS MALVINAS EM 1983.

Mas ele não contava que a Grã-Bretanha reagisse prontamente à invasão, enviando às Malvinas uma força-tarefa com 28 mil combatentes - quase três vezes o tamanho da tropa rival. E, ao contrário do que supunham os generais argentinos, os Estados Unidos não se mantiveram neutros, mas resolveram apoiar os britânicos, seus aliados na poderosa aliança militar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Fornecendo armas, os americanos deram uma forcinha decisiva aos súditos de Elizabeth II. Turbinados pelo apoio ianque, os britânicos bateram os argentinos em pouco mais de dois meses. Aos nossos vizinhos, restou voltar para casa e resolver os problemas internos. Com o fiasco nas Malvinas, o regime militar argentino afundou e foi substituído por um governo civil. Do outro lado do Atlântico, a primeira-ministra britânica Margaret Thacher aproveitou os louros da reconquista para conduzir seu Partido Conservador à vitória nas eleições daquele ano.

Derrota no conflito selou o fim da ditadura no país
CONFRONTO AÉREO

1. A guerra das Malvinas começa para valer em 2 de abril de 1982, quando as forças navais argentinas tomam Stanley, a capital das ilhas. Em resposta à invasão, aGrã-Bretanha envia à região uma força-tarefa em meados de abril, cruzando 13 mil quilômetros pelo oceano Atlântico

2. No dia 25 de abril, uma unidade britânica desembarca em uma ilha próxima, a Geórgia do Sul, que também estava nas mãos dos argentinos. Depois de breves combates, a Grã- Bretanha retoma o controle da ilha e começa a preparar o contra-ataque, adaptando equipamentos para receber armas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar da qual o país faz parte

3. Ao mesmo tempo, os argentinos se preparam para interceptar as forças britânicas. No final de abril, eles posicionam a noroeste das Malvinas o porta-aviões Veinticinco de Mayo, levando oito caças-bombardeiros, seis aviões a hélice e quatro helicópteros, todos a postos para o combate

4. A maior baixa argentina acontece no dia 2 de maio: longe da zona de conflito, o cruzador General Belgrano é torpedeado por um submarino britânico de propulsão atômica e afunda, matando 368 homens. Enquanto isso, nas imediações das Malvinas, os dois exércitos travam intensas batalhas no ar

5. Dois dias depois, a resistência aérea argentina consegue uma vitória a oeste dasMalvinas ao atingir o destróier Sheffield, matando 20 homens. Nos dias seguintes, ataques argentinos afundam mais quatro navios. Mas as baixas não conseguem impedir o avanço da moderna esquadra britânica, que se aproxima cada vez mais das ilhas Malvinas.

6. O avanço britânico se consolida em 21 de maio, com um desembarque anfíbio na costa norte da ilha Malvina Oriental. Enfrentando tropas mal preparadas e com armas antiquadas, os britânicos capturam povoados menores, como Goose Green, até cercarem a capital, Stanley. Em 14 de junho, os argentinos se rendem e a guerra acaba

Argentina x Grã-Betanha

ARGENTINA

10 mil soldados

750 mortos

NO AR: A frota era numerosa mas antiga, composta principalmente por aviões Skyhawk da década de 60

NO MAR: Inferiorizados, os argentinos só tinham um porta-aviões e submarinos a diesel, que possuem pouca autonomia embaixo d’água

EM TERRA: A maioria dos 10 mil soldados não tinha experiência militar. Mal armadas e sem proteção contra o frio da região, as tropas protagonizaram rendições em massa para o Exército britânico

GRÃ-BRETANHA

28 mil soldados

256 mortos

NO AR: Os modernos caças-bombardeiros a jato Harrier e Sea Harrier eram poucos, mas rivalizaram com a numerosa frota argentina.

NO MAR: Além dos dois porta-aviões, o grande destaque da esquadra eram três submarinos de propulsão nuclear, que podiam ficar embaixo d’água por meses

EM TERRA: Além de a tropa ter quase três vezes mais combatentes que a rival, os soldados britânicos eram todos profissionais e contavam com o moderno armamento da Otan.

Brasil defende soberania argentina das Malvinas

AS MALVINAS PERTENCEM A ARGENTINA.

O assessor internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, declarou no dia 21 de fevereiro de 2010 que "as Malvinas têm de ser reintegradas à soberania argentina". Garcia disse ainda que na Cúpula da América Latina e Caribe, que teve início em 22 de feveiro de 2010 no balneário mexicano Cancún, "o Brasil manterá a posição histórica de solidariedade com a Argentina". A nova polêmica surgiu depois de o Reino Unido ter decidido explorar petróleo nas Ilhas Malvinas. Garcia acompanha Lula na viagem presidencial de cinco dias ao México, Cuba, Haiti e El Salvador.

"Seguramente os países sairão daqui com uma posição de apoio firme às Malvinas, embora não saiba em que termos", comentou Marco Aurélio Garcia. Segundo ele, "esta é uma questão de alta sensibilidade para toda a região" e, "diferentemente do passado, hoje há uma posição consensual na América Latina de apoio às reivindicações da Argentina no que diz respeito a soberania das Malvinas".

Ele lembrou que, quando houve a Guerra das Malvinas, "a situação era diferente". Naquela época, observou, houve países que apoiaram os ingleses, além do fato de que a Argentina "vivia um regime cruel, militar e tudo isso poderia tornar mais turva a situação". Mas, mesmo naquele momento e naquelas circunstância, salientou, a posição da diplomacia brasileira foi de apoio à Argentina.

Os líderes reunidos em Cancún para a cúpula da unidade dos países latino-americanos vão apoiar "a soberania argentina" das Ilhas Malvinas e condenar a iniciativa da Grã-Bretanha de explorar petróleo na costa das ilhas. No comunicado negociado pelos ministros das Relações Exteriores dos 32 países, haverá um repúdio à exploração de petróleo pelos britânicos na costa das Malvinas.

"Os chefes de Estado da América Latina reafirmam seu respaldo aos legítimos direitos da República Argentina em sua disputa de soberania (nas Ilhas Malvinas) com a Grã-Bretanha", diz o documento negociado, que deve ser divulgado amanhã, após as plenárias dos presidentes. Os países latino-americanos dizem que as nações devem evitar "ações unilaterais", como a prospecção de petróleo empreendida pela Grã-Bretanha na costa das Malvinas.

A presidente Cristina Kirchner, que chegou sábado a Cancún, solicitou ajuda aos países latino-americanos para pressionar a Grã-Bretanha a sentar e discutir a soberania das Ilhas Malvinas. Seu apelo coincidirá com o início dos trabalhos de perfuração da plataforma petrolífera na área marítima ao norte do arquipélago.

Independência

O governo argentino pretende evitar as perfurações, temendo que as Malvinas tornem-se um novo centro petrolífero regional. Buenos Aires avalia que a bonança aumentaria o risco de os kelpers (como são chamados os habitantes das ilhas) buscarem a independência, fato que minaria as reivindicações territoriais argentinas. As estimativas sobre as reservas nas ilhas variam desde os mais céticos 8 bilhões de barris, até os otimistas 60 bilhões que os kelpers alegam existir.

VOCÊ QUER SABER MAIS?

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,brasil-defende-soberania-argentina-das-malvinas,514373,0.htm

www.militarypower.com.br/frame4-warMalvinas.htm

www.naval.com.br/.../falklandsmalvinas/guerra-das-malvinas-o-confronto-aeronaval-em-graficos/ -


BANDEIRANTES.

UM PEQUENO ESTUDO SOBRE OS BANDEIRANTES E SUA IMPORTÂNCIA PARA O BRASIL


Os
bandeirantes foram os exploradores que, em nome da Coroa, adentravam os sertões em busca de riquezas e escravos, na época do Brasil colônia. Vindos principalmente das vilas de São Paulo e São Vicente, os bandeirantes foram os verdadeiros “descobridores” do Brasil. As expedições organizadas pelos bandeirantes ocorreram do século XVI ao século XVIII e foram determinantes para a constituição do Brasil tal como é. Entretanto, a definição dos bandeirantes como herói ou vilão é uma questão ainda muito polêmica.

DOMINGO JORGE VELHO, BANDEIRANTE PAULISTA.

As Bandeiras, nome que recebiam as expedições organizadas por particulares, ou Entradas, expedições oficiais financiados pela Coroa, de início, visavam mesmo à captura dos índios para utilização da sua mãe de obra nas plantações. Os bandeirantes embrenhavam-se na mata seguindo, geralmente seguindo o curso de rios, abrindo trilhas e vez ou outra fixando postos de descanso que mais tarde, viriam a dar origem a cidades.

Principalmente após o século XVII a bandeiras passaram a ter como objetivo a busca por ouro e pedras preciosas, mas os bandeirantes ficariam conhecidos mesmo é por terem sido os grandes desbravadores das terras brasileiras e os principais responsáveis pelo estabelecimento de muitas cidades.

Para compreender sua importância basta pensar que quando o Brasil foi descoberto, éramos um imenso matagal ocupado e conhecido apenas pelos índios.

BARTOLOMEU BUENO DA VEIGA

Em cada região existiram bandeiras que foram muito importantes cada qual a sua maneira. Mas as que desbravaram o território dos, hoje, Estados de Goiás e Mato Grosso, tiveram um papel importantíssimo para a expansão do território brasileiro e definição da fronteira para além do que era definido no Tratado de Tordesilhas. Os principais bandeirantes desta região foram: Bartolomeu Bueno da Veiga, chamado de “Anhanguera”, Alvarenga e Antônio Pedroso.

Por outro lado, a história das bandeiras foi uma história de violência para com os indígenas. Estes foram praticamente dizimados pelos bandeirantes e, quando capturados eram escravizados e obrigados a um trabalho forçado tal qual os negros trazidos da África.

VOCÊ QUER SABER MAIS?

CARVALHO FRANCO, Francisco de Assis, Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil, Editora Itatiaia Limitada - Editora da Universidade de São Paulo, 1989.

COSTA MATOSO, Códice Matoso -Coleção das notícias dos primeiros descobrimentos das minas da América que fez o doutor Caetano da Costa Matoso sendo ouvidor-geral das de Ouro Preto, de que tomou posse em fevereiro de 1749 & vários papéis, Belo Horizonte, Edição da Fundação João Pinheiro, 1999.

COSTA, Joaquim Ribeiro. Toponímia de Minas Gerais, Belo Horizonte, Editora Itatiaia, 1993.

CUNHA BUENO, Antônio Henrique Bittencourt, BARATA, Carlos Eduardo, Dicionário das Famílias Brasileiras, Editora Ibero Americanas, dois tomos e quatro volumes, São Paulo, 1999.

ELLIS JÚNIOR, Alfredo, O Bandeirismo Paulista e o Recuo do Meridiano, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1934.

sábado, 25 de setembro de 2010

JUDAISMO REJEITA O SIONISMO.

"Rabino" ataca Palestinos! Comunidade judaica Ortodoxa do Mundo condena seus atos.



29 de Agosto de 2010

Os Anti-sionistas judeus ortodoxos recusam, com desgosto as últimas manifestações do discurso de ódio do rabino Ovadiah Yosef, ex-rabino sefardita chamados chefe do Estado sionista ilegítimo de "Israel", no qual ele chamou os palestinos "malignos" e amaldiçoou com a morte.


"A Torá ordena que os judeus de viver em paz e harmonia com seus vizinhos não-judeus em todas as partes do mundo, de acordo com o mandamento bíblico:" Buscai o bem-estar da cidade a que me exilou-o. "Esse tipo de retórica é contra a Torá de Deus, repugnante para dizer no mínimo e só pode levar a mais ódio e conflito ", disse o rabino Yisrael Dovid Weiss do Neturei Karta International.

"Este rabino e outros como ele não podem representar o judaísmo ou a Torá, assim como o Estado sionista de" Israel ", que é uma rebelião contra o Todo Poderoso, não pode representar a Torá ou os judeus do mundo real com a Torá. Seu uso do nome "Israel" é falsa.

"Esse rabino é um membro de sefarditas judeus, os judeus dos países árabes. Se ele só olhar para trás, para sua própria comunidade e história dele, ele iria perceber que os judeus podem, e sim, viver em paz com os árabes, por muitos séculos. Quando os judeus foram perseguidos , mortos e expulsos de outras partes do mundo, os países árabes desde um refúgio seguro e congratulou-se com os judeus de braços abertos. Na Palestina, assim, os judeus gozavam este hospitalidade quando palestinos e judeus coexistiam em harmonia para muitas gerações, como é bem documentadas em livros judaicos da época. Foi só o sionismo, com seu roubo e da opressão do povo palestino, que pôs fim a essa coexistência.

"Somos obrigados pelo Todo Poderoso, como afirma em Sua Torá, para expressar nossa gratidão e retribuir a boa derramou sobre nós. Assim devemos ser eternamente grato ao mundo árabe para hospedar o nosso povo. Que ironia, como trágico e do mal disto é que precisamente estes os países árabes e os povos árabes são acusados de serem nossos inimigos.

"De acordo com a Torá, os judeus estão no exílio, e são proibidos de ter um Estado próprio. Da mesma forma somos proibidos de matar, roubar e oprimir outro povo, etc. Portanto, contanto que o estado sionista continua a existir, nós acreditamos que que não há como a verdadeira paz pode ser alcançada. A Terra Santa deve ser devolvida aos seus legítimos donos, os palestinos.

10 de agosto de 2010: Anti-sionistas ortodoxos protestam judeus fora da ONU prédio em Nova York contra as atrocidades sionistas, incluindo o ataque à esquadra humanitária para Gaza.

"Nós rezamos para o desmantelamento rápida e pacífica do Estado sionista de Israel. Naquela época, voltará a ser capaz de realmente coexistir em paz e harmonia, como fizemos durante a nossa longa história. E naquele momento nós seremos capazes de cumprir o mandamento da Torá (mitzvá) de lembrar e retribuir o bem feito para nós. Que possamos ter o mérito de ver isso em breve em nossos dias.

"Finalmente, podemos ter o mérito de ver a revelação da glória do Todo-Poderoso, quando toda a humanidade irá servir o Todo-Poderoso juntos em harmonia, como dizemos em nossas orações", e todos eles vão formar uma empresa para fazer a Sua vontade incondicionalmente. Amém ".

VOCÊ QUER SABER MAIS?


http://www.nkusa.org/activities/Statements/20090429IID.cfm

http://www.nkusa.org/activities/Statements/2006Nov9.cfm

http://www.nkusa.org/activities/Statements/2006July19.cfm

http://www.nkusa.org/activities/Speeches/20081227.cfm

PIRÂMIDE DE QUEÓPS. LIVRO DE PEDRA E OBSERVATÓRIO ASTRONOMICO.

PIRÂMIDE DE QUEÓPS.

NÃO É APENAS UMA TUMBA, MAS UM LIVRO DE PEDRA.


Existe uma tradição copta que a grande pirâmide foi construída durante o reinado dos deuses antes do dilúvio. Ao seu redor existem conchas, fósseis marinhos, e depósitos de sal no interior.


__Esta alinhada com os pontos cardeais.

__Sua diagonal divide ao meio o delta do nilo.

__Uma linha atravessando seu centro se estende pelo paralelo 30° N.

__A medida da base d pirâmide dividida duas vezes por sua altura dá o valor de Pi 3,1416.

__A soma de duas diagonais da base dá o ano platônico do zodíaco.

__A abertura da galeria do rei aponta para onde estava a Estrela Polar, quando foi construída a pirâmide.

__Traçando uma linha reta a partir da base sul, atravessando as diagonais cruzadas ao centro ela deixará de atingir o polo norte por apenas 6,5 quilômetros (desvio causado pelo deslocamento do polo norte desde a época de sua construção).


Em 1864, o Astrônomo Real da Escócia, Charles Piazzi Smyth, divulgou sua teoria com relação à Grande Pirâmide, baseado em uma unidade de medida que ele chamou de polegada piramidal, equivalente a 1,001 polegadas. O prestígio daquele cientista, sem dúvida, deu um poderoso ímpeto ao movimento em busca da solução de um mistério, o qual, após mais de um século de teoria e contra-teoria não mostra sinais de ter atingido a exaustão. Segundo a piramidologia, como ficou conhecida essa corrente de pensamento, o conjunto estrutural da Grande Pirâmide esconde uma história codificada da raça humana sobre a Terra. Medidas exaustivamente tiradas de cada pedra, cada ângulo, cada fiada, cada fresta, são a base dessas hipóteses.

Piazzi Smyth aceitou a data de 2170 sugerida por Herschel como válida, mas estranhou o fato do corredor descendente apontar para uma estrela polar relativamente sem importância. Sua lógica dizia que deveria haver também, na mesma data, uma importante estrela zodiacal ou equatorial alinhada para o sul. Descobriu, então, naquela posição, alinhada diretamente com o vértice da pirâmide, a estrela principal de um grupo de sete estrelas chamadas Plêiades, conhecida como Alcione ou Eta Tauri. Essa coincidência de posicionamento — Alcione sobre o vértice da Grande Pirâmide e Alfa Draconis em linha com o corredor descendente — ocorre apenas uma vez em cada 25.827 anos, ou seja, um ciclo sideral. Smyth concordou, portanto, que no outono do ano 2170 a.C. o ângulo do corredor descendente do monumento estava sendo estabelecido e a obra em andamento.


VOCÊ QUER SABER MAIS?


Berlitz, Charles; O Mistério de Atlântida; Tradução de Vera Teixeira Soares, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1978.

PORFIRIAS: LICANTROPIA E HEMATOFAGIA.

PORFIRIAS

As porfirias são um grupo de doenças genéticas cujas causa pelo mal funcionamento da sequência enzimática do grupo Heme da hemoglobina (a hemoglobina é o pigmento do sangue que faz que este seja vermelho e é composta pelo grupo Heme e várias classes de globinas, segundo circunstancias normais que agora não veem ao caso).

Desenho de um Lobisomem, por Lucas Cranach em 1512.

O grupo Heme é quem transporta o oxigênio dos pulmões ao resto das células do organismo e é um complexo férrico (em estado ferroso). Qualquer erro na hereditariedade que interfere na síntese do grupo Heme é capaz produzir doenças chamadas Porfirias.


SINTOMAS


Fotossensibilidade, Hirsustino (crescimento de pelos). A pele pode apresentar zonas de pigmentação ou despigmentação. As Porfirinas acumuladas na pele, podem absorver luz do sol em qualquer longitude, tanto no espectro ultravioleta, como no espectro visível e logo transferir sua energia ao oxigênio que proveem da respiração. O oxigênio normalmente não é toxico, mas como excesso de energia transferido pelas porfirinas o oxigênio se libera sob a forma de oxigênio altamente reativo. Este oxigênio altamente reativo, produz destruição dos tecidos, pontas dos dedos, o nariz, a boca etc. Oxidando essas áreas de forma violenta, com severa inflamação em forma de queimação.

OS MITOS

Agora procure pensar na Idade Média uma pessoa com essa doença. Com a pele completamente branca cheia de pelos, sem poder andar de dia devido a irritação na pele causada pela doença, vagando pelas noites a procura de comida e abrigo, com o rosto desfigurado.

Agora o que alguém que o encontra pensaria?

Foi ai que nasceu o mito do lobisomem ( Licantropia) e dos vampiros (Hematofagia). Procuro por meio desse estudo mostrar que por detras de todo mito existe pontos verdadeiros e por isso mesmo devem ser estudados.

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http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/literatura-lendas-e-mitos-do-folclore/lobisomen.php


http://www.porfiria.org.br/porfirias.htm

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

QUEM FORAM OS NINJAS E O QUE É O NINJUTSU?

Quem foram os ninjas?

Foram os criadores de uma arte marcial japonesa conhecida como ninjutsu. "Trata-se de um conjunto de táticas de espionagem e assassinato, praticadas por guerreiros mascarados, especialistas em truques fraudulentos", diz o historiador Masanori Fukushima, da Universidade Takushoku, no Japão. Não se sabe onde termina a história e começa a lenda, pois, por ser uma técnica de espiões, o ninjutsu era secreto e transmitido apenas oralmente. Acredita-se que tenha surgido no reinado do imperador Shotoku (718-770) e se difundido por todo o Japão durante o período conhecido como Sengoku (1467-1568). O país passava por diversas guerras civis e as técnicas ninja começaram a ser adotadas por famílias que habitavam as montanhas no centro da ilha de Honshu, a maior do Japão. Quando necessário, as famílias se uniam para combater inimigos comuns.

Os ninjas praticamente desapareceram durante o período Edo (1603 a 1868), quando acabaram as guerras internas. Nessa época, as famílias ninja foram repudiadas pela sociedade feudal vigente, submetidas a taxas de impostos exorbitantes e à perseguição. Apesar disso, o ninjutsu continuou a existir, mais secreto ainda. Os principais inimigos dos ninjas eram os samurais, que ajudavam a manter o poder dos senhores feudais.

No período seguinte da história do Japão, iniciado com o império de Meiji, em 1868, tanto os samurais quanto os ninjas foram proibidos de usar armas. O objetivo de Meiji era integrar o país à era moderna e a0 resto do mundo. No início do século 20, porém, os ninjas voltaram a ser usados como espiões, durante a ocupação da Manchúria, na China, pelo Japão.

Truques furtivos e ataques letais

Conheça as principais técnicas ninjutsu para atacar e se esconder
Mokuton quer dizer "uso da árvore". O ninja se esconde atrás de troncos ou agita galhos para desviar a atenção do oponente

Suiton é o "uso da água". O guerreiro pode ficar várias horas submerso, respirando por finos tubos de bambu, ou distrair o inimigo com o ruído da água

Doton, ou "uso do solo e das pedras". Formações rochosas ou buracos no solo são usados para se esconder

As roupas escuras, para não se fazer notar, fizeram os ninjas ficarem conhecidos como "guerreiros das sombras"

Kinton é o "uso do metal", para ofuscar a visão do inimigo refletindo luzes brilhantes ou distraí-lo com ruídos.

Katon, ou "uso do fogo". A atenção do oponente é desviada por meio de truques pirotécnicos ou fumaça de pólvora.

O combate corpo a corpo é chamado pelos ninjas de jutaijutsu. Na hora de atacar, procuram sempre desarmar o inimigo.

Durante a luta, o objetivo é acertar os pontos vitais ou arrebentar os ossos dos adversários

Arsenal afiado

As técnicas de combate ninja se valem de um variado estoque de armas das mais temíveis

A espada

Era a arma mais valorizada no combate. O fato de as técnicas ninjas serem desconhecidas pelos samurais, também lhes dava vantagem.

Kusari-gama

Originalmente desenvolvida por fazendeiros, tanto para arar a terra quanto para defesa pessoal. Foi usada num primeiro momento pelos samurais e, depois, adotada pelos ninjas.

Kusari-fundo

Correntes usadas para deter a espada do oponente - e também para estrangulá-lo.

Shuko

Munhequeira com garras afiadas para deter golpes de espada, mas também úteis em escaladas.

Kyoketsu-shogei

Corrente com punhal e gancho nas extremidades, para desarmar ou atingir os adversários à distância.

Shuriken

Estrelas de metal pontiagudas, lançadas à distância, para matar atingindo os órgãos vitais.

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O POVO JAPONÊS. TRADICÃO E MODERNIDADE.



As origens da civilização japonesa são remotas e bastante imprecisas. Contudo, alguns estudos indicam que os primeiros ocupantes deste território apareceram no século III a.C.. Entre as várias culturas que surgem nesse período de formação, podemos destacar a existência dos Yayoi, Kyushu e Jomon. De acordo com algumas pesquisas, as mais remotas civilizações teriam chegado da Sibéria durante o período neolítico.

O processo de unificação política do Japão teria acontecido ao longo da dinastia Yamato, que configurou a presença de um Estado centralizado. Contudo, ao atingirmos o século VI, a existência do poder real foi paulatinamente perdendo espaço para o poder exercido pelos chefes locais. Após a chamada Guerra Onin, o poder central perdeu espaço para os senhores de terra locais que guerreavam constantemente entre si.

No século VII, os conflitos e disputas locais perderam espaço para a rearticulação da dinastia Yamato, que conseguiu promover mudanças que recuperaram o governo monárquico. Após algumas disputas, a monarquia japonesa se tornou praticamente hegemônica durante uma fase de aproximadamente mil anos. Nesse tempo, vale destacar a ascensão dos samurais enquanto importantes agentes militares e políticos.

No século XVI, o contato com os comerciantes espanhóis e portugueses determinou o gradual processo de abertura da civilização japonesa ao mundo ocidental. A ação de mercadores e clérigos jesuítas marcou um primeiro momento das transformações culturais que ganharam espaço no Japão. No século XIX, a ação imperialista norte-americana foi peça chave fundamental para a abertura do povo nipônico ao Ocidente.

Com a abertura econômica forçada pela esquadra militar dos EUA, os japoneses entraram em contato com novas ideologias políticas. Em pouco tempo, um forte movimento nacionalista reivindicou a modernização das instituições do país e o fim da influência estrangeira no território. A partir de 1868, a chamada Revolução Meiji ordenou a industrialização japonesa e a extinção das antigas instituições medievalescas.

Curiosamente, em um curto espaço de tempo, os japoneses abandonaram a posição de nação subordinada ao imperialismo para se transformar em uma potência industrial promotora de tal política dominadora. O auge dessa nova situação aparece nas primeiras décadas do século XX, quando o governo japonês se envolveu nos conflitos da Primeira e da Segunda Guerra Mundial.

No fim da Segunda Guerra, temendo a ascensão de uma potência socialista vizinha, os EUA promovem o lançamento das bombas de Hiroshima e Nagasaki. Esta tragédia nuclear acabou simbolizando a reconstrução da nação japonesa, que não tinha recursos para se recuperar das terríveis perdas econômicas e humanas do conflito. Na década de 1970, acabou se reerguendo e ocupando um importante papel na economia mundial.

Atualmente, os japoneses são sistematicamente associados ao desenvolvimento de tecnologia de ponta que marca o capitalismo. Os campos de informática, robótica, telecomunicações, automobilismo são os mais significativos alvos que atestam a posição de vanguarda nipônica. Vez ou outra, os meios de comunicação divulgam mais um invento ou descoberta proveniente dos laboratórios japoneses.

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As tribos bárbaras germânicas


As pilhagens eram uma das atividades econômicas mais importantes entre os germânicos.

Ao falarmos dos povos germânicos, estabelecemos a observação de uma grande miríade de culturas espalhadas em diferentes tribos denominadas pelos romanos como bárbaras. A expressão “bárbaro” denuncia o olhar preconceituoso que os romanos dedicavam às tribos germânicas, pois a expressão visava promover uma distinção negativa entre os povos que dominavam a língua latina e aqueles que não sabiam esse mesmo idioma.

Entre os germânicos podemos encontrar uma grande variedade de povos, entre os quais podemos destacar os suevos, visigodos, vândalos, ostrogodos, saxões, anglos, burgúndios e alamanos. Apesar das várias diferenças que podemos traçar entre essas tribos, existem algumas características em comum que acabaram adentrando os domínios do decadente Império Romano do Ocidente.

Do ponto de vista econômico, os germânicos estabeleciam uma economia agrícola de natureza itinerante que promovia o uso das terras até o seu completo esgotamento. Paralelamente, a caça e a pesca eram outras atividades que também exerciam um relativo destaque. Influenciados pela sua cultura militar, os germânicos promoviam saques e invasões que se transformavam em outra interessante fonte de renda.

Politicamente, os germânicos não contavam com uma estrutura política fortemente centralizada. Os líderes guerreiros tinham papel de destaque, contudo, as relações pessoais e a autonomia individual prevaleciam sob qualquer experiência centralizadora. Com o passar do tempo, uma elite de guerreiros foi tomando um papel político de maior expressividade que os diferenciou dos camponeses que trabalhavam em suas terras.

A ordem social dos germânicos era estabelecida por meio de clãs e tribos patriarcais que se mantinham unidas pelas relações consanguíneas. Geralmente, quando alguma decisão atingia uma grande parcela da população, uma assembleia de guerreiros era responsável pela tomada de decisão. O comitatus, que estipulava a união militar dos guerreiros, era de caráter transitório e influenciou a formação social do mundo medieval.

A religiosidade dos germânicos era marcada pela adoração de várias divindades que estabeleciam uma mitologia bastante diversificada. Uma das mais importantes divindades era Odin, o deus da guerra. A vida após a morte era uma crença comum entre os germânicos. Para os grandes guerreiros, a morte previa a passagem para um imenso paraíso chamado de valhalla.

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Prisioneiros do Reich Tratamento de aviadores detidos num Stalag Luft.

Prisioneiros do Reich

Tratamento de aviadores detidos num Stalag Luft

Conforme relatos oficiais da Wehrmacht e do Alto Comando Britânico o primeiro oficial aviador aliado a ser aprisionado pelos alemães foi o 1º tenente Laurence Hugh Edwards, piloto da RAF nascido na Nova Zelândia e derrubado quando fazia um vôo de reconhecimento sobre o mar do Norte no dia 5 de setembro de 1939. Edwards seria o primeiro de milhares de pilotos a serem capturados pelas autoridades alemãs naquele conflito.

PRISIONEIROS CHEGAM AO DULAG LUFT

Psicologicamente a situação dos pilotos que caíam em mãos inimigas era muito diferente daquela de outros militares aliados (soldados ou marinheiros). Estes geralmente eram aprisionados depois de uma longa batalha, talvez depois de meses no mar, ou de trabalho pesado no campo. Mas os pilotos em geral só caiam em mãos inimigas poucas horas depois de desfrutar o conforto de um ambiente familiar: o refeitório do quartel-general ou o bar local. Num instante eles se encontravam em casa, junto de amigos e seus entes queridos, porém no momento seguinte, ao serem abatidos, eram lançados numa terra estranha e misteriosa, e ficavam à mercê de desconhecidos e muitas vezes de um destino incerto.

Por essa razão os pilotos aliados e alemães nutriam uma grande necessidade de fugir. Uma angústia lhes tomava conta tal como pássaros em cativeiro. Além disso, a maioria dos aviadores preferia fugir porque o combate no céu lhes dava um sentimento de individualidade que era negada aos combatentes de outras atividades militares na guerra.

Prisioneiros e Carcereiros

Durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de prisioneiros aliados ficaram confinados em campos de prisioneiros de guerra. Os aviadores em especial ficaram sobre custódia da Luftwaffe.

A Força Aérea alemã administrava 7 campos de prisioneiros. Seus oficiais comandantes eram escolhidos diretamente pelo Alto Comando da Luftwaffe. O pessoal dos campos mantinha um grau de respeito profissional para com seus prisioneiros, portanto a atitude dos oficiais e guardas dessas prisões não deve ser confundido com os métodos empregados pela SS ou Gestapo.

OFICIAIS ALEMÃES E ALIADOS ASSISTEM LUTA DE BOXE EM UM CAMPO DE PRISIONEIROS DA LUFTWAFFE.

O próprio Reichsmarechal Hermann Göring no inicio do conflito, fez muitas referências ao tratamento cavalheiresco que seria dado aos membros da força aérea britânica no que ainda era chamado de A Grande Guerra. Chegou a deixar claro que, enquanto os pilotos aliados estivessem em mãos da Luftwaffe, podiam esperar o tratamento dispensado a cavalheiros.

Muitos dos oficiais que serviam nestes campos também haviam sido pilotos e por isso o relacionamento entre prisioneiros e carcereiros era amistoso, apesar de que a confraternização entre alemães e aliados ser proibida de acordo com o regulamento.

Somente em fins de 1943, com a intensidade dos bombardeios aéreos contra a Alemanha, realizado por ingleses e norte-americanos é que o tratamento dado aos pilotos capturados tornou-se mais rigoroso.

Dulag Luft

DULAG LUFT

Dulag Luft, era o centro de inteligência da Luftwaffe. Localizado no sopé das montanhas Taunus na cidade de Oberursel, 13 quilômetros a noroeste de Frankfurt. A maioria dos aviadores aliados capturados passavam por ele para ser interrogados, antes de ser enviados ao acampamento de trânsito em Wetzlar, onde passavam por uma triagem e então finalmente serem designados a um campo permanente.

Todos os aviadores capturados obrigatoriamente ficavam sobre custódia da Luftwaffe. Logo que chegavam eram colocados num barracão e despidos e suas roupas eram revistadas. Durante sua permanência em Dulag Luft os prisioneiros eram mantidos em confinamento solitário para evitar que os aviadores capturados combinassem seus depoimentos e forjassem informações. A estada média em isolamento era de uma a duas semanas. De acordo com a convenção de Genebra um prisioneiro não podia ser mantido no confinamento solitário para finalidades de interrogatório por mais de 28 dias.

Faziam parte do grupo de oficiais interrogadores do Dulag Luft vários oficiais que haviam morado nos Estados Unidos ou Canadá. Além de bom domínio do idioma, tais oficiais usavam diversos ardis para a obtenção de informações. Desconhece-se o emprego de tortura ou coação por parte dos oficiais interrogadores. De fato vários deles após a guerra voltaram a viver na América e Inglaterra, alguns mantiveram contatos com veteranos capturados da US Air Force e RAF.

Os capitães Kurt Waldschmidt e Hanns Scharff eram os principais interrogadores do centro de inteligência. Scharff era professor de literatura antes do conflito. Formado em Psicologia foi convocado a servir no serviço de inteligência da Luftwaffe no início da guerra. O Capitão Scharff tinha a reputação mágica de conseguir todas as respostas que necessitou dos prisioneiros de guerra. Sempre tratou seus prisioneiros com respeito e dignidade. Diversos ex-prisioneiros que estiveram sobre sua custódia declararam os atos de bondade de Hans Scharff que muitas vezes ordenou que se tratasse dos aviadores feridos ou doentes no período de seu isolamento. Certa vez interviu em uma ação da SS, que transportava 6 aviadores americanos para serem executados por sabotagem. De pistola em punho tomou para si a custódia dos prisioneiros. Tal ato honroso foi reconhecido por esses, sendo que em outubro de 1980 foi agraciado com diploma e medalha pelos generais americanos James H. Doolittle e Curtis LeMay por esse ato humanitário.

Depois da guerra foi convidado pela Força Aérea Americana para realizar palestras sobre seus métodos de interrogatório. Scharff não era membro nem simpatizante do partido nazista.

Em 1982 foi lançado o livro O Interrogador que narra as experiências do capitão Hans Scharff.

Waldschmidt também era professor, lecionava na universidade de Gottingen antes da guerra. Formado em Psicologia era encarregado de interrogar as tripulações de bombardeiros. Também era considerado um oficial de boa reputação, tratando seus interrogados com benevolência.

Entre 1939 e 1945 mais de 68.000 prisioneiros das forças aéreas inglesa, americana, francesa, canadense e até mesmo alguns pilotos brasileiros estiveram confinados no Dulag Luft. Em Maio de 1945 quando da sua libertação havia 2.457 aviadores aliados detidos no campo.

Em 26 de novembro de 1945 os ingleses prenderam e levaram a julgamento 4 oficiais alemães acusados de violação do direito de prisioneiros de guerra britânicos. Eram eles os tenentes Willie Eberhardt e Heinrich Junge, o major Walter Killenger, e o coronel Bohehringer. Killenger e Junge foram sentenciados a cinco anos de prisão. Eberhardt recebeu três anos e Bohehringer foi sentenciado a prisão perpétua, porém sua pena foi comutada sendo liberto em outubro de 1953

Recepção aos prisioneiros


Depois de designados para um dos campos, os aviadores eram reunidos, e transportados para seu destino em caminhões ou em trens. Por todo o trajeto eram escoltados por guardas fortemente armados.

Os prisioneiros logo que chegavam ao campo eram levados para salões onde eram despidos e suas roupas revistadas minuciosamente. Em seguida eram dirigidos a uma sala de banhos, enquanto suas vestes eram esterilizadas a vapor.

Depois do banho, era feita a troca das carteiras de identidade por placas numeradas. Então cada prisioneiro era fotografado. Em seguida os prisioneiros aliados recebiam papel para escrever uma carta aos familiares que seria remetida pela Cruz Vermelha.

Concluindo o processo os prisioneiros eram apresentados ao oficial aliado de mais alta patente que passaria a ser seu comandante e representante junto ao oficial em comando do campo.

Esse oficial aliado designava os novos prisioneiros aos barracões aos quais se acomodariam. Os prisioneiros eram organizados em blocos de 5 homens. Tudo era organizado em razão dos blocos. Recebiam em bloco tudo que fosse distribuído tal como rações alimentares, pacotes da Cruz Vermelha, cobertores, cigarros, entre outros itens. Também as designações de trabalho eram feitas ao bloco.

A Vida como Prisioneiro

A rotina em um campo de prisioneiros começava cedo. No período de inverno a alvorada era às 7 horas da manhã (no verão 6 horas), Em seguida todos os prisioneiros deveriam se preparar para a formatura, onde eram contados, em seguida eram emitidas ordens pelo comandante do campo ou seus oficiais auxiliares. Geralmente os oficiais aliados em posição de liderança também passavam informes e instruções aos demais prisioneiros.

Por volta de 8 horas da manhã os alemães distribuíam aos prisioneiros água quente para que a utilizasse para confecção do chá. Às 11 horas era servida a refeição. Até meados de 1943 a Luftwaffe alimentava muito bem seus prisioneiros. Na verdade, havia tanta comida fornecida pela Cruz Vermelha que os alemães davam banquetes de quatro ou cinco pratos diferentes de duas em duas semanas, só para acabar com o excedente.

A generosidade dos alemães ao distribuir esses suprimentos entre os prisioneiros era feita em comemoração de aniversários ou festas. Essa realidade mudou muito na fase final da guerra, pois a escassez de suprimentos não permitia mais extravagâncias.

Os prisioneiros eram ocupados em várias atividades durante o dia. Equipes eram enviadas para fazer manutenção nos barracões, ou outros serviços de conservação das áreas do campo. Mas os soldados aliados também passavam boa parte do tempo em atividades recreativas e culturais.

Os comandantes alemães incentivavam os prisioneiros a dedicarem-se a musica. No Stalag Luft 1 o comando alemão forneceu material e instrumentos para que os soldados aliados criassem uma orquestra musical .

Os soldados praticavam várias modalidades esportivas, do criket ao futebol. Até mesmo um torneio de Boxe era realizado anualmente nos campos de concentração administrados pela Luftwaffe.

Geralmente o comandante do campo abria a temporada de lutas de boxe entre os prisioneiros aliados. Os soldados e oficiais alemães também assistiam os embates acomodando-se do lado externo da cerca de arame farpado.

Depois de um dia cheio, o jantar era servido às 5 horas da tarde. Constava de 300 gramas de pão de batatas, 500 gramas de batatas, queijo ou salsicha.

A chamada da noite ocorria por volta das 20 horas. Nesta ocasião os prisioneiros eram contados novamente. Depois de expedido o relatório de contagem os soldados aliados eram obrigados a permanecer no interior dos barracões. As 21:00 os guardas passavam e inspecionavam se as janelas estavam bem trancadas, por volta de 21:45 todas as luzes dos barracões eram desligadas.

Aos domingos era permitido aos prisioneiros a realização de serviço religioso. Geralmente havia entre os prisioneiros padres ou ministros protestantes que executavam essa assistência religiosa. Um barracão no campo era destinado como igreja ecumênica, porém a grande maioria dos serviços eram realizados ao ar livre.

A Guarda e os meios de Retenção

Os campos de concentração, geralmente eram divididos em setores (mini-campos dentro do campo). Cada setor era limitado por 5 cercas de arame farpado de aproximadamente 3 metros de altura. Na área do setor junto às cercas se localizavam torres de vigia. Em cada torre ficavam dois guardas, que dispunham de uma metralhadora MG 42. Além da arma as torres eram equipadas com holofotes.

Cada torre ficava a uma distância de 60 a 100 metros da outra, portanto os holofotes de uma geralmente iluminavam a área da outra. Grupos de guardas armados geralmente acompanhados de cães circulavam na parte interna e externa do setor. Cada setor mantinha uma guarda em alerta 24 horas por dia.

O número de soldados e oficiais de cada setor variava muito do tamanho da área a ser guardada. Estima-se que durante o dia cerca de 200 soldados faziam a guarda de cada setor, porém à noite esse número simplesmente dobrava ou triplicava.

Fuga e Evasão

Uma das Fugas mais espetaculares da 2ª Guerra Mundial foi à escapada do campo de Sobibor (acampamento mantido na Polônia por pessoal da SS) empenhada por combatentes russos e judeus. Através de um rápido ataque centenas de prisioneiros conseguiram escapar, matando diversos de seus captores.

Há registro de diversas fugas nos Stalag Lufts. Centenas de prisioneiros de guerra tentaram escapar usando os métodos mais variados. Túnel foi o meio mais usado pelos POWs (abreviatura de Prisioneiro de Guerra em inglês) em busca da liberdade. Muitos prisioneiros acabaram morrendo durante a fuga.

No Stalag 3 ocorreu a famosa fuga do filme Fugindo do Inferno (The Grant Scape titulo original em Inglês), onde 76 prisioneiros escaparam no meio da noite.

A grande fuga do Stalag 3 ocorreu em 24 de março de 1944. Essa empreitada fez com que as autoridades alemãs empenhassem grandes efetivos para recapturar os 76 homens que haviam fugido.

Hitler ficou furioso e ordenou que medidas severas fossem adotadas para que se evitassem novas fugas. A SS e Gestapo foram designadas para se encarregar dos prisioneiros recapturados.

Foram fuzilados sem nenhuma piedade 50 dos POWs capturados.

Após a guerra ex-prisioneiros britânicos construíram no antigo terreno do campo um monumento em memória dos 50.

Prisioneiros Brasileiros

Diversos militares brasileiros acabaram sendo capturados pelos alemães na campanha italiana. Pelo menos 12 aviadores e 175 homens da FEB. A maioria dos prisioneiros brasileiros foram enviados ao Stalag 7. Há registro de 4 tenentes e 1 capitão da FAB no Stalag Luft 3, o restante foram confinados em outros campos.

Segundo o cabo Amynthas Pires de Carvalho:

De acordo com dados oficiais, 45 brasileiros foram prisioneiros de guerra dos alemães, no Stalag 7 (mantido pelo exército alemão); dos quais nove eram oficiais e 36 eram praças. "Não sei exatamente quantos desses estiveram no Stalag VII A, em Moosburg, mas pelo que me foi possível apurar, esta é a lista dos que lá estiveram: Alcides Lourenço da Rocha - Alcides Ricardino - Amynthas Pires de Carvalho, Anézio Pinto Rosa - Antônio da Silva - Antônio Ferreira - Antônio Júlio - Elizeu de Oliveira - Emílio Varole - Geraldo da Silva - Geraldo Flausino Gomes - Guilherme Barbosa de Mello - Guilhermino André de Morais - Hilário Furlan - João Muniz dos Santos - José Ferreira de Barros Filho - José Rodrigues - Mário Gonçalves da Silva - Miltom Bragança - Oswaldo Casemiro Müller - Oswaldo Maurício Varela - Pedro Godoy - Waldemar Reinaldo Cerezoli. Foram 23 na minha contagem, que pode estar errada ou incompleta".

Relato do 1º tenente Emílio Varoli, do 11º Regimento de Infantaria, capturado no Monte Castelo e feito prisioneiro no Stalag 7A na localidade de Moosburg – Alemanha.

Em fins de janeiro soubemos que um forte contingente de aviadores deveria chegar a Moosburg e começou uma azáfama tremenda para preparar outros barracões destinados a alojá-los.

Eram perto de 4.000 oficiais da A.A.F., R.A.F., U.S.A.F. e alguns de infantaria que vinham do Stalag Luft-3 em Sagan no norte da Alemanha, evacuados diante do avanço russo naquele setor.

Chegaram cansadíssimos e muitos, doentes de tanto caminhar, pois o deslocamento fora efetuado a pé por umas centenas de quilômetros, tendo sido embarcados num ponto próximo de Moosburg. Vinham comandados pelo Coronel Goodrich, da A.A.F., um dos oficiais mais enérgicos que jamais encontrei.

O corre-corre foi tremendo, pois os alojamentos tiveram que comportar 400 homens em lugar de 200 e todo o espaço disponível foi ocupado num abrir e fechar de olhos. Não havia outra solução; devido ao Stalag 7 ter recebido muitos prisioneiros evacuados de outros setores, abrigava naquela ocasião mais de 100.000 prisioneiros de todas as categorias e nações. Tornou-se, creio eu, o campo mais importante da Alemanha naquela ocasião. [Na verdade, em 1 de janeiro de 1945, o campo já contava com 76.248 prisioneiros, a maior parte deles franceses – 38.000, isso numa área de 350.000 m2].

Eu postara-me junto à entrada para apreciar o movimento e quando regressei ao meu catre, uma surpresa me aguardava. O meu colchão estava repleto de cigarros, meias e outras coisas utilíssimas que os recém-chegados haviam deixado. Mal podia crer no que via e tratei logo de procurar os doadores para agradecer-lhes a gentileza e fui travando conhecimento com um grupo de ótimos companheiros. Eram aviadores que haviam conhecido o Brasil na passagem, quando de suas viagens da parte dos nossos patrícios do norte, aproveitaram aquela ocasião para retribuí-las a um brasileiro.

Daí por diante o meu nome nas barracas passou a ser ‘Brasil’.

Evacuações

Como já citado anteriormente, à medida que os exércitos aliados e soviéticos avançavam pela Alemanha, os comandos responsáveis pelos POWs precisaram adotar medidas para evacuar os prisioneiros destas áreas.

Diversos comandantes de campos começaram a adotar medidas para desgastar o moral dos detidos, bem como deslocar os prisioneiros para outros estabelecimentos a fim de evitar motins ou tentativas de fuga em massa.

As rações e pacotes da Cruz Vermelha foram drasticamente reduzidos. A partir de fevereiro de 1945 cada prisioneiro recebia diariamente alimentos que representavam apenas 800 calorias (até janeiro eram servidas 1.800 calorias diárias). O cardápio do almoço e janta havia sido alterado para uma sopa pobre, composta de água quente onde boiavam algumas verduras e de vez em quando uma migalha de carne de cavalo.

Apesar das medidas para a evacuação, o exército soviético cercou o Stalag Luft 1 nas cercanias da cidade litorânea de Barth, no dia 25 de março de 1945, libertando mais de 4.800 prisioneiros aliados.

O serviço de saúde do exército vermelho mal equipado, pouco pode fazer pelos prisioneiros que se encontravam com forte anemia, desidratados e com doenças respiratórias.

No inicio de abril de 1945 Hitler ordenou que os prisioneiros aliados sistematicamente fossem deslocados para as cidades estratégicas que eram alvos em potencial das esquadrilhas de bombardeiros, para servirem de escudos humanos.

Göring interveio, alegando ao Fürher que tal procedimento era contra a convenção de Genebra e que seria prudente e necessário manter os POWs em segurança para os utilizar como moeda de barganha numa negociação forçada.

Himmler sugeriu que a SS se encarregasse de eliminar o "excesso de contingente" dos campos.

O Reichsmarechal Herman Göring se opôs energicamente a isso, enviando apressadamente aos campos fortes contingentes da Luftwaffe para garantir a vida dos prisioneiros aliados.

Pode-se acusar Göring de diversos crimes; mas foi por meio dele que se evitou a morte de centenas ou talvez milhares de prisioneiros que estavam sob custódia da Wehrmacht em abril de 1945.

Em abril diversos campos mantidos pelo Exército e pela Luftwaffe foram libertados pelos exércitos aliados e soviéticos.

O Stalag 7 em Moosburg, o qual mantinha cativos militares brasileiros, foi libertado por tropas pertencentes ao 3º Exército de Patton no dia 29 de abril de 1945.

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http://www.aviationmuseum.eu/World/Europe/Germany/Berlin-Gatow/Luftwaffe_Museum.htm