sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Prisioneiros do Reich Tratamento de aviadores detidos num Stalag Luft.

Prisioneiros do Reich

Tratamento de aviadores detidos num Stalag Luft

Conforme relatos oficiais da Wehrmacht e do Alto Comando Britânico o primeiro oficial aviador aliado a ser aprisionado pelos alemães foi o 1º tenente Laurence Hugh Edwards, piloto da RAF nascido na Nova Zelândia e derrubado quando fazia um vôo de reconhecimento sobre o mar do Norte no dia 5 de setembro de 1939. Edwards seria o primeiro de milhares de pilotos a serem capturados pelas autoridades alemãs naquele conflito.

PRISIONEIROS CHEGAM AO DULAG LUFT

Psicologicamente a situação dos pilotos que caíam em mãos inimigas era muito diferente daquela de outros militares aliados (soldados ou marinheiros). Estes geralmente eram aprisionados depois de uma longa batalha, talvez depois de meses no mar, ou de trabalho pesado no campo. Mas os pilotos em geral só caiam em mãos inimigas poucas horas depois de desfrutar o conforto de um ambiente familiar: o refeitório do quartel-general ou o bar local. Num instante eles se encontravam em casa, junto de amigos e seus entes queridos, porém no momento seguinte, ao serem abatidos, eram lançados numa terra estranha e misteriosa, e ficavam à mercê de desconhecidos e muitas vezes de um destino incerto.

Por essa razão os pilotos aliados e alemães nutriam uma grande necessidade de fugir. Uma angústia lhes tomava conta tal como pássaros em cativeiro. Além disso, a maioria dos aviadores preferia fugir porque o combate no céu lhes dava um sentimento de individualidade que era negada aos combatentes de outras atividades militares na guerra.

Prisioneiros e Carcereiros

Durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de prisioneiros aliados ficaram confinados em campos de prisioneiros de guerra. Os aviadores em especial ficaram sobre custódia da Luftwaffe.

A Força Aérea alemã administrava 7 campos de prisioneiros. Seus oficiais comandantes eram escolhidos diretamente pelo Alto Comando da Luftwaffe. O pessoal dos campos mantinha um grau de respeito profissional para com seus prisioneiros, portanto a atitude dos oficiais e guardas dessas prisões não deve ser confundido com os métodos empregados pela SS ou Gestapo.

OFICIAIS ALEMÃES E ALIADOS ASSISTEM LUTA DE BOXE EM UM CAMPO DE PRISIONEIROS DA LUFTWAFFE.

O próprio Reichsmarechal Hermann Göring no inicio do conflito, fez muitas referências ao tratamento cavalheiresco que seria dado aos membros da força aérea britânica no que ainda era chamado de A Grande Guerra. Chegou a deixar claro que, enquanto os pilotos aliados estivessem em mãos da Luftwaffe, podiam esperar o tratamento dispensado a cavalheiros.

Muitos dos oficiais que serviam nestes campos também haviam sido pilotos e por isso o relacionamento entre prisioneiros e carcereiros era amistoso, apesar de que a confraternização entre alemães e aliados ser proibida de acordo com o regulamento.

Somente em fins de 1943, com a intensidade dos bombardeios aéreos contra a Alemanha, realizado por ingleses e norte-americanos é que o tratamento dado aos pilotos capturados tornou-se mais rigoroso.

Dulag Luft

DULAG LUFT

Dulag Luft, era o centro de inteligência da Luftwaffe. Localizado no sopé das montanhas Taunus na cidade de Oberursel, 13 quilômetros a noroeste de Frankfurt. A maioria dos aviadores aliados capturados passavam por ele para ser interrogados, antes de ser enviados ao acampamento de trânsito em Wetzlar, onde passavam por uma triagem e então finalmente serem designados a um campo permanente.

Todos os aviadores capturados obrigatoriamente ficavam sobre custódia da Luftwaffe. Logo que chegavam eram colocados num barracão e despidos e suas roupas eram revistadas. Durante sua permanência em Dulag Luft os prisioneiros eram mantidos em confinamento solitário para evitar que os aviadores capturados combinassem seus depoimentos e forjassem informações. A estada média em isolamento era de uma a duas semanas. De acordo com a convenção de Genebra um prisioneiro não podia ser mantido no confinamento solitário para finalidades de interrogatório por mais de 28 dias.

Faziam parte do grupo de oficiais interrogadores do Dulag Luft vários oficiais que haviam morado nos Estados Unidos ou Canadá. Além de bom domínio do idioma, tais oficiais usavam diversos ardis para a obtenção de informações. Desconhece-se o emprego de tortura ou coação por parte dos oficiais interrogadores. De fato vários deles após a guerra voltaram a viver na América e Inglaterra, alguns mantiveram contatos com veteranos capturados da US Air Force e RAF.

Os capitães Kurt Waldschmidt e Hanns Scharff eram os principais interrogadores do centro de inteligência. Scharff era professor de literatura antes do conflito. Formado em Psicologia foi convocado a servir no serviço de inteligência da Luftwaffe no início da guerra. O Capitão Scharff tinha a reputação mágica de conseguir todas as respostas que necessitou dos prisioneiros de guerra. Sempre tratou seus prisioneiros com respeito e dignidade. Diversos ex-prisioneiros que estiveram sobre sua custódia declararam os atos de bondade de Hans Scharff que muitas vezes ordenou que se tratasse dos aviadores feridos ou doentes no período de seu isolamento. Certa vez interviu em uma ação da SS, que transportava 6 aviadores americanos para serem executados por sabotagem. De pistola em punho tomou para si a custódia dos prisioneiros. Tal ato honroso foi reconhecido por esses, sendo que em outubro de 1980 foi agraciado com diploma e medalha pelos generais americanos James H. Doolittle e Curtis LeMay por esse ato humanitário.

Depois da guerra foi convidado pela Força Aérea Americana para realizar palestras sobre seus métodos de interrogatório. Scharff não era membro nem simpatizante do partido nazista.

Em 1982 foi lançado o livro O Interrogador que narra as experiências do capitão Hans Scharff.

Waldschmidt também era professor, lecionava na universidade de Gottingen antes da guerra. Formado em Psicologia era encarregado de interrogar as tripulações de bombardeiros. Também era considerado um oficial de boa reputação, tratando seus interrogados com benevolência.

Entre 1939 e 1945 mais de 68.000 prisioneiros das forças aéreas inglesa, americana, francesa, canadense e até mesmo alguns pilotos brasileiros estiveram confinados no Dulag Luft. Em Maio de 1945 quando da sua libertação havia 2.457 aviadores aliados detidos no campo.

Em 26 de novembro de 1945 os ingleses prenderam e levaram a julgamento 4 oficiais alemães acusados de violação do direito de prisioneiros de guerra britânicos. Eram eles os tenentes Willie Eberhardt e Heinrich Junge, o major Walter Killenger, e o coronel Bohehringer. Killenger e Junge foram sentenciados a cinco anos de prisão. Eberhardt recebeu três anos e Bohehringer foi sentenciado a prisão perpétua, porém sua pena foi comutada sendo liberto em outubro de 1953

Recepção aos prisioneiros


Depois de designados para um dos campos, os aviadores eram reunidos, e transportados para seu destino em caminhões ou em trens. Por todo o trajeto eram escoltados por guardas fortemente armados.

Os prisioneiros logo que chegavam ao campo eram levados para salões onde eram despidos e suas roupas revistadas minuciosamente. Em seguida eram dirigidos a uma sala de banhos, enquanto suas vestes eram esterilizadas a vapor.

Depois do banho, era feita a troca das carteiras de identidade por placas numeradas. Então cada prisioneiro era fotografado. Em seguida os prisioneiros aliados recebiam papel para escrever uma carta aos familiares que seria remetida pela Cruz Vermelha.

Concluindo o processo os prisioneiros eram apresentados ao oficial aliado de mais alta patente que passaria a ser seu comandante e representante junto ao oficial em comando do campo.

Esse oficial aliado designava os novos prisioneiros aos barracões aos quais se acomodariam. Os prisioneiros eram organizados em blocos de 5 homens. Tudo era organizado em razão dos blocos. Recebiam em bloco tudo que fosse distribuído tal como rações alimentares, pacotes da Cruz Vermelha, cobertores, cigarros, entre outros itens. Também as designações de trabalho eram feitas ao bloco.

A Vida como Prisioneiro

A rotina em um campo de prisioneiros começava cedo. No período de inverno a alvorada era às 7 horas da manhã (no verão 6 horas), Em seguida todos os prisioneiros deveriam se preparar para a formatura, onde eram contados, em seguida eram emitidas ordens pelo comandante do campo ou seus oficiais auxiliares. Geralmente os oficiais aliados em posição de liderança também passavam informes e instruções aos demais prisioneiros.

Por volta de 8 horas da manhã os alemães distribuíam aos prisioneiros água quente para que a utilizasse para confecção do chá. Às 11 horas era servida a refeição. Até meados de 1943 a Luftwaffe alimentava muito bem seus prisioneiros. Na verdade, havia tanta comida fornecida pela Cruz Vermelha que os alemães davam banquetes de quatro ou cinco pratos diferentes de duas em duas semanas, só para acabar com o excedente.

A generosidade dos alemães ao distribuir esses suprimentos entre os prisioneiros era feita em comemoração de aniversários ou festas. Essa realidade mudou muito na fase final da guerra, pois a escassez de suprimentos não permitia mais extravagâncias.

Os prisioneiros eram ocupados em várias atividades durante o dia. Equipes eram enviadas para fazer manutenção nos barracões, ou outros serviços de conservação das áreas do campo. Mas os soldados aliados também passavam boa parte do tempo em atividades recreativas e culturais.

Os comandantes alemães incentivavam os prisioneiros a dedicarem-se a musica. No Stalag Luft 1 o comando alemão forneceu material e instrumentos para que os soldados aliados criassem uma orquestra musical .

Os soldados praticavam várias modalidades esportivas, do criket ao futebol. Até mesmo um torneio de Boxe era realizado anualmente nos campos de concentração administrados pela Luftwaffe.

Geralmente o comandante do campo abria a temporada de lutas de boxe entre os prisioneiros aliados. Os soldados e oficiais alemães também assistiam os embates acomodando-se do lado externo da cerca de arame farpado.

Depois de um dia cheio, o jantar era servido às 5 horas da tarde. Constava de 300 gramas de pão de batatas, 500 gramas de batatas, queijo ou salsicha.

A chamada da noite ocorria por volta das 20 horas. Nesta ocasião os prisioneiros eram contados novamente. Depois de expedido o relatório de contagem os soldados aliados eram obrigados a permanecer no interior dos barracões. As 21:00 os guardas passavam e inspecionavam se as janelas estavam bem trancadas, por volta de 21:45 todas as luzes dos barracões eram desligadas.

Aos domingos era permitido aos prisioneiros a realização de serviço religioso. Geralmente havia entre os prisioneiros padres ou ministros protestantes que executavam essa assistência religiosa. Um barracão no campo era destinado como igreja ecumênica, porém a grande maioria dos serviços eram realizados ao ar livre.

A Guarda e os meios de Retenção

Os campos de concentração, geralmente eram divididos em setores (mini-campos dentro do campo). Cada setor era limitado por 5 cercas de arame farpado de aproximadamente 3 metros de altura. Na área do setor junto às cercas se localizavam torres de vigia. Em cada torre ficavam dois guardas, que dispunham de uma metralhadora MG 42. Além da arma as torres eram equipadas com holofotes.

Cada torre ficava a uma distância de 60 a 100 metros da outra, portanto os holofotes de uma geralmente iluminavam a área da outra. Grupos de guardas armados geralmente acompanhados de cães circulavam na parte interna e externa do setor. Cada setor mantinha uma guarda em alerta 24 horas por dia.

O número de soldados e oficiais de cada setor variava muito do tamanho da área a ser guardada. Estima-se que durante o dia cerca de 200 soldados faziam a guarda de cada setor, porém à noite esse número simplesmente dobrava ou triplicava.

Fuga e Evasão

Uma das Fugas mais espetaculares da 2ª Guerra Mundial foi à escapada do campo de Sobibor (acampamento mantido na Polônia por pessoal da SS) empenhada por combatentes russos e judeus. Através de um rápido ataque centenas de prisioneiros conseguiram escapar, matando diversos de seus captores.

Há registro de diversas fugas nos Stalag Lufts. Centenas de prisioneiros de guerra tentaram escapar usando os métodos mais variados. Túnel foi o meio mais usado pelos POWs (abreviatura de Prisioneiro de Guerra em inglês) em busca da liberdade. Muitos prisioneiros acabaram morrendo durante a fuga.

No Stalag 3 ocorreu a famosa fuga do filme Fugindo do Inferno (The Grant Scape titulo original em Inglês), onde 76 prisioneiros escaparam no meio da noite.

A grande fuga do Stalag 3 ocorreu em 24 de março de 1944. Essa empreitada fez com que as autoridades alemãs empenhassem grandes efetivos para recapturar os 76 homens que haviam fugido.

Hitler ficou furioso e ordenou que medidas severas fossem adotadas para que se evitassem novas fugas. A SS e Gestapo foram designadas para se encarregar dos prisioneiros recapturados.

Foram fuzilados sem nenhuma piedade 50 dos POWs capturados.

Após a guerra ex-prisioneiros britânicos construíram no antigo terreno do campo um monumento em memória dos 50.

Prisioneiros Brasileiros

Diversos militares brasileiros acabaram sendo capturados pelos alemães na campanha italiana. Pelo menos 12 aviadores e 175 homens da FEB. A maioria dos prisioneiros brasileiros foram enviados ao Stalag 7. Há registro de 4 tenentes e 1 capitão da FAB no Stalag Luft 3, o restante foram confinados em outros campos.

Segundo o cabo Amynthas Pires de Carvalho:

De acordo com dados oficiais, 45 brasileiros foram prisioneiros de guerra dos alemães, no Stalag 7 (mantido pelo exército alemão); dos quais nove eram oficiais e 36 eram praças. "Não sei exatamente quantos desses estiveram no Stalag VII A, em Moosburg, mas pelo que me foi possível apurar, esta é a lista dos que lá estiveram: Alcides Lourenço da Rocha - Alcides Ricardino - Amynthas Pires de Carvalho, Anézio Pinto Rosa - Antônio da Silva - Antônio Ferreira - Antônio Júlio - Elizeu de Oliveira - Emílio Varole - Geraldo da Silva - Geraldo Flausino Gomes - Guilherme Barbosa de Mello - Guilhermino André de Morais - Hilário Furlan - João Muniz dos Santos - José Ferreira de Barros Filho - José Rodrigues - Mário Gonçalves da Silva - Miltom Bragança - Oswaldo Casemiro Müller - Oswaldo Maurício Varela - Pedro Godoy - Waldemar Reinaldo Cerezoli. Foram 23 na minha contagem, que pode estar errada ou incompleta".

Relato do 1º tenente Emílio Varoli, do 11º Regimento de Infantaria, capturado no Monte Castelo e feito prisioneiro no Stalag 7A na localidade de Moosburg – Alemanha.

Em fins de janeiro soubemos que um forte contingente de aviadores deveria chegar a Moosburg e começou uma azáfama tremenda para preparar outros barracões destinados a alojá-los.

Eram perto de 4.000 oficiais da A.A.F., R.A.F., U.S.A.F. e alguns de infantaria que vinham do Stalag Luft-3 em Sagan no norte da Alemanha, evacuados diante do avanço russo naquele setor.

Chegaram cansadíssimos e muitos, doentes de tanto caminhar, pois o deslocamento fora efetuado a pé por umas centenas de quilômetros, tendo sido embarcados num ponto próximo de Moosburg. Vinham comandados pelo Coronel Goodrich, da A.A.F., um dos oficiais mais enérgicos que jamais encontrei.

O corre-corre foi tremendo, pois os alojamentos tiveram que comportar 400 homens em lugar de 200 e todo o espaço disponível foi ocupado num abrir e fechar de olhos. Não havia outra solução; devido ao Stalag 7 ter recebido muitos prisioneiros evacuados de outros setores, abrigava naquela ocasião mais de 100.000 prisioneiros de todas as categorias e nações. Tornou-se, creio eu, o campo mais importante da Alemanha naquela ocasião. [Na verdade, em 1 de janeiro de 1945, o campo já contava com 76.248 prisioneiros, a maior parte deles franceses – 38.000, isso numa área de 350.000 m2].

Eu postara-me junto à entrada para apreciar o movimento e quando regressei ao meu catre, uma surpresa me aguardava. O meu colchão estava repleto de cigarros, meias e outras coisas utilíssimas que os recém-chegados haviam deixado. Mal podia crer no que via e tratei logo de procurar os doadores para agradecer-lhes a gentileza e fui travando conhecimento com um grupo de ótimos companheiros. Eram aviadores que haviam conhecido o Brasil na passagem, quando de suas viagens da parte dos nossos patrícios do norte, aproveitaram aquela ocasião para retribuí-las a um brasileiro.

Daí por diante o meu nome nas barracas passou a ser ‘Brasil’.

Evacuações

Como já citado anteriormente, à medida que os exércitos aliados e soviéticos avançavam pela Alemanha, os comandos responsáveis pelos POWs precisaram adotar medidas para evacuar os prisioneiros destas áreas.

Diversos comandantes de campos começaram a adotar medidas para desgastar o moral dos detidos, bem como deslocar os prisioneiros para outros estabelecimentos a fim de evitar motins ou tentativas de fuga em massa.

As rações e pacotes da Cruz Vermelha foram drasticamente reduzidos. A partir de fevereiro de 1945 cada prisioneiro recebia diariamente alimentos que representavam apenas 800 calorias (até janeiro eram servidas 1.800 calorias diárias). O cardápio do almoço e janta havia sido alterado para uma sopa pobre, composta de água quente onde boiavam algumas verduras e de vez em quando uma migalha de carne de cavalo.

Apesar das medidas para a evacuação, o exército soviético cercou o Stalag Luft 1 nas cercanias da cidade litorânea de Barth, no dia 25 de março de 1945, libertando mais de 4.800 prisioneiros aliados.

O serviço de saúde do exército vermelho mal equipado, pouco pode fazer pelos prisioneiros que se encontravam com forte anemia, desidratados e com doenças respiratórias.

No inicio de abril de 1945 Hitler ordenou que os prisioneiros aliados sistematicamente fossem deslocados para as cidades estratégicas que eram alvos em potencial das esquadrilhas de bombardeiros, para servirem de escudos humanos.

Göring interveio, alegando ao Fürher que tal procedimento era contra a convenção de Genebra e que seria prudente e necessário manter os POWs em segurança para os utilizar como moeda de barganha numa negociação forçada.

Himmler sugeriu que a SS se encarregasse de eliminar o "excesso de contingente" dos campos.

O Reichsmarechal Herman Göring se opôs energicamente a isso, enviando apressadamente aos campos fortes contingentes da Luftwaffe para garantir a vida dos prisioneiros aliados.

Pode-se acusar Göring de diversos crimes; mas foi por meio dele que se evitou a morte de centenas ou talvez milhares de prisioneiros que estavam sob custódia da Wehrmacht em abril de 1945.

Em abril diversos campos mantidos pelo Exército e pela Luftwaffe foram libertados pelos exércitos aliados e soviéticos.

O Stalag 7 em Moosburg, o qual mantinha cativos militares brasileiros, foi libertado por tropas pertencentes ao 3º Exército de Patton no dia 29 de abril de 1945.

VOCÊ QUER SABER MAIS?

http://www.aviationmuseum.eu/World/Europe/Germany/Berlin-Gatow/Luftwaffe_Museum.htm

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