Busto de Janus no Museu do Vaticano. Imagem: Museu do Vaticano.
Segundo a mitologia romana, mas também etrusca, Jano
(do latim Janus ou Ianus) era o porteiro celestial, sendo representado com duas
cabeças, simbolizando os términos e os começos, o passado e o futuro, o
dualismo relativo de todas as coisas, sendo absoluto somente a Divindade. Em
seu templo, as portas principais ficavam abertas em tempos de guerra e eram
fechadas em tempos de paz. Jano preside tudo o que se abre, é o deus tutelar de
todos os começos; rege ainda tudo aquilo que regressa ou que se fecha, sendo
patrono de todos os finais. Jano foi a inspiração do nome do primeiro mês do
ano (janeiro, do latim januarius), o qual foi
acrescentado ao calendário por Numa Pompílio (715-672 a.C.), sucessor de
Rômulo, personagem histórico-mítico que, segundo Plutarco, teria fundado Roma
em 21 de março.
Jano também é um dos mais antigos deuses do
panteão romano, filho de Creusa e Apolo. Sua representação de caras opostas, uma olha
para frente e outra olha para trás, pode ser entendida como se examinasse as
questões por todos os seus aspectos. Orador eloqüente, a ponto de freqüentar o
foro, é o deus das portas, dos começos e dos finais. Suas lendas são
exclusivamente romanas e estão ligadas as origens da cidade. Segundo
alguns estudiosos, Jano era uma divindade indígena e em outros tempos havia
reinado com Cameses, um rei místico a quem se conhece apenas o nome.
É normalmente retratado com uma coroa e um cetro, pois os romanos o consideravam o 'rei da Época de Ouro' de Roma, por tudo que representou ao povo. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.
Para outros, Jano era estrangeiro exilado em
Roma. Jano teria então erguido uma cidade em cima de uma colina que teria sido
chamada de Janículo, levando o nome do deus. Reinou apenas em Lácio e
acolheu Saturno, que foi expulso da Grécia por seu filho Júpiter. Enquanto Jano
se ocupada de Janículo, Saturno reinava em Saturnia. Durante
o reinado de Jano foi atribuída a perfeita honestidade entre os seres humanos,
a abundância e a mais completa paz. Teria sido o inventor da moeda. Jano civilizou os
nativos de Lácio, dando-lhes cidades, leis e ensinando-os o cultivo do solo. A
ele é atribuído o milagre de salvar Roma da conquista Sabina fazendo aparecer
na frente dos assaltantes um dispensador de água quente, por isso em tempos de
guerra sempre se deixa a porta do templo aberta para Jano. Acredita-se também
que havia casado com a ninfa Yuturna, com quem teria tido como filho deus Fons,
deus das fontes.
Busto de Janus em uma moeda romano. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.
Originalmente, uma face possuía barba e a outra
não, e, às vezes, era masculino e feminino - provavelmente um representação do
sol e da lua (Janus e Jana). No entanto, é mais fácil
encontrar duas faces com barba. Existem, no entanto, em alguns locais,
representações suas com quatro faces. Raramente, mostravam seu corpo, mas se
fosse feito possuía uma chave na mão direita. A cabeça dupla face aparece em
muitas moedas romanas, então, é dito que ele teria inventado o dinheiro.
Representação artistica de Janus. Imagem: History.
De modo geral, Jano era considerado um deus benevolente. É normalmente retratado com
uma coroa e um cetro, pois os romanos o consideravam o 'rei da Época de Ouro'
de Roma, por tudo que representou ao povo: creditam a ele o ensino ao cultivo da terra, o uso do dinheiro e a
criação das Leis, além de ser o responsável pela transição do povo romano da
barbárie para a civilização.
Algumas versões, porém, defendem que cada rosto do deus tinha personalidade
oposta. Por isso, acreditava-se que o deus confundia pessoas e
ocasionalmente lhes causa doenças.
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