quinta-feira, 21 de março de 2013

Grandes Inovações Moche. PARTE II. Metalurgia e Agricultura.



Uma das funções da metalurgia mochica era a elaboração de artefatos e enfeites para rituais. Imagem: Discovery Brasil Uol.

Os Moches inovaram a tecnologia e produção metalúrgica com o uso intensivo de cobre, para a fabricação de ornamentos, armas e ferramentas. Sua proeza mais importante foi dourar este metal com uma sofisticada técnica que obtém os mesmos resultados que o sistema eletrolítico inventado na Europa no final do século XVIII. Os ourives haviam aprendido a fundir o ouro sobre os moldes, e a dourar objetos de cobre. Dominaram totalmente a combinação cobre-ouro, e chegaram a realizar jóias de ouro e prata soldados. Existiam ainda utensílios de cobre, enquanto que o bronze não foi descoberto até um pouco mais tarde.

A cordilheira dos Andes atravessa todo o seu território, e o divide em três regiões completamente distintas: costa, serrado e selva, cada uma com sua própria flora e fauna. A cerâmica realista Mochica permitiu que se comprovase tanto a produção de plantas alimentícias como o milho – que ocupava a maior área de cultivo desses feijões, os pallares, as batatas, aipim e batata doce, como a fauna dominante, composta de alcatrazes, pumas e muitos outros animais que, em sua maioria, existem até nossos dias. A través de sistemas de irrigação em grande escala, estes povos haviam transformado terrenos desérticos em fértil. Existiam mais de trinta variedades de cultivos indígenas, entre eles o tabaco e a coca.

Arquitetura

A construção das grandes pirâmides da época Moche só pôde ser possível graças a um trabalho em comum muito bem dirigido, utilizando prisioneiros de guerra e a massa dos súditos dos principais sacerdotes.

Tanto a Huaca del Sol como a Huaca de la Luna formaram um complexo administrativo e religioso, localizado nas faldas de Cerro Blanco, o mais venerado dos Moches.

A pirâmide de degraus, chamada “Huaca del Sol”, é uma das edificações mais impressionantes de todo o Peru pré-colombiano. Supõe-se que esta construção erguida sobre um grande terreno de degraus teve mais de 55 mil metros quadrados de área e uns 40 metros de altura, e que, durante sua construção, foram utilizados aproximadamente 140 milhões de ladrilhos retangulares. A forma da Huaca de la Luna, erguida sobre um cume rochoso do Cerro Blanco e em frente à Huaca del Sol, ocupa uma área quadrada de 290 por 210 metros e está conformada por várias plataformas e pátios cerimoniais. No seu interior não foram encontrados vestígios de tarefas domésticas, diferente da Huaca del Sol,  que demonstraria o caráter cerimonial de sua construção. Em 1995, o arqueólogo canadense Steve Bourget, desenterrou os corpos de 42 jovens sacrificados brutalmente, descoberta que foi interpretada como um sacrifício massivo vinculado ao Fenômeno do Niño.

Os Mochica venceram o deserto mediante a irrigação artificial, desviando a água com canais provenientes dos rios que cortam os Andes. Sua engenharia hidráulica permitiu com que eles contassem com excedentes agrícolas e uma economia sólida que, complementada com os produtos do mar, constituiu a base de seu desenvolvimento.

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