sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O que faz um verdadeiro líder?



O Líder? Imagem: Construindo História Hoje.

Que características distinguem um verdadeiro líder de alguém que apenas ocupa um cargo de liderança? O que torna uma pessoa um verdadeiro líder?

Este é uma ano de eleições municipais, um momento ideal par se explorar as qualidades de uma verdadeira liderança.

O historiador e biografo Dr. James MacGregor Burns, vencedor do Prêmio Pulitzer, PhD em ciências políticas pela Universidade de Harvard, escreveu um livro de grande influência em 2010, intitulado Liderança, que é completo, incisivo e esclarecedor em muito níveis. Ele precede seu prólogo com algumas citações notáveis, incluindo um de Franklin Roosevelt, presidente dos Estados Unidos de 1933 a 1945.

“A presidência é ...preeminentemente um lugar de liderança moral. Todos os nossos presidentes foram grandes líderes do pensamento, por vezes, quando certas ideias históricas na vida da nação tinham de ser esclarecidas...Isso é o que o cargo – uma excelente oportunidade para reaplicar, usando-as em novas situações, as regras, usando simples de conduta humana para as quais sempre voltamos. Sem uma liderança atenta e sensível às mudanças, todos se desorientam ou até se perdem pelo caminho”.

Burns aborda isso em liderança transformacional, a contracapa do seu livro resume sua avaliação:

“Os melhores líderes são aqueles que inspiram os outros a se unirem para realizar os mais altos objetivos”.

A qualidade política da liderança em relação às mais recentes jogadas políticas é um fato que comprova de que o termo líder e liderança nem sempre são sinônimos.

Naturalmente, toda a história humana deixa claro que nem todos os líderes praticam a liderança altruísta.

Você não precisa ser formado em Harvard para listar pelo menos alguns dos líderes mais tirânicos e infames do século passado, como Joseph Stalin, Mao Tsé-tung e, mais recentemente, Fidel Castro. Muitos milhões de pessoas inocentes perderam suas vidas sob o controle, a manipulação e o resultado satânico da carnificina que estes personagens tirânicos cometeram contra a humanidade.

Na verdade, eles foram ainda mais longe quanto a autoglorificação, consequentemente transformando-se numa atitude insana e corrupta como a do imperador romano Vespasiano, que, talvez motivado pelo seu talento para o teatro, exclamou em seu leito de morte em 79 d.C. que sentia que estava se tornando um deus.

Alguns ainda citam Maquiavelo filósofo renascentista italiano, cujo livro O Príncipe é famoso pela sua concepção de que em política os fins justificam os meios – como o léxico principal sobre exercer o poder, inclusive através da persuasão e influência política.

Burns, no entanto, aponta as limitações desse modelo:

“Visto que o poder pode tomar formas multifacetadas, onipresentes, e sutis, então se pode refletir num número infinito de combinações e particularidades em contextos específicos. Mesmo assim, observadores podem perceber nesses contextos que esse ‘misto de poder’ é do tipo básico e universal, e vão basear descrições elaboradas e teorias de poder em um modelo – O DELES”.

Até mesmo a célebre descrição do uso e abuso de poder  de Maquiavel, enquanto relevante para algumas culturas e épocas, está essencialmente ligado à cultura e é irrelevante para uma gama de situações e sistemas de poder. Assim, os termos populares sobre o poder – como conseguir poder e influência sobre as pessoas – em geral só são úteis para situações específicas e podem inabilitar o investigador quanto a como lidar com o poder noutras constelações de formas de poder bem diferentes.

No entanto, entre as aspas notáveis no prólogo, Burns compartilha uma observação sobre Maquiavel que permanece relevante na política atual:

“Um príncipe nunca deixará de legitimar suas desculpas para explicar suas violações da fé. A história moderna registra inúmeros exemplos deste comportamento mostrando como o homem exitosamente tem sido ardiloso no jogo do poder. Mas esta é uma parte necessária da natureza humana que uma pessoa procura esconder cuidadosamente a necessidade de ser um grande MENTIROSO e HIPÓCRITA. A maioria das pessoas é bem simples de espírito, e está em grande parte dominada por suas necessidades imediatas, de maneira que uma pessoa enganosa sempre encontrará muitas pessoas que estejam prontas a serem enganadas”.

Este conselho é tão aplicável em nossa época como foi na de Maquiavel – para os perseguidores imorais de poder que se aproveitam dela. Os telespectadores que são bombardeados diariamente com o jogo de palavras da mídia, especialmente num ano de eleições municipais, são bastante susceptíveis a serem enganados.

Contudo a história mostra que o homem, com seus líderes egocêntricos se enaltecendo demasiadamente e buscando, a qualquer custo, alcançar fama e prestígio para si mesmos.

De certa maneira isso é verdade até mesmo de muitos que são, geralmente, pessoas decentes e que querem ajudar os outros. Parte da razão porque muitos líderes fracassam em demonstrar uma boa liderança é porque têm uma visão míope e distorcida de si mesmos – tornando-se ainda pior à medida que ganham mais poder.

Como diz um famoso ditado:

“O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente”.
Lord Acton, 1887.

Os homens podem exercer grande poder sobre aqueles que governam – negativa ou positivamente, dependendo em grande parte de sua verdadeira motivação. Cada um precisa avaliar honestamente os seus reais motivos.

Aqui estão algumas táticas errôneas comuns de líderes que são egocêntricos descomedidos. Estas podem se sobrepor e não representam todos os métodos errados de líderes egoístas.

Articulação: O articulador é aquele que bate papo com as pessoas para persuadi-las ou conseguir uma negociação, favores ou contatos. Ele não segue a máxima de Shakespeare, em Hamlet, para a sua conclusão intencional: “A ti mesmo sê verdadeiro, e seguirá, como a noite ao dia, que não poderás ser falso ao homem algum” (Ato 1, cena 3).

Política: Anos atrás, li um artigo sobre comunicação num jornal que tratava de política como violência. A ideia não era que a política provocasse violência, mas que é violenta. O político ardiloso se aproveita dos outros para promover a si mesmo. O mundo da politicamente prejudica a todos. A história humana pode ser contada a partir de uma perspectiva violenta através das políticas humanas.

Favoritismo: Um verdadeiro líder pode muito bem desfrutar da companhia de alguns mais que outros, mas mesmo assim deve querer e se esforçar para tratar a todos com justiça e equidade.
Parcialidade: Tomar decisões a respeito de várias questões se baseando nas leis e trazendo justiça e equidade. No mundo de hoje, os julgamentos são baseados em aparências, em argumentos inteligentes e em quem detém poder.

Engano: Os seres humanos são propensos ao engano, dissimulando a verdade, inventado e camuflando os fatos.

Hipocrisia: A hipocrisia é fingir ser o que não é – ou a acreditar no que não é. Quem dela faz uso se extravia a fim de ganhar vantagem ou se elevar sobre os outros.

Como então identificar um verdadeiro líder? As seguintes características novamente, não são de todo abrangentes.

Os verdadeiros líderes começam com humildade. A humildade é a única chave para o conhecimento divino, a compreensão espiritual e sabedoria divina. Sem humildade, não se pode ser ensinado. Se não se é ensinável, ele ou ela , não pode aprender e crescer. A sabedoria divina, as riquezas e a honra começam com humildade para com o nosso Criador, Sustentador e Salvador. Somente uma pessoa humilde pode ser ensinada pela palavra da vida eterna de Deus e depois ser capaz de compartilhar com os outros.

Os verdadeiros líderes amam as pessoas. Deus colocou os seres humanos na Terra para aprender a amá-Lo e amar uns aos outros, incondicionalmente. Se pudermos aprender essa grande lição de amor ao próximo, representados nos últimos seis dos Dez mandamentos, então realmente somos verdadeiros líderes de Deus e para Deus.


Tradução/Adaptação: Leandro Claudir

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Você quer saber mais? 

AUST, Jerod. O que faz um Verdadeiro Líder: Que características distinguem um verdadeiro líder de alguém que apenas ocupa um cargo de liderança? A Revista A Boa Nova. Montes Claros-MG, Pag. 3-6, Julho-Agosto, 2012.


















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