sábado, 27 de outubro de 2012

História do Sindicalismo no Brasil



 
Ladrões sindicais. Imagem: Vai com Tudo.

O Sindicalismo surgiu paralelamente ao capitalismo, pouco tempo depois se espalhou pelo mundo.

O objetivo principal do sindicalismo seria a melhora das condições de vida da classe operária. Porém, o papel dos sindicalistas difere do dos operários, já que eles não trabalham nas fábricas e nem são ameaçados pelo desemprego. Eles deveriam ser como um advogado, pois deveriam estar ali para defender os interesses  dos trabalhadores. Essa condição de mediadores faria com que eles conhecessem tanto o lado capitalista quanto o lado operário.

No Brasil o sindicalismo surgiu no final do século XIX. Os operários imigrantes que trabalhavam em diversas fábricas estavam insatisfeitos com suas condições de trabalho e então começaram a se unir para questionar e lutar pelos seus direitos, formando os primeiros sindicatos no país.

No final da década de 70 e no decorrer da década seguinte, o sindicalismo viveu seu auge, pois o Brasil estava num momento importante: saindo do regime militar para o democrático.
O “novo sindicalismo” – como foi denominado – tinha como uma de suas características principais uma atuação reivindicatória, ao invés de apenas prestar assistência.

Com a chegada da década de 90 vieram muitas mudanças (políticas, sociais, econômicas e até mesmo tecnológicas) todas estas mudanças – incluindo os avanços da Globalização – levaram o sindicato a enfrentar uma crise, pois estava ficando difícil lidar com todas as inovações. Como consequência houve uma redução das greves e uma queda da taxa de sindicalização.

Hoje, mesmo com todos estes avanços e inovações, será que o sindicalismo continua na luta por melhores condições de trabalho para os empregados?

Os sindicatos trabalham para os trabalhadores ou em prol de seu beneficio próprio?

Se perguntar a um trabalhador sobre os Sindicatos brasileiros – Centrais Sindicais, é provável que lhe responda: “Não existe neste país”. Várias são as razões que fazem com que, cada vez mais, haja trabalhadores céticos no que diz respeito ao papel dos sindicatos. Um dos aspectos tem a ver com o seu fraco poder de negociar com o patronato e ao Governo relativamente às atualizações salariais.

Os trabalhadores sempre olharam para os sindicatos como sendo braços direitos dos patronatos. As recorrentes greves em algumas empresas são sintomáticas do descrédito em que tais organismos que supostamente defendem os interesses da classe operária caíram. Esta situação não se verifica apenas em relação aos sindicatos nas empresas, mas também a nível central.

Os sindicatos são vistos, por grande parte dos trabalhadores, como sendo um órgão ligado ao Governo e ao partido no poder. Esta percepção deve-se, sobretudo, à incapacidade de impor melhores condições de trabalho e, acima de tudo, salariais aos parceiros sociais, além do próprio contexto de formação ou surgimento do movimento sindical no país.


Sindicato quer dinheiro, trabalhadores que se danem! Imagem: Graça no País da desgraça.

Pedro Schmidt, trabalhador metalúrgico, não acredita no trabalho dos sindicatos e diz desconhecer o verdadeiro papel dos mesmos. “Os sindicatos não se preocupam com a situação laboral dos trabalhadores, eles apenas defendem os interesses dos patrões”. Os sindicatos pouco ou quase nada têm feito para que os trabalhadores consigam salários que lhes permitam levar uma vida digna. “Os sindicatos agem em conluio com as entidades empregadoras, razão pela qual não se tem verificado ajustes salariais significativos”, acusa. 

A CUT e a farsa do fim do imposto sindical! 
Não deve ser colocada no rol das coisas sérias a campanha da CUT contra o imposto sindical. No fundo ela retoma um mote do Lula sindicalista, dela mesmo e do PT antes de apearem no Palácio do Planalto. Só seria meritória se enterrasse de vez esta herança do getulismo e forçasse os sindicatos e suas centrais a sobreviverem apenas da contribuição voluntária de seus associados. Também associados voluntários.


Não é bem isto o que a CUT prega. Ela defende a substituição do imposto por outra contribuição disfarçada do trabalhador, também compulsória, para filiados e não filiados. Muda-se o nome para permanecer tudo como está.
Os sindicatos e o socialismo!
Uma das características do socialismo é implantar de forma gradativa e lenta as suas metas, nesse caso o fim de um salário justo para os trabalhadores (se um dia houve um). Essa “reforma sindical” está ficando cada vez mais evidente nos dias de hoje.

Hoje, a luta sindical não passa de uma falácia onde uma minoria sindicalista utiliza métodos de empolgação teatral das massas para que aceitem um aumento irrelevante. Isso quando em muitas vezes eles decidem terminar uma greve usando de toda falsidade que se possa imaginar.

As recentes greves pelo Brasil mostram como muitos brasileiros estão sendo empurrados para a máfia dos cartões de créditos apoiados pelo governo petista e seus aliados como a elite do PSDB. Hoje, os sindicatos chamam de “vitória sindical” um aumento entre 5% a 7%, o que na verdade seria apenas 2% de aumento real. Em alguns casos essa vitória insignificante se converteu em um aumento de R$.2,00.

Outra tática do governo é parcelar os aumentos em 3 anos ou pagar na forma de bônus aos trabalhadores, porém para que o funcionário receba o tal bônus deve satisfazer uma série de requisitos absurdos. Ainda temos a estratégia de plantões que tem como meta escravizar o funcionário ao extremo trabalhando o dia inteiro para que jamais pense. Claro, o que ganhar a mais vai para o imposto de renda. É essa injustiça criada pelo socialismo e pelo sindicalismo hipócrita!

Se o trabalhador não começar a se manifestar contra os sindicatos e vaiar no lugar de aplaudir discursos libertários que são apenas um teatro dificilmente isso poderá mudar.

Existe um pensamento de que o socialismo faz uma oposição ao resto do comunismo, mas essa idéia desmentida quando lemos o decálogo de Lênin abaixo:

Lênin 7- Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do país.

As greves de hoje fortalecem o mito sindical através de um aumento salarial simbólico premeditado previamente entre governantes, empresários e sindicatos.


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