segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Brasil as Armas e a Vítimas.


Minha opinião pessoal

FONTE: Brasil as Ármas e as Vítimas - 1. Impacto da arma de fogo na saúde da população do Brasil.

Intencionalidade

Em 2002, no Brasil, 90,0% das mortes por PAF foram homicídio, enquanto 3,6% foram suicídio. As mortes por PAF cuja intencionalidade não foi determinada representaram 5,6% e 0,8% das mortes foram atribuídas a acidentes. A cada dia, quase 94 pessoas morrem por homicídio, 4 por suicídio e 1 por acidente. Todas vítimas de arma de fogo. A taxa de homicídio por arma de fogo é 20,8 e de suicídio 0,8 por 100.000 habitantes.

Nos Estados Unidos, em 2000, essas mortes apresentaram um perfil diferente: 58% suicídio, 39% homicídio, 4% de intencionalidade desconhecida ou acidental. Em relação à distribuição proporcional das mortes por PAF, o Brasil apresentou o padrão de países menos desenvolvidos, onde há mais homicídios que suicídios, já os Estados Unidos apresentaram o padrão de países mais desenvolvidos, onde há o predomínio de suicídios. A diferença entre o percentual das mortes por intencionalidade desconhecida denota a diferença da qualidade da informação entre os dois países.

As mortes por arma de fogo são, em sua grande maioria, os homicídios.

Mortalidade Proporcional das causas externas

Em 2002 houve 126.550 (cento e vinte e seis mil, quinhentas e cinqüenta) mortes por acidentes e violências. Destas, 30,1% foram cometidas por PAF, sejam por motivos não intencionais (acidentes) ou intencionais (homicídio e suicídio), e 25,9% em virtude de acidentes de trânsito.

Apesar do Brasil ser um país eminentemente rodoviário e do uso de arma ser mais restrito que o do automóvel, o número de mortes por arma de fogo (n = 38.088) supera os de acidente de trânsito (n = 32.753). Interessante apontar as semelhanças dessas mortes.

Em ambas as situações, tanto nas mortes que envolvem a arma – sua maioria é o homicídio – como nos acidentes de trânsito – sua maioria é a morte de pedestres – mata-se o “outro”, muitas vezes mais indefeso. Em países mais desenvolvidos, a maioria das mortes por arma relaciona-se com o suicídio, e as mortes no trânsito são, em sua maioria, das pessoas que ocupam o veículo (condutor ou passageiro). No aspecto simbólico, a arma e o automóvel representam poder sobre o outro.

No Brasil morre-se mais por arma de fogo do que por acidente de trânsito.

Homicídios – métodos

No Brasil, 63,9% dos homicídios são cometidos por PAF, enquanto só 19,8% são causados por arma branca. A alta letalidade da arma de fogo é expressada nessas
proporções.

A arma branca implica um envolvimento maior com a vítima, uma aproximação física, uma coragem e uma determinação maior com relação ao ato. Diferentemente da arma de fogo, que pode ser acionada à distância, sem envolvimento.

Um ataque a faca requer uma certa força física ou destreza, enquanto uma arma de fogo pode ser manuseada por uma pessoa de porte pequeno e força física menor que a vítima. Esse contexto certamente favorece a maior participação da arma de fogo nos homicídios.

Arma de fogo, o jeito mais rápido de não ter mais jeito.

Brasil as Armas e as Víntimas na íntegra:

Brasil as Ármas e as Vítimas - 1. Impacto da arma de fogo na saúde da população do Brasil.

Brasil as Ármas e as Vítimas - 2. Legislação para controle de armas leves no Brasil de Vargas a Lula.

Brasil as Ármas e as Vítimas - 3. A indústria brasileira de armas leves e de pequeno porte produção legal e comércio.

Brasil as Ármas e as Vítimas - 4. Posse de Armas de fogo no Brasil mapeamento das armas e seus proprietários.

Brasil as Ármas e as Vítimas - 5. O mercado ilegal de armas de fogo na cidade do Rio de Janeiro.

Brasil as Ármas e as Vítimas - 6. Demanda por armas de fogo no Rio de Janeiro.

Você quer saber mais?

http://www.deolhonoestatuto.org.br/

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