sábado, 2 de outubro de 2010

OS NAUFRÁGIOS MAIS PROCURADOS NO BRASIL .

OS NAUFRÁGIOS MAIS PROCURADOS NO BRASIL E SUA IMPORTÂNCIA HISTÓRICA.




Na costa brasileira existem mais de 2.000 embarcações naufragadas, muitas destas guardam em seu interior objetos de grande importância histórica, além de riquezas que atraem não só aos arqueólogos mas também aos "caçadores de tesouro". Aos primeiros pelo interesse em descobrir e documentar o passado, aos outros pelo lucro que muitas vezes representam.
Abaixo vocês irão encontrar um pequeno resumo sobre as embarcações que mais interesse despertam para ambos os grupos.

SANTA ROSA

Nau portuguesa armada com 70 canhões (de ferro e de bronze) considerada uma das mais poderosas de Portugal. Em 1726, partiu de Salvador comandando uma esquadra de 55 embarcações que retornava ao Reino.
Não se sabe bem o que ocorreu para que em 6 de setembro, depois de 14 dias de navegação, a embarcação explodisse e posteriormente naufragasse. Uma das versões é a de que o acidente foi provocado depois de uma discussão entre o Capitão e o Comandante do regimento de soldados.
Da tripulação de mais de 700 homens, apenas 7 foram localizados vivos e destes apenas 3 sobreviveram às queimaduras.
Junto com seu casco afundaram cerca de 6 toneladas de ouro, que faziam parte dos quintos do Rei, além de uma grande quantidade de ouro e pedras preciosas não declaradas (como era comum já naquela época).

Fontes indicam dois locais possíveis para seu naufrágio:

• 1. Defronte ao cabo de Sto. Agostinho (PE)
• 2. Defronte ao cabo Branco (PB)


Seu tesouro que inclui peças de grande valor histórico, além do ouro, está avaliado em aproximadamente US$ 700 milhões. Isto o coloca entre os mais ricos naufrágios do mundo, ainda não localizados.

SANTA CLARA

A Nau portuguesa Santa Clara fazia parte da carreira das Índias, de onde partiu acompanhada de outras duas. Na altura do Cabo da Boa Esperança, nos piores mares do mundo (Roaring Forties) transferiram os viajantes e carga das naus acompanhantes que estavam na iminência de naufragar e a que sobrou, a Santa Clara, aproou para a Bahia.
Seu capitão era Luís de Alter.
De Salvador partiu com 676 pessoas a bordo mas veio a naufragar, horas depois, nos recifes de Arembepe.
Possuia um tesouro avaliado em mais de, atualmente, US$ 200 milhões.
O grande historiador Pedro Calmon narra a corrida do ouro dos habitantes de Salvador quando souberam da notícia. Muitos bens e cadáveres estavam espalhados pela praia, pois somente 6 pessoas escaparam.
Foi a maior carga de ouro transportada por uma nau a partir da Índias que naufragou abaixo da linha do Equador.

SÃO JOÃO MAGNANIMO

Charrua construída no Arsenal do Pará e lançada ao mar em 1794.
Em uma de suas primeiras viagens, ainda em 1794, quando em rota para Portugal naufragou no Banco da Tijoca (PA).
Transportava toda a prataria que havia na Igreja dos Mercenários.

PRINCE

Nau de guerra francesa.
Tinha como capitão Morin des Zerets.
Em 1752 navegava da França com destino à Índia quando, em 26 de Julho, pegou fogo e naufragou.

Existem 3 versões do local do naufrágio:

1. próximo a Natal (RN),
2. em Pernambuco e
3. próximo a ilha da Ascensão, no meio do Atlântico.


Transportava carga avaliada em mais de 5 milhões de libras.
De sua tripulação de mais de 400 pessoas apenas nove sobreviveram.

NAU DE GONÇALO COELHO

Até o momento não foram encontrados documentos que nos informem seu nome.
Seu proprietário era Fernão de Loronha (Fernado de Noronha) e tinha como comandante Gonçalo Coelho.
Era uma embarcação de três mastros, tinha uma capacidade de carga de cerca 300 tonéis (hoje equivalentes a aproximadamente 260 toneladas), com uma tripulação de 240 homens.
Seu naufrágio ocorreu no dia 10 de agosto de 1503, o que a torna o naufrágio mais antigo documentado para as costas do Brasil.
Quase tudo o que se sabe vem da Léttera escrita por Américo Vespúcio, que estava comandando uma das embarcações da frota de 6 navios enviada para explorar as costas do Brasil e nela construir fortalezas.
Seu valor histórico é incalculável pois nela estão depositadas as características não só da construção naval, bem como a dos equipamentos e utensílios utilizados à bordo durante a era dos Descobrimentos.
O ponto mais provável de seu naufrágio: nas proximidades da ilha de Fernado de Noronha.

MADAGASCAR

Cliper inglês que partiu, em 1853, da Austrália com destino à Inglaterra e desapareceu nas costas do Brasil. Transportava como parte de sua carga 1.020,6 toneladas (36.000 oz.) de ouro que seriam entregues num banco na Inglaterra.

Vários pesquisadores o tem procurado e duas diferentes (bem diferentes por sinal) possíveis localizações são as mais prováveis:

• 1. Na região de Bragança no Pará
• 2. Nas costas do Rio Grande do Sul.


RAINHA DOS ANJOS

Nau de guerra portuguesa, armada com 56 canhões.
Voltando da China para Lisboa, em maio de 1722, e estando no Rio de Janeiro, acidentalmente pegou fogo e explodiu, levando para o fundo sua carga, que incluía os presentes que o Imperador da China enviava ao Rei de Portugal.
Este tesouro é estimado em mais de US$ 450 milhões.

EMBARCAÇÕES DA BATALHA DO ABROLHOS

No dia 11 de setembro de 1631 duas esquadras, uma luso-espanhola (com 19 navios de guerra que comboiavam mais 35 embarcações) e outra holandesa (com 18 embarcações de guerra), combateram a cerca de 80 léguas do arquipélago dos Abrolhos.
O combate se iniciou pelas 9 horas da manhã e foi terminar por volta das 4 horas da tarde.Neste duro conflito perderam-se, segundo alguns autores 6 embarcações, segundo outros apenas 4.

Com concordância geral, foram ao fundo as seguintes embarcações:

Frota holandesa:


• Prins Wilhelm - nau capitânia ( 46 canhões, 300 tripulantes)
• Provincie van Utrecht ( 38 canhões, 262 tripulantes )

Frota luso-espanhola:

• San Antonio - nau almiranta ( 28 canhões, 344 tripulantes )
• N.S. dos Prazeres Menor ( 18 canhões, 188 tripulantes )

Estas embarcações naufragadas representam valioso patrimônio histórico mas repousam numa profundidade entre 150 e 200 metros e numa localização muito vaga ( 80 léguas a leste dos Abrolhos ).

NAU DE AIRES DA CUNHA

Em outubro de 1535 parte de Portugal uma esquadra, comandada por Aires da Cunha, composta por 10 embarcações, com uma tripulação total de 900 homens, fortemente armada, tanto para o mar quanto para terra e com 113 cavalos a bordo. Tinha a missão oficial de tomar posse da capitania do Maranhão em nome de seu donatário, João de Barros.
Em março de 1536, quando a esquadra chegava às costas do Maranhão, fortes chuvas e vento castigavam a região e, provavelmente devido a estas condições climáticas adversas, a nau capitânia desapareceu.
Por ser a mais importante das embarcações e nela estavam os personagens mais influentes, com seus bens, seu valor histórico é bem elevado, bem como existe a possibilidade de que ela estivesse transportando valores.
Além desta, outras embarcações da esquadra naufragaram na ilha do Maranhão.
Possíveis locais: Ilha do Medo e Coroa Grande.

VOCÊ QUER SABE MAIS?

http://www.naufragiosdobrasil.com.br/

http://www.naufragiosdobrasil.com.br/sinau.htm

http://www.naufragiosdobrasil.com.br/Materiasespeciais.htm

http://www.pldivers.com.br/Naufragio.asp

http://www.pldivers.com.br/links.asp

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