quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Museu de Arte do Rio Grande do Sul

Margs


Guardar, contemplar, conservar, pesquisar, inspirar. De todas estas importantes ações realizadas por uma instituição museológica, arrisco dizer que a última é mais cara para a atual gestão do Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Porque para sermos um espaço a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, com finalidades de estudo, educação, apreciação e evidência material - conforme a definição do Conselho Internacional de Museus (ICOM) -, a motivação é atitude fundamental.

O MARGS é considerado o principal museu de arte do Estado e um dos mais importantes do país, reunindo em seu Acervo quase três mil obras de artistas locais, nacionais e internacionais, tendo sediado mais de mil exposições ao longo de sua cinqüentenária trajetória.

Criada em 1954 (decreto n° 5065) e organizada pelo artista e professor paulista Ado Malagoli, o MARGS é uma Instituição da Secretaria de Estado da Cultura que surgiu logo após a implantação de projetos semelhantes de envergadura nacional, como o Museu de Arte de São Paulo (MASP, 1947) e os Museus de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP, 1948) e Rio de Janeiro (MAM-RJ, 1952). Já em Porto Alegre, o período foi marcado pela influência do Instituto de Belas Artes e pelos grupos Clube de Gravura e Associação Francisco Lisboa.

A fundação do MARGS, portanto, remonta a um período de vivacidade e compromisso com a formação cultural básica da comunidade, para a qual é necessário constituir e conservar um Acervo, além de atender as demandas de um público diverso. Por tratar-se de um Museu de Arte, a Instituição possui ainda a tarefa de estar permanentemente atenta às novas manifestações e produções artísticas. Talvez em função disso um museu de artes plásticas não deva ser entendido como um local estático, mas sim um espaço de expressão cultural, ao mesmo tempo em que é reserva técnica dos tesouros da sociedade.

Em suma, o MARGS situa-se entre o tradicional e o dinâmico, e pretende continuar assim. Além de ser fonte de inspiração para cumprir com a função de museu, almeja também propiciar contatos, seja por meio dos documentos do imaginário humano, ou de uma prática social transformadora. Mais do que môuseion - templo dedicado às Musas da mitologia grega que inspiravam as artes - o MARGS quer ser uma casa de inspiração para os indivíduos que o freqüentam, um espaço de portas abertas para as relações humanas, com seu patrimônio estendido entre o presente, o passado e o futuro.

Cézar Prestes - Diretor do MARGS

Você quer saber mais?

http://www.margs.rs.gov.br

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