terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Yggdrasil (Árvore da Vida na mitologia nórdica)

 Uma imagem estilizada de Yggdrasil, a gigantesca árvore dos mundos na mitologia nórdica que une os Nove Mundos ou reinos da existência. Esta imagem aparece na famosa tapeçaria Överhogdal, que remonta ao ano de 1066 e retrata os acontecimentos do Ragnarok, a profecia apocalíptica pré-cristã da lenda nórdica.O freixo do mundo engloba os nove mundos, e é guardada pela serpente Jörmungandr. Yggdrasil é uma das muitas variações do eixo cósmico ou Árvore do Universo,  conhecida por todas as culturas humanas.
Yggdrasil é o lar de muitas criaturas, especialmente a serpente Nidhogg ou Dragão, que se esconde na base, o Galo Gullinkambi (pente de ouro), que vive no pico da árvore, e o esquilo, Ratatosk, que transmite mensagens entre eles.Estes animais podem ser visualizados como metáforas para o corpo humano. Segundo a lenda nórdica, Yggdrasil é onde o deus Odin ficou pendurado de cabeça para baixo durante nove noites, a fim de obter o alfabeto Rúnico. Sob as raízes do Freixo do Mundo está à primavera, Mimir, para quem Odin sacrificou um olho para ganhar sabedoria.

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Estrela e a Crescente do Islã


 

Este emblema, comumente reconhecido como o símbolo da fé islâmica, é mais por ter adquirido essa associação à fé do que pela intenção.

A estrela e o crescente são um símbolo em si muito antigo, que remonta ao início de civilização suméria, onde foi associado com o deus Sol e a deusa Lua (sua primeira datação remonta 2100 aC) e, mais tarde, como as deusas Tanit e Diana. O símbolo permaneceu em uso constante, e acabou por ser adotado como padrão em batalhas pela dinastia otomana, que são os principais responsáveis ​​por sua associação com o Islã. 

Como a dinastia era também responsável pela fé, era inevitável que seu símbolo estaria associada ao Islã também. Note-se que não há nenhuma menção de tal símbolo no Corão, o livro sagrado do Islã, não há qualquer relação entre o crescente e a estrela ao Profeta (cuja bandeira era preto e branco, com a inscrição "Nasr hum min Allah "," com a ajuda de Deus. ")

Hoje, a estrela e o crescente é amplamente aceito como um símbolo da fé islâmica, e é usado em artes decorativas, joias e bandeiras nacionais, bem como a cruz em países cristãos. Ela está associada com o uso da Lua para festas de tempo. No entanto, não é aceita por todos os muçulmanos. Muitos o consideram anti-islâmico e até mesmo blasfemo.

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Vikings, muito antes de Colombo!




Além de aterrorizar a Europa, os vikings descobriram o caminho para a América e criaram as primeiras colônias em nosso continente. Conheça a saga desses guerreiros do mar.

Numa época em que a América do Norte ainda era dominada pelos povos indígenas, alguns colonos europeus caminhavam pelas matas quando avistaram um grupo grande de nativos. Rapidamente, alteraram seu trajeto para evitar o confronto. Mas uma jovem gestante, de nome Freydis, foi contra. Fugir era indigno. O certo era atacar os índios. Freydis foi ignorada pelos homens do grupo, mas isso não diminuiu seu furor. Ela deixou à mostra um seio para ressaltar seu sexo, pegou uma espada e partiu para a briga. Os índios, que nunca haviam visto - quanto mais combatido - uma mulher branca, grávida, armada, perigosa e seminua, ficaram perplexos e mudaram de rumo.
A história acima faz parte das "Sagas", registros de feitos heróicos dos vikings escritos na Islândia entre os séculos 12 e 14. Até o século 20, os historiadores pensavam que os relatos das escaramuças com os "skræling" (como os índios são chamados no texto) fossem fictícios. Compreensível, já que os autores estavam mais preocupados em criar lendas do que em registrar fatos. Eis que, em 1960, o dinamarquês Helge Instad encontra na Terra Nova, no Canadá, os restos de um assentamento viking do ano 1000. Ficou provado que, quase 500 anos antes de Colombo, outra cultura européia havia alcançado a América. Os contatos entre índios e vikings são o tema de "Desbravadores", que estreou nos cinemas em outubro. Embora ficcional, o filme deixa no ar questões importantes. Por que os vikings foram os primeiros europeus a chegar à América? Por que não permaneceram? E o que essa aventura representa para nós?
Essa colônia montada pelos vikings na América do Norte marcou o ponto mais extremo de uma viagem que começou no século 2, quando tribos germânicas ocuparam as regiões menos frias da Dinamarca, da Suécia e da Noruega. Nos 600 anos seguintes, esses povos permaneceram relativamente isolados do resto da Europa, desenvolvendo características que, entre os séculos 8 e 10, levaram ao movimento de expansão conhecido como Era Viking.
Os vikings viviam em pequenos reinos, e a sociedade se dividia em três classes principais: abaixo de todos, escravos e servos; acima deles, os homens livres, dedicados à agricultura e à pecuária; no topo da pirâmide, aristocratas com funções administrativas, militares e religiosas - os escandinavos foram pagãos até o século 11. O comércio era muito importante para esses "fiordes-estado": navios escandinavos iam até portos da Irlanda e da Europa Ocidental para trocar peles e marfim por ouro, cobre e estanho.
Não há um consenso do porquê (explosão populacional, embargo comercial, superioridade tecnológica, honra), mas o intercâmbio pacífico ficou para trás em 793, quando os "homens do norte" desandaram a atacar mosteiros no litoral britânico, alvos fáceis e lucrativos. Os guerreiros chegavam pelo mar e não mostravam nenhuma piedade cristã com os monges, matando quem se metesse no caminho, saqueando as capelas em busca de riquezas e vendendo os sobreviventes como escravos.
Após os primeiros sucessos, os ataques cresceram em quantidade e tamanho. "As primeiras expedições contra mosteiros indefesos podiam ser feitas com 20 guerreiros. Já as grandes, contra cidades como Paris, podiam reunir 200 navios", diz o historiador Johnni Langer, principal estudioso do tema no Brasil. Essas expedições de saque eram chamadas "viks", que deu origem ao termo "viking".
"O excesso de saques numa mesma região forçava a busca de alvos cada vez mais distantes", diz Langer. Cada povo seguiu sua rota (ver "Mapa dos tesouros", à direita). Os da Dinamarca e da Noruega se voltaram para o Ocidente, conquistando parte da Inglaterra e da Irlanda e saqueando sucessivamente França, Península Ibérica, norte da África, Itália e Grécia. Enquanto isso, os suecos foram para oeste: detonaram os países bálticos, desceram a bacia do rio Dnieper pelo Leste Europeu até o Mar Negro e atingiram as rotas comerciais árabes. Os guerreiros vikings causaram forte impressão entre as tribos eslavas do Leste Europeu. O suficiente para que elas, que os chamavam de "rus", fizessem deles seus chefes. Dessa mistura eslavo-normanda nasceria a Rússia.
A América dos Vikings

A colônia de Anse-aux-Meadows, descoberta em 1960 na costa leste do Canadá, abrigava três casas, além de oficinas, forjas e fornos. Imagem:
Por um desses acasos da história, as duas correntes de pilhagem migratória, a do Oeste e a do Leste, acabaram se reencontrando no século 9, nas vizinhanças do Império Bizantino. Para desespero de Bizâncio, que passou a ser vítima de saques constantes e quase foi conquistada. 
O segundo momento da expansão viking é marcado pelo estabelecimento de colônias. A partir de 860, noruegueses começaram a se estabelecer na Islândia, então uma ilha deserta. Nessa época, o líder Harald Cabelos Finos estava em franca campanha militar para tornar-se o único monarca norueguês. Descontente com essa unificação forçada, boa parte da população decidiu lançar-se ao mar. Em 930, a Islândia já contava com 30 mil habitantes. Isso levou, naturalmente, a um esgotamento das terras disponíveis para agricultura.
Em 982, um chefe viking chamado Erik, o Ruivo, foi expulso da Islândia acusado de assassinato. Ele decidiu navegar para o oeste e checar as informações de outro navegador, Gunnbjoeorn, que 60 anos antes teria encontrado uma terra desconhecida naquele rumo. Erik redescobriu então a Groenlândia, que na época tinha um clima propício à atividade agrícola (ver quadro "Terra verde").
Erik voltou à Islândia três anos depois e convidou a população a colonizar a nova terra. Em 986, 25 navios cheios de colonos deixaram a Islândia em direção à Groenlândia. Apenas 15 chegaram ao destino. Estabeleceram-se primeiro na península do sul da ilha e depois criaram outra colônia ao norte. Em poucas décadas, já havia mais de 450 fazendas na região.
TERRA VERDE
Aquecimento global seria explicação para colonização - e para o nome - da Groenlândia
O nome da província dinamarquesa não deixa dúvidas: Grønland (nossa Groenlândia) significa literalmente "terra verde". Mas a paisagem contradiz o mapa: a ilha é branca, coberta de gelo. Quando muito, a tundra do litoral tem um tom marrom-ferrugem. Será que o pioneiro Erik, o (indiscutivelmente) Ruivo, aplicou um golpe de marketing para atrair colonos vikings? A explicação pode ser mais simples: aquecimento global.

Quando a Groenlândia foi colonizada, por volta do ano 1000, a Europa vivia o auge do Período Quente Medieval (800-1300), em que o continente teve temperaturas excepcionalmente elevadas. Aumentou a produção agrícola, houve um boom na construção de pontes (chovia mais, e os rios encheram) e, claro, ficou mais fácil viajar e viver na região ártica. É possível, portanto, que quando os islandeses desembarcaram na Groenlândia, ela fosse realmente verde.
Após esse período, no entanto, começou a Pequena Era Glacial. Por meses inteiros, a Groenlândia e mesmo a Islândia ficavam isoladas do resto do continente, dificultando o acesso a produtos importantes como ce-reais e ferro. "Mesmo uma pequena queda de temperatura tornava a vida muito mais difícil para europeus em um local tão remoto", diz James Graham-Campbell, arqueólogo da University College of London.
O sumiço dos vikings americanos também se explica pela exaustão dos recursos naturais, defendida pelo biológo americano Jared Diamond no livro "Colapso". Diamond sugere que o estilo de vida dos fazendeiros na Groenlândia, baseado no desflorestamento e no uso da terra para pastagem do gado, produziu uma catástrofe ecológica que levou à extinção das colônias. "Por outro lado", lembra Graham-Campbell, "o estilo de vida dos esquimós estava plenamente adaptado às condições do Ártico, e sua expansão para o sul pode ter resultado na expulsão dos vikings."
Sonho americano 

Em 992 foi a vez de Erik Leif, filho do Ruivo, aventurar-se para o oeste em busca de terras já avistadas. Um certo Herjolfsson dizia ter errado o caminho para a Noruega e chegado a uma terra coberta de árvores e, depois, a outra cheia de rochas. As "Sagas" contam que Leif partiu acompanhado de 35 marinheiros e que navegou até encontrar os lugares descritos por Herjolfsson, que batizou de Markland e Helluland. Acredita-se que elas correspondam à Ilha de Baffin e à costa de Labrador (ver "Mapas do Tesouro").
Leif seguiu mais para o sul. Os textos antigos dizem que ele encontrou uma região coberta por vegetação verde, a que chamou de Vinland, terra do vinho. Os vikings passaram lá o inverno e no verão retornaram à Groenlândia, onde elogiaram o clima da região recém-descoberta. Por volta de 1020, uma nova expedição levou em torno de 150 colonos para viver em Vinland. Entre eles estava até uma filha bastarda de Erik, Freydis - a guerreira que encarava os índios de peito aberto.
As ruínas de Anse aux Meadows, no Canadá, são o único vestígio das colônias vikings na América. Mas isso não significa que o povoamento tenha se restringido a essa região. "Pode ser que os escandinavos vivessem mais ao sul. O povoado da Terra Nova seria uma espécie de portão de entrada do continente para quem chegava da Groenlândia", diz Collen Batey, professora da Universidade de Glasgow. A arqueóloga também contesta o relato das "Sagas", que restringe a três anos a existência de Vinland. "Hoje as escavações sugerem que a ocupação pode ter durado quase 20 anos." Segundo Richard Ringler, do Departamento de Estudos Escandinavos da Universidade de Wisconsin, em 1347 ainda havia gente planejando viagens da Groenlândia para o Canadá. "Não vejo nenhuma razão para que Colombo não soubesse dessas viagens, e pessoalmente suspeito que ele soube", diz Ringler.
As relações entre vikings e "skrælings" (homens feios, na língua nórdica) são um tópico a parte. Enquanto "Desbravadores" mostra os vikings massacrando índios, as "Sagas" afirmam que os dois povos se deram bem e inclusive foram parceiros comerciais, até que alguns índios passassem mal por tomar leite de vaca. "Não temos vestígio arqueológico de que esses combates tenham acontecido", diz Batey. Ela acha que é perfeitamente possível que a curta convivência entre vikings e europeus tenha sido absolutamente pacífica. "Mas uma história assim não daria um filme, não é?", pergunta ela.
É possível que o isolamento, as dificuldades de sobrevivência e a distância da Escandinávia tenham levado a colônia de Vinland a sofrer uma morte natural.
No século 11, a Era Viking se encerra. Mas suas viagens ainda são celebradas. Neste ano o Sea Stallion, reconstituição de um barco viking, chegou a Dublin 45 dias depois de zarpar da Dinamarca, refazendo uma das mais ativas rotas vikings. Que hoje o mesmo povo que eles aterrorizaram receba em festa seus descendentes mostra que eles asseguraram seu lugar na História.
Autor: Plabo Nogueira.

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Registros da Crucificação de Jesus fora do Novo Testamento.




Além dos Evangelhos e das Epístolas paulinas, outros testemunhos importantes a respeito da crucificação de Jesus são citadas pelo historiador judeu Flávio Josefo, pelo historiador romanoTacitus e pelo Talmude. Abaixo os detalhes de cada uma das fontes:

1-Flávio Josefo nasceu em Jerusalém, em 37 ou 38 d.C., e pertencia à aristocracia sacerdotal judaica. Na guerra judaica (66 – 70 d.C.), foi o responsável pela proteção de Jerusalém contra o exército romano. Diante do poderio das tropas imperiais Jerusalém foi totalmente destruída e Josefo foi feito prisioneiro. Após obter o perdão imperial (supostamente profetizou que Vespaziano seria imperador), recebeu cidadania romana (daí o nome latino Flavius Josephus), uma residência, terras e uma pensão imperial. As obras mais famosas de Josefo são: Antiguidades Judaicas,Guerras Judaicas, A Vida de Josefo (uma polêmica autobiografia) eContra Apion (uma apologia). O trecho em que Josefo cita Jesus parece ter sofrido interpolações cristãs (o trecho ficou conhecido como Testimonium Flavianum, Ant. 18,63s)[1], por isso citarei o texto colocando entre colchetes aquilo que, de acordo com Dominic Crossan[2], provavelmente representa acréscimo cristão:

“Por volta dessa época viveu Jesus, um homem sábio [se é que se deve chamá-lo de homem]. Pois ele era capaz de proezas surpreendentes e ensinava as pessoas a aceitar a verdade com alegria. Ele conseguiu converter muito judeus e muitos gregos. [Ele era o messias]. Quando Pilatos, ao saber que ele havia sido acusado pelos homens mais influentes entre nós, condenou-o a crucificação, aqueles que o amavam em primeiro lugar não desistiram por sua afeição por ele. [No terceiro dia ele apareceu-lhes recuperado para a vida, pois os profetas de Deus haviam previsto esta e inúmeras outras coisas maravilhosas sobre ele.] E a tribo dos cristãos, assim chamados por causa dele, não desapareceu até hoje.”
(Antiguidades Judaicas, 18,63).

2. P. Cornelius Tacitus era membro da aristocracia senatorial romana. Nascido por volta de 55, foi contemporâneo mais jovem de Flávio Josefo. São de sua autoria duas famosas obras: as Histórias (c. 105/110) e os Anais (c. 116/117). Tacitus tinha repulsa tanto pelos judeus como pelos cristãos.    Duas frases escritas por ele mostram isso: “com relação a qualquer outro povo [os judeus] sentem apenas ódio e inimizade” (Histórias 5.5.1); “[os cristãos são] uma classe de homens detestados por seus maus hábitos” (Anais 15.44). No intuito de explicar a origem do movimento cristão, ele fala da crucificação de Jesus:
“Este nome (christiani) vem de Cristo, que foi executado sob Tibério pelo procurador Pôncio Pilatus”.
(Anais, 15,44,3).

3. O Talmude (sec. III e IV d.C.), coleção de leis, preceitos, tradições e costumes judaicos, também faz referência à crucificação de Jesus. Muitas dessas referências representam respostas à provocações dos cristãos e é possível que algumas delas contenham algo de histórico. Uma merece especial atenção:

“Na véspera da festa de Páscoa suspenderam Ieshu. Quarenta dias antes gritou o arauto: ele será levado ao apedrejamento porque praticou feitiçaria e porque seduziu Israel e o fez apóstata. Quem tem algo a dizer em sua defesa que venha e o diga. Como nada foi apresentado em sua defesa, ele foi pendurado na véspera da festa de Páscoa...”
(Talmude Babilônico Sinédrio 43a). 

Referências bibliográficas:

GRELOT, Pierra. A esperança judaica no tempo de Jesus. São Paulo: Loyola, 1996.

THEISSEN, Gerd. O Jesus histórico, uma manual. São Paulo: Loyola, 2002.
VERMES, Geza. A paixão. Rio de Janeiro: Record, 2007.

CROSSAN, Dominic.  Quem matou Jesus? Rio de Janeiro: Imago Ed., 1995.

Notas:

[1] Uma ampla discussão a respeito da autenticidade do Testimonium Flavianum pode ser consultada na seguinte obra: THEISSEN, Gerd. O Jesus histórico, uma manual. São Paulo: Loyola, 2002, p. 85-94.

[2] Cf. CROSSAN, Dominic.  Quem matou Jesus?, p. 17,18.

Jones Mendonça
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quarta-feira, 7 de novembro de 2018

NEZAHUALCOYOTL (ASTECA) E AKHENATON (EGÍPCIO) E SUAS SEMELHANÇAS COM MOISÉS (HEBREU)




            Recentemente terminei de ler um excelente livro de mitologia, “As melhores histórias da mitologia asteca, maia e inca” que abordava diversos mitos desses povos. O qual foi escrito por A.S Francini, mesmo sendo pouco imparcial com suas constantes criticas ao cristianismo e infelizes comparações da fé cristã com os mitos, o mesmo não deixou de ser uma das melhores obras que já li sobre a mitologia da Mesoamericana e andina, com uma riqueza de detalhes sobre os mesmo nunca lida antes por mim (e olha que já li muitos livros sobre mitos).

            Dentre tantos mitos e dados históricos presentes no livro, vou trazer somente um nesta postagem devido à falta de tempo, mas posteriormente quero trazer outras curiosidades históricas e mitológicas que encontrei nessa obra foi a lenda do rei asteca Nezahualcoyotl que em 1492 começou a reinar em Texcoco, cidade asteca, era considerado pelo seu povo como o equivalente romano de um rei-filósofo, poeta, incentivador das artes e guerreiro. Mas oque distinguiu esse rei de seus pares foi  sua fé, escolheu como o faraó egípcio  Akhenaton cultuar um único  Deus, (A.S FRANCINI, 2014, pág. 214), e abandonar todo o panteão de deuses de seu povo. O deus que Nezahualcoyotl cultuava era Tloque Nahuaque que não aceitava representação física e muito menos o sacrifício humano que era tão comum para os povos da Mesoamerica e andes, antes da chegada dos espanhóis. O templo do seu deus único e imaterial não possuía nenhuma imagem em seu interior, aonde o mesmo era cultuado como um ser invisível espiritual. Como Akhenaton que instituiu o culto a Aton, sua divindade única, assim foi com Tloque Nahuaque para Nezahualcouyotl.
            Tanto o faraó Akhenaton (reinou de 1352 a.C. a 1336 a.C) como o rei asteca Nezahualcoyotl (1492 d.C) foram mentes e espíritos muito além de seu tempo, com uma sensibilidade e sensatez grandiosas, aonde suas mentes somente se alinham com a de um homem, o hebreu Moisés ( por volta de 1500 a.C à 1390 a.C) que nasceu no Egito e reestabeleceu o culto ao Deus único de Abraão, um cultuo que já estava esquecido pelo seu povo. Faço essa comparação histórico-religiosa de forma sensata e com bases nas crenças e similaridades dos personagens envolvidos. Fiz questão de colocar as datas de nascimento, morte e reinado dos personagens históricos tratados porque muitos néscios cometem o grave erro histórico que afirmar que Moisés inspirou-se em Akhenaton só que Moisés viveu 150 anos antes de Akhenaton. É um tema para ser explorado com mais tempo, mas por agora é oque posso trazer aos meus amigos do conhecimento.

07 de novembro de 2018
Leandro Claudir Pedroso

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Referencia:

FRANCINI, A.S. As melhores histórias da Mitologia asteca, maia e inca. Porto Alegre: Artes e Oficios, 2014. Pg. 214.


sábado, 3 de novembro de 2018

10 fatos sobre Nassau e o Brasil Holandês




A passagem dos holandeses pelo Brasil  e a administração do conde Maurício de Nassau no nordeste brasileiro, no século XVII, estão entre os fatos mais supreendentes de nossa história. Nesta postagem, vamos conhecer 10 fatos sobre Maurício de Nassau e o Brasil Holandês.
            - Em 14 de fevereiro de 1630, os holandeses (também chamados de flamengos), aportaram no nordeste brasileiro com uma armada de 67 velas. Desembarcaram em Pau Amarelo, litoral norte de Pernambuco, e tomaram a direção de Olinda. Por fim, estabeleceram-se no povoado do Recife.
- Com a ajuda de Domingos Fernandes Calabar, luso-brasileiro conhecedor dos rios pernambucanos, os holandeses dominaram parte do nordeste do Brasil, da foz do Rio São Francisco até o Rio Grande. De lá, partiram para a conquista do Maranhão,  que só foi conquistado em 1641.

- Em Pernambuco, os holandeses ficaram por 24 anos. Nesse período, Recife seria conhecida como Nova Holanda. Para governá-la, a Companhia das Índias Ocidentais enviou para o Brasil o conde Maurício de Nassau. Ao desembarcar em 1637, ele daria início à chamada “idade de ouro” do Brasil holandês.

- Para governar a Nova Holanda, Maurício de Nassau receberia 1,5 mil florins mensais, além de seu salário como coronel do Exército, mais uma ajuda de 6 mil florins para despesas pessoais. Além disso, ele tinha o direito a 2% sobre tudo o que fosse apreendido no litoral do Brasil.
- Junto a Nassau vieram, ao todo, uma comitiva com 46 artistas, cronistas, naturalistas e arquitetos, que o acompanhou em sua viagem ao Brasil. Eles seriam responsáveis pela documentação não só das obras do governo, mas da sociedade recifense da época.
- Quando chegou no Recife, em 1637, Nassau encontrou uma população de cerca de 7 mil pessoas obrigada a conviver nas piores condições de higiene e conforto. Para enfrentar a falta de habitações, iniciou a construção, na Ilha de Antônio Vaz, do que veio a ser chamada de Cidade Maurícia.

- Durante a sua administração, Recife tornou-se a cidade mais cosmopolita do continente. Holandeses, franceses, alemães, poloneses que integravam os quadros da Companhia das Índias viajavam para lá. A forte prostituição fez a cidade passar por um terrível surto de sífilis, doença de cidade grande.
- Apesar das mudanças efetuadas por Nassau, a colônia não dava os lucros desejados pelo governo holandês. Por este motivo, em maio de 1643, o governo holandês mandou que Nassau abandonasse a administração e retornasse para a Holanda. Porém, ele demorou quase um ano para obedecer.
- Em seu Testamento Político, Nassau recomendou que, na sua ausência, o governo fosse tolerante com práticas religiosas e exercesse sem rigor a cobrança dos créditos dos engenhos. Que conservasse as fortificações e fizesse o que fosse possível para atrair a simpatia dos comerciantes portugueses.


O que os nazistas copiaram de Marx




O marxismo afirma que a forma de pensar de uma pessoa é determinada pela classe a que pertence.  Toda classe social tem sua lógica própria.  Logo, o produto do pensamento de um determinado indivíduo não pode ser nada além de um "disfarce ideológico" dos interesses egoístas da classe à qual ele pertence.  A tarefa de uma "sociologia do conhecimento", segundo os marxistas, é desmascarar filosofias e teorias científicas e expor o seu vazio "ideológico".  A economia seria um expediente "burguês" e os economistas são sicofantas do capital.  Somente a sociedade sem classes da utopia socialista substituirá as mentiras "ideológicas" pela verdade.
Este polilogismo, posteriormente, assumiu várias outras formas.  O historicismo afirma que a estrutura lógica da ação e do pensamento humano está sujeita a mudanças no curso da evolução histórica. O polilogismo racial atribui a cada raça uma lógica própria.
O polilogismo, portanto, é a crença de que há uma multiplicidade de irreconciliáveis formas de lógica dentro da população humana, e estas formas estão subdivididas em algumas características grupais.
Os nazistas fizeram amplo uso do polilogismo.  Mas os nazistas não inventaram o polilogismo.  Eles apenas criaram seu próprio estilo de polilogismo.
Até a metade do século XIX, ninguém se atrevia a questionar o fato de que a estrutura lógica da mente era imutável e comum a todos os seres humanos.  Todas as interrelações humanas são baseadas nesta premissa de que há uma estrutura lógica uniforme.  Podemos dialogar uns com os outros apenas porque podemos recorrer a algo em comum a todos nós: a estrutura lógica da razão.
Alguns homens têm a capacidade de pensar de forma mais profunda e refinada do que outros.  Há homens que infelizmente não conseguem compreender um processo de inferência em cadeias lógicas de pensamento dedutivo.  Mas, considerando-se que um homem seja capaz de pensar e trilhar um processo de pensamento discursivo, ele sempre aderirá aos mesmos princípios fundamentais de raciocínio que são utilizados por todos os outros homens.  Há pessoas que não conseguem contar além de três; mas sua contagem, até onde ele consegue ir, não difere da contagem de Gauss ou de Laplace. Nenhum historiador ou viajante jamais nos trouxe nenhuma informação sobre povos para quem A e não-A fossem idênticos, ou sobre povos que não conseguissem perceber a diferença entre afirmação e negação.  Diariamente, é verdade, as pessoas violam os princípios lógicos da razão. Mas qualquer um que se puser a examinar suas deduções de forma competente será capaz de descobrir seus erros.
Uma vez que todos consideram tais fatos inquestionáveis, os homens são capazes de entrar em discussões e argumentações.  Eles conversam entre si, escrevem cartas e livros, tentam provar ou refutar.  A cooperação social e intelectual entre os homens seria impossível se a realidade não fosse essa. Nossas mentes simplesmente não são capazes de imaginar um mundo povoado por homens com estruturas lógicas distintas ente si ou com estruturas lógicas diferentes da nossa.
Mesmo assim, durante o século XIX, este fato inquestionável foi contestado.  Marx e os marxistas, entre eles o "filósofo proletário" Dietzgen, ensinaram que o pensamento é determinado pela classe social do pensador.  O que o pensamento produz não é a verdade, mas apenas "ideologias".  Esta palavra significa, no contexto da filosofia marxista, um disfarce dos interesses egoístas da classe social à qual pertence o pensador.  Por conseguinte, seria inútil discutir qualquer coisa com pessoas de outra classe social.  Não seria necessário refutar ideologias por meio do raciocínio discursivo; ideologias devem apenas ser desmascaradas, denunciando a classe e a origem social de seus autores. Assim, os marxistas não discutem os méritos das teorias científicas; eles simplesmente revelam a origem "burguesa" dos cientistas.
Os marxistas se refugiam no polilogismo porque não conseguem refutar com métodos lógicos as teorias desenvolvidas pela ciência econômica "burguesa"; tampouco conseguem responder às inferências derivadas destas teorias, como as que demonstram a impraticabilidade do socialismo.  Dado que não conseguiram demonstrar racionalmente a validade de suas idéias e nem a invalidade das idéias de seus adversários, eles simplesmente passaram a condenar os métodos lógicos.  O sucesso deste estratagema marxista foi sem precedentes.  Ele tornou-se uma blindagem contra qualquer crítica racional à pseudo-economia e à pseudo-sociologia marxistas. Ele fez com que todas as críticas racionais ao marxismo fossem inócuas.
Foi justamente por causa dos truques do polilogismo que o estatismo conseguiu ganhar força no pensamento moderno.
O polilogismo é tão inerentemente ridículo, que é impossível levá-lo consistentemente às suas últimas consequências lógicas. Nenhum marxista foi corajoso o suficiente para derivar todas as conclusões que seu ponto de vista epistemológico exige.  O princípio do polilogismo levaria à inferência de que os ensinamentos marxistas também não são objetivamente verdadeiros, mas sim apenas afirmações "ideológicas".  Mas isso os marxistas negam.  Eles reivindicam para suas próprias doutrinas o caráter de verdade absoluta.  
Dietzgen ensina que "as idéias da lógica proletária não são idéias partidárias, mas sim o resultado da mais pura e simples lógica".  A lógica proletária não é "ideologia", mas sim lógica absoluta.  Os atuais marxistas, que rotulam seus ensinamentos de sociologia do conhecimento, dão provas de sofrerem desta mesma inconsistência.  Um de seus defensores, o professor Mannheim, procura demonstrar que há certos homens, os "intelectuais não-engajados", que possuem o dom de apreender a verdade sem serem vítimas de erros ideológicos.  Claro, o professor Mannheim está convencido de que ele mesmo é o maior dos "intelectuais não-engajados".  Você simplesmente não pode refutá-lo. Se você discorda dele, você estará apenas provando que não pertence à elite dos "intelectuais não-engajados", e que seus pensamentos são meras tolices ideológicas.
Os nacional-socialistas alemães tiveram de enfrentar o mesmo problema dos marxistas.  Eles também não foram capazes nem de demonstrar a veracidade de suas próprias declarações e nem de refutar as teorias da economia e da praxeologia.  Consequentemente, eles foram buscar abrigo no polilogismo, já preparado para eles pelos marxistas.  Sim, eles criaram sua própria marca de polilogismo.  A estrutura lógica da mente, diziam eles, é diferente para cada nação e para cada raça.  Cada raça ou nação possui sua própria lógica e, portanto, sua própria economia, matemática, física etc.  Porém, não menos inconsistente do que o Professor Mannheim, o professor Tirala, seu congênere defensor da epistemologia ariana, declara que a única lógica e ciência verdadeiras, corretas e perenes são as arianas.  Aos olhos dos marxistas, Ricardo, Freud, Bergson e Einstein estão errados porque são burgueses; aos olhos dos nazistas, estão errados porque são judeus.  Um dos maiores objetivos dos nazistas é libertar a alma ariana da poluição das filosofias ocidentais de Descartes, Hume e John Stuart Mill.  Eles estão em busca da ciência alemã arteigen, ou seja, da ciência adequada às características raciais dos alemães.
Como hipótese, podemos supor que as capacidades mentais do homem sejam resultado de suas características corporais.  Sim, não podemos demonstrar a veracidade desta hipótese, mas também não é possível demonstrar a veracidade da hipótese oposta, conforme expressada pela hipótese teológica.  Somos forçados a admitir que não sabemos como os pensamentos surgem dos processos fisiológicos. Temos vagas noções dos danos causados por traumatismos ou por outras lesões infligidas em certos órgãos do copo; sabemos que tais danos podem restringir ou destruir por completo as capacidades e funções mentais dos homens.  Mas isso é tudo.  Seria uma enorme insolência afirmar que as ciências naturais nos fornecem informações a respeito da suposta diversidade da estrutura lógica da mente.  O polilogismo não pode ser derivado da fisiologia ou da anatomia, e nem de nenhuma outra ciência natural.
Nem o polilogismo marxista e nem o nazista conseguiram ir além de declarar que a estrutura lógica da mente é diferente entre as várias classes ou raças.  Eles nunca se atreveram a demonstrar precisamente no quê a lógica do proletariado difere da lógica da burguesia, ou no quê a lógica ariana difere da lógica dos judeus ou dos ingleses.  Rejeitar a teoria das vantagens comparativas de Ricardo ou a teoria da relatividade de Einstein por causa das origens raciais de seus autores é inócuo.  Primeiro, seria necessário desenvolver um sistema de lógica ariana que fosse diferente da lógica não-ariana.  Depois, seria necessário examinar, ponto por ponto, estas duas teorias concorrentes, e mostrar onde, em cada raciocínio, são feitas inferências que são inválidas do ponto de vista da lógica ariana mas corretas do ponto de vista não-ariano.  E, finalmente, seria necessário explicar a que tipo de conclusão a substituição das erradas inferências não-arianas pelas corretas inferências arianas deve chegar.  Mas isso jamais foi e jamais será tentado por ninguém.  Aquele gárrulo defensor do racismo e do polilogismo ariano, o professor Tirala, não diz uma palavra sobre a diferença entre a lógica ariana e a lógica não-ariana. O polilogismo, seja ele marxista ou nazista, jamais entrou em detalhes.
O polilogismo possui um método peculiar de lidar com opiniões divergentes.  Se seus defensores não forem capazes de descobrir as origens e o histórico de um oponente, eles simplesmente taxam-no de traidor.  Tanto marxistas quanto nazistas conhecem apenas duas categorias de adversários.  Os alienados — sejam eles membros de uma classe não-proletária ou de uma raça não-ariana — estão errados porque são alienados.  E os opositores que são de origem proletária ou ariana estão errados porque são traidores.  Assim, eles levianamente descartam o incômodo fato de que há divergências entre os membros daquela que dizem ser sua classe ou sua raça.
Os nazistas gostam de contrastar a economia alemã com as economias judaicas e anglo-saxônicas.  Mas o que chamam de economia alemã não difere em nada de algumas tendências observadas em outras economias.  A economia nacional-socialista foi moldada tendo por base os ensinamentos do genovês Sismondi e dos socialistas franceses e ingleses. Alguns dos mais velhos representantes desta suposta economia alemã apenas importaram idéias estrangeiras para a Alemanha.  Frederick List trouxe as idéias de Alexander Hamilton à Alemanha; Hildebrand e Brentano trouxeram as idéias dos primeiros socialistas ingleses.  A economia alemã arteigen é praticamente igual às tendências contemporâneas observadas em outros países, como, por exemplo, o institucionalismo americano.
Por outro lado, o que os nazistas chamam de economia ocidental — e, portanto, artfremd [estranho à raça] — é em grande medida uma conquista de homens a quem que nem mesmo os nazistas podem negar o termo 'alemão'. Os economistas nazistas gastaram muito tempo pesquisando a árvore genealógica de Carl Menger à procura de antepassados judeus; não conseguiram.  É um despautério querer explicar o conflito que há entre a genuína teoria econômica e o institucionalismo e o empiricismo histórico como se fosse um conflito racial ou nacional.