terça-feira, 3 de abril de 2018

História da Psicopatia




A evolução dos conceitos relacionados com a Personalidade Psicopática decorreu durante mais de um século, sendo que actualmente prevalece a ideia de que a psicopatia tem uma origem bio-psico-social. Esses conceitos (Psicopata, Personalidade Psicopática e, mais recentemente,  Sociopata) têm vindo a interessar a psiquiatria, a justiça, a antropologia, a sociologia e a filosofia desde a antiguidade. Evidentemente que essa preocupação contínua e perene se verifica porque sempre existiram personalidades anormais como parte da população geral, sendo os psicopatas, indivíduos que se separam do grosso da população em termos de comportamento, conduta moral e ética.
Eis alguns exemplos de autores e respectivas teorias que contribuíram preponderantemente para a construção do conceito de Psicopatia ao longo da História.

Cardamo

Uma das primeiras descrições registadas pela medicina sobre algum comportamento que pudesse ser relacionado com Personalidade Psicopática foi a de Girolano Cardamo (1501-1596), professor de medicina da Universidade de Pavia.
O filho de Cardamo foi decapitado por ter envenenado sua mulher (mãe do réu) com raízes venenosas. Neste relato, Cardamo fala em "improbidade", quadro que não alcançava a insanidade total porque as pessoas que disso padeciam mantinham a aptidão para dirigir sua vontade.
Pablo Zacchia (1584-1654), considerado por alguns como fundador da Psiquiatria Médico Legal, descreve, em "Questões Médico Legais", as mais notáveis concepções que logo dariam significação às "psicopatias" e aos "transtornos de personalidade".

Pinel

Em 1801, Philippe Pinel publica um Tratado médico filosófico sobre a alienação mental onde fala de pessoas que têm todas as características da mania, mas que carecem do delírio. Pinel chamava de mania aos estados de furor persistentes e comportamento florido, distinto do conceito actual de mania.

 Prichard

File:James Cowles Prichard.jpgJames Cowles Prichard (1786-1848), tal como Pinel, lutava contra a ideia do filósofo Locke, que afirmava não poder existir mania sem delírio, ou seja, mania sem prejuízo do intelecto. Portanto, nessa época, os juízes não declaravam insanos nenhuma pessoa que não tivesse um comprometimento intelectual manifesto (normalmente através do delírio). Pinel e Pricharde tratavam de impor o conceito, segundo o qual, existiam insanidades sem comprometimento intelectual, mas possivelmente com prejuízo afectivo e volitivo (da vontade). Tal posição acabava por sugerir que essas três funções mentais, o intelecto, afectividade, e a vontade, poderiam adoecer independentemente.
Foi em 1835 que Prichard publica sua obra “Treatise on insanity and other disorders affecting the mind", que falava da Insanidade Moral. A partir dessa obra, o historiador G. Berrios (1993) discute o conceito da Insanidade Moral como o equivalente ao nosso actual conceito de psicopatia.

Morel

Morel, em 1857, parte da religião para elaborar a sua teoria da degeneração. O ser humano tinha sido criado segundo um tipo primitivo perfeito e, todo desvio desse tipo perfeito, seria uma degeneração. A essência do tipo primitivo e, portanto, da natureza humana, é a contínua supremacia ou dominação do moral sobre o físico. Para Morel, o corpo não é mais que "o instrumento da inteligência".
A doença mental inverteria esta hierarquia e converteria o humano “em besta”. Uma doença mental não é mais que a expressão sintomática das relações anormais que se estabelecem entre a inteligência e seu instrumento doente, o corpo.
A degeneração de um indivíduo se transmite e se agrava ao longo das gerações, até chegar à decadência completa (Bercherie, 1986). Alguns autores posteriores, como é o caso de Valentím Magnam, suprimiram o elemento religioso das ideias de Morel e acentuaram os aspectos neurobiológicos. Estes conceitos afirmavam a ideologia da hereditariedade e da predisposição em varias teorias sobre as doenças mentais.

Koch e Gross

O universo pode ser cíclico




Dizem que o Big Bang foi o princípio do Universo. Mas, segundo Roger Penrose, prestigiado físico da Universidade de Oxford, ele também foi o fim de um outro universo que existia antes deste. E, melhor, o britânico diz ter agora evidências concretas sobre esse ciclo cosmológico.

Trabalhando em parceria com o armênio Vahe Gurzadyan, da Universidade Estadual de Yerevan, ele há três anos analisa a série de dados do satélite WMAP. A sonda americana foi projetada para fazer um mapeamento universal da radiação cósmica de fundo -um "eco" do Big Bang gerado quando o Universo tinha menos de 400 mil anos de existência, detectado pelo satélite na forma de micro-ondas. Hoje, o cosmo tem 13,8 bilhões de anos.

Penrose e Gurzadyan vêm dizendo, desde 2010, que conseguiram detectar pequenas flutuações na radiação cósmica de fundo, na forma de círculos concêntricos.

Isso, segundo eles, seria resultado da colisão de buracos negros gigantes numa época que precedeu o Big Bang. Ou seja, seria implicação de que o Universo já existia, em outra forma, antes do período de expansão que conhecemos e observamos hoje.

Os cosmólogos constataram, com alguma surpresa, que os círculos apontados por Penrose e Gurzadyan estavam de fato lá, e haviam passado despercebidos até então. Entretanto, realizando simulações de como seria a radiação cósmica de fundo com base na cosmologia clássica -para a qual tudo começa no Big Bang-, constataram que os círculos também apareciam.

Ou seja, o fenômeno era real, mas a parte que dizia respeito a outro universo antes deste parecia ser apenas elucubração da dupla.
Penrose e Gurzadyan agora voltam à carga, com novas evidências. Em uma análise mais profunda dos círculos, publicada recentemente no "European Physical Journal Plus", eles concluem que o padrão observado se encaixa melhor na hipótese de um universo cíclico, com eventos que antecedem o Big Bang.

A dupla agora trabalha na análise de dados do satélite europeu Planck, que faz basicamente a mesma coisa realizada anos atrás pelo WMAP, mas com mais precisão. "Nosso trabalho está avançando", disse à Folha Gurzadian. "Contudo, pretendemos divulgar os resultados inicialmente para especialistas."

Os dois não se incomodam com a baixa receptividade da comunidade científica à ideia. "A hipótese da cosmologia cíclica é baseada numa geometria não convencional, então não é estranho as ideias precisem de mais tempo para serem mais bem acolhidas", diz Gurzadyan.

Ele e Penrose continuarão buscando confirmação da hipótese no estudo da radiação cósmica de fundo. Mais adiante, eles também esperam encontrar corroboração em fontes de mais difícil acesso, como a detecção de ondas gravitacionais emanadas do próprio Big Bang.

"Existe um certo consenso de que fases pré-Big Bang de fato deixariam marcas na radiação de ondas gravitacionais de fundo", confirma Odylio Aguiar, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que lidera o projeto do detector de ondas gravitacionais Schenberg, instalado na USP.

Infelizmente, nem o Schenberg, nem seus equivalentes internacionais conseguiram até agora detectar qualquer onda gravitacional, muito menos as emanadas pelo Big Bang. Os grupos seguem em busca desse objetivo.

Herói improvável: Desmond Doss


Desmon Doss

Fonte: http://www.adventistaseuropa.org/heroi-improvavel/, Texto publicado originalmente em RevistaAdventista.com.br
Adaptado em 02/042018
Origens

Desmond Thomas Doss nasceu em Lynchburg, Virgínia, em 1919. Seu pai era carpinteiro e a mãe trabalhava em uma fábrica de sapatos. Durante a infância de Doss, um quadro ilustrado dos Dez Mandamentos, que ficava na sala da sua casa, mexeu muito com ele. O que mais chamava a atenção de Doss era a cena de Caim, com um grande pedaço de pau, matando Abel. Ao olhar a gravura, ele se perguntava muitas vezes: “Como alguém pode fazer isso com o próprio irmão?” (veja mais no documentário The Concientious Objector).

Quando Doss ainda era criança, viu seu pai bêbado discutir com seu tio, e depois buscar uma arma de fogo. A mãe de Desmond, prevendo uma tragédia, corajosamente entrou no meio da briga, tomou a arma do marido e, antes que ele matasse o próprio irmão, pediu que Doss levasse a arma para bem longe do pai. Ele correu por dois quarteirões e, enquanto corria, decidiu que, a partir daquele momento, nunca mais pegaria em uma arma. Aqueles foram os primeiros 200 metros do restante de uma vida. Durante as grandes batalhas da II Guerra Mundial, Doss correria muitas outras vezes desarmado em meio ao fogo cruzado, a fim de salvar, enquanto outros matavam.

Carreira militar

Em 1942, quando Doss se alistou no exército, a única arma que carregava era uma Bíblia de bolso. Ele sofreu perseguição durante os treinamentos militares devido a sua devoção à oração, por se recusar em pegar em armas, por não comer carne e também por guardar o sábado (leia mais em Dictionary of Virginia Biography). Algumas vezes, quando Doss se ajoelhava ao lado de sua cama para orar, seus colegas de exército atiravam sapatos nele. Um oficial ameaçou levá-lo para a corte marcial e até tentaram dispensá-lo do exército, sob a alegação de que ele tinha problemas mentais.

A insistência de Doss em não tocar em armas deixou irados muitos companheiros do campo de treinamento. Como publicou o site do jornal Los Angeles Times, um soldado chegou a dizer: “Doss, quando estivermos no campo de batalha, eu mesmo irei atirar em você!”

Atos heroicos

Mas, na linha de frente da guerra, tudo mudou. Como médico da 77ª Divisão de Infantaria, da 307ª Infantaria do exército americano nas batalhas do Pacífico, Doss conquistou rapidamente o respeito de seus companheiros. Combate após combate, ação após ação, havia sempre alguma história sobre Desmond T. Doss, o médico que, mesmo sob risco de morte, recusava-se a abandonar soldados feridos.
Doss segurando uma Bíblia

Mesmo em meio ao clima infernal da guerra, Doss conseguia manter a coragem, resgatando soldados sob fogo inimigo, chuva torrencial e lama. Pela constante bravura, em Guam, em 1944, e nas Filipinas, entre 1944 e 1945, ele recebeu duas estrelas de bronze (Conscientious Objector, Medical-Aid Man, Awarded Medal of Honor, Review and Herald, 1º de novembro de 1945, p. 2).

A batalha de Okinawa

O paramédico americano era o homem mais odiado pelos soldados japoneses de Okinawa. Para um soldado nipônico, matar um médico significava destruir a esperança do exército inimigo, porque se um soldado fosse ferido, não haveria mais ninguém para cuidar dele. Todos os médicos americanos que estavam naquela ilha portavam armas, menos Desmond Doss, segundo lembrou o jornal The Telegraph, em reportagem publicada recentemente. No lugar de uma pistola, ele carregava um Bíblia de bolso. Quando não estava cuidando dos feridos, Doss lia as Escrituras. Os textos da Bíblia que lhe traziam coragem eram Apocalipse 3:10 e Salmo 91. Na sua experiência de guerra, literalmente “mil caíram ao seu lado, e dez mil à sua direita, mas ele não foi atingido”, pelo menos não mortalmente (Heroes Have Backgrounds, The Youth’s Instructor, 3 de julho de 1945, p. 13).

Entre 29 de abril e 21 de maio de 1945, Desmond Doss cuidou dos soldados de Okinawa, atendendo, em algumas ocasiões, até mesmo soldados inimigos. Com determinação inflexível diante de condições desesperadamente perigosas, Doss avançou inúmeras vezes através das linhas japonesas e trouxe os homens feridos para áreas seguras (Conscientious Objector, Medical-Aid Man, Awarded Medal of Honor,Review and Herald, 1º de novembro de 1945, p. 2).

Até o último homem
Local por onde Doss, após salvar desceu 75 de seus colegas feridos.

Em 5 de maio de 1945, a unidade militar da qual Desmond Doss fazia parte, recebeu a missão de capturar a Escarpa Maeda, uma parede de 120 metros que cercava a frente da ilha de Okinawa e que servia de quartel-general para os militares japoneses. Através de escadas feitas de cordas, a companhia de 155 soldados chegou sem dificuldades até o lugar mais alto do penhasco. Mas era uma armadilha. Os japoneses conseguiram emboscar 100 soldados americanos.

Depois de uma luta terrível, o comandante da companhia deu ordem para que, aqueles que pudessem, abandonassem o cume da serra. Assim, eles recuaram para a base. Todos os que podiam fugiram, mas Doss decidiu ficar porque sabia que muitos soldados estavam gravemente feridos. Na parte de baixo ele foi procurado por vinte minutos, então alguém gritou e apontou para a serra. Doss era o único homem que permanecia de pé no alto da Escarpa Maeda. Ele gritava para que os homens que estavam na base recebessem os feridos que ele descia delicadamente através de cordas até as mãos de amigos (There’s a War to Be Won, 1997, p. 480).

Por cerca de doze horas, e totalmente desarmado, Desmond Doss enfrentou metralhadoras, rifles e morteiros japoneses, descendo soldado após soldado, até o último homem, para a base americana do penhasco. Como apoio, usou apenas um toco e uma corda. Durante esse tempo, o único pensamento de Doss era uma oração: “Senhor, ajude-me a salvar mais um. Apenas mais um!” O resgate aconteceu num sábado.

Usando uma arma, uma única vez

No dia 21 de maio, em um ataque noturno, Doss permaneceu exposto em campo aberto enquanto os demais soldados de sua companhia fugiram. Mesmo sob o risco de ser confundido com um soldado japonês infiltrado, ele cuidou dos feridos, até que a explosão de uma granada feriu gravemente suas pernas. Em vez de chamar outro médico para tirá-lo da zona de batalha, ele mesmo cuidou de seus ferimentos e esperou cinco horas até que os maqueiros o encontrassem e o levassem para uma área segura. O trio foi surpreendido por um ataque de tanque japonês, e Doss, vendo um homem com ferimentos mais graves próximo a ele, arrastou-se para fora da maca e pediu que os maqueiros cuidassem primeiro do outro homem.

Enquanto esperava o retorno da maca, ele foi novamente atingido, dessa vez por um franco-atirador, e sofreu uma fratura múltipla no braço esquerdo. Com impressionante perseverança, ele atou a coronha de um rifle ao seu braço quebrado para formar uma tala e, mesmo ferido, arrastou-se por quase 300 metros até um local seguro, onde poderia ser ajudado (Conscientious Objector, Medical-Aid Man, Awarded Medal of Honor, Review and Herald, 1º de novembro de 1945, p. 2). Esta foi a única vez em que ele usou uma arma.

O resgate da Bíblia de Doss

Alguns dias depois, num barco-hospital, próximo à costa da ilha de Okinawa, Desmond procurou sua Bíblia no bolso da camisa, mas ela não estava mais lá. A Bíblia que ele havia recebido como presente da esposa o manteve de pé durante os meses de treinamento, quando ele era ridicularizado pelos colegas de acampamento. O mesmo livro também lhe servira de conforto constantemente durante os meses de combate em Guam, Leyte e Okinawa. Provavelmente o exemplar tivesse sido perdido em algum lugar no cume do penhasco onde, com o uniforme encharcado de sangue, ele salvou dezenas de soldados. Ele implorou: “Por favor, alguém diga para os meus companheiros de batalha que eu perdi a minha Bíblia!”

Os soldados, que antes criticavam o adventista do sétimo dia, receberam a mensagem na ilha e voltaram para a Escarpa Maeda com uma nova missão: resgatar a bíblia de Desmond Doss. Eles a encontraram, e enviaram pelo correio até a casa de Doss (World War II Medal of Honor Recipients, 2010, p. 192).

Lições a ser seguidas


Doss morreu em 2006, aos 87 anos de idade.

Para Doss, a salvação vinha da oração a Deus. No fim de abril de 1945, antes que sua unidade militar subisse um penhasco em Okinawa, ele pediu ao tenente da companhia autorização para orar. Doss disse ao comandante: “A oração é a maior salvadora de vidas. Não é melhor pararmos e orar?” As palavras de Doss fizeram com que o tenente interrompesse toda a companhia militar, que estava à beira de um ataque que parecia ser a morte certa. Naquele dia, a companhia B, da qual Doss fazia parte, subiu pelo lado sul do penhasco e não houve nenhuma baixa, mas a companhia A foi dizimada pelos japoneses (Conscience Honored, Signs of the Times, 4 de dezembro de 1945, p. 2).

A lei de Deus sempre estava no coração de Doss, ele chegou a dizer que, quando criança, ao olhar para o quadro dos Dez Mandamentos, era como se Deus falasse para ele: “Desmond, se você me ama, não matará ninguém.”

Outra qualidade de Desmond Doss era sua humildade. Em novembro de 1945, ele recebeu a Medalha de Honra do Congresso, a mais alta condecoração militar dos Estados Unidos. Ainda assim, não se orgulhava do que fez, mas tinha orgulho de Deus tê-lo usado para salvar muitas vidas. Ele dizia: “Eu não queria ser um herói. Mas eu era como a mãe que corre para dentro de uma casa pegando fogo a fim de resgatar seus filhos. No campo de batalha, eu era como a mãe que não abandona seus filhos. Eu amava os meus amigos, e eles me amavam. O que eu fiz foi um serviço de amor”, publicou o jornal The Washington Post, no dia 26 de março de 2006, por ocasião da morte do herói adventista.

Foi esse amor que fez de Doss um grande missionário no tempo e no lugar mais improvável da história. Ele se tornou conhecido entre seus companheiros como o anjo da misericórdia, e sua oração, que também deve ser a nossa, era: “Senhor, ajude-me a salvar mais um. Apenas mais um!”

O Filme "Até o Último Homem"



Em Até o Último Homem,  Mel Gibson faz um filme de conciliação. Numa época em que parece um tanto feio exaltar personagens guerreiros, toma um herói de guerra que jamais segurou um fuzil em suas mãos. E, no entanto, foi condecorado por seus feitos. A história baseia-se em personagem real. E a produção está indicada em seis categorias do Oscar, incluindo melhor filme, direção e ator (Andrew Garfield).


segunda-feira, 19 de março de 2018

O mapa enigmático de Oronce Finé


Isso aconteceu novamente. Acabei de encontrar um livro que afirma que existem muitos mapas antigos que mostram algo incrível, isto é, que, na era da última era do gelo, havia civilizações avançadas capazes de desenhar mapas detalhados de todo o planeta. Ok, é quase comum, porque se você repete as mesmas idéias, esses tipos de afirmações estão praticamente caindo no que é chamado de conhecimento popular.

Bem, vai ser que não, e ser perdoado pelos adeptos de idéias tão curiosas, mas as provas de afirmações tão surpreendentes eu não as vejo em qualquer lugar. Ele disse que aconteceu novamente, porque não é a primeira vez. Algum tempo atrás , mencionei o misterioso mapa de Philippe Buache , a partir de 1739, em que muitos queriam ver uma prova de fontes que chegavam ao momento em que a Antártica não tinha gelo. Não é ruim, as coisas intriga, mas pouco mais, não é nenhuma evidência dura ou indicações que podem fazer você pensar em algo mais do que exercícios arriscado imaginação (btw, cartógrafos bebeu uns aos outros, por isso não é incomum para ver repetido "Erros" em todos os lugares).

O caso de hoje é semelhante ao de Buache e, na realidade, muito semelhante a outra cartografia típica do Renascimento e similares, fugindo do horror vacui que enche os espaços vazios do mundo com continentes imaginários. Oronce Finé , ou Orontius Finaeus ou Finnaeus, era um bem conhecido matemático e cartógrafo francês que vivia no século XVI . Uma de suas obras mais curiosas é este mapa com projeção na forma de um coração (tipo de projeção Werner ), apareceu em Paris em 1536 . Bem, existe o gigantesco continente do sul, de forma semelhante à de outros contemporâneos imaginados (clique nas imagens para ampliar) .



Agora, o mapa que realmente despertou a imaginação daqueles que têm um amor pelos antigos astronautas e civilizações míticas é o outro , com uma projeção similar ao caso anterior, mas implantado em dois hemisférios.



O mapa data de 1531 e, de fato, parece que o antárctico suposto de tamanho gigantesco, sem gelo e com grande detalhe em suas costas (curioso, muito mais detalhado do que a costa européia ou africana) . Um detalhe imaginário, é claro, mas intrigante e muito bonito. É nesse desenho do continente austral desconhecido onde se queria ver a prova de fontes documentais que afundariam suas raízes na pré-história . A realidade parece ser mais simples, sem dúvida. Isto é, por exemplo, se olharmos para o mesmo mapa para o norte, veremos algo que também representou a Mercator, as quatro supostas ilhas que cercam o pólo norte e, no centro, uma imitação de Rupes NigraO grande imã fantástico que fez, na sua imaginação, que a bússola se comporta como faz.

Em suma, existem opiniões para todos os gostos, mas não importa o quanto o mapa seja girado, o que não vai muito longe. Alguns até tentaram ajustar o contorno do continente do sul do mapa de Finé ao que é a Antártica como é conhecido atualmente. O resultado seria, reduzindo e transformando o original, algo assim (lembre-se, a correlação não implica causalidade ) ...




domingo, 21 de janeiro de 2018

Tehom (Abismo [nome próprio])


Sempre soube que havia maravilhas ocultas nesses pequenos dois versículos, mas quanto mais me aprofundo neles, mais maravilhas encontro. Encontramos bilhões de anos de espaço/tempo e a presença PESSOAL da escuridão abissal TEHOM, junto ao criador ELOHYM!

"No Princípio criou ELOHYM (Deus) os céus e a terra. E a terra era SEM FORMA E VAZIA ([TOHU VAVOHU], TOHU, aparentada do babilônico TIAMAT/TEHOM) e havia trevas (VECHOSHEKH [figurativo]) sobre a face de TEHOM (ABISMO [nome próprio]); e o Espírito de ELOHYM (Deus) se movia sobre a face das águas."

Bereshit 1:1-2 (Bíblia hebraíca Sttugartensia).


Heylel Ben-Shachar (Lúcifer)


O nome próprio e o "título" de um querubim que todos deveriam conhecer. Se as pessoas soubessem a diferença que esses detalhes no texto original fazem, dariam mais valor as palavras e conheceriam o seus verdadeiros significados!
"Como caíste do céu HEYLEL BEN-SHACHAR (Estrela da Manhã [Lúcifer], Filho da Alva)! Como fostes lançado por terra, tu que debilitavas as nações!"
Yeshaiahú [Isaías] 14:12 (Bíblia hebraica Sttugartensia).

Coral de um 1/3 dos anjos regidos por Heylel?


"(...)a obra dos teus tambores (TAPEYKHA [toph]) e dos teus pífaros (UNËQÅVEYKHA [u·gháv]) estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados."
Ezequiel 28:13.




Se pararmos para pensar veremos que a música foi criada quando Heylel (Lúcifer) foi criado, Deus havia preparado tudo para o dia que Heylel fosse criado. Por isso diz “Em ti se faziam os teus tambores e pífaros” (Ez. 28:13), muitos estudiosos dizem que a música brotava de dentro dele, a musica foi criada quando ele foi criado, por isso não podemos descartar nunca a possibilidade de ele ser o Ministro de Louvor no Céu, até mesmo porque ele tinha muita influência entre os anjos, e ele era respeitado abaixo de Deus. E as palavras pífaros e tambores estão no plural, ou seja, eram muitos instrumentos musicais. É obvio que ele não tocava esses pífaros e tambores sozinho! Ele tocava com o seu coral que são os anjos que caíram com ele. E para que serve um instrumento se não para ser tocado. Porque será que no céu Deus criou os instrumentos e depois criou Heylel? É claro que foi para ele tocar os instrumentos para Deus ouvir, isso é algo muito interessante que eu tenho que destacar de novo, para ficar na sua mente porque a Bíblia diz “Pifaros e Tambores” no plural, ou seja vários pífaros e vários tambores, talvez seja para Heylel e essa terça parte dos anjos que com ele caiu (Ap. 12:4), tocarem louvores para Deus, eram o seu coral, os mais ligados e ele e obedientes ao seu regente Heylel!

Traduttore/Traditore (Tradutor/Traidor


Em relação aos textos bíblicos originais, em hebraico e grego koine: SEMPRE O TRADUTOR É UM TRAIDOR, pois a tradução destrói o texto original e com o passar do tempo isso se torna mais claro, pois quanto mais recentes versões dos textos bíblicos eu leio mais vejo o quanto estão MODIFICADOS E ADAPTADOS para as pessoas de atuais momentos da história, como vemos agora. Posteriormente criarei uma postagem na qual mostrarei os absurdos realizados em traduções dos textos bíblicos para versões modernas dos mesmos!


Texto hebraico, Tanah (Equivalente ao Antigo Testamento).


Texto em grego Koine (Equivalente ao Novo Testamento).

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

As Origens das Mil e Uma Noites



Eternas, as histórias das Mil e Uma Noites se espalharam por todo o mundo, sendo contadas para crianças e adultos através dos séculos. A trama é sobre o sultão Shariar, que, após descobrir a traição da mulher, decide casar-se cada noite com uma jovem diferente, mantando-a ao amanhecer. Tal condenação só é desfeita quando Sherazade, a impetuosa filha do grão-vizir, se oferece como noiva do sultão e faz com que as noites se multipliquem ao inebriar o marido com suas histórias envolventes.

É problema altamente controvertido a origem das Mil e Uma Noites. Massudi, que viveu no século XI e foi um dos escritores mais viajados do seu tempo, afirmou que as Mil e Uma Noites foram tiradas do persa HEZAR AFSANEH [mil histórias].

Está última obra, segundo se afere de uma referência que a ela faz Firduzzi, no prefácio de SCHANAMEH [livro dos reis], é atribuída a um poeta persa, Rasti, que teria vivido na segunda metade do século X. E, assim, o erudito Massudi parece estar com a razão, pois as duas heroínas principais das Mil e uma Noites, Sherazade e Dinazade estão com seus nomes persas nas páginas famosas de HEZAR AFSANEH.

Mas os persas, de acordo com a opinião de Clemente Huart, foram colher na Índia, o enredo dos principais contos que figuram no famoso Hezar Afsaneh.

O orientalista e historiador alemão Gustavo Weill (1808-1889), que professor de línguas orientais em Heidelberg, afirma que os contos árabes das Mil e uma Noites diferem totalmente das primitivas  formas indiana e persa.

A difusão extrema desses contos no espaço e no tempo – universidade – imortalidade – decorrem de condições que merecem ser frisadas. São fundamentalmente obra de imaginação e inocência.

Antonie Galland

OQUE CONTÉM AS MIL E UMA NOITES

O verdadeiro livro das Mil e Um Noites, na sua forma completa, não é obra cuja leitura possa ser aconselhada para crianças ou adolescentes. É um livro profundamente contraindicado sobre vários aspectos, pois muitos dos seus contos foram imaginados com a finalidade exclusiva de divertir adultos.

Este livro, que a saudosa poetisa Cecília Meireles considerava glorioso, encerra em suas páginas sermões bem graves: erros e anacronismos.

Quando observado numa tradução, não escoimada da parte obscena, vamos encontrar na imensa cadeia das Mil e uma noites:

Ø  Contos maravilhosos e de aventuras;
Ø  Contos de amor e intrigas de namorados;
Ø  Romances de viagens;
Ø  Aventuras de cavalaria e guerra;
Ø  Lendas fantásticas cheias de crueldades;
Ø  Cenas de zombaria contra judeus e cristãos;
Ø  Contos do gênero policial;
Ø  Anedotas brejeiras e pornográficas;
Ø  Episódios fantásticos e obscenos;
Ø  Lutas religiosas;
Ø  Parábolas e apólogos;
Ø  Fábulas;
Ø  História de erudição (até com problemas de matemática).

E todos os enriquecidos por delicados trechos poéticos nos quais transparece a beleza, a suavidade e o encantamento dos versos árabes.


Rainha Xerazade pintada no século XIX por Sophie Anderson.

FONTES DAS MIL E UMA NOITES

Em muitos livros de histórias em séries os árabes foram buscar inspiração para os seus contos maravilhosos. Poderíamos citar os seguintes:

v  Mahabharata: poema escrito em sânscrito.
v  Ramayana: poema indiano de origem muito remota.
v  Dasa-Koundra: (Aventura de dois adolescentes). Livro muito popular na Índia.
v  Katha-Sarit-Sagara: (Oceano infindável de histórias). Contos copilados por Samodéva.
v  Tutinamesh: (Contos de um papagaio). Pequenos apólogos que se afastam muito dos bons princípios morais.
v  Contos de Nang-Trantrai: (Contos da jovem rendeira). Histórias da Índia antiga escritas sob influência das religiões bramânica.
v  Fábulas de Kalila e Dina: que foi traduzido para o português pelo professor Ragy Basile.
v  Hitopadexa: (introdução útil), coleção de fábulas e apólogos morais da Índia. Para este livro há uma excelente tradução de monsenhor Sebastião Salgado.




Sultão  Shariar e Sherazade


DIVULGAÇÃO DAS MIL E UMA NOITES

O orientalista francês ANTOINE GALLAND, tendo tomado conhecimento, em suas viagens a Constantinopla dos contos das Mil e Uma Noites fez deste uma tradução que se tornou obra clássica da literatura francesa. Como agiu Galland para tornar sua tradução interessante e viva?

a)    Aproveitou apenas uma quarta parte dos contos originais. A sua escolha foi recair sobre as lendas mais curiosas e de enredo mais palpitante.
b)    Teve o cuidado de abolir todas as cenas que pudessem ferir os princípios cristãos.
c)    Suprimiu do enredo dos contos todos os versos, poemas e citações poéticas.
d)    Procurou fazer uma tradução que fosse isenta de expressões chulas ou pouco edificantes.

A obra de Galland alcançou, na Europa, um êxito extraordinário, sendo traduzida para vários idiomas. Foi Galland quem teve a glória de tornar o livro das Mil e Uma Noites conhecido no Ocidente. Ele faleceu aos 69 anos, em 17 de fevereiro de 1715.  Além da tradução das Mil e Uma Noites, Galland deixou cerca de 15 obras, algumas das quais de grande valor literário.

sábado, 30 de dezembro de 2017

Causas que levam a desmotivação escolar


Nessa pesquisa iremos falar sobre a desmotivação escolar e as causas que levam a essas desmotivação, iremos ver dentre os motivos que levam a desmotivação escolar aqueles mais se destacam.
A importância da família na hora de incentivar e estimular o senso não só de responsabilidade, como também a importância de se ter o conhecimento para  que estes alunos sejam futuramente adultos estruturados e bem sucedidos.
Para isso também vemos a importância do professor como uma peça importante na motivação dos alunos e também em tornar as aulas mais dinâmicas e atraentes.

Causas que levam a desmotivação escolar

A pesquisa feita  Pela fundação Victor Civita em parceria com o Centro brasileiro de análise e planejamento, Banco Itaú e Fundação telefônica Vivo e  pelo site nova escola. Apontam alguns motivos para as causas da desmotivação escolar.

A presença de adolescentes na Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Ensino Fundamental é preocupante: quase 20% dos matriculados têm de 15 a 19 anos. O número de alunos dessa faixa etária na modalidade não tem sofrido grandes variações nos últimos anos, apesar da queda no total de matrículas (28,6%). Dados da Ação Educativa com base nos Censos Escolares indicam que, em 2004, eram 558 mil estudantes e, em 2010, 565 mil. O cenário tem chamado a atenção dos especialistas da área. Por que esses adolescentes estão frequentando a modalidade, em vez de estar na Educação Básica regular? São vários os motivos. Alguns extrapolam os muros da escola, enquanto outros têm a ver diretamente com a qualidade da Educação, ou seja, envolvem o Ministério da Educação (MEC), Secretarias Municipais e Estaduais, gestores e, é claro, os professores que lecionam na modalidade. Três grandes questões sociais fazem com que, todos os anos, muita gente desista de estudar ou então deixe a sala de aula temporariamente. 
Vejamos as principais causas pelas quais a desmotivação tem se tornado frequente entre ao jovens de 15 a 19 anos.

1-Vulnerabilidade
 Muitos estudantes enfrentam problemas como a pobreza extrema que faz com que o jovem pense mais em trabalhar do que em estudar , o uso de drogas , a exploração juvenil e a violência, a falta de apoio da própria que muitas vezes só tem algumas séries do ensino fundamental. "A instabilidade na vida deles não permite que tenham a Educação como prioridade, o que os leva a abandonar a escola diversas vezes. Quando voltam, anos depois, só resta a EJA", diz Maria Clara Di Pierro, docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). 

2- Trabalho

 A necessidade de compor a renda familiar faz com que muitos alunos deixem o Ensino Fundamental regular antes de concluí-lo, muitos destes jovens pensam em arrumar um emprego muito antes de concluir o ensino médio e muitos deles acabam não conseguindo conciliar estudo e trabalho o que faz com boa parte destes jovens optem pelo trabalho do que pela escola. O estudo Jovens de 15 a 17 Anos no Ensino Fundamental, revela que 29% desse público que está matriculado do 1º ao 9º ano já exerce alguma atividade remunerada, sendo que 71% ganham menos de um salário mínimo. A dificuldade de conciliar os estudos com o trabalho faz com que mudar para as turmas da EJA, sobretudo no período noturno, seja a única opção. 

3- Gravidez precoce

 A chegada do primeiro filho ainda na adolescência afasta muitos da sala de aula, principalmente as meninas, que param de estudar para cuidar dos bebês e, quando conseguem, retornam à escola tempos depois, para a EJA. Assim, não estudam com colegas bem mais novos e concluem o curso em um tempo menor. Segundo a Fundação Perseu Abramo, 20% dos meninos que largaram os estudos tiveram o primeiro filho antes dos 18 anos. Entre as mulheres, esse percentual é de quase 50%. Dessas, 13% se tornaram mães antes dos 15 anos, 15% aos 16 anos e 19% aos 17 anos.

4- Desinteresse por algumas matérias da grade curricular
A pesquisa feita pela Pela fundação Victor Civita em parceria com o Centro brasileiro de análise e planejamento, Banco Itaú e Fundação telefônica Vivo; Diz que  cerca de 78% dos alunos de 15 a 19 anos consideram as disciplinas de português e matemática mais importantes, pelo fato destas matérias serem as mais utilizadas no dia a dia e no trabalho.
Já 36% dos alunos dizem ter interesse  nas disciplinas de geografia, história e biologia, pelo fato de não  utilizarem com tanta frequência no dia a dia consideram menos importantes. E apenas 19% mostrou interesse na disciplina de literatura.
 5- O sistema educacional e seus problemas

5.1- Reprovação e evasão O estudo do MEC aponta que a repetência de 17,4% na 7ª série e 22,6% na 8ª série só não é maior devido ao aumento da evasão escolar. Em 2005, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou que a taxa de evasão cresce continuamente ao longo dessa etapa de Educação (na 1ª série é de 1%, na 5ª, de 8,3%, e na 8ª, de 14,1%).

5.2- Distância da escola no campo Reunir alunos da zona rural em uma só escola núcleo é uma saída das redes para garantir que os professores alcancem o número mínimo de aulas e reduzir os gastos com infraestrutura e transporte. Isso, no entanto, nem sempre é positivo para muitos dos alunos: a distância passa a ser mais um empecilho para que sigam estudando.

5.3- Desmotivação Sem se interessar pelo que a escola oferece, vários adolescentes deixam de frequentar as aulas e só tempos depois retornam, cientes da importância dos estudos. Não só o currículo mas também a forma como ele é trabalhado provocam o desinteresse. "Às vezes, frequentar a igreja ou assistir à televisão são atividades mais atraentes do que o conteúdo das disciplinas", diz Eliane Ribeiro Andrade, professora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ). Adequar as aulas às necessidades dos alunos que têm mais de 15 anos e ainda estão no Ensino Fundamental, e não esperar que o contrário ocorra, é um desafio. "Isso é possível quando são propostas diferentes estratégias para ajudá-los a superar as dúvidas e dificuldades do cotidiano", explica Cleuza Repulho, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e secretária de Educação de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.