quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Dito “artista” e o ataque ao objeto de culto.



Nessa semana nos deparamos com uma cena no mínimo inesperada, aonde um dito “artista” Antonio Obá realiza uma dita “performance artística” que envolve a presença de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, aonde o mesmo rala a imagem que esta posicionada em frente aos seus órgãos genitais e aos olhares atentos de algumas pessoas.


Artista nu destrói imagem católica em "performance"


O mais estarrecedor disso tudo é o silêncio da grande mídia sobre o ocorrido, pois como já vimos anteriormente, quando um  objeto de culto é violado por alguém membro de uma Igreja protestante, imediatamente vemos a mídia se mover e atacar o ocorrido veementemente. Mas neste caso nada é feito, e o ocorrido fica como se fosse algo normal, isso é muito estranho, pois o Brasil é a maior nação Católica do mundo e um evento desses não poderia ficar assim.  Será que isso ocorre porque não foi o membro  ou líder de uma outra igreja que realizou o ato? Pois, se fosse estaria dentro de uma guerra por almas, mas nesse caso é um dito artista que ataca de mesmo modo um objeto de culto e o ocorrido fica em aberto, sem grandes criticas da mídia e nem por parte da Igreja Católica. E lembrando que esse “artista” é o mesmo que escreveu obscenidades em hóstias como amostra no Santander Cultural.

sábado, 8 de abril de 2017

Heráclito

Heráclito (540 a.C. – 470 a.C.) foi um filósofo pré-socrático da Ásia Menor. Escreveu com extrema complexidade a respeito da ciência, da teologia e das relações humanas. Foi considerado o precursor da dialética e um dos fundadores da metafísica.
Heráclito (540 a.C. – 470 a.C.) nasceu em Éfeso, antiga colônia grega, na Ásia Menor (atual Turquia), no ano de 540 a.C. Filho de tradicional família de sacerdotes, abriu mão de seus direitos em benefício do seu irmão. Dedicou-se ao estudo e reflexões em busca da explicação natural do universo.
Como os outros filósofos, Heráclito tentava encontrar o “physis” – o princípio gerador e regulador de todas as coisas da natureza. Considerava a natureza em constante “devir” (transformação), e o fogo como substância original, ou seja, o primeiro elemento na composição da matéria. De Tales de Mileto a Demócrito, portanto, a preocupação da filosofia grega era encontrar o princípio de todas as coisas, sem recorrer a divindades.
Heráclito legou uma importante contribuição filosófica, com a ênfase que colocou na realidade universal da contínua transformação. Conforme Heráclito, uma incessante luta de contrários guia o fluxo das coisas. Tudo aquilo que parece estático, por pouco ou muito tempo, está na verdade em equilíbrio, pela ação recíproca de forças contrárias equivalentes. Apresentava-se assim, como um precursor da metafísica.
A partir de meados do século V a.C. embora os gregos continuassem investigando a origem do universo, o problema de maior vulto é o que se relaciona com o homem. As teorias apresentadas pelos filósofos anteriores não convenciam e às vezes eram até contraditórias. Enquanto alguns negavam o movimento, Heráclito afirmava ser tudo movimento.
Ao contrário da maioria dos filósofos antigos, Heráclito é visto como um autodidata, ou seja, era um pensador independente de escolas e movimentos. Seus escritos, de extrema complexidade, tratam sobre ciência, teologia e relações humanas. Apesar de ter recebido influência de seus antecessores, fazia críticas ao pensamento vigente e chamava os poetas épicos de “tolos” e “Pitágoras” de impostor.
Em meados de 490 a.C. Heráclito escreveu “Sobre a Natureza”, obra que se divide em mais de cem fragmentos, complexa e enigmática, que rendeu ao filósofo o codinome de “Obscuro”. Segundo os pesquisadores, Heráclito se decepcionou com seus conterrâneos, deixou seus manuscritos no Templo de Artemis e se retirou para uma montanha para viver solitário. Aos setenta anos, enfraquecido por se alimentar de erva e raízes, deixou-se morrer de fome. Faleceu por volta de 480 a.C.
Embora só se conheçam alguns fragmentos de seus escritos, durante muito tempo foram considerados fragmentos de um suposto texto original, mas posteriormente os estudiosos reconheceram que se tratava, na verdade, de aforismos repletos de sabedoria.

Demócrito

Demócrito (460 a.C. - 370 a.C.) foi um filósofo grego, classificado como pré-socrático e agrupado na escola atomista. Julgava que todos os elementos do universo são compostos de átomos.
Demócrito de Abdera (460 a.C. - 370 a.C.) nasceu em Abdera, na Grécia, por volta de 460 a.C. Descendente de família nobre, aprofundou seus conhecimentos estudando em diversas cidades, entre elas, Atenas, Egito, Pérsia, Babilônia, Etiópia e Índia. Estudou filosofia, matemática, física, astronomia, ética, linguística e música.
Viveu em uma época em que os precursores da Filosofia, “os pré-socráticos”, buscavam de maneira racional e lógica, e não mais nos relatos míticos, uma explicação a respeito do princípio de todas as coisas. Em geral, os pensadores eram monistas, ou seja, acreditavam que o universo tinha sido gerado através de um único elemento, ou de um fenômeno. Cada filósofo descobre um fundamento, uma unidade que possa explicar essa constituição.
Demócrito julgava que os corpos eram constituídos por pequeninas porções de matéria. Desenvolveu a “teoria atomista” iniciada por Leucipo, de que todos os elementos do universo são compostos de átomos, “elementos indivisíveis, maciços, indestrutíveis, eternos e invisíveis, podendo ser concebidos somente pelo pensamento, nunca percebidos pelos sentidos”.
Para Demócrito as coisas nascem quando se juntam e a morte é a separação das coisas. O que origina as coisas reais é um infinito número de corpos que são invisíveis porque têm um volume muito pequeno. A qualidade de todos os corpos depende da forma e da ordem dos átomos que os compõem. O objetivo de seus estudos era encontrar o princípio de todas as coisas sem recorrer a divindades.
Os escritos de Demócrito, como também dos outros filósofos, desapareceram com o tempo, só restando alguns fragmentos ou referências feitas por outros filósofos posteriores. Muitos dos relatos de Demócrito veem de Aristóteles, seu principal crítico, mas que reconhecia o valor de suas obras de filosofia natural. Protágoras de Abdera teria sido seu discípulo direto e posteriormente o principal discípulo que recebeu sua influência foi Epicuro.
Os pesquisadores listaram um grande número de estudos realizados por Demócrito, citados por diversos autores, na área da cosmologia, matemática, ética, física, entre outros. Na área da matemática ele avançou nos estudos sobre geometria (figuras geométricas, volumes e tangentes) e os números irracionais. Avançou também no conceito de um universo infinito, onde existem muitos outros mundos como o nosso. Deduziu que uma galáxia se compõe de estrelas tão pequenas e aglomeradas que é quase impossível distinguir uma das outras.
Para Demócrito, a concepção de ética não tem relação com as concepções físicas. Para ele o mais nobre bem que uma pessoa pode ter é a felicidade, que mora somente na alma, independente de se possuir bens materiais. A justiça e a razão é que nos torna felizes.
Demócrito faleceu no ano de 370 a. C.

Anaxímenes

Anaxímenes (585 a.C-524 a.C.) foi um filósofo grego, do período pré-socrático, que dizia que o ar era o princípio gerador e regulador de todas as coisas.
Anaxímenes de Mileto (585 a.C.-524 a.C.) nasceu na colônia grega de Mileto, na Ásia Menor (atual Turquia), durante o Período Arcaico – período da Grécia Antiga localizado entre a Idade das Trevas e o Período Clássico, quando ocorreu grande desenvolvimento cultural, político e social, que influenciou o pensamento grego e assim, surgiram várias tendências no campo da filosofia, todas procurando sintetizar e tornar lógicas as explicações para o mundo.
Antes de Sócrates surgir no panorama intelectual da Grécia, os filósofos estavam todos voltados para a “explicação natural” do universo. Tentavam encontrar a físis – o princípio gerador e regulador de todas as coisas, de forma menos especulativa e mais analítica. Começaram a raciocinar, em vez de fazer conjecturas, e sem precisar recorrer às divindades.
Anaxímenes foi o terceiro representante da Escola de Mileto - formada por pensadores que buscavam um “princípio natural para a origem da vida”- dizia que tudo era feito de ar, a vida é ar. Supunha que o ar fosse o elemento fundamental, do qual derivavam todas as coisas, conforme os diversos graus de compressão e rarefação. Acreditava que a água, que Tales de Mileto sintetizava como regulador de todas as coisas do mundo era na realidade o ar condensado. E que o fogo é o ar rarefeito.
Para Anaxímenes, o ar é infinito e está em movimento constante. O ar se condensa para formar o vapor. O vapor solidifica-se para formar a água. A água condensa-se para formar o lodo, areia e rochas. E assim por diante, por toda a escala da criação. O ar também aumenta ou diminui de volume dependendo de sua exposição ao calor ou ao frio.
Segundo sua teoria, o ar é a própria vida e também a alma. É através da respiração, que o ar ao ser lançado pelas narinas, forma o coração, os pulmões, os músculos, o sangue e todas as outras partes do corpo. Assim, tudo o que existe são as diferentes formas de ar.
Era comum nessa época, os pensadores dominarem vários campos da ciência, pois a natureza para os gregos era muito mais que a realidade física da terra, era a totalidade do mundo. No campo da astronomia, para Anaxímenes, a Terra, a Lua e o Sol bem como todos os demais corpos celestes conhecidos na época eram planos e flutuavam no ar. Todos os corpos giravam ao redor da Terra, que era plana e feita de ar comprimido. Foi a primeira a se formar e dela surgiram as estrelas.
Anaxímenes sintetizou sua filosofia em diversas frases, entre eles: “A variação quantitativa de tensão da realidade originária dá origem a todas as coisas”, “Como nossa alma, que é ar, nos governa e sustém, assim também o sopro e o ar abraçam todo o corpo”, “A verdade é de quem fala a verdade”. Faleceu provavelmente em Mileto, no ano de 524.

Epicuro

Epicuro (341a.C — 271 ou 270a.C) foi um filósofo grego. Suas ideias foram muito difundidas no Egito e na região da Jonia. A partir do século I ganhou maiores adeptos.
Epicuro (341a.C. - 271 ou 270a.C.) nasceu na ilha de Samos. Ainda adolescente mostrou interesse pelo estudo da filosofia. Foi aluno de Pânfilo, seguidor das ideias de Platão. Era considerado um dos melhores alunos. Foi seguidor de Demócrito, que lhe ajudou a elaborar a teoria atomista, na qual, o átomo era o elemento formador de todas as coisas e poderiam formar outros corpos mesmo com a morte física.
Epicuro formou a sua teoria tendo com um dos pontos mais importantes, o prazer. Para ele, a vida deveria ser a busca do prazer, o estado de Aponia, que era a ausência de dor física. A dor da alma deveria, segundo ele, ser combatida com as boas lembranças.
Escreveu trezentos textos, dos quais foram encontradas 3 cartas: sobre a natureza, os meteoros e a moral. Existem os fragmentos, com o nome de Epicurea (1887). Nesses escritos, Epicuro pregava que a filosofia deveria promover a liberdade, sendo considerado o primeiro filósofo anarquista.
Epicuro fundou sua própria escola, chamada "O Jardim", onde pregava um bom relacionamento entre mestres e discípulos. O filósofo era considerado um mestre simpático e sereno com os seus alunos.